Bad Girls escrita por Mellissa Evans


Capítulo 29
Chapter Twenty-Eight: O Mesmo Erro.


Notas iniciais do capítulo

Oii amores...
Aqui vai mais um cap..
Preparados?
Preparem os corações, pq essa declaração do Edward é de
matar!
Ah.. LoreHale, vc tinha me perguntado o título da música
do último cap..
Foi essa: Misery Business do Paramore.



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POV BELLA



É estranho admitir, mas, foi bom entrar numa trégua temporária com Os Cullens. Em especial, com Edward. Eu sei que não deveria me permitir entrar nessa de novo, mas, quando estou com ele. O tempo passa tão depressa! É engraçado pensar que, até há alguns meses atrás eu moveria céus e terras para destruí-lo de todas as formas possíveis. E agora, cá estamos nós; dentro do mesmo carro, sentados próximos o bastante para sentir a respiração um do outro.

Porém, o orgulho continua intacto e por esse mesmo motivo, não falamos nada durante o caminho de volta para casa. O desfecho dessa noite me parece tão incerto e ao mesmo tempo, tão previsível.

– Não acredito que o Stefan sabia da existência da Claire – comentou Alice com cenho franzido.

– Não acredito que não colocaram a mini-Rosalie no porta-malas – comentou Jasper, fingindo decepção.

Rosalie, Emmett e Claire reviraram os olhos. Os demais riram.

– Se eu fosse no porta-malas, você iria no capô. Né? – disse Claire sarcástica, provocando mais risos no pessoal. E em mim também.

Sinceramente essa história de “melhores amigos para sempre” da Clairinha com o Jasper é verdadeira sim. E bem engraçada.

Mas, não era neles que eu estava prestando atenção. Também não era em Edward; que eu estava pensando e sim em Stefan e no que ele me disse algumas horas atrás. Ele, por alguns minutos pareceu-me culpado e arrependido. Também senti que ele estava me escondendo alguma coisa. Que parecia estar omitindo alguns fatos.

Oh droga. Será que isso tem alguma coisa haver com as malditas das Denali? Saí de meus devaneios ao escutar risadas. Quando percebi, o carro estava fedendo a macarronada; refrigerante e muito, muito pum.

– CREDO JASPER! – Alice gritou, tampando o nariz. Os demais choravam de tanto rir, e eu não tive alternativa senão abrir a janela – Seu porco! Podia ter guardado essa pra você, hein?

– Não fui eu! – retrucou ele nervoso. – Não fui eu, não fui eu! – repetia várias vezes.

– Aham... – Rosalie estava prendendo a respiração e tampando o nariz de Claire – Cara se toca. Você é o único que peida desse jeito tão escroto! – comentou entre risos.

– Credo Jasper, parece que tu tomou banho no esgoto! – acrescentei, caindo em gargalhadas.

– Mas não fui eu! – gritou. Totalmente irritado.

– Fui eu. – respondeu Edward, fazendo com que Emmett gargalhasse de forma estrondosa, fazendo todo o carro tremer – Escapou – disse cinicamente. Aí sim eu não me aguentei e comecei a chorar de rir.

– Que nojo... – Claire franziu o cenho – E, ah, Cara de cu. Você está parecendo um mendigo! – disse rindo.

Edward olhara primeiramente para Emmett e, em seguida, voltou sua atenção para Rosalie.

– Tinha que ser sua filha. Não é mesmo, esposa do Chuck? – ele suspirou.

Rosalie sorriu desdenhosa.

– Olha quem ta falando... – ela riu – Bonequinho de plástico! – exclamou fazendo os outros rirem.

Ele revirou os olhos e, muito abusadamente, colocara os braços em meu ombro. Arqueei a sobrancelha e olhei-o fixamente. Ele me encarou também, não desviando os olhos em momento algum.

– O que foi? – perguntou cínico.



