A Casa Imoral escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 33
Chapter 33: Hanashi


Notas iniciais do capítulo

Yosu. Desculpem a demora ae! Mas sabem, eu nunca quis ir rápido com ACI porque ela é tão legal de escrever que eu vou com calma nesses tempos difíceis.
Bem, dando realmente um ponto final ao Nero!! Eu vou me aproximando Hasta el Final!!
Desfrutem!



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Quando a porta abriu, a figura que ele não esperava arregalou consideravelmente seus olhos afilados.

-Len-kun? Por que está chegando nesse horário? -o adulto arqueou a sobrancelha já dando espaço para o loiro e para as figuras que o acompanhavam, das quais apenas só havia uma que não conhecia.

-Ah, Gack-san, desculpa atrasar. -o jovem abaixou a cabeça, não se sentindo capaz de mentir. Nesse caso o melhor a se fazer era omitir tudo e esperar que o dono da casa (o papá da família) não ficasse louco e começasse a fazer um questionário. Porém, Gack não era assim.

O maior sorriu agradavelmente, passando a mão nos fios loiros gentilmente.

-Claro, não tem problema. Você e seus amigos vão querer um chá, algo para comer? -ele perguntou simpaticamente, inclusive o garoto de cabelos brancos e um par de olhos bicolor.

-N-Não, Gackpo-san, estamos de passagem. Só vamos conversar com o Len-san um pouco. -balançou as mãos a albina, sorrindo envergonhada.

-Ah, sim, Aria-san. Sintam-se à vontade para pedir qualquer coisa então se precisar rapazes. Se comportem lá em cima. -Gackpo deu as costas e voltou para o estúdio, onde provavelmente estaria trabalhando em algum projeto importante de novo.

Len riu baixo.

-Ele só fica assim em casa quando o trabalho é decisivo. Tirando isso ele viaja muito e ainda tem que ir na casa da Luka-san. -Len apontou o caminho para Piko, sendo seguido pelos outros.

-Len, estou preocupada. Você pode finjir que está tudo bem, mas de longe dá pra perceber que até você ficou assustado. -IA colocou a mão em seu ombro, apertando levemente e cortando completamente o assunto interior.

Len desfez o sorriso, suspirando. “Meninas são teimosas...” O loiro apertou a mão na maçaneta de seu quarto e abriu, criando um rangido rápido.

-Entrem. Não vão querer nada mesm-...

Antes que terminasse, uma mão o empurrou pra dentro, não com força, mas forte o suficiente para fazê-lo se afastar três passos e olhar diretamente para os olhos dourados de Yuma. O rosado parecia muito sério. Tão sério quanto Len nunca havia visto.

-O que estava fazendo com ele no Cyber Café? -Yuma interrogou fazendo Len recuar até a cama. Sua presença se tornou intimidadora, porém, Len percebia que o rapaz só tinha boas intenções. Seria injusto manter escondidas as coisas dele.

-Ele me achou lá. Eu insisti pra ele ficar, mas ele acabou dizendo umas coisas que me ofenderam. -Len apertou a borda de sua cama, desviando os olhos dos outros presentes.

-Que coisas? -o rosado ressaltou a palavra “Que”. -Len... Olhe para mim. Diga, eu só quero te ajudar.

-V-Você promete que não vai ir atrás dele ou coisa assim? Eu quero conversar por mim mesmo com o Nero. -Len avermelhou nas bochechas, espantado com o comportamente super protetor de Yuma.

-Você não vai se encontrar com ele de novo sem que eu esteja junto. -Yuma apertou os olhos. O rosado usava os headphones, mas Len tinha plena consciência de que a música estava desligada.

-Y-Yuma-san, escuta... Eu acho que o Nero não faria algo assim. -Len gesticulou nervosamente. Piko e IA pareciam meio confusos também com o tom do mais velho.

-Ano, Len-san, Yuma-senpai ficou o tempo inteiro dizendo que deveríamos ir logo porque o Nero-senpai tinha fugido da aula. Acho que deveria considerar isso. -argumentava o albino de olhos heterocromáticos, verde e azul, meio avermelhado e sem saber muito bem como se expressar. Visto que era novo no ambiente e naquele grupo.

Len balançou a franja. Apertando os olhos.

-O-Obrigado por ter me tirado de lá, Yuma-kun. Mas... Ele não iria fazer nada se eu não quisesse, eu juro! -Len se levantou segurando as mangas da blusa branca de Yuma, olhando profundamente naqueles olhos sérios, praticamente implorando.

