O caso era complicado, estavam todos empenhados em descobrir o “assassino da vez”.
     Grissom havia ficado doente então, estava de folga, coisa que nunca fazia. Sara, estava como assistente supervisora, enquanto Catherine era a chefe momentânea. Warrick estava na lua-de-mel, Greg estava também empenhado em encontrar o serial killer. Enfim, todos tinham trabalho a fazer, ou melhor, quase todos...
   
Nick pov: era eu ali sentado à mesa da sala de reuniões com meus amigos. Estávamos tentando, sem sucesso, resolver um caso irritante e intrigante. Um homem encontrado morto em um galpão num lado obscuro de Vegas, ele estava sem nenhum pingo de sangue no corpo.
    O Dr. Albert chegou a me perguntar se tinham drenado o sangue do individuo, mas não! Ele fora encontrado assim.
    Devo confessar algo, eu sou um vampiro. Penso na maior naturalidade em como isso foi possível, bem eu namorava uma vampira sem saber, até que em um belo dia, ou nem tanto, eu pedi a ela que me transformasse, assim foi, ela me transformou e me deixou definhar de sede em um canto do deserto de Vegas.
Prometi a mim mesmo que nunca iria transformar ninguém, até porque sou um vampiro “do bem” e não quero ver ninguém sofrer...
        Parei de prestar atenção no que Sara falava e comecei a me prender na voz de uma outra mulher que, embora fosse a superior ali, falava pouco, só observava.
    Catherine...
    Seu sorriso cintilante, sua pele macia, seus olhos cor de mar, sua boca levemente rosada... Ah... Eu a amava...
     Mas esses não eram os únicos atributos dela, ela tinha um sorriso contagiante, tinha seu próprio jeito de resolver os problemas, mas ela sofria sozinha. Quantas vezes eu a peguei chorando perto dos armários, perguntei o que se passava e ela veio com a desculpa mais esfarrapada de todas quando se está chorando: “caiu um cisco no meu olho”.
    Eu a faria conversar comigo, não que nós não fossemos amigos, mas Grissom sempre tomava “meu” lugar chegava a ser chato, parece que ele faz de propósito, toda vez que vou falar com ela, Gil sempre dá um jeito de chamá-la pra fazer algo, ajuda-lo em alguma de suas doideiras ou simplesmente... Sei lá o que!
    Mas agora com ele doente, eu estou me aproximando dela, oferecendo ajuda, um ombro amigo, mesmo que ela não precise ainda, sempre estarei a sua espera, minha amada...
    Estava lá eu agindo como um vampiro de novo. Possessivo era eu quando atacava de minha raça, a queria a qualquer custo e não abriria mão nem que pra isso fossem precisas medidas drásticas.


    Nick encarava o nada quando foi disperso de seus devaneios por Catherine.

- Acorda garotão!- disse ela - você quase dormiu a reunião inteira. O que está acontecendo?

- Eu que te pergunto nunca se preocupa comigo. Que milagre é esse?- disse o Texano num tom brincalhão.

- Isso não é verdade! – disse ela fingindo indiginar-se – me preocupo com você tanto quanto com os outros, mas você já é bem crescidinho para ficar cobrando atenção! Não acha?

- Sou tão velho quanto o Grissom!- disse ele, sentindo o incomodo no rosto de Cath - desculpe. – Nick já ia sair da sala quando Catherine o tocou no ombro e ele se virou.

- Você tem razão, eu tenho ficado preocupada, mas você sabe que eu me preocupo com todos vocês principalmente com você e Grissom que são os que dão mais trabalho! Mas, me esqueci que você é o mais carente - ela o abraçou.

    Nick pov: então, quando suas mãos tocaram meu pescoço, senti suas veias pulsarem de leve sob minha pele fria, seu sangue era doce. De tal forma que tive de me separar dela e sair dali o mais rápido possível.
    Quando me tornei o que sou os cheiros me incomodavam muito, principalmente o dela, todos tem um odor característico que só os que têm o olfato super apurado podem sentir, os cachorros são um bom exemplo, e nós também. Enfim o cheiro do sangue dela sempre me chamava a atenção às vezes tentava em concentrar em alguma coisa, mas era só ela passar perto que eu tinha que sair e procurar algo diferente pra cheirar... Foram tempos difíceis, mas depois me acostumei, mas ainda assim as vezes quando estou descontrolado ou com raiva se ela se aproxima meu corpo relaxa...    

Catherine pov: quando ele se separou abruptamente achei que tinha feito errado em abraçá-lo, mas os seus olhos pediam aquele abraço.
Sua pele nunca esteve tão fria talvez fosse o ar condicionado muito alto ou simplesmente sua pele em temperatura normal...
Não sei o que exatamente aconteceu, mas o que quer que seja me deixou perturbada...