Never Give Up escrita por Believeinyourdreams


Capítulo 1
So far So great


Notas iniciais do capítulo

Ficou meio curtinha e os meninos da 1D ainda não aparecem, mas prometo que no próximo capítulo eles já vão aparecer.



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Eu dormi praticamente todo o vôo. Acordei com a aeromoça dizendo que dentro de cinco minutos, nós íamos aterrissar. Peguei minha bolsa e me certifiquei de não ter esquecido nada. Quando o avião pousou, eu me levantei e segui a multidão até o local de desembarque.  Ao longe eu avistei um garoto. Cabelos castanhos, camiseta cinza e calças jeans um pouco mais justas do que o normal para um garoto de 16 anos. Rodrigo. Ele pareceu feliz em me ver.

- Você não é nada diferente pessoalmente. - Ele disse me dando um abraço apertado.

- Espero que isso seja um elogio. - Eu disse retribuindo o abraço.

- Vamos! Nós temos que pegar as suas malas. Bem, meus pais estão trabalhando, então nós teremos que pegar um táxi. - Ele disse finalmente tentando não demonstrar o quanto estava desapontado.

Rodrigo era um garoto legal. E parecia se dar bem com os pais. Mas eu podia perceber que ele não gostava de ter que esconder um segredo das pessoas que mais amava. Sim, Rodrigo era gay. Algumas vezes quando nos falávamos, ele desabafava e dizia que não agüentava mais ter que esconder isso dos seus pais, mas por outro lado ele não agüentaria ver a sua reação depois que descobrissem.

Ele tinha medo de não ser aceito. Imagine o filho único do casal, e ainda nasce “viado”. Tudo bem que eles eram seus pais. Teriam que aceitar. Mas as coisas não eram assim tão fáceis.

Chegamos à esteira onde passavam as malas. Não muito longe de nós, á estava. A grande mala preta na qual havia guardado todas as minhas coisas, e kits de sobrevivência. Eu a peguei e coloquei no chão. O som que as rodinhas faziam quando giradas no piso me acompanharam até o táxi. Lá o motorista colocou-a no porta-malas, e eu e Rodrigo entramos no carro.

Eu nunca havia estado em São Paulo. É uma cidade muito bonita. Enquanto o táxi andava, eu aproveitei para observar as ruas onde passávamos. Prédios enormes, um trânsito enorme, e claro um barulho, que eu, como boa cidadã interiorana não estou acostumada.

O táxi parou em frente a um prédio muito bonito. Não era tão alto. Devia ter no máximo sete andares. Um azul escuro coloria as paredes que contrastavam com as várias janelas escuras.

- É aqui. Chegamos à minha casa. - Rodrigo sorriu e colocou a mão no bolso para pegar o dinheiro, quando o interrompi.

- Sem chance! O táxi sou eu quem pago. - Retirei o dinheiro que estava no bolso do meu casaco, e entreguei ao taxista.

Esperei pelo troco enquanto Rodrigo retirava a minha mala do porta-malas.

Desci do carro e segui o garoto até a entrada do prédio. Ele cumprimentou o porteiro e seguiu até o elevador. Apertou o número 4 e nós subimos. Lá em cima haviam dois apartamentos. 403 era o certo.

Entramos, e lá estava. Um sofá de frente para uma televisão, colocada com cuidado no centro de uma estante marfim. A cozinha era americana, e toda branca. Entre as duas peças estava um corredor.

- E é aqui onde eu passo todos os dias mais sofridos da minha vida. - Ele brincou se atirando no sofá. - Meu quarto é no final do corredor. A 1ª porta a direita é o banheiro, a segunda é o quarto dos meus pais. Já a primeira a esquerda será o aposentado da princesa Luiza que veio me visitar. - Ele sorriu.

Retribui o sorriso e peguei minha mala, carregando-a até o “meu” quarto. Lá estavam uma cama, uma televisão e um guarda-roupas. Tudo que eu precisava. Comecei a desfazer as malas quando Rodrigo apareceu na porta.

- Minha mãe ligou e disse que não vai jantar em casa. Meu pai sempre se reúne com os amigos na sexta-feira. Então acho que somos só nós dois.

- Sem problemas. - Tentei parecer o mais calma possível. Tudo bem que ele era gay, mas isso não tornava o fato de que eu iria passar a noite sozinha com um garoto no mesmo apartamento, menos constrangedora.

- Acho melhor eu apressar o jantar. Estou morrendo de fome. Que tal pizza? - Ele parecia despreocupado.

- Não poderia escolher melhor. - Eu disse.

Ele deu um sorriso satisfeito e fechou a porta. Aproveitei e liguei para a minha mãe. Disse que havia chegado bem e que a casa parecia bem confortável. Mas é claro que não mencionei o fato “noite-sozinha-com-um-garoto”.

Fui até a sala e a pizza havia chegado. Matei a fome. Falamos praticamente apenas sobre o show. No final parti para um banho, e fui me deitar. Rodrigo havia ido dormir também e tudo não foi tão constrangedor quanto eu esperava.“Viu? Tudo coisa da sua cabeça.”, pensei. 

Estava tão cansada que não demorei a cair no sono.


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Notas finais do capítulo

Continuem lendo e por favor comentem. (:



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