What They Do To Guys Like Us In Prison. escrita por TheGhostOfWay


Capítulo 5
The Hardest Part is Letting Go of Your Dreams.


Notas iniciais do capítulo

O nome do capítulo é um trecho de Sleep :') pfvr, amo Sleep. Enfim, Frank tá preso, aguardando julgamento, pode ficar meio rotineiro mas as coisas ficarão agitadas em breve.
Podem ter erros de português pq eu não revisei direito por causa do tempo e tal, mas não liguem, se tiver algum assim que der eu arrumo. Boa leitura *o*



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Acordei um tempo depois, com Tavares me chamando:

-Iero!

-Fala. 

-Tá aqui sua comida. Vim dizer que você pode comer sem preocupação, eu realmente preciso de você vivo, não deixaria te envenenarem. - Falou, me entregando uma vasilha plástica. 

-Ainda bem. Obrigado pela parte que me toca. 

-Coma. Preciso e você vivo na segunda que vem! - Disse ele, dando as costas, escoltado por dois outros policiais com armas em mãos. 

Dentro da vasilha, tinha apenas um garfo plástico. Garfos, facas e tudo que possa machucar, ferir ou ajudar em um assassinato ou suicídio são extremamente proibidos na prisão. Resolvi comer. O cardápio de hoje era: Bife, Arroz e feijão. Nada de salada. Não como carne. Que merda. Comi só o arroz e o feijão, que estavam horríveis. Não tinha bebida nem nada. Que beleza. O jeito é esperar o café. Terminei de ''comer'' e deitei novamente, já ensaiando minhas falas pro dia do julgamento. 

Adormeci novamente. 

Terça foi basicamente igual segunda, passei o dia isolado, se não estava dormindo, estava acompanhado pelo meu sentimento de culpa que nunca me abandonava. Estar ali, trancado, sozinho me deixava nostálgico, uma... Amarga nostalgia. Eu me encontrei várias vezes falando sozinho, mas prefiro dizer que estava só... Conversando com minha consciência acusadora. Minha mente era pior que uma multidão me apontando com o indicador e gritando que eu era culpado, traidor.

Tavares deu uma ordem os policias para que me tratassem “melhor”, ele vinha me visitar duas vezes ao dia.

Na quarta, depois do café da manhã -horrível- um policial veio até minha cela:

-Iero, tem visita pra você. – Avisou, abrindo o cadeado enorme.

Assenti e o acompanhei, depois dele ter me algemado, segundo ele ''por questões de segurança''. Ele me levou até uma sala, fechada, meio escura, fez um gesto com a mão para que eu entrasse, tirando minhas algemas logo em seguida. Ficou do lado de fora do portão com uma policial ruiva, que me encarava.

De costas, reconheci prontamente quem era minha visita, o cabelo comprido e armado não negava, era Ray. Me animei achando que ele poderia ter conseguido o hábeas corpus e caminhei rápido até sua direção. Ray se virou, se levantando rápido para me cumprimentar:

-Fala Frank. – Disse, apertando minha mão.

-Tudo bem? – Perguntei, me sentando. 

-Olha, não vou mentir, as coisas não estão ótimas.

-Não conseguiu o hábeas corpus?

-Não, infelizmente foi negado. Eles disseram que devido seu histórico, você não pode esperar o julgamento em liberdade.

-Que droga! Mas falta pouco tempo pro julgamento. Jamia te ligou?

-Sim, ela conseguiu um vôo para hoje às 18:00 horas. – Falou.

-Ah, que... Ótimo. – Eu disse, não sabendo se aquilo era bom ou ruim. – Ray eu... preciso te contar a verdade.

-Algo errado Frank? – Perguntou, com uma expressão confusa.

-Sim, e muito. A verdade é que eu tenho um álibi.

-Isso é ótimo! Quem é? Por que não disse antes? – Perguntava, feliz com a notícia, que pra mim era péssima.

-Nós não podemos usar esse álibi, me prometa que não vai abrir a boca. – Pedi.

-Sim, mas o que tem de errado?

-Meu álibi é Gerard, e basicamente Jamia não pode saber, e você sabe o porquê. 

-Frank! O que você vai dizer ao juiz? 

-Tavares me chantageou, sei que você não fará nada pra me prejudicar. Basicamente vou dizer que misturei os remédios com bebida, que Will me atacou primeiro, que não me lembro onde deixei a faca. 

-Réu confesso. Tudo bem. Vamos aguardar o julgamento. Mas que você saiba que vai desgraçar completamente sua vida depois disso. Fique ciente. 

-Eu estou. Obrigado por tudo Ray. - Falei, apertando sua mão. 

-Quando Jamia chegar eu vou trazê-la aqui. 