Eu só penso que nós poderíamos nos dar bem
Eu gostaria de te dizer isso cara a cara
Ao invés de cantar essa música estúpida
Mas sim, eu só acho que nós poderíamos nos dar bem



– O que pensa que está fazendo, Cullen? – disse um pouco menos ríspida do que eu gostaria – Não é só porque nós entramos numa trégua que você pod... – ele não me deixou completar a frase, ao invés disso calou-me com um beijo.

Eu tenho morrido todos os dias esperando por você
Meu amor não tenha medo eu tenho te amado
Por mil anos
Eu vou amar-te por mais mil



O beijo havia sido rápido. Mas intenso o bastante para fazer-me sentir sensações que há tempos eu não sentia. Pelo menos, não por Edward Cullen.

Podia sentir minhas bochechas corarem furiosamente, à medida que meu corpo tremia numa espécie de convulsão pós-beijo. Infelizmente, Edward havia percebido. Por que outro motivo ele iria sorrir daquela maneira, tão orgulhosa e feliz?

Suspirei fundo. Não estou gostando nem um pouco do rumo que essa história está levando...

E, por falar em rumo...

– Afinal de contas, por que essa demora? Já não éramos para ter chegado? – perguntei confusa.

– Infelizmente – pronunciou-se Emmett, que dirigia o carro com uma alegria perceptível. Obviamente era por causa de Claire e Rosalie – Estamos indo para minha casa... – exclamou, sorrindo vitoriosamente ao ver eu e minhas irmãs arregalando os olhos.

– O QUE? – gritamos juntas.

Ele e Edward riram. Jasper apenas encolheu-se, achando que seria atacado.

– Isso mesmo! – continuou Edward. Os olhos claros fixos em mim, que olhava para frente – Hoje, vocês serão nossas reféns.

– Se a minha loirinha não estivesse dormindo, eu juro que te matava Emmett! – rosnou Rosalie. O rosto enrubescendo devido à raiva.

De repente, os demais começaram a sair de fora do foco. Tudo o que eu conseguia ver era eu e Edward sentados, lado a lado dentro do carro. Ele com as mãos ao redor do meu pescoço com um sorrisinho nos lábios avermelhados. Meu rosto estava igualmente rubro e meus lábios tremiam. Eles haviam armado para nós!

E o pior é que a nossa casa ficava muito longe dali, e os pneus do carro da Alice furaram, - tanto que precisou chamar o reboque -, e Rosalie com Claire no colo iria me engolir viva se sugerisse parar o carro e voltarmos a pé para casa.

Sim. Essa é a armadilha perfeita!

[...]



Sem alternativas, nós tivemos que ir dormir na casa dos Cullens. Que, aparentemente haviam passado o dia inteiro tramando contra nós. A casa estava pouco iluminada e, ao que dera para entender os empregados haviam sido dispensados. Os pais deles (infelizmente) não estavam em casa. O que só servia para me deixar ainda mais nervosa.

Eu não tinha ficado a sós com Edward por mais de uns dez ou quinze minutos... Quem dirá uma noite inteira! Droga. Eu devia ter previsto isso...

– Boa noite a todos! – exclamou Jasper. E de repente, tive a maldita sensação de que ele e Alice sabiam que isso iria acontecer – Vamos mô... – disse puxando-a pelas mãos, antes que eu tivesse a chance de ir para cima deles.

– Você vem por aqui – dissera Emmett á Rosalie que parecia inexpressiva.

Oh Deus! Eu serei estuprada. É hoje, é hoje!

Assim que eles desapareceram do nosso campo de visão, Edward exclamou com um sorrisinho presunçoso:

– Se lembra da última vez em que esteve aqui, Bells? – perguntou. Só então percebi o quão próximo de mim, o infeliz estava. Suspirei fundo e, por um momento esqueci-me de como respirar.

Ele estava atrás de mim; com as mãos em volta da minha cintura, os lábios bem próximos de meu ouvido. Sussurrando palavra por palavra. Fazendo um choque percorrer por todo o meu corpo.

– Não... – menti descaradamente. Claro que eu me lembro!

