What They Do To Guys Like Us In Prison. escrita por TheGhostOfWay


Capítulo 2
The Only Hope For Me Is You.


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo, eba HASUHA O que será que vai acontecer com o Frank? :O Leiam, critiquem, etc -qn



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Terminei de ler, trêmulo e assinei o maldito documento. Faltava uns meses e alguns dias para o nascimento das minhas primeiras filhas e essa notícia? Will morreu, mas morreu me ferrando junto.

Voltei para a cozinha. Droga! O leite, eu tinha esquecido completamente. O fogão estava todo sujo, deliguei o fogo rápido e peguei um pano. Limpei tudo e tive que colocar o leite para ferver novamente. A água que eu deixei fervendo tinha evaporado por completo, e tive que colocá-la novamente também. Terminei de fazer o café em vão, pois a fome havia passado. Como se já não bastassem meus problemas, os remédios, minha mulher, ainda isso? Mas eu até que estava bem tranquilo, não tinha feito nada. Se bem que da outra vez eu também não fiz nada, mas acabei me ferrando por completo. Tomei o café e acendi um cigarro, fiquei sentado, apoiado sobre a mesa encarando o vazio, imerso em pensamentos e dúvidas irrespondíveis. Um bom tempo se passou, resolvi ir tomar banho depois de ter acabado com o estoque de cigarro por completo. Olhei no relógio, 10:57, fui para o banheiro. Tomei um banho demorado, na hora de sair do banheiro, notei que havia esquecido de pegar a toalha. Gostaria de esquecer meus problemas assim como esqueço minhas obrigações, seria ótimo. Saí do banheiro completamente molhado e congelando, afinal, estava fazendo um frio de tremer. Peguei a toalha, me sequei e me vesti rápido. Nem se quer sequei o chão, eu tinha mais com o que me preocupar. Quando coloquei meu pé esquerdo no sapato, encontrei meu celular dentro do mesmo, aproveitei para ver as horas: 11:15? Já? Vou me atrasar. Corri, peguei minha carteira e saí de casa. Delegacia do centro, sabia bem onde era. Só espero que isso termine bem e que eu não tenha que pagar um advogado, pois essas coisas são caras, agora tenho que sustentar minha família. Aproveitei e passei em uma padaria, o lugar mais próximo onde eu poderia comprar cigarro, já que meu estoque havia acabado. Eu fumava compulsivamente quando estava ansioso, e o remédio que eu havia tomado não estava ajudando em porcaria nenhuma. Mas eu só tomei uma dose, e pela primeira vez, acho que não tinha dado tempo de fazer efeito, só sono, eu sentia sono. Pedi um cigarro, o moço do balcão me olhou de cima a baixo.


–Algum problema? - Perguntei.

–É que... o dono não autoriza a venda para menores de 18. - Falou.

–Eu não sou menor. - Falei, revirando os olhos.

–Desculpe senhor, mas preciso de sua identidade.


Peguei meu RG na carteira e o mostrei. Ele leu e me mediu com uma expressão incrédula.


–Desculpe senhor, são regras. - Falou, devolvendo meu RG.

–Não foi nada, mas se você não se importa, eu estou bem atrasado.

–Ah, desculpe. - Disse, me dando o maço e contando o dinheiro.


Saí da padaria, pegando um ônibus, que me deixaria praticamente na frente da delegacia, não estava com disposição para andar. Paguei o cobrador e me sentei do lado de uma senhora, no banco para idosos. Eu estava exausto, o ônibus estava cheio, apesar de não sei horário de pico. O ônibus parou no outro ponto, um senhor já bem idoso de cabelos brancos embarcou. Droga! Me levantei e cedi o lugar para ele. Não demorou muito e cheguei ao meu destino. Dei sinal ao motorista e desci. Andei um pouco, cheguei à delegacia. Entrei, soltando um suspiro. Uma policial com jeito estranho e bem... masculino veio falar comigo.


–Pois não? - Falou, parecendo acariciar a arma que estava na cintura.

–Ah, sou Frank Iero, disseram que eu tinha que estar aqui às 11:00. - Falei, sendo simpático.

–Sim, o delegado está em reunião, ele sairá já já. Pode se sentar e aguardar. - Disse.

–Tudo bem. Obrigado. - Agradeci, indo me sentar.


A ansiedade tomava conta de mim, lembrei que tinha comprado cigarro. Peguei o maço e vasculhei os bolsos para achar o isqueiro. Acendi o cigarro. A policial se virou, veio até mim e disse:


–Sr. Iero, não é educado fumar em ambientes fechados.

–Ah, perdão. Mas também não acho atrasos educados. Vou para fora, quando o delegado...

–Quando o delegado sair eu aviso. - Interrompeu, dando um sorriso visivelmente falso, que se desmanchou mais rápido do que tinha sido formado.


Fui para fora. Agora eu andava de um lado para o outro na calçada, esperando o tal delegado. Peguei o celular, eram exatamente 12:37. A policial veio me chamar:


–Sr. Iero, o delegado Richard está o esperando em sua sala, a primeira sala à esquerda. - Informou, dando as costas em seguida.