O rosado engoliu em seco, mas sem dar indícios de que o tivera feito, e suspirou em seguida, novamente hipnotizado pela expressão fofa do amigo. Len sempre conseguia o que queria dele dessa forma, parecia até um filhotinho inocente e birrento.

-Tudo bem. Você está bem agora. -a mão bateu em seu ombro e Yuma sorriu se afastando. -Mas eu estarei à espreita.

E o maior fez um sinal de que estaria mesmo com os dedos apontando para o mais baixo. A menina riu ao ver essa intimidade dos dois, rara, mas existente, e Piko sorriu aliviado por não ter nenhum problema com Len logo de inicío.

E por falar no albino, Len o fitou e bateu no colchão.

-Por favor, Piko-san, venha me contar porque veio junto com Yuma-kun! -o loiro insistia em saber, pois não fazia ideia de que o jogador de tênis mais conhecido do Colégio Isahara tinha amizade com o ex-Idol.

Enquanto o albino dizia como tinham se falado pela primeira vez e explicava seus motivos para continuar andando com o ex-idol antissocial e silencioso, Len percebia aos poucos que o garoto realmente era como ele, tinha ímpetos muito fofos, mas era decidido, corava facilmente e seus olhos tão lindos brilhavam quando dizia algo com exaltação. Seus cabelos eram curtos quase no mesmo tamanho do que o de Len, mas continha um fio engraçadinho no topo da cabeça que Len tinha vontade de ficar puxando.

Ao ver o mais novo interessado em algo acima, Piko sorriu.

-O que olha tanto na minha cabeça? -Piko dobrou os joelhos, sentindo-se aliviado por uma pessoa famosa como Len dar tanta atenção para ele.

-Ah! Gomen, eu só achei esse fio bem legal. -Len tocou.

-Eu também gosto da sua franja. -Piko riu, tocando também o cabelo loiro.

Os dois pararam assim que IA e Yuma reapareceram na porta com uma bandeja de chá e biscoitos de chocolate.

-Uwaa! Como eles são shotas!!! -IA começou a falar gritante para o rosado que só assentiu com as bochechas coradas.

Piko se levantou repentinamente, gaguejando.

-E-E-EU N-NÃO SOU S-S-S-SHOTA!!!

Len começou a rir desenfreadamente enquanto o albino virava começando a repreendê-lo.

Essa situação correu por mais duas horas quando um toque na porta os fez se darem com a figura de Kyte.

xxx

-O que estão fazendo aqui? Yuma, seu horário é integral, não? -o azulado chegou adentrando lentamente. Mas mesmo que seu tom de voz fosse calmo e seus olhos relaxados, Yuma se sentiu repreendido mesmo assim.

-Gomen, Kyte-san. Eu... Tive que vir com o Len. Ele perdeu a van e estava preocupado em ele vir andando. Especialmente com esse tempo de chuva. -Yuma falou normalmente, como se mentir fosse uma de suas especialidades.

Len tremeu dos pés a cabeça. Ele não gostava de mentir para o Kyte, e o azulado sabia muito bem saber quando ele o fazia, por isso ficou com muito medo de seu rosto delatar e Kyte brigar com Yuma e os outros.

-Ah, eu também estava preocupado por causa de ontem. Então, obrigado, crianças. -Kyte sorriu agradavelmente, ao passo que Len relaxava a expressão, porém, seu interior continuava tremendo.

Yuma sorriu de volta.

-Nós já estávamos indo. Já conversamos com o Len, também. Ok? Até mais Len-kun. -Yuma bateu em seu ombro brevemente e cumprimentou Kyte, agradecendo. -Vamos, pessoal.

A menina sorriu e reverenciou rapidamente e Piko acenou para Len, reverenciando também.

Assim que seus amigos se foram, Len se tocou de que não os tinha acompanhado até a porta da mansão, mas assim que ia seguí-los, Kyte barrou seu caminho com o braço.

Seus olhos estavam desviados. Parte da franja repicada cobria o olho esquerdo.

-Acho... Que está na hora de conversarmos. -Kyte fixou finalmente seus olhos no menor, que num instante ficou trêmulo e seu coração palpitou descontroladamente.

Len abaixou a cabeça, segurando um braço.

-Eu vi que estão escondendo algo. Me diga.

