What They Do To Guys Like Us In Prison. escrita por TheGhostOfWay


Capítulo 9
To The End.


Notas iniciais do capítulo

O capítulo tá pequeno, eu acho. A fic tá quase no fim :')
Então boa leitura :)



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-Senhor Iero, acorde! - Despertei no outro dia, com uma voz desconhecida me chamando. 

-Sim? - Disse, esfregando os olhos. 

-O delegado Steve quer o senhor na sala dele, agora. - Disse um policial. 

-Ah, claro. - Falei, tentando dar um jeito no cabelo, praticamente cego pelo sol que vinha da janela. 

O policial me desprendeu da cama, me algemando com dificuldade devido ao soro. Ele pegou pedestal que estava com o equipo -dosador de soro- e fez um gesto com a cabeça para que eu o acompanhasse. Fui o seguindo até uma sala, ele pediu licença e entramos. Me deparei com o delegado, procurando alguma coisa nas gavetas. Um rapaz bem novo, pele clara, cabelos curtos, escuros e óculos. 


-Entre. - Pediu, olhando por cima do óculos. 


Entrei cauteloso, fiquei de pé. 


-Obrigado oficial, agora pode nos deixar sozinhos e aguardar lá fora por favor. - Falou, olhando para o policial. 

-Tudo bem. - Disse o policial, se retirando. 

-Pode se sentar senhor...?

-Frank. Frank Iero. - Falei, me sentando. 

-Sou o delegado Steve. Então Iero, uma testemunha, senhor... Hm, Gerard Arthur Way - Disse, lendo o nome num papel. - Veio aqui e nos disse que tem provas de que você não é culpado, nos contou tudo, disse que tem testemunhas e que tudo não passou de uma chantagem do delegado...

-Sim. - Interrompi. - Delegado Tavares. 

-Você afirma isso? - Perguntou. 

-Afirmo! 

-Por que não disse isso antes? 

-Minha mulher, eu... Eu estava com a testemunha na noite da morte de Will, ela não podia saber, contei tudo ao delegado, ele me disse que se eu não afirmasse que era o culpado ele iria contar tudo à ela. Jamia, minha esposa, estava grávida, não podia saber de nada, eu resolvi me submeter à chantagem. Agora ela... Ela...

-Minhas condolências, o senhor Way me contou. - Falou. 

-Sim, devido ao que ocorreu eu... Resolvi contar a verdade. - Eu disse. 

-Como você deve saber, eu não estava no comando dessa delegacia, mas o delegado Peter agora está preso e tem sua licença caçada. Ele era... É um corrupto, sem caráter, assim como o delegado Tavares. 

-O senhor conhece o Tavares? - Perguntei, curioso. 

-Claro, sei de muitos podres daquele louco. Temos nossas...  Podemos dizer diferenças. - Ele disse. - Perdão pelas expressões. 

-Ah, claro. 

-Acredito na sua inocência, rapaz. - Falou. 

-Obrigado. 

-O senhor Way disse que tem provas concretas de áudio com o delegado Tavares, isso é ótimo. 

-Já podemos marcar uma audiência ou julgamento, sei lá? - Perguntei. 

-Claro, eu marcarei para o quanto antes! Você acusará dessa vez, Tavares será o acusado. 

-Vocês não...?

-Vamos recolher o depoimento dele sim. Seu caso é de urgência, assim que resolver tudo, você será avisado da data. - Disse. 

-Ótimo, quero sair daqui o quanto antes. - Falei, animado. 

-Perdão pela falta de ética mas... O rapaz que estava com você naquela noite...

-Sim, estávamos juntos. - Respondi. 

-Ah, perdão eu só queria entender mais para ajudar. - Falou, envergonhado. 

-Não foi nada. 

-O juiz e o juri serão praticamente os mesmos. - Informou. 

-Tudo bem. - Falei.

-Tudo vai dar certo! 

-Obrigado. Mesmo. - Agradeci. 

-É o meu dever. Se você tem provas, a justiça está do seu lado. - Ele disse. - Pode ir, vou chamar o oficial. 


Ele telefonou e disse algumas palavras, logo o mesmo policial veio para me levar à enfermaria novamente. 


-Melhoras. - Disse o delegado. 

-Ah, obrigado. - Falei, saindo da sala. 


No outro dia, quando eu já estava novamente em minha cela, diga-se de passagem fria e imunda, o delegado foi pessoalmente até lá. 


-Iero. - Disse, chegando acompanhado de dois policiais. 

-Sim? - Falei, descendo da beliche. 

-Sua audiência foi marcada pra daqui dois dias, se prepare. 

-Ah! Que ótimo. Mas assim tão rápido? - Perguntei. 

-Sim, eu dei meu jeito e seu caso é de urgência. - Falou.

-Obrigado. - Agradeci. 

-Então, seu advogado veio aqui, eu expliquei tudo, o senhor Way veio junto. 

-Melhor assim. 