-Tudo bem, mas não fale nada, por favor. Confio em você. - Eu disse. 

-Agora eu tenho que ir, boa sorte. - Falou, e me abraçou. 

-Obrigado.

Os policiais me tiraram da sala assim que Ray deu as costas, me levaram novamente àquela cela imunda. Me deitei, olhando pro teto, dessa vez imaginando como seriam os lindos rostinhos de minhas filhas. Era uma coisa estranha pensar que daqui alguns meses, dois seres pequenos dependeriam de mim. Mais estranho ainda, era amar duas pessoas quais eu nunca tinha tocado nem visto os rostos. Ser pai era estranho, a vida era estranha. 

A policial ruiva, qual eu não sabia o nome, interrompeu meus pensamentos:

-Visita novamente. - Disse, aparentando estar mau-humorada. 

Abriu o cadeado e me algemou cautelosa, me conduzindo até a sala de visitas novamente. Passar pelo corredor onde ficavam os outros presos me apavorava, pois eu me lembrava de como tinha sido da outra vez. Chegamos até a sala de visitas, o mesmo procedimento da outra vez foi feito. Entrei na sala, Gerard me esperava com uma expressão ansiosa. Quando cheguei perto dele, fui surpreendido por um abraço forte e demorado. 

-Frank, você tá bem? Como tão te tratando? Como você tá pálido! - Falou, passando a mão sobre meu rosto. 

-Não vou mentir dizendo que tá tudo bem, mas tá tudo até que bem dentro dos conformes. - Falei. 

-Você não tá comendo direito né? Eu... Eu trouxe algumas coisas, frutas, deixei com o policial, ele disse que tudo seria averiguado antes de ser entregue. 

-Gee, obrigado, eu realmente estava precisando. A comida daqui é horrível, a sela é imunda. - Eu disse. 

-Jamia chega hoje? - Perguntou. 

-Eu acho que sim, Ray disse que o vôo dela está marcado pra sair às 18:00. 

-Tudo bem, eu... Tava com saudade. - Disse, me abraçando outra vez. 

-Eu também. - Confessei, com um sorrido escapando em meus lábios. 

A policial ruiva se aproximou, nos interrompendo:

-O horário de visitas acabou. 

-Ah, tudo bem, melhor eu me despedir. - Gerard disse, passando a mão pelos cabelos. - Tchau Frank, boa sorte. 

-Obrigado. - Falei, enquanto a policial dava as costas. 

-Eu te amo. - Sussurrou.

-Eu também. - Falei. 

Gerard foi caminhando até a saída. Os policiais vieram, me algemaram novamente.

-Parece que o delegado quer conversar com seu amiguinho. - Disse o policial gordo, Sam era seu nome se não me engano. 

-Ge-Gerard? - Perguntei assustado. 

-Se esse for o nome dele sim. - Riu. 

O que Tavares queria com Gerard? Ele o chantagearia também? Gerard era muito ingênuo nesse ponto. Eu temia o que poderia acontecer. 

Chegamos até minha cela, me deitei. Já havia passado das 8:00 há muito tempo. Meu remédio, cadê meu remédio? Me agoniava não tomar meu remédio na hora exata, será que eles não iriam trazê-lo? 

Me deitei encarando o teto novamente, impaciente. As horas demoram a se passar quando você espera. 

Um longo tempo se passou, quando de repente, Tavares veio até minha cela:

-Iero, seu amiguinho te trouxe isso aqui. - Disse, me entregando uma cesta pelo vão maior que havia entre as grades. - Conversei com ele, disse que sabia de tudo e como tudo vai acontecer, o que você vai dizer e o que realmente aconteceu. Ele é o cara com quem você passou a noite. Já sei de tudo. 

-Não faça nada com ele Tavares! Deixe-o em paz! - Pedi. 

-Não vou fazer nada, você já está fazendo o suficiente. 

-Meu remédio, já passam das 8:00. 

-Ah, aqui. - Disse, me entregando apenas um comprimido. 

-Obrigado. 

-Acalme-se, faltam só cinco dias. 

-Eu sei, tô contando os minutos. - Falei. 

-Tá, vou ir agora. - Disse. 

-Tá. 

Tavares deu as costas, andando rápido. Engoli meu remédio e fui fuçar a sexta que Gerard tinha deixado. Vejamos... Maçãs, peras, uvas, chocolate, biscoito, três pacotes de bolacha recheada, coca-cola. Um banquete, comparado com o que eu estava comendo. Tinha também um caderno e um lápis, me ajudaria muito como passa-tempo. Hora de fazer gordice, peguei uma garrafinha de coca e um pacote de bolacha recheada e me sentei pra comer, de repente entre o rótulo da coca-cola, achei um bilhete minúsculo, abri rápido e comecei a ler: "Eu tenho certeza que você vai tomar a coca comendo bolacha recheada, então imagina que essa bolacha sou eu, eat me. Te amo." 