-N-Não é nada. -Len se virou de costas, disposto a fugir daquele assunto o quanto o possível.

Um suspiro percorreu o quarto banhado pela luz da tarde vermelha. Essa luz vinha se repetindo todos os dias desde o início daquela temporada, mas Len a achava muito bonita e sempre gostava de parar para o olhar o horizonte quando sua presença se manifestava.

Os passos também acompanharam o cenário e Kyte abraçou seu pequeno corpo, recostando as costas de Len contra seu peito.

Sentindo os braços deslizarem suavemente por seus ombros e se juntarem no meio de seu peito, o rosto de Kyte se afundando em seu cabelo e seu abdômen pressionar suas costas, Len arfou baixinho, fechando os olhos. O cheiro se impregnou no ar a sua volta e ele quase despejou toda a verdade ali mesmo.

-Você não quer me contar porque eu não vou gostar do que vou ouvir não é? -Kyte afundou o nariz em seus cabelos, inspirando todo o aroma dos fios dourados para si, para nunca esquecê-lo.

-Mais ou menos. -respondeu o menor num fio de voz. Sua garganta parecia se fechar e Len ficou realmente indeciso em seguir com aquilo.

Amava Kyte.

Amava ser abraçado.

Amava seu cheiro.

Sua voz, suas mãos e seus olhos.

Mas Nero... Nero...

Len apertou fortemente as mãos nos braços do azulado e ficou com tanta vontade de chorar que teve que apartar aquele calor bom que recebia, se afastando até alcançar o armário de vestidos e encostar a cabeça nele.

-Eu... *engole o soluço* Vou resolver tudo. Depois, nós podemos... Nós podemos conversar, Kyte-nii. -Len virou com a franja cobrindo os olhos e passou reto pelo adulto, passando pela porta e correndo para o quarto de Rin, se trancando lá.

Kyte cruzou os braços. Continuava inexpressivo, mas lá na área de seu peito, um coração dolorido chorava.

O toque do celular era o instrumental de Eternal Song. Nero, com o corpo ainda úmido do banho, atendeu-o.

-Hai?

-Nero. Precisamos conversar. Só conversar. Sem agarrar, nem beijar ou coisa assim. Entendeu?

-Como conseguiu meu número, Len? -Nero cruzou os braços, sem saber se estava nervoso ou empolgado com a ligação.

-Me responda. Eu nunca mais vou olhar pra sua cara se você vier de novo com aquela conversinha e depois ir me agarrando. Vai ou não?

-Tá ok. -Nero apertou o celular, sentindo-se muito irritado. O que será que passava na cabeça do loiro para falar daquela maneira? Pelo que sabia, Len tinha feito coisas bem piores. “Deve estar fazendo doce como sempre.”

-Onde que é bom para conversarmos?

-Você que me chama e eu que tenho que escolher o lugar?

Do outro lado da linha, um bufo. Len não era uma má pessoa e não gostava de se usar dessa vantagem, mas não conseguiu reprimir a frase maldosa.

-Se eu escolher o lugar vou acabar ficando com uma conta alta, já que eu que vou pagar no mínimo.

Nero estreitou os olhos, sentindo-se ainda mais irritado. Se algo havia mudado nele desses anos para cá era sua paciência.

-Acho melhor você dobrar sua língua. Nós vamos apenas conversar não é? Vamos nos falar na escola então.

-Daqui duas horas. Até já.

E o som de chamada encerrada soou em seu ouvido, fazendo o loiro praticamente roer os dentes. Jogou o celular na cama com violência, mas assim que o fez, ele vibrou com uma mensagem.

LP- E então? Já tirou sua dúvida?

Nero suspirou alto, vendo que teria que responder.

Kiroi- Não. Hoje eu vou tirar essa dúvida... Mas foi como eu te prometi. Se não tiver nada, vou ficar tranquilo. Tenho minhas dúvidas. Ele não ia deixar de me amar tão rápido.

Respondeu, ouvindo o som de mensagem enviada. E segundos depois outra chegou.

LP- Foram 2 anos. Vc acha pouco? Seu baka. Vo indo. Bjo.

Nero deixou o celular no bolso, escolhendo uma blusa listrada amarela e preta. Ajeitou os cabelos rapidamente e respirou fundo, olhando pela janela. Estava com cara de que ia chover outra vez.