Para minha surpresa, Edward riu. E então, virou-me para ficar-nos frente a frente. A centímetros de distância um do outro; estávamos tão perto que eu podia sentir sua respiração oscilar.

Ele fechou os olhos e, ainda aos sussurros, exclamou:

– Foi a sua primeira vez – um sorriso sincero surgiu em seus lábios. Fazendo meu coração bater aceleradamente – Lembra-se, Bells? – perguntou. Só então, abriu os olhos para me fitar.



A melhor coisa dessa noite é
Que nós não estamos brigando.
Pode ser que nós tenhamos estado
Desse jeito antes.
Eu sei você não acha
Que eu estou tentando
Eu sei, você está se desgastando
Estreitando sua queda.

Senti minha garganta embolar-se, num nó asfixiante. Lágrimas já ameaçavam cair por meus olhos e meu coração apertou-se de dor. Mordi o lábio, tentando engolir o choro que já estava por vir.

– Sim. Sim eu me lembro – exclamei finalmente, fitando-o intensa e fixamente – Foi o melhor dia da minha vida... – confessei, sentindo-me uma completa babaca.

Minhas bochechas estavam queimando de forma irritante. Droga! Definitivamente, eu odeio Edward Cullen. E o fato de que, não consigo odiá-lo por mais de uma ou duas horas.



Mas prenda seu ar
Porque essa noite vai ser a noite
Que eu vou me apaixonar por você
De novo e de novo
Não me faça mudar minha mente
Ou eu não vou viver para ver outro dia
Eu juro, é verdade

– Quando foi que tudo deu errado Bells? – perguntou-me. Os olhos dele pareciam-me, tão sinceros...

Mas, a essa altura, eu já estava prestes a desmoronar.

– Quando você se envolveu com a maldita da Tânya! – retruquei, sentindo-o meu corpo borbulhar de tanto ódio. Eu amo Edward! Mas, também o odeio de forma intensa para esquecer tudo o que ele me fizera no passado e que, de alguma forma sei, que continua fazendo – Eu te amei Edward. Eu te amei muito! Eu te amei mais do que qualquer coisa nessa vida! – foi nesse momento que eu desabei de uma vez – Eu confiei em você. Acreditei em cada uma de suas palavras! Mas, tudo o que você fez foi rir de mim! – solucei – Eu... Eu...

Ele nada disse em sua defesa. Novamente, calou-me com um beijo. Um beijo eufórico; apaixonado, cheio de magoas de ilusões... Cheios de saudade. Saudade do calor que só um poderia proporcionar ao outro; saudade de uma época em que eu era verdadeiramente feliz.

Vim para te encontrar, te dizer que estou arrependido
Você não sabe como você é adorável
Eu tive que te encontrar, te dizer que eu preciso de você
E te dizer que me afastei de você
Me conte seus segredos e me pergunte suas dúvidas
Oh, vamos voltar para o começo
Correndo em círculos, chegando nas caudas
Cabeças em uma ciência distante



Beijávamos-nos de forma intensa e apaixonada. Puxei seus cabelos com força, fazendo-o suspirar durante o beijo e ele colou nossos corpos. Suas mãos firmaram-se em minha cintura e, ele apertava meu corpo ainda mais ao dele. Eu não consegui raciocinar – acho até, que me recusava a agir de forma lúcida. – direito. As mãos dele percorrendo meu corpo, encheu-me de um calor que só ele conseguia acender.

Ninguém disse que era fácil
É mesmo uma pena nós nos separarmos
Ninguém disse que era fácil
Ninguém nunca disse que seria tão difícil
Oh, me leve de volta ao começo.


Eu não sei dizer por quanto tempo nos beijamos. Uns dez...quinze? Realmente, eu não sei. Tudo o que eu sei é que aquele beijo parecia não ter fim. Quanto ao oxigênio; quem precisa dele para viver? Meu corpo dependia inteiramente de Edward naquele momento. Se ele se afastasse, provavelmente eu ficaria com abstinência. De todas as drogas, Edward era a minha primeira. E única. E a que me deixou completamente viciada e extasiada apenas com um beijo, com um toque.