-Claro. Então esteja pronto, 10:00 horas em ponto precisamos estar lá. - Disse. 

-Okay. 

-Vou indo. - Falou, saindo. 


Meus ''companheiros de sela'' eram de poucas palavras, já erraram muito,  mas boas pessoas, que torciam um para o outro, então Zac resolveu falar comigo:


-Frank, que rolo foi esse? - Perguntou. 

-Ah, a verdade veio atona. - Falei, feliz. 

-Que bom, torço por você, mesmo você sendo um enigmático que não conta nada, nem verdade nem mentira. -Riu.

-Ninguém aqui sabe nada do passado de ninguém, mas eu sou um livro aberto. - Falou Josh, quem eu acreditava estar dormindo. 

-Hm, bom saber, nos conte o que houve então. - Pediu Samuel, rindo. 

-Eu tive passagem por tráfico, foi um erro, daí em diante, passei a ser o culpado de tudo, quando saí, um cara morreu e eu fui acusado, eu tinha minhas diferenças com ele, então Tavares deu logo um jeito de me colocar aqui. - Explicou Josh. 

Os outros permaneceram calados, sem contar absolutamente nada sobre o motivo de estarem ali, assim como eu. 

-----------------------------------2 dias depois------------------------------------


Eu estava ansioso, tinha me vestido, terno e gravata, com cara de bom moço. Logo os policiais vieram me buscar na sela, eu roía as unhas de ansiedade. 


-Boa sorte. - Desejaram Josh e Zac em uníssono. 

-Obrigado. - Falei, enquanto um dos três policiais me algemava. 

-Não meça esforços pra ser feliz cara, boa sorte. - Disse Samuel, o mais filósofo. 

-Valeu. - Agradeci. 


Os policiais fortemente armados me levaram para o pátio, onde estava a viatura que ia me conduzir até o tribunal. Entrei no carro, com outros 4 policiais, um de cada lado meu, um dirigindo e outro no banco da frente. 

Um bom tempo depois, chegamos ao tribunal, tudo aconteceu como da outra vez: Um dos policiais me conduziu com outros dois até uma sala, me explicou algumas coisas. O delegado apareceu:


-Frank, daqui a 15 minutos, se prepare! - Falou.

-Okay! 


Ele saiu da sala apressado, enquanto eu me agoniava com a espera. 

Minutos depois um oficial veio me chamar:


-Senhor Iero, podemos ir. 


Eu assenti com a cabeça e o segui. Entrei e tomei meu lugar quando fui anunciado, o tribunal estava menos cheio, vi alguns rostos conhecidos como o de Mikey, Alicia e uns parentes de Will. Ray estava sentado embaixo, no lugar que ficou da outra vez, Tavares estava num lugar parecido com o meu, mas que ficava do outro lado. 


-O senhor Frank Anthony Thomas Iero Jr. foi sujeito a cumprir 11 anos de prisão, devido à morte da vítima Will Simons, alegando tomar remédios que misturados com álcool tiveram efeitos alucinógenos. O delegado que estava à frente do caso é o agora acusado de chantagem Richard Benjamin Tavares. - Disse o juiz. 


A mesma cerimônia que ocorreu da outra vez estava acontecendo agora:


-Senhor Iero, jura dizer a verdade e somente nela basear seu depoimento perante à lei? - Perguntou o juiz. 

-Sim. - Afirmei, com a mão sobre o livro enorme. 

-O delegado Richard Benjamin Tavares jura dizer a verdade e somente nela basear seu depoimento perante à lei? 

-Sim. - Mentiu Tavares. 

-Então daremos continuidade à nossa... Audiência. - O juiz disse. - A testemunha que diz ser álibi do réu Iero, diz também ter provas de áudio que o delegado Steve já examinou. Pode entrar a testemunha e álibi senhor Gerard Arthur Way. 


Gerard entrou por uma porta lateral, de terno e gravata, me peguei suspirando ao vê-lo. Ele tomou seu lugar ao lado de Ray, depois de passar pelo mesmo que eu e Tavares passamos, jurando dizer a verdade, finalmente ''começamos''.  


-Senhor Way, pode nos contar o que houve na noite da morte de Will Simons? - Pediu o juiz. 

-Sim, claro. - Gerard respondeu. 

-Pode começar. 

-Pra que tudo fique claro... Eu e... Eu e Frank temos um caso. - Confessou. 


O tribunal saiu do silêncio que dominava segundos atrás pra um som de burburinho e sussurros. 


-SILÊNCIO NO TRIBUNAL! - Gritou o juiz, batendo três vezes o martelo. - Ou serei obrigado a adiar esse julgamento. Continue por favor senhor Way. 

-Então... Ele era casado, mas nós tínhamos um caso. Sua esposa estava grávida e viajando, devido uma briga ela proibiu Frank de me ver, ameaçando tirar as crianças e pedir divórcio. 

-Sim, continue. 

-Eu fui para a casa dele, na noite da morte de Will, quem os vizinhos viram chegando não foi ele, sim eu. - Disse Gerard. 

