Prólogo

Bella prendeu o choro. Não podia acreditar – não queria acreditar – naquilo que estava lhe acontecendo. Era para aquela ser a melhor noite de sua vida! Por quê? Perguntava ela a si mesma.Por quê? Ela podia escutar as risadas ao longe; e ver o sorriso estampado no rosto de cada um ali presente.

Ela fora humilhada pelo primeiro cara por quem se apaixonara de verdade. Tivera seus sentimentos esmagados e seu coração quebrado em mil pedacinhos. Seu corpo tremia por inteiro e as pálpebras de seus olhos estavam pesadas por demasiado – resultado das lágrimas teimosas e malditas que caíram de seus frágeis olhos verdes – a mesma estava despedaçada.

E fedendo a ovo podre. Lembrava-se perfeitamente do que aconteceu naquela noite e desconfiava que jamais iria esquecer-se. Edward passara meses a cortejando, sendo um verdadeiro cavalheiro para com ela para no final, rir dela e ganhar o prêmio de melhor ator do colégio de Forks. Ela passou meses procurando pelo vestido perfeito... Indo de salão em salão procurar por alguém que pudesse deixar-na perfeita. E para que? Para no final ser banhada com tinta azul. As Denali jogaram-lhe ovo podre e, perfeito! Bella Marie havia virado uma das palhaças da turma...

Eu pensei ter visto um homem trazido à vida
Ele era carinhoso
Ele chegou como se ele fosse majestoso
Ele mostrou-me o que era chorar

Bem, você não pode ser aquele homem que eu adorei
Você não parece saber ou
Se importar para que serve o seu coração
Mas eu não o conheço mais

– Lá vai o patinho feio! – pode ouvir Tânya Denali, a líder das galinhas exclamar enquanto corria apressada até a porta de saída mais próxima. Naquele momento ela não sabia quem odiava mais; se Edward por ser tão hipócrita e doente, Tânya por ser tão... Vadia e ignorante ou se a si mesma, por ter caído no conto da Cinderela. Ela entrou ali cheia de expectativas e sonhos e saíra dali destruída, com ódio e muita magoa.

Não há nada onde ele costumava estar
Minha conversa tem se esgotado
Isso é o que está acontecendo
Nada está bem,
Eu estou dilacerada.

Com a irmã mais velha, Rosalie. Havia sido igual e diferente ao mesmo tempo. A primogênita achava que iria contar a Emmett sobre sua gravidez e que ele a pediria em casamento no mesmo instante, entretanto as coisas não haviam saído como o planejado.

O Cullen, embriagado, tentou obrigá-la a abortar. Socou sua face diversas vezes e, então a deixara no meio do nada, completamente perdida e transtornada. Ela havia ido ao baile cheia de boas intenções e de amor para dar, quando Emmett chamou-a para sair daquele local escroto ela imaginou que ele fosse a levar para um restaurante chique e em seguida para sua casa. Porém, ambos foram parar no meio do nada e o moreno tentou abusar da loira que sem alternativa, chutou-lhe a genitália. Ele ficou puto.

E lá estava ela. Magoada; abandonada, decepcionada, enfurecida e grávida.

Eu estou totalmente sem fé
Isto é como eu me sinto
Eu estou com frio e eu estou envergonhada
Estando nua no chão
Ilusão jamais se transformou
Em algo real
Eu estou bem atenta e eu posso ver
O céu perfeito está dilacerado
Você está um pouco atrasado
Eu já estou dilacerada

– Quando vai contar á aquela anã sobre nós Jasper? – indagou Irina. A irmã caçula de Tânya e tão ou mais vadia que a própria.

O que nem ela e Jasper sabiam era que Alice, a namorada escutava tudo atrás da porta da sala que se encontrava entreaberta. Sem pensar duas vezes a morena chutara-a porta e adentrou visivelmente perturbada.

– Não precisa se dar ao trabalho, Sr. Cullen – dissera a morena com lágrimas nos olhos – E, quanto a você Irina... – tentou reprimir a vontade de chorar o que era quase impossível – Pode fazer bom proveito – dito isso saíra da sala correndo, entristecida com a traição que presenciara.

– Alice! – Jasper, entretanto estava determinado a provar que ela estava errada e que aquilo tudo não passara de um mal-entendido. Correra atrás dela pelos imensos corredores da escola, e quando finalmente a alcançou. Segurou seu pulso fortemente obrigando-a se virar – E-eu posso explicar!

– Sim. Pode – concordou ela chorosa – Só que eu estou cansada disso, Jasper. Pra mim chega! Eu quero que você e aquela vadia se explodam! – gritou, estapeando-lhe a face – Eu cansei de você. Dela e dessa maldita escola... – exclamou entre os soluços.

– Alice, Alice meu amor! Por favor, deixa eu... – fora interrompido. Dessa vez, impaciente a morena socou-lhe o queixo. Fazendo com que ele caísse no chão devido o impacto.

– Adeus Jasper.

Te asseguro que o que está sofrendo
Por não estar comigo, é você!
E mesmo que em mim também esteja doendo
Já conheço sua atitude.

Sua jogada... Saiu ao contrário
O que esperava?
Que por você me arrastaria outra vez?

Fim do Prólogo.