–Obrigado.


Richard? Nunca havia ouvido falar nele. Tomara que seja honesto e me ajude.

Me dirigi até sua sala, a porta estava entreaberta, bati pedindo licença e entrei.


–Entre. - Ah não. Droga! Mil vezes droga! Não podia ser. Era Tavares.

–Tavares? - Falei, incrédulo.

–Iero. Seja bem-vindo. Aprontou uma terrível dessa vez em. - Disse, sarcástico.

–Eu não fiz nada, seu...

–Shhh, quieto ou posso te prender por desacato à autoridade.


Tavares era o delegado que tinha me ajudado a me ferrar mais do que eu já estava. Eu nem se quer lembrava que seu nome era Richard. Richard Benjamin Tavares. Destino cruel, me pregando peças outra vez? Não podia ser.


–Tavares, eu não fiz nada...

–É o que todos, a maioria diz, meu caro. É difícil alguém vir aqui e dizer que é o culpado. Por que você não me poupa logo e faz como a minoria?

–Eu não fiz nada, já disse.

–Iero, me poupe do trabalho de sair por aí, talvez até prendendo um inocente...

–Eu sou inocente! - Interrompi.- Eu sempre fui. Não estrague minha vida novamente.

–Estragar? Eu? Você matou um inocente e eu que estrago vidas? - Falou, sem se quer olhar em meus olhos.

–Tavares, eu vou ser pai, gêmeas, eu... Eu tenho uma família agora! - Falei, chegando mais perto.

–Ah Iero, você está exalando nicotina. Que exemplo de pai.

–Eu... Eu não fiz nada. Conte, conte. Como Will morreu? - Eu estava alterando, temendo o que aconteceria.

–Ele foi assassinado, ontem de noite, o corpo foi encontrado até que bem próximo da sua casa, mataram-no à facadas. E eu estou contando isso como se fosse um idiota, como se você não soubesse de tudo.

–Não fui eu! - Sentia meus batimentos alterados e minhas mãos tremerem.

–Vamos ao que interessa. Onde você estava?

–Eu... Eu estava em casa. - Disse, passando a mão por meus cabelos.

–Você tem um álibi, Iero? - Perguntou, fazendo tic-tac na caneta, o que me deixava mais irritado ainda.


Álibi? Gerard! Eu tinha Gerard! Eu não podia dizer que era ele. Jamia, e Jamia? Não podia correr o risco de que ela soubesse de tudo e... Seria pior perder minha liberdade ao perder o amor de minha vida, levando consigo minhas filhas. Eu não tinha família, sou órfão de pai e mãe. Eu só tinha eles! Agora só tenho Jamia. Ela nunca poderia saber que Gerard estava comigo. Ele era a minha única esperança. O que eu faço? Sinto pensamentos, recordações e previsões todos ao mesmo tempo invadirem se permissão minha cabeça, que girava. Pensa rápido Frank! Céus me ajudem agora.


–Não, eu não tenho álibi.

–Demorou a responder. Tá se sentindo bem? - Perguntou, sem se importar com a resposta.

–Deve ser o efeito do remédio que eu tomei, não... é nada. - Falei, estalando os dedos.

–Então você não tem um álibi? Hm. Você não vai ser pai? Onde estava essa pobre coitada no momento?

–Respeite minha esposa. Ela está viajando. Minhas filhas nascem daqui 3 meses.

–Então o senhor Iero se aproveita que a esposa... Como ela se chama?

–Jamia.

–... Se aproveita do fato da esposa Jamia estar viajando para eliminar um problema, antes do nascimento das filhas. Bem conveniente Iero. Foi planejado? Estava bêbado? Se drogou talvez?

–Não, eu não bebo mais, nunca me droguei, você sabe disso.

–Então afirma que matou Will Simons em sã consciência? - Perguntou, arqueando as sobrancelhas, depois de ligar um gravador de voz.

–Não, eu não matei Will Simons! Eu estava em casa! - Disse, com tom de voz mais alto.

–O senhor não tem um álibi, estava sozinho em casa, em uma situação conveniente para matar o jovem Will.

–Mas...

–Espere-me concluir. - Interrompeu. - O jovem Will Simons, que foi encontrado morto, com golpes de faca e por coincidência em uma rua próxima de onde se localiza sua residência.

–Eu não seria tão burro para matá-lo e deixar seu corpo em uma rua perto da minha casa! - Falei.

–Então o senhor teve tempo para pensar nisso? No local de desovar o corpo?

–Eu não pensei nisso por que eu não fiz isso.

–O senhor afirma que esteve o tempo todo em casa, sozinho?

–A-afirmo. - Gaguejei.

–Não saiu, falou com algum vizinho, deu algum telefonema? - Perguntou.

–Não, eu estive em casa, sozinho, assistindo TV.

–Não pediu comida para ser entregue? Isso pode ajudar.

–Não.