-Vou levar um guarda-chuva. -sussurrou, abrindo o guarda roupa e depois de trancar tudo, saiu de casa, andando lentamente, com a cabeça cheia de pensamentos.

xxx

O colégio continuava em período de aulas, mas Len não encontrou Gacha por lá. Por enquanto, o loiro estava apenas andando sem rumo pela propriedade ao que era mais ou menos 5 e 40 da tarde. Tinha chegado mais cedo, pois pensava que poderia espairecer ou encontrar alguém para conversar.

Chegando na fonte, sentou-se. Tinha passado até na diretoria, mas a Diretora Merli não estava no dia. Foi então que se lembrou que era o dia da visita do Colégio Isahara ao Mirakura.

-Ahhh. -suspirou, pondo as mãos no rosto. Seria uma oportunidade perfeita para um estupro, isso o incomodava demais.

- “Alô, alô! Len, está aí?”

Len deu um salto, quase caindo na fonte ao ouvir a voz de Kuro novamente em sua cabeça.

-O-O que você quer agora?!! Por que está se metendo de novo, Kuro? -Len reclamou, fechando os olhos como se isso o ajudasse a refletir melhor a voz.

-“Nhaa, sabe o que é? Eu só consigo manter contato com meus protegidos quando eles estão em um raio de 100 metros mais ou menos. Isso é porque estou enferrujado, mas também significa que você está por aqui não é? O que está fazendo na escola?” -Kuro.

-Nada que te interessa. Por favor, eu preciso estar concentrado quando-,

-“Quando?! Quando o quê?! Me conta! Ou eu invado suas memórias e descubro sozinho.” -Kuro.

-Ugh! Você é inconveniente, mais tarde em casa eu vou resolvo isso com você. Daí finalmente você vai responder minhas perguntas. Você mesmo disse que estou “crescendo”. Né?

-“Sim. Você não vai voltar com a gente? Eu e a Rin te esperamos do lado de fora da escola. No portão sul, tá? Me conta depois então, qualquer perigo que estiver correndo, me contate. Então até já, estou fazendo uma prova agora.” -Kuro. “Câmbio desligo hehe.”

Len coçou a cabeça ao notar que Kuro realmente já não estava mais em sua cabeça. Isso era tão estranho todas as vezes, mas estranhamente estava se acostumando rápido.

-Ugh, isso é muito, muito inconveniente.

-O que? -a voz veio mais à frente. O loiro se levantou num forte impulso ao ver Nero se aproximando com uma face inexpressiva.

-Ah, nada de mais. -Len cruzou os braços, desviando os olhos.

Nero apontou para irem andando, assim a conversa fluía melhor do que se encarando.

Ambos os loiros caminhavam no corredor do prédio dos clubes. O dia ia escurecendo rápido, mas nenhum deles notou.

-Eu disse várias vezes. Eu quero confirmar: você ainda gosta de mim? Apesar da sua resposta, é difícil de acreditar que você tenha deixado de gostar de mim. Eu te conheço tão bem, eu sei que no fundo você não me esqueceu.

Len apertou as mãos. Era difícil acreditar que um dia tinha gostado de alguém tão convencido como ele, mas agora era o momento de esclarecer tudo.

-Não gosto mais. Gostei de você. E não te esqueci, mas eu já superei. -Len parou de andar, segurando nas barras da grade, virando-se para aquela vista tão bonita do dia virando noite novamente.

-Como eu disse, é difícil de acreditar apesar da sua resposta. -Nero deu de ombros.

Len franziu as sobrancelhas finas, fitando mortalmente o outro loiro e praticamente cuspindo as próximas palavras.

-O que você acha que é? Kamisama? Tem todas as respostas na ponta da língua e sabe tudo o que penso? É porque eu virei um Idol eu sou igual a todos eles? “Rodo de mão em mão”? Eu não me importo com o que você pensa sobre mim. Eu faço a minha vida e sei o que nela acontece, somente eu sei tudo sobre mim. Por isso me deixe em paz a partir daqui. Me esqueça, não me persiga mais. -Len fez um movimento com a mão que dizia “Já chega” e ele se afastou, deixando aquele cenário bonito e aquele rapaz que um dia tinha gostado.

Mas antes que virasse a esquina do corredor, a voz de Nero o fez parar.

-Tudo bem. Eu vou ser sincero... Eu não gosto mais de você. Eu realmente me apaixonei pela Lily.

