_Eu quero... Ou melhor... Você vai terminar com o Justin!

_O QUE? – Após o grito comecei a ri.

_Isso mesmo, você vai terminar com o Justin.

_NUNCA, seria preciso você me matar!

_Não, matar não, eu quero ver sua cara quando a gente voltar.

_Vocês não vão voltar!

_Tem certeza?

_Absoluta, eu amo ele e ele me ama sua cobra, desisti! – Afirmei.

_Não, quem vai perder essa historia é você!

_Por que perderia? Isso nem é um jogo!

_Pra mim é, e se você não terminar com ele coisas vão acontecer!

_Tipo...?

_Você ficou sabendo que o pai dele morreu, não ficou? – Disse ela andando ate a mesa do professor e sentando. – Então, o pai do Justin deixou uma bela herança, só que um dia ela vai acabar. – Ela falou.

_E...?

_E que a mãe dele arranjou um novo emprego, meu pai dono de varias empresas a contratou.

_Megan, comece a fazer sentido...

_Se você não terminar como ele eu posso pedir meu para despedi-la, imagina como ficaria a situação do Justin...

_Você não faria isso!

_Você pode escolher...

_Sua cobra!

   Meu sangue chegou à verve, eu não aguentei simplesmente corri ate ela e comecei a dar tapas, socos e puxões de cabelos. Ela não conseguia reagir e gritava enquanto eu a espancava e a enchia de porrada. Seus gritinhos eram altos e afinados o que me dava mais raiva ainda.

    Senti alguém me puxar fortemente e quando virei-me para ver quem era o menino me soltou. Eu nunca o havia o visto, ele era um desconhecido.

      Meg se levantou toda vermelha me encarou:

_Pense bem! –Disse ela virando as costas e me deixando sozinha com o desconhecido.

_Ta nervosa, hein?! – O desconhecido me fitou.

_Estaria menos se você tivesse deixando-me terminar meu serviço naquela vadia oxigenada.

_Calma loirinha, por mim eu deixaria... - Apenas ignorei a intimidade dele de me chamar de “loirinha” e virei às costas. - Meu nome é Drack! – Ele continuou.

_Legal... – Continuei caminhando ate a porta.

_Qual seu nome? – Ele veio atrás e me segurou.

_Rebecca e não ouse mais me chamar de loirinha! – Com um pouco de força puxei meu braços de suas mãos e sai.
                           
                                       *****
             Cheguei em casa estressada e tomei um banho. Passei o dia todo tentando não pensar em Megan, mas na hora de dormir não consegui mais fugir desses pensamentos, no começo pensei em negar, mas ela tinha razão, a escolha é minha e eu não posso ser egoísta e nem acabar com a vida dele por que o amo, o coração chega a apertar, mas eu o amo  tanto que quero vê-lo bem, mesmo se ele tiver com a vadia...

       Recebi uma mensagem de Megan onde dizia que eu tinha ate amanha. Passei a noite em claro pensando, eu tinha tomado uma decisão, eu escolhi o melhor... Para ele, apenas para ele!

          Acordei e já estava tarde, eu tinha faltado a aula e minha irmã foi de carona com a vizinha. Olhei no celular e havia varias mensagens do Justin.  Apenas o liguei de volta.

_Oi amor! –Ele atendeu.

_Oi. – Respondi seca.

_Por que não foi na aula?

_Não estava muito bem.

_Melhorou?

_Um pouco.

_Estou indo ai ficar com você!

_Não precisa!

_To indo, beijos!

         Ele desligou e poucos minutos depois ouvi a campainha, desci e abrir a porta.

_Oi. – Dei um sorriso falso.

_Oi princesa! – Ele foi me beijar e desviei. – Você esta bem?

_Não! – Putz vacilei, agora vou ter que dar uma desculpa.

_Por quê? – Ele perguntou preocupado.

_Justin, por que não me contou que sua mãe esta trabalhando com o pai da Megan?- Depois de um longo silencio achei a desculpa certa. -

_Como você sabe?