-Afirma estar com Frank Iero na noite da morte de Will? - Perguntou o juiz. 

-Sim. 

-Continue. 

-Eu cheguei e... Não sei como posso dizer... Praticamos o ato, se é que me entendem. - Gerard disse, abaixando a cabeça envergonhado. 

-Você alega ter tido uma relação sexual com ele? 

-Si-sim. 

-Pode continuar. 

-Então eu saí cedo da casa de Frank no outro dia. Frank contou toda a verdade ao delegado, que por sua vez já o conhecia e resolveu chantageá-lo. 

-O delegado que no caso é Tavares? 

-Sim, o próprio. 

-Quer continuar?

-Sim, por favor. - Pediu Gerard. - Eu fui visitar Frank na delegacia onde Tavares estava à frente, então gravei toda nossa conversa onde ele fala toda a verdade. 

-Sim, essa é nossa prova de áudio. Mas me diga, por que agora os senhores estão querendo contar toda a verdade? - O juiz questionou. 

-A esposa do Frank, ela... Faleceu no parto, então não tínhamos mais porque esconder a verdade. - Gee disse, me olhando. 

-Minhas condolências senhor Iero. - O juiz disse e eu assenti. - Vamos passar a palavra à defesa, por favor...

-Sim. - Disse o advogado de Tavares, um velho gordo de cabelos brancos. - Meu cliente senhor Richard Benjamin Tavares sempre teve boa conduta e jamais chantagearia ninguém. 

-Queremos provas, não saber mais sobre a boa conduta do delegado. Isso já foi investigado. Continue e seja mais direto. - Disse o juiz. 

-Perdão. Meu cliente alega que as provas são forjadas, apenas isso. - Falou o velho. 

-Então, antes de vermos a prova que o delegado Tavares alega ser forjada, vamos ouvir a defesa do senhor Iero, que no caso acusa o delegado Tavares. 

-Eu gostaria de passar a palavra ao próprio Frank, que saberá contar os fatos e fazer sua defesa. - Disse Ray. 

-Senhor Iero? - Chamou o juiz. - Pode começar. 

-Vossa excelência, eu posso repetir tudo o que o senhor Way disse ou apenas afirmar que tudo é verdade e que as provas falarão por mim. - Falei, nervoso. 

-Tudo bem, quer passar direto para essa parte? Você pode se prejudicar não fazendo sua defesa. 

-Sim, eu estou confiante, sei que tudo é verdade. - Eu disse. 

-Vamos à prova. Por favor, soltem o áudio. - Pediu. - Silêncio no tribunal. 


As caixas de som proferiram em perfeito som o diálogo entre Gerard e Tavares:


-Você e o Iero transaram e a mulher dele não pode saber, ele se ferrou aí, a culpa não é minha! - Dizia Tavares. 

-Mas... Você está estragando uma vida. Quer dinheiro? Eu tenho dinheiro. Quanto? - Perguntava Gerard, aflito.

-Eu tenho dinheiro, eu quero apenas que me poupem desse trabalho árduo de procurar quem realmente matou Will. - Tavares falava. 

-Por favor! - Pedia Gerard. 

-Agora me diz, quem comeu quem? - Perguntava sarcástico. 

-Me poupe desse humor diabólico. - Gerard reclamou. 

-Iero com essa pinta de machão, durão, todo tatuado. Gay. Quem diria? 

-Isso não é da sua conta. Poupe-me. 

-Você deve ser o passivo. - Riu. 

-Já que não posso fazer mais nada, não fico aqui mais nenhum segundo. - Gerard disse. 

-Me desculpe, é assim que eu jogo. Frank bobeou demais, agora eu digo como um homem da lei que ele matou Will Simons a facadas, sendo que ele estava transando com você. A culpa é sua. Se conforme. Eu apenas estou indo no embalo, unindo o útil ao agradável. E no fim ele vai preso. 

-Não me culpe. Corrupto. Quem é você pra me julgar? - Gritou Gerard. 

-Olha... 

-Olhe você, como está estragando a vida de um pai de família. Passar bem. - Disse Gerard. Ouvimos o som da porta bater em seguida. 


O tribunal fazia silêncio, Gerard estava corado de vergonha. 


-Diante das provas, o juri tomarão a decisão, sendo que todas as provas foram analisadas na perícia e pelo delegado Steve. - Informou o juiz, saindo com o juri e entrando numa sala aos fundos. 


Abaixei a cabeça, soltando um suspiro de tensão. Agora era só aguardar, o que pra mim era a pior parte. Eu esperava que tudo desse certo, mas se tudo desse errado, eu tinha absoluta certeza que Gerard me apoiaria e ficaria comigo até o fim. 


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Notas finais do capítulo

E agora, será que o Frank vai conseguir? :O No próximo capítulo então vai ser o fim do julgamento.
Frank sabe que o Gee vai ficar com ele até o fim :') que fofo -q HAUSHAUSH