Len virou-se de perfil apenas para dar-lhe o direito de suas últimas palavras.

-Eu só acho que te conheço muito bem. Mas se você diz com tanta certeza que nesses dois anos já esqueceu aqueles poucos dias, eu fico mais tranquilo. -Nero sorriu de lado.

-Vai se fuder. -Len continuou andando, sentindo suas bochechas arderem por soltar aquela frase presa em sua garganta. “Fui muito infantil... Mas eu queria muito dizer isso faz tempo.”

Len saiu da escola bem quando o sinal bateu e esperou Kuro e Rin saírem. Antes de poder acha-los, viu uma moça morena acompanhado de um rapaz moreno também em sua direção. Reconheceu-os finalmente e eles o cumprimentaram.

-Olá, Len! Viu o Nero? Ele faltou sem dizer nada. -Clara sorriu em sue sotaque puxado, mas coerente.

-Ah, eu vi e já falei com ele, Clara-san. Acho que ele estava confuso só. Olá Bruno-san. -Len cumprimentou o espanhol charmoso que a acompanhava.

-Olá, Len-kun. -Bruno deu-lhe um sorriso perfeito.

-Vamos indo então. Obrigada, Len-kun. -despediu-se afagando sua cabeça enquanto o moreno batia de leve em seu ombro.

Len olhou-os até que sentiu um peso em suas costas. Era Rin envolvendo seu pescoço com os braços finos com uma voz gritante.

-YAY! Len, você veio nos buscar!!

-Len!! Conta, conta agora o que estava fazendo na escola!! -Kuro veio também, apertando-o em seus braços.

-S-Solta. -resmungava preso pelos fortes braços do gato preto.

Kuro os rebocou em direção a van, para não perderem, e começou seu questionário incansável enquanto deixava a gêmea também curiosa e também cheia de perguntas.

-Vocês dois...

-Hm? -sorriram os dois.

-Me deixem descansar apenas um pouco. Em casa eu conto, sim? -Len abraçou o braço de Rin e de Kuro sentados um de cada lado.

Olhando pela janela, Len viu a figura de Nero abraçando uma menina loira que de costas ele facilmente reconheceu.

Sorriu pequeno, vendo também como o céu rapidamente ficou azul escuro. Fechou os olhos, deixando aquele dia se perder no fundo de sua mente.

xxx

-Estou dizendo, Kyte. Ele não está brincando... Ele realmente está gostando daquele pirralho. -Gack articulou com as mãos para o azulado que ouvia tudo sem entender muito.

-Não é como se eu entendesse seu nervosismo. O Len também é muito mais novo que eu. -Kyte se envergonhou ao dizer isso, mas em seguida Gackpo riu alto.

-Isso é verdade. A diferença deles é de 14 anos, apenas dois a mais do que a sua para o Len, que é de 12. De qualquer forma... É um garoto. E ele é um homem. Um homem mesmo, de 31 anos. Seja realista. -Gack bateu a mão na testa. -Por isso seja realista você também. Se é verdade o que você me disse, se o Len vai começar a namorar com aquele garoto como disse que ia fazer, quando ele tinha 13 anos, você não pode fazer nada. Se controle e aceite.

-Sim... Eu sei disso.

Kyte tomou outra colherada de sorvete e suspirou, olhando a tv e como a porta de entrada abria, fazendo Len, Rin e Kuro entrarem sorridentes.

-Tadaima! -falaram.

-Okaeri. -Gackpo sorriu para os garotos. -Hoje vamos fazer um jantar variado, vão escolhendo e vão se trocar para ajudarem.

-Osu! -responderam animadamente.

E aquela noite foi bem tranquila até. Mas Kyte não apareceu em seu quarto.

Continua


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Notas finais do capítulo

Yosu! Estou conseguindo aos poucos ir dando o final da fic para vocês. E como sempre os clichês... Kyte acha que Len não quer ficar com ele, especialmente depois do loirinho ter afastado seu íntimo abraço!!! T-T.
E claro, Nero, se fu***! HAHAHAHAHA! Perdoem-me os fãs de Nero.
Esse impasse de KytexLen me dá um tempo para falar sobre o Kuro. E sobre quem o Gack estava falando? Isso realmente não tem importância por enquanto, porque tem haver com os especiais que eu vou fazer ;).
Entrando em contagem regressiva para o final> 7 capítulos faltando.
Reviews? Bjos suas lindas e lindos. Até o próximo!



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