_Não me enrola Justin, por que não me contou?

_Eu não achei necessário!

_Ah que lindo, você não achou necessário!

_Rebecca, por que preciso te dizer isso? Não muda em nada...

_Justin tem haver com Megan, sua ex-namorada! Você não entendi?

_Não entendo o  porque desse seu ciúmes bobo, Meg é passado.

_Você pode para de chamar ela de “Meg” por favor. –Acabei me estressando de verdade.

_Quer que eu a chame de que, ‘garota’?

_NÃO, MEGAN, OK? O NOME DELA É MEGAN, AQUELA VADIA CHAMA MEGAN, CHAME ELA DE MEGAN! –Alterei a voz. -

_Pode parar de xingar, por favor.

_Vai defender ela agora?

_Não é isso, é que...

_É que você ainda a ama? – Estava descontando minha raiva pela Megan nele.

_Você pode para de por palavras na minha boca?

_Por que ta sendo grosseiro comigo Justin?

_Eu não estou sendo grosso, você que começou.

_Você esta sim e tudo por causa da Megan.

_Meu amor eu te amo! – Ele disse me abraçando enquanto algumas lagrimas rolaram sobre meu rosto.

_Então por que não me contou? – Me soltei ao terminar de falar.

_O que faz diferença se eu contar ou não?

_Muita coisa, ate na parte de confiança.

_E se eu contasse, ia fazer o que, pedir para minha mãe pedi demissão? Nem tudo gira em torno de você Rebecca...

_AGORA VOCE ESTA ME CHAMANDO DE MIMADA?

_NÃO, EU NÃO ESTOU. – Alterou sua voz. – Sou estou dizendo que algumas atitudes suas não são legais.

_Então por que você namora comigo? Eu não sou legal.

_POR QUE TE AMO PORRA! – Ele estressou.

_Se amasse não teria escondido o jogo!

_Eu não escondi nada.

_Você não confiou em mim para contar isso, agora eu não confio mais em você.

_Eu sempre confiei, mas não achei necessário, já disse.

( Musica de fundo)

_Desculpa Justin, mas não rola sem confiança. – Disse entre lagrimas e percebi que ela estava sendo homem o bastante para não chorar.

_Você ta querendo dizer o que Rebecca?

_Que ta acabado, tudo que havia entre a gente!

_O QUE? Meu bem, eu confiei em você, só não quis te contar para que essa briga não acontecesse...

_Não me chama de meu bem, eu não sou mais nada sua.

_Rebecca eu te amo, nunca amei ninguém como te amo, e o amor que você sentia por mim?

_Justin... O encanto acabou e quem sabe não era amor!

_Ta dizendo que nunca me amou?

_Não, to dizendo que você talvez nunca tenha me amado, foi uma ilusão me usou para tentar esquecer a Megan, foi à mesma coisa de usar uma toalha para secar, mas infelizmente a toalha estava molhada e assim nunca vai se secar. Você ainda a ama!

_VOCE NÃO TEM O DIREITO DE DIZER ISSO! Eu nunca te usei, sempre te amei...

_Acabou Justin. – Disse eu abrindo a porta e ele me encarando. – Vai embora, por favor...

_Tem certeza que quer que eu vá?

_Tenho, mas, por favor... Não volte, acabou! – Tentei ser forte e não chorar, mas quando o vi passando pela aquela porta meu coração bateu mais forte. Apenas fechei a porta e me agachei chorando, ao levantar a primeira coisa que vi foi um vaso e logo o taquei no chão o fazendo virar mil pedaços, acabei sentando no chão de novo e dessa vez peguei um caco do vazo. Sem pensar duas fezes o passei pelo meu braço fazendo algumas gotas de sangue cair, passei outra vez, só que mais forte e maior foi à quantidade de sangue que perdi. A dor do meu braço era tanta que por um segundo esqueci meus sofrimentos emocionais e comecei a chorar pela dor física. A minha vida tava uma droga, nada poderia melhor ou curar aquela feria que Megan havia abrindo em mim...

    "Não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso".

Shakespeare