–Tudo bem senhor Iero, obrigada pela colaboração. - Disse, interpretando, só porque o gravador de voz estava ligado.

–Fala verdade Iero, que tipo de pessoa que está sozinho em casa em um final de semana, sem a mulher e não pediu comida nem ligou para uma prostituta? - Disse depois de ter desligado o gravador. - Você não estava sozinho ou matou mesmo o Will.

–Não, eu não estava sozinho. - Resolvi confessar.

–Não? E porquê não disse antes? Seu otário. Quer se prejudicar mesmo ou me ajudar.

–Eu... estava acompanhado. - Suspirei.

–Prostitutas? - Arregalou os olhos, porém com uma expressão de quem já esperava.

–Minha mulher não pode saber, ela... Ameaçou pedir divórcio. Ela não pode saber.

–Você tem o número da garota?

–Não foi uma garota...

–Não? Quem foi? Não era garota de programa ou... era do sexo masculino? - Perguntou, interessado.

–Não era garota de programa. Minha mulher não pode saber, ela não pode! Eu prefiro perder a liberdade do que perdê-la. - Falei, aflito.

–Você estava com um... Com um cara? - Perguntou, incrédulo.

–Sim.

–Me conte, detalhes.

–Então... - Conhecia Tavares há anos, ele podia saber. - Ele, é... Nos transamos, eu o conheço desde antes de conhecer Jamia, sempre tivemos um relacionamento escondido. Uns meses atrás, ela nos pegou no flagra, e ameaçou pedir divórcio se me visse com ele novamente. - Contei.

–Sua esposa te pegou no flagra transando com outro cara e proibiu você de ver ele, ameaçando pedir divórcio?

–Sim, ela... Chegou ameaçar tirar as meninas.

–Família fora da lei em. A mãe ameaça fazer aborto, o pai foi preso. - Falou, rindo.

–O que eu faço? Digo a verdade, deixo Jamia decidir o que será de nós, a perco, fico livre e infeliz ou...

–Você ajuda todo mundo. - Interrompeu. - Me poupe de ficar procurando quem matou Will, diga que não tem álibi, dou meu jeito e... Sua esposa continua com você, não aborta. É isso. Todos ficam felizes.

–Eu tenho que abrir mão da minha liberdade por causa de um erro conjugal? - Perguntei em voz alta para mim mesmo.

–A vida é sua, as filhas são suas, a esposa é sua. Me poupe do trabalho pesado, poupe sua esposa da desilusão e sofrimento.

–Eu... Não sei.

–É melhor ser culpado por uma morte do que por duas. - Falou.

–Como assim? O que Bob tem a ver com isso? - Perguntei, confuso.

–É melhor ser culpado pela morte do cara que você não matou do que pela morte de suas filhas.

–Jamia não teria coragem. - Pensei alto.

–Nunca subestime uma mulher traída.

–Não, eu não tinha álibi, eu estava em casa, sozinho. - Decidi.

–Atitude de coragem Iero. - Disse, batendo a mão em minhas costas.


Saindo da sala, eu estava triste, com medo, de cabeça baixa, até que uma voz gritou meu nome:


–IERO. EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ ESTAVA METIDO NISSO. A CULPA FOI SUA.


Tentei identificar quem era. Consegui. Chorando, com olheiras profundas e perplexa, a mãe de Will me encarava com ódio nos olhos.


–Traga meu filho de volta, seu desgraçado. O que você fez, você destruiu uma família! - Disse, enquanto lágrimas saíam involuntariamente de seus olhos rodeados por olheiras escuras.

–Senhora Simons... Eu... A culpa não foi minha. Nunca nem se quer falei com Will depois da morte de Bob.

–Cale a boca! Foi você. Assassino. O que meu Will fez para merecer?

–Senhora Simons, eu... Não fui eu. Acredite! - Pedi, agoniado.

–Você queimará no fogo do inferno Iero, lugar onde você já deveria estar há tempos. - Falou, enxugando as lágrimas.

–Não vou discutir, mas não fui eu. Acredite se quiser, suas acusações me servem de esterco. - Falei, sendo o mais educado possível, virando meus calcanhares e indo em direção à saída.


Tavares apareceu na porta. A mãe de Will não havia parado de me jogar ofensas, revirando meu passado e fazer terríveis acusações.


–Foi ele, eu tenho absoluta certeza, foi ele! - Disse, apontando para mim e olhando desesperada para Tavares.

–Senhora Simons, meus sentimentos. Pode entrar na sala e contar tudo, serei todo ouvidos. Acusações, suspeitas, informações, tudo é bem-vindo.


Os dois me deram as costas, Tavares com um sorriso sarcástico. Saí e fui para casa. Passei o resto do dia dormindo, jogado no sofá. Culpa do maldito remédio que causava sonolência.



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Notas finais do capítulo

Vai Frank, come o Gerard e se ferra ae. Tsc, macumba da Jamia -q Será que o Frank vai preferir perder a Jamia do que a liberdade? 'o'



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