Ri sozinho com aquele bilhete, Gerard adorava me provocar, idiota. 

O bom de estar ali sozinho era que eu não ia precisar oferecer minha bolacha pra ninguém. Egoísmo com relação a comida é comigo mesmo. 

Terminei de comer, o efeito do remédio era adorável nessas circunstâncias, o sono era meu melhor amigo ali. Adormeci. 

Acordei com o chamado do policial, me entregando a comida. Levantei e peguei a vasilha. Resolvi comer, mesmo sem fome, tinham legumes e uma salada de repolho que até cheirava bem. Terminei de comer e fiz o que? Fui dormir outra vez. Era dormir ou enlouquecer com a demora e minha mente me acusando. 

Acordei horas depois, assustado com uma respiração ofegante e lágrimas nos olhos. Eu tinha tido um sonho terrível. Comecei a relembrar: 

O avião em que Jamia estava tinha caído, eu ainda estava preso e Ray tinha vindo me dar a notícia, eu chorava muito, soluçava, inconsolável e Ray me abraçava. 

Aprendi desde pequeno, sozinho e com minhas péssimas experiências com relação a sonhos que eles não se realizam ao menos que você seja vidente, e que ver o futuro é impossível. Desde criança eu sempre sonho com morte, morte de parentes e pessoas próximas. Realmente já perdi as contas de quantas vezes sonhei que Gerard tinha morrido, e ele está aí, vivo. Às vezes eu vejo chamas, pessoas que amo morrendo.  A pior parte é fugir dos sonhos. 

Sequei as lágrimas, perturbado com Jamia que agora não saia de meus pensamentos. Eu nem se quer sabia que horas eram, não tinha relógio, não tinham janelas. Merda! O jeito era esperar a janta, que chegava às 20:00 horas, junto com meu remédio. Olhei em volta e vi que na mesa tinha um prato com pão e café, ou seja, o café das 17:00 já tinha passado. Levantei e fui checar se o café ainda estava quente. Gelado, o que significa que já passava das 17:00 há bastante tempo, apesar de estar fazendo frio. Peguei o caderno e o lápis que Gerard tinha me mandado, comecei a rabiscar qualquer coisa sem sentido, só pra passar o tempo mesmo. 

"Mas ninguém se importa se você está enlouquecendo. Eu estou enlouquecendo?" Era o que eu tinha escrito, estranho, porém significativo. 

Um policial que eu desconhecia chegou com com a janta -se é que aquilo pode ser chamado de janta- e com meu remédio. Me levantei calado e fui pegá-los. De imediato engoli meu comprimido. Abri a vasilha para ver o que tinha pra hoje: brócolis, bife, arroz, feijão. Argh. Comi o brócolis e o arroz, só, já estava ótimo. Voltei a rabiscar, o sono estava tomando conta de mim novamente, era sono demais pra uma só pessoa. Mas se eu pudesse, eu hibernaria até chegar segunda. Não queria dormir, estava com medo de ter outro pesadelo horrível. Já passava das 20:00, será que Jamia já tinha chegado? Me joguei no colchão imundo que cheirava a mofo, me encolhendo por causa do frio. Dormi.

Acordei na quinta com a policial me entregando o remédio e o café. Primeiro tomei o café e depois o remédio. Acordei por mais impressionante que seja bem disposto e humorado. Eu realmente estava precisando de um banho, o chuveiro dali com certeza era gelado, e fazia frio, mas eu tinha que encarar. Fui para trás da toalha plástica rasgada que dividia o banheiro do resto da cela, tirei minha roupa e entrei no chuveiro cauteloso. A água era morna, fazia frio, tomei banho. Lá tinham uns sabonetes e shampoos de marca péssima, 5 toalhas brancas e 4 uniformes limpos. Terminei meu banho tremendo de frio, me sequei e vesti o uniforme cinza, diferente dos detentos das primeiras celas, que tinham um uniforme laranja. O uniforme ficou enorme, mas pelo menos era quente.

A policial veio até minha cela, com a cara de mau-humorada de sempre:

-Visitas. - Falou. 

Me levantei mudo, ela me algemou como de conforme e me levou até a sala de visitas. Mal entrei na sala, Jamia correu até mim me abraçando e enchendo de beijos no rosto.

-Com licença senhora, eu preciso tirar as algemas. - Pediu a policial. 

-Ah, perdão. - Jamia disse. 

A ruiva me tirou as algemas que francamente estavam bem apertadas e chegaram a deixar marcar em meus pulsos. Entrei na sala com Jamia, me sentando. 

-Amor, tá tudo bem com você? Eles tão te dando comida? Tá dormindo? E os remédios? 

