As palavras me fugiram, ele estava perto demais, demais mesmo, as borboletas invadiram com tudo meu estomago e meu coração começou a disparar. Ficamos nos encarando por um longo tempo.

-Vamos Elena, admita – disse se aproximando ainda mais.

Seus lábios estavam a centímetros dos meus, eu conseguia sentir sua respiração e seu hálito de menta.

Respirei fundo e me controlei, não iria ser assim, eu não vou simplesmente dar o braço a torcer, não é assim que funciona.

-Eu não sei do que você esta falando.

-Ótimo, cansei de facilitar pra você.

-Não sei que você queria facilitar pra mim, eu nem se quer gosto de você.

-Quer saber? Cansei – disse se levantando – Cansei de fazer tudo que você quer pra te agradar.

-É assim? Você fala cansei e tudo que eu fiz ate agora já era?

-Parece que sim. – disse.

-Ótimo, vou adorar ver você sair do time.

-Quem vai se ferrar é eu não é você. – disse.

-Quer saber? Adeus. – falei me levantando e saindo dali.

Fui procurar Soph para irmos embora, ela estava brincando com Brad, no balanço.

-Soph, meu anjo precisamos ir – falei.

-Ah, por que?

-Stefan e eu brigamos e nos duas vamos ao Shopping agora.

-Tchau Brad, nos vemos depois- disse.

-Tchau Soph – disse dando um beijo na bochecha dela, deixando-a totalmente vermelha.

-Tchau Brad – falei.

-Tchau Elena.

O Shopping era perto do parque, passamos a tarde inteira fazendo compras pra mim e pra Soph, já ficando tarde quando fomos comer.

-Por que você brigou com o Stef? – me perguntou.

-É complicado.

 -Como assim complicado? Não vale dizer que eu sou nova de mais pra entender.

-Ele acha que eu gosto dele e ele diz que gosta de mim.

-E você gosta dele? – perguntou.

-Não – falei e ela olhou pra mim sem acreditar. – O que foi?

-Não minta pra mim Elena Gilbert, eu sei que você esta mentindo pra mim – disse como minha mãe diria.

-Quer saber da verdade? Eu não sei. Ele me deixa estranha.

-Quer saber da verdade? Você esta apaixonada por ele, só você não consegue ver, ou talvez consiga só não quer admitir. Seja mulher Elena admita logo!

-Como você sabe disso? – perguntei.

-Da pra ver na sua cara, quando você estava lá com ele, você estava sorrindo toda boba. Não seja orgulhosa Elena, apenas admita.

-Ok, eu admito, eu sinto algo por ele, só que seria irracional entrar nessa, Stefan nunca me amaria de verdade, ele é um cafajeste, ele já dispensou tantas e tantas garotas e comigo seria a mesma coisa. Ele não é capaz de amar, eu seria apenas mais uma das muitas que ele já teve.

-É isso que você pensa de mim Elena? – ouvi sua voz atrás de mim.

-Estou errada? – perguntei sem ao menos olhar para ele.

-Completamente.

-Em que eu estou errada? Você não passa de um mulherengo.

-Não é assim com você. – disse olhando pra mim.

-Você realmente quer discutir isso com Soph e Brad presentes? – perguntei.

-Ótima já esta na hora deles irem, e nos dois vamos conversar completamente sozinhos.

-Ótimo.

Eu não fazia idéia pra onde estávamos indo, Stefan dirigia sem ao menos olhar para mim, ele estava saindo da cidade, e isso estava me assustando.

-Aonde vamos? – perguntei, finalmente quebrando o silencio.

-Estamos perto. Não precisa ficar com medo, eu não sou o Tyler. Eu não vou te estuprar.

Ele parou o carro no meio do nada, era o fim da linha, eu não poderia mais negar, a verdade seria dita e não havia mais volta. Ele saiu do carro e eu o segui.

-Como você queria, estamos sozinhos. – falou.

-Onde estávamos na nossa conversa? Ah é eu estava dizendo como você é cafajeste.

-Eu fiz alguma coisa com você Elena? – me perguntou.

-Não, mas com metade da escola. Eu não sou como elas, eu sei como são as coisas com você, eu não sou burra Stefan.

-Eu nunca disse que você é como elas, você é diferente, eu sei disso.

-Eu não tenho nada que te interesse o que você quer de mim? Eu não sou tão interessante assim droga, por que você simplesmente não me esquece?

-Como se eu não já tivesse tentado fazer isso, por que você acha que eu te pirraço tanto? Eu só quero que você converse comigo mesmo que seja me ofendendo ou chingando eu não me importo.

-Esse é o modo mais estranho que eu conheço de se conquistar alguém.

-Eu mesmo odeio os meus métodos, mas acontece que eu não sei ser legal, eu não sou um cara legal Elena, não com você pelo menos.

-Por que?

-Eu não sei. Talvez eu não consiga.

-Para quantas você já disse “Eu te amo, mas não sei explicar”? – perguntei.

-Droga Elena, você não pode esquecer que eu sou safado às vezes por um segundo e admitir.

-De novo? Quantas vezes eu vou ter que te dizer que eu te amo? Mas é irracional por que você nunca me amaria.

-Por que é verdade da sua parte e não é da minha? Por que você não acredita que eu te amo?

-Por que não é verdade. Você é incapaz de amar.

-Eu não sou um monstro Elena, eu também amo, eu também sinto.

-Prove. – falei.

Num movimento eu estava em seus braços completamente rendida, seus lábios estavam em minha nunca, onde ele deu um beijo de leve, me deixando arrepiada. Sua boca moveu-se vagarosamente ate minha orelha.

-Acredite Elena, eu te amo. – sussurrou.

Seus braços estavam firmes em minha cintura, me puxando ainda mais pra ele, acabando com todo o espaço entre nos dois. Ele mordeu de leve minha orelha e traçou beijos entre ela ate meus lábios.

-Eu quero te ouvir dizendo que dizendo que não acredita que eu te amo. – disse contra meus lábios.

-Eu não acred... – comecei, mas ele me interrompeu com um beijo.

-Vamos Elena diga. – falou.

Olhei em seus olhos, não havia sinal de que ele estava mentindo.

-Droga – reclamei.

-O que foi? – perguntou.

-Eu não consigo dizer – falei e ele sorriu satisfeito.

-Agora diga o que eu quero ouvir.

-Ah que se dane –falei colando nossos lábios de uma vez – Eu te amo droga.