Eu não queria parar aquele beijo. Acho que ele também não...

Isso não é o que eu tinha planejado
Eu sempre jurei para você, eu nunca iria desmoronar
Você sempre pensou que eu fosse forte
Eu posso ter falhado
Mas eu tenho te amado desde o começo.


Mas precisamos parar. Afinal, estávamos sem fôlego. Maldita seja a falta de ar! Estávamos completamente ofegantes. E eu podia sentir meu coração acelerado, pedindo por mais de Edward. Por mais de nós.

Por alguns momentos, nós ficamos sem trocar uma única palavra. Com nossas respirações alteradas e libidos intensas. Ficamos aproveitando aquele silêncio – que significava muitas coisas e, ao mesmo tempo, não significava nada. – Mas, então, Edward o quebra.

– Eu te amo Isabella Marie Swan – aproximou-se de mim. Senti meu corpo arrepiar-se com tais palavras – Eu sempre te amei – sussurrou, sem desviar os olhos dos meus – Me perdoe pelas vezes que te fiz chorar. Perdoe-me pelas vezes que te fiz se sentir um nada, mas, o mais importante... – engoliu em seco e, então se ajoelhou – Me perdoe por ter fracassado contigo. Perdoe-me por ter dado preferência a uma simples transa. Eu sei que fui um verdadeiro imbecil e, que continuo sendo... Mas, eu não sou mais aquele garotinho de antes, Bells. Eu te amo... E te quero de volta. Te quero como nunca quis alguém! Eu quero que você volte a ser a minha pequena. E eu te amo – os olhos dele estavam cheios de lágrimas – Eu sei que eu não sou perfeito. E que nunca vou ser. Mas, por favor. Perdoa-me! Eu mudei.



Não estou pedindo uma segunda chance,
Eu estou gritando com toda a minha voz.
Dê-me a razão, mas não me dê a escolha.
Pois eu cometerei o mesmo erro outra vez.



Não consegui responder com palavras. Eu simplesmente desatei a chorar novamente; dessa vez, talvez, com mais desespero do que antes. Meu coração doía e se derretia ao mesmo tempo e, eu estava confusa.

Não encontrando palavras, eu deixei que meu corpo caísse de joelhos. E então, beijei-o apaixonadamente. Ele correspondeu o beijo de forma avassaladora, e senti que seu corpo tremia tanto quanto o meu.



Não estou pedindo uma segunda chance,
Eu estou gritando com toda a minha voz.
Dê-me a razão, mas não me dê a escolha.
Pois eu cometerei o mesmo erro outra vez.
Não estou pedindo uma segunda chance,
Eu estou gritando com toda a minha voz.
Dê-me a razão, mas não me dê a escolha.
Pois eu cometerei o mesmo erro outra vez.

FIM DO CAPÍTULO.


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Notas finais do capítulo

o próximo cap tá mais tenso... Eu fiquei com vontade de chorar!
mini-spoiller:
"Tão rápido veio, tão logo se foi o sono. Acordei no meio da madrugada, sentindo um cheiro estranho. Como se alguma coisa tivesse queimando. Só então eu me dei conta de que..
Fogo sussurrei meus olhos arregalados. Vozes a minha volta gritavam desesperados. Tudo a minha volta estava com fogo. E este subia lentamente pela cama. Sentei-me na cama, muito apavorada. Uma única palavra preocupava-me mais do que as chamas que estavam tentando me consumir: Claire. Onde ela estaria? Será que estava salva? FOGO! FOGO! gritei desesperada. Pulei da cama e fui em direção a porta: ela estava trancada.
Merda. Merda. Merda. Eu não posso morrer! Eu não vou morrer, eu me recuso! Tentei inutilmente destrancar a porta; mas ao que parece alguém estava impedindo-me. Tinha alguém segurando a maldita porta!"
POV Rose.. E ela NÃO vai morrer!