-Tá tudo certo, eu tive um sonho horrível com você ontem. - Falei. 

-Nossa! Como foi? - Perguntou. 

-Basicamente sonhei que você tinha morrido, acordei chorando, nem quero lembrar. 

-Tudo bem. Ray não conseguiu o habeas corpus, mas... Falta pouco tempo. 

-É, eu durmo a maior parte do tempo, o remédio ajuda bastante. - Eu disse. 

-Ainda bem, eu enlouqueceria. - Falou. 

-E as bebês? - Perguntei. 

-Estão ótimas, mexendo de vez em quando. Me chutando essas danadinhas. - Disse, rindo e acariciando a barriga já saliente.

-Sua barriga tá crescendo cada vez mais. 

-Tá enorme, estou gorda. 

-Está linda. - Falei, pegando sua mão. - Falta pouco tempo pra essas gracinhas estarem chorando no seu ouvido de madrugada. 

-No meu e no seu! Pensa que tudo vai dar certo. - Falou. 

-Tudo bem. - Murmurei. 

-Gravidez de gêmeas sempre ... Sei lá, elas nascem antes, por causa do espaço, entre outros motivos. Andei pesquisando. 

-Se eu não sair daqui até o nascimento quem vai para o hospital com você? - Perguntei, preocupado. 

-Mikey e Alicia, claro. 

-Ótimo. Não quero você sozinha em casa, vá pra casa dos Way. - Pedi. 

-Nem pensar, Gerard está lá, não quero passar nervoso. Quer que eu perca suas filhas numa discussão com ele? - Disse, revirando os olhos. 

-Não, mas não quero que você fique sozinha. - Falei. 

-Aquele cara é louco, nem pensar.

-Pense em um jeito de não ficar só. 

-Vou pedir pra Alicia ficar na nossa casa comigo. - Falou. 

-Ótima ideia. 

-Amor eu não queria ir, mas eu tô com fome, preciso desfazer as malas também. - Disse, fazendo cara de dó. 

-Sem problemas, pode ir. - Eu disse. 

-Tudo bem então, eu te amo. - Falou, levantando e me dando um beijo na boca. 

-Eu também te amo. Amo vocês. - Eu disse, acariciando a barriga dela. 

-Nós te amamos. - Disse, andando até a saída. 

Quando ela já estava saindo da sala, voltou correndo em minha direção:

-AAAAAAAAAAAH! Olha Frank!

-O que foi? - Perguntei assustado, com os policiais também me encarando. 

-Ela chutou! Olha! Coloca a mão aqui! - Disse, feliz. 

Senti um impacto de leve em minha mão, fiquei feliz e meio... Emocionado. 

-Filha, é o papai, quem é você? Dê um chute pra Lily e dois pra Cherry.

-Ih, elas não sabem quem são ainda. - Riu. 

-Como vamos dar os nomes? - Perguntei. 

-Quem nascer primeiro vai ser Cherry, quem nascer depois vai ser a Lily. Simples. 

-Por que não ao contrário? 

-Sei lá, precisamos de um critério, e o critério será esse. 

-Okay. - Falei, rindo. 

-Agora eu vou mesmo, te amamos. - Disse, saindo. 

Logo que Jamia saiu, a policial me algemou e fez um gesto com a cabeça para que eu saísse da sala. Obedeci, voltando pra minha cela. Que... ótimo. Eu sentia falta da minha TV, da minha guitarra, do meu sofá.

Eu estava enlouquecendo ali, cada minuto parecia demorar horas pra se passar.

Vieram me trazer o almoço, nada de legumes, nada de salada, arroz, feijão e bife. Argh. Deixei a vasilha lá, sem nem se quer tocar na comida. Troquei o almoço por uma maçã, afinal eu não tinha fome. 

O que eu tinha pra fazer? Nada. Esperar apenas. Me deparei com minhas unhas todas roídas, eu realmente tinha que parar com isso. Adormeci.

Acordei horas depois, na hora da janta. Encontrei o café da tarde jogado do lado da minha "cama". Eu estava morto de fome. O policial me entregou a comida e meu remédio, resolvi comer dessa vez, depois tomei meu remédio. 20 minutos depois já estava morto de cansaço outra vez. Ainda bem, ou não. Me lembro de estar compondo alguma coisa no caderno até sentir meus olhos pesando cada vez mais. 


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Notas finais do capítulo

Jamia nem um pouco assanhada né? -q HAUASHHAS Frank com esses sonhos ae, parecendo eu.
Faltam alguns dias pro julgamento, coisas podem acontecer -ou não- Vai que o Frank desiste da Jamia pela liberdade e foge pro Texas com o Gerard -qqq AHUAHSUSH
Até o próximo capítulo c: