What They Do To Guys Like Us In Prison. escrita por TheGhostOfWay
Notas iniciais do capítulo
O capítulo tá pequeno, eu acho. A fic tá quase no fim :')
Então boa leitura :)
-Senhor Iero, acorde! - Despertei no outro dia, com uma voz desconhecida me chamando.
-Sim? - Disse, esfregando os olhos.
-O delegado Steve quer o senhor na sala dele, agora. - Disse um policial.
-Ah, claro. - Falei, tentando dar um jeito no cabelo, praticamente cego pelo sol que vinha da janela.
O policial me desprendeu da cama, me algemando com dificuldade devido ao soro. Ele pegou pedestal que estava com o equipo -dosador de soro- e fez um gesto com a cabeça para que eu o acompanhasse. Fui o seguindo até uma sala, ele pediu licença e entramos. Me deparei com o delegado, procurando alguma coisa nas gavetas. Um rapaz bem novo, pele clara, cabelos curtos, escuros e óculos.
-Entre. - Pediu, olhando por cima do óculos.
Entrei cauteloso, fiquei de pé.
-Obrigado oficial, agora pode nos deixar sozinhos e aguardar lá fora por favor. - Falou, olhando para o policial.
-Tudo bem. - Disse o policial, se retirando.
-Pode se sentar senhor...?
-Frank. Frank Iero. - Falei, me sentando.
-Sou o delegado Steve. Então Iero, uma testemunha, senhor... Hm, Gerard Arthur Way - Disse, lendo o nome num papel. - Veio aqui e nos disse que tem provas de que você não é culpado, nos contou tudo, disse que tem testemunhas e que tudo não passou de uma chantagem do delegado...
-Sim. - Interrompi. - Delegado Tavares.
-Você afirma isso? - Perguntou.
-Afirmo!
-Por que não disse isso antes?
-Minha mulher, eu... Eu estava com a testemunha na noite da morte de Will, ela não podia saber, contei tudo ao delegado, ele me disse que se eu não afirmasse que era o culpado ele iria contar tudo à ela. Jamia, minha esposa, estava grávida, não podia saber de nada, eu resolvi me submeter à chantagem. Agora ela... Ela...
-Minhas condolências, o senhor Way me contou. - Falou.
-Sim, devido ao que ocorreu eu... Resolvi contar a verdade. - Eu disse.
-Como você deve saber, eu não estava no comando dessa delegacia, mas o delegado Peter agora está preso e tem sua licença caçada. Ele era... É um corrupto, sem caráter, assim como o delegado Tavares.
-O senhor conhece o Tavares? - Perguntei, curioso.
-Claro, sei de muitos podres daquele louco. Temos nossas... Podemos dizer diferenças. - Ele disse. - Perdão pelas expressões.
-Ah, claro.
-Acredito na sua inocência, rapaz. - Falou.
-Obrigado.
-O senhor Way disse que tem provas concretas de áudio com o delegado Tavares, isso é ótimo.
-Já podemos marcar uma audiência ou julgamento, sei lá? - Perguntei.
-Claro, eu marcarei para o quanto antes! Você acusará dessa vez, Tavares será o acusado.
-Vocês não...?
-Vamos recolher o depoimento dele sim. Seu caso é de urgência, assim que resolver tudo, você será avisado da data. - Disse.
-Ótimo, quero sair daqui o quanto antes. - Falei, animado.
-Perdão pela falta de ética mas... O rapaz que estava com você naquela noite...
-Sim, estávamos juntos. - Respondi.
-Ah, perdão eu só queria entender mais para ajudar. - Falou, envergonhado.
-Não foi nada.
-O juiz e o juri serão praticamente os mesmos. - Informou.
-Tudo bem. - Falei.
-Tudo vai dar certo!
-Obrigado. Mesmo. - Agradeci.
-É o meu dever. Se você tem provas, a justiça está do seu lado. - Ele disse. - Pode ir, vou chamar o oficial.
Ele telefonou e disse algumas palavras, logo o mesmo policial veio para me levar à enfermaria novamente.
-Melhoras. - Disse o delegado.
-Ah, obrigado. - Falei, saindo da sala.
No outro dia, quando eu já estava novamente em minha cela, diga-se de passagem fria e imunda, o delegado foi pessoalmente até lá.
-Iero. - Disse, chegando acompanhado de dois policiais.
-Sim? - Falei, descendo da beliche.
-Sua audiência foi marcada pra daqui dois dias, se prepare.
-Ah! Que ótimo. Mas assim tão rápido? - Perguntei.
-Sim, eu dei meu jeito e seu caso é de urgência. - Falou.
-Obrigado. - Agradeci.
-Então, seu advogado veio aqui, eu expliquei tudo, o senhor Way veio junto.
-Melhor assim.
-Claro. Então esteja pronto, 10:00 horas em ponto precisamos estar lá. - Disse.
-Okay.
-Vou indo. - Falou, saindo.
Meus ''companheiros de sela'' eram de poucas palavras, já erraram muito, mas boas pessoas, que torciam um para o outro, então Zac resolveu falar comigo:
-Frank, que rolo foi esse? - Perguntou.
-Ah, a verdade veio atona. - Falei, feliz.
-Que bom, torço por você, mesmo você sendo um enigmático que não conta nada, nem verdade nem mentira. -Riu.
-Ninguém aqui sabe nada do passado de ninguém, mas eu sou um livro aberto. - Falou Josh, quem eu acreditava estar dormindo.
-Hm, bom saber, nos conte o que houve então. - Pediu Samuel, rindo.
-Eu tive passagem por tráfico, foi um erro, daí em diante, passei a ser o culpado de tudo, quando saí, um cara morreu e eu fui acusado, eu tinha minhas diferenças com ele, então Tavares deu logo um jeito de me colocar aqui. - Explicou Josh.
Os outros permaneceram calados, sem contar absolutamente nada sobre o motivo de estarem ali, assim como eu.
-----------------------------------2 dias depois------------------------------------
Eu estava ansioso, tinha me vestido, terno e gravata, com cara de bom moço. Logo os policiais vieram me buscar na sela, eu roía as unhas de ansiedade.
-Boa sorte. - Desejaram Josh e Zac em uníssono.
-Obrigado. - Falei, enquanto um dos três policiais me algemava.
-Não meça esforços pra ser feliz cara, boa sorte. - Disse Samuel, o mais filósofo.
-Valeu. - Agradeci.
Os policiais fortemente armados me levaram para o pátio, onde estava a viatura que ia me conduzir até o tribunal. Entrei no carro, com outros 4 policiais, um de cada lado meu, um dirigindo e outro no banco da frente.
Um bom tempo depois, chegamos ao tribunal, tudo aconteceu como da outra vez: Um dos policiais me conduziu com outros dois até uma sala, me explicou algumas coisas. O delegado apareceu:
-Frank, daqui a 15 minutos, se prepare! - Falou.
-Okay!
Ele saiu da sala apressado, enquanto eu me agoniava com a espera.
Minutos depois um oficial veio me chamar:
-Senhor Iero, podemos ir.
Eu assenti com a cabeça e o segui. Entrei e tomei meu lugar quando fui anunciado, o tribunal estava menos cheio, vi alguns rostos conhecidos como o de Mikey, Alicia e uns parentes de Will. Ray estava sentado embaixo, no lugar que ficou da outra vez, Tavares estava num lugar parecido com o meu, mas que ficava do outro lado.
-O senhor Frank Anthony Thomas Iero Jr. foi sujeito a cumprir 11 anos de prisão, devido à morte da vítima Will Simons, alegando tomar remédios que misturados com álcool tiveram efeitos alucinógenos. O delegado que estava à frente do caso é o agora acusado de chantagem Richard Benjamin Tavares. - Disse o juiz.
A mesma cerimônia que ocorreu da outra vez estava acontecendo agora:
-Senhor Iero, jura dizer a verdade e somente nela basear seu depoimento perante à lei? - Perguntou o juiz.
-Sim. - Afirmei, com a mão sobre o livro enorme.
-O delegado Richard Benjamin Tavares jura dizer a verdade e somente nela basear seu depoimento perante à lei?
-Sim. - Mentiu Tavares.
-Então daremos continuidade à nossa... Audiência. - O juiz disse. - A testemunha que diz ser álibi do réu Iero, diz também ter provas de áudio que o delegado Steve já examinou. Pode entrar a testemunha e álibi senhor Gerard Arthur Way.
Gerard entrou por uma porta lateral, de terno e gravata, me peguei suspirando ao vê-lo. Ele tomou seu lugar ao lado de Ray, depois de passar pelo mesmo que eu e Tavares passamos, jurando dizer a verdade, finalmente ''começamos''.
-Senhor Way, pode nos contar o que houve na noite da morte de Will Simons? - Pediu o juiz.
-Sim, claro. - Gerard respondeu.
-Pode começar.
-Pra que tudo fique claro... Eu e... Eu e Frank temos um caso. - Confessou.
O tribunal saiu do silêncio que dominava segundos atrás pra um som de burburinho e sussurros.
-SILÊNCIO NO TRIBUNAL! - Gritou o juiz, batendo três vezes o martelo. - Ou serei obrigado a adiar esse julgamento. Continue por favor senhor Way.
-Então... Ele era casado, mas nós tínhamos um caso. Sua esposa estava grávida e viajando, devido uma briga ela proibiu Frank de me ver, ameaçando tirar as crianças e pedir divórcio.
-Sim, continue.
-Eu fui para a casa dele, na noite da morte de Will, quem os vizinhos viram chegando não foi ele, sim eu. - Disse Gerard.
-Afirma estar com Frank Iero na noite da morte de Will? - Perguntou o juiz.
-Sim.
-Continue.
-Eu cheguei e... Não sei como posso dizer... Praticamos o ato, se é que me entendem. - Gerard disse, abaixando a cabeça envergonhado.
-Você alega ter tido uma relação sexual com ele?
-Si-sim.
-Pode continuar.
-Então eu saí cedo da casa de Frank no outro dia. Frank contou toda a verdade ao delegado, que por sua vez já o conhecia e resolveu chantageá-lo.
-O delegado que no caso é Tavares?
-Sim, o próprio.
-Quer continuar?
-Sim, por favor. - Pediu Gerard. - Eu fui visitar Frank na delegacia onde Tavares estava à frente, então gravei toda nossa conversa onde ele fala toda a verdade.
-Sim, essa é nossa prova de áudio. Mas me diga, por que agora os senhores estão querendo contar toda a verdade? - O juiz questionou.
-A esposa do Frank, ela... Faleceu no parto, então não tínhamos mais porque esconder a verdade. - Gee disse, me olhando.
-Minhas condolências senhor Iero. - O juiz disse e eu assenti. - Vamos passar a palavra à defesa, por favor...
-Sim. - Disse o advogado de Tavares, um velho gordo de cabelos brancos. - Meu cliente senhor Richard Benjamin Tavares sempre teve boa conduta e jamais chantagearia ninguém.
-Queremos provas, não saber mais sobre a boa conduta do delegado. Isso já foi investigado. Continue e seja mais direto. - Disse o juiz.
-Perdão. Meu cliente alega que as provas são forjadas, apenas isso. - Falou o velho.
-Então, antes de vermos a prova que o delegado Tavares alega ser forjada, vamos ouvir a defesa do senhor Iero, que no caso acusa o delegado Tavares.
-Eu gostaria de passar a palavra ao próprio Frank, que saberá contar os fatos e fazer sua defesa. - Disse Ray.
-Senhor Iero? - Chamou o juiz. - Pode começar.
-Vossa excelência, eu posso repetir tudo o que o senhor Way disse ou apenas afirmar que tudo é verdade e que as provas falarão por mim. - Falei, nervoso.
-Tudo bem, quer passar direto para essa parte? Você pode se prejudicar não fazendo sua defesa.
-Sim, eu estou confiante, sei que tudo é verdade. - Eu disse.
-Vamos à prova. Por favor, soltem o áudio. - Pediu. - Silêncio no tribunal.
As caixas de som proferiram em perfeito som o diálogo entre Gerard e Tavares:
-Você e o Iero transaram e a mulher dele não pode saber, ele se ferrou aí, a culpa não é minha! - Dizia Tavares.
-Mas... Você está estragando uma vida. Quer dinheiro? Eu tenho dinheiro. Quanto? - Perguntava Gerard, aflito.
-Eu tenho dinheiro, eu quero apenas que me poupem desse trabalho árduo de procurar quem realmente matou Will. - Tavares falava.
-Por favor! - Pedia Gerard.
-Agora me diz, quem comeu quem? - Perguntava sarcástico.
-Me poupe desse humor diabólico. - Gerard reclamou.
-Iero com essa pinta de machão, durão, todo tatuado. Gay. Quem diria?
-Isso não é da sua conta. Poupe-me.
-Você deve ser o passivo. - Riu.
-Já que não posso fazer mais nada, não fico aqui mais nenhum segundo. - Gerard disse.
-Me desculpe, é assim que eu jogo. Frank bobeou demais, agora eu digo como um homem da lei que ele matou Will Simons a facadas, sendo que ele estava transando com você. A culpa é sua. Se conforme. Eu apenas estou indo no embalo, unindo o útil ao agradável. E no fim ele vai preso.
-Não me culpe. Corrupto. Quem é você pra me julgar? - Gritou Gerard.
-Olha...
-Olhe você, como está estragando a vida de um pai de família. Passar bem. - Disse Gerard. Ouvimos o som da porta bater em seguida.
O tribunal fazia silêncio, Gerard estava corado de vergonha.
-Diante das provas, o juri tomarão a decisão, sendo que todas as provas foram analisadas na perícia e pelo delegado Steve. - Informou o juiz, saindo com o juri e entrando numa sala aos fundos.
Abaixei a cabeça, soltando um suspiro de tensão. Agora era só aguardar, o que pra mim era a pior parte. Eu esperava que tudo desse certo, mas se tudo desse errado, eu tinha absoluta certeza que Gerard me apoiaria e ficaria comigo até o fim.
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E agora, será que o Frank vai conseguir? :O No próximo capítulo então vai ser o fim do julgamento.
Frank sabe que o Gee vai ficar com ele até o fim :') que fofo -q HAUSHAUSH