Please, Peace! escrita por Mieolchi


Capítulo 6
O professor


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!!
Divirtam-se!!
~♥



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Entramos silenciosamente. O garoto tirou os sapatos e sentou-se confortavelmente no sofá, seguindo-me com os olhos à espera de que eu sentasse ao seu lado. Sua expressão era mais doce do que o comum. Eu, ali, naquele momento, não sabia mais o que ele era para mim. Uma criança doce ou um homem? O que eu queria dele?

Sentei-me ao seu lado, sorrindo. Ele me abraçou carinhosamente e pude sentir seu coração batendo. Batia forte, acelerado. O meu fazia o mesmo, mas não pude mais ter a certeza se era porque eu estava apaixonada ou porque aquela situação era perigosa. Com certeza era uma situação perigosa – e deliciosa.

Ele estava visivelmente feliz. Sorria o tempo todo, acariciava meus cabelos e os colocava para trás da orelha. Tinha o olhar brilhante e apaixonado, como se fôssemos namorados de longa data. Não pretendia enganá-lo mais – nem enganar a mim mesma. Eu precisava dizer o que eu sentia.

– Jonggie... – afastei delicadamente a sua mão do meu rosto e a segurei. – Ainda não me sinto bem nessa situação. Estamos indo rápido demais. Não tenho certeza se gosto de você de verdade ou se estou só me deixando levar pelo momento... e pela sua teimosia! – ri um pouco da última frase para não deixar o clima pesado. – Não quero que você sofra caso tudo isso não passe de paixão passageira. – acariciei seu rosto com uma das mãos e ele a segurou, pousando um beijo nela. Ele me olhava sem entender muito bem.

– Noona... eu sei que estamos indo rápido... mas está tão bom assim!

– Sim, está bom, mas depois as consequências não serão boas. Espere um pouco, ok? – eu disse, enquanto ele mordia o lábio inferior e se aproximava de mim. – JongHyun, você está entendendo o que eu estou dizendo?

– Aham... – começou a me olhar maliciosamente, umedecendo os lábios com a língua e chegando cada vez mais perto, fazendo com que eu quase caísse deitada no sofá. – Eu estou entendendo tudo...

– Kim JongHyun! Você é mesmo uma criança mimada! – eu disse, tentando afastá-lo com as mãos, mas ele começara a vir por cima de mim. – Por que não me obedece?

– Porque eu não sou uma criança para obecer ordens! – disse. Já estava por cima de mim quando seus lábios tocaram meu pescoço, fazendo-me arrepiar por inteiro. Ele percebeu o meu arrepio e sorriu, satisfeito. – Eu quero você. – sussurrava entre os beijos.

Parou de beijar meu pescoço, levantando-se lentamente. Olhou nos meus olhos e sorriu, o mesmo sorriso malicioso de sempre. Fechou os olhos e beijou-me na testa. Voltou a recostar no sofá, sentando-se confortavelmente como antes. Continuou me olhando, mas agora sorria com um só canto da boca.

– Vou te atacar assim sempre, até você pedir por mim. – disse, sentando em posição de lótus no sofá e voltando a ser o menino de antes, com os grandes olhos amendoados e com a expressão “sapeca”.

– Ai, garoto! – levantei-me, corada. – Você não entende nada nunca! Ainda vai acabar com a minha vida desse jeito!

– Nem vou... – mostrou a língua. – Mas eu prometo que vou me comportar mais... Só vou fazer alguma coisa se você quiser. A propósito, não gostei do modo como aquele professor falou com você!

– Como você é engraçadinho, Jong!

Rimos um pouco e logo levantei-me do sofá para levá-lo à porta. Ele relutou um pouco antes de sair, mas me beijou apenas na bochecha. Sussurrou um “boa noite, noona” antes de ir.

~/ /~

Era sábado. Acordei tarde, mas disposta. Tão disposta que até cozinhei. Comida ocidental, era só o que eu conseguia fazer! Eu estava feliz, tranquila, como se um peso tivesse saído das minhas costas, até que chega uma mensagem no meu celular: “Noona, quero te ver hoje. Vou passar na sua casa para decidirmos o que faremos, certo? Até mais.” Ah, mas que beleza, esse JongHyun não desiste! Respondi a mensagem dizendo que não poderia pois estaria fora o dia todo. Menti, obviamente. Eu queria o dia para descansar e raciocinar. Eu precisava colocar o material das aulas em dia, corrigir alguns trabalhos. Ele não me deixaria fazer nada disso se estivesse comigo.

Deixei as janelas entreabertas e não liguei a TV, de modo que, do lado de fora, pensassem que eu não estivesse em casa. Vai que o moleque resolve me visitar mesmo eu dizendo que não estava em casa? Ignorei suas ligações e voltei a fazer o almoço, quando a campainha toca. Ninguém dizia nada, apenas tocava a campainha. Eu paralisei, nem sequer respirava. Não sabia quem estava ali, mas eu devia fingir que não estava em casa. Continuei ali, parada, morrendo de curiosidade enquanto tocavam a campainha. Andei devagar até a porta e espiei pelo olho mágico. Não tinha ninguém. Espiei pela fresta da janela e também não avistei ninguém. Achei estranho, mas voltei ao almoço.

A tarde foi tranquila, fiz tudo o que tinha para fazer e mais um pouco. Organizei a casa toda, terminei de planejar as aulas e agora era minha hora de descansar. Cochilei até a tardinha. Acordei com a campainha tocando novamente. Agora eu já poderia dizer que estava em casa, não é? Fui devagar até a porta e espiei. Era o Oppa. Não abri a porta porque não quis, mesmo. Não estava com vontade de me estressar mais. Atirei-me no sofá, escutando a campainha enlouquecida, até que ele começa a gritar.

– Abra, SoYoung! Eu sei que você está aí! Não te vi saindo hoje!

Não respondi. Continuei deitada no sofá.

– SoYoung! Não me diga que está com aquele garoto aí!

Escutei isso e não me contive. Abri a porta furiosa. Encarei-o por alguns minutos e, finalmente, deixei-o entrar. Ele me olhou assustado, mas não disse nada. Esperou que eu sentasse no sofá para sentar também.

– Oppa, não admito que bata na minha porta falando essas coisas! Eu estava descansando e não queria que ninguém me incomodasse hoje. Coloquei todas as minhas coisas em dia. Eu não posso ter um momento de descanso? – falei rispidamente.

– Ah... SoYoung... me desculpe. Eu não sabia.

– Pois agora está sabendo. E, se não for incômodo, queria que se retirasse.

– Posso usar o seu banheiro antes?

– Vai.

Ele levantou do sofá, ainda assustado, e foi na direção do banheiro. Eu sabia que não era no banheiro que ele queria ir. Ele certamente iria ver se não tinha mais ninguém comigo. Nunca vou entender isso. Voltou rapidamente e se dirigiu à porta. Despediu-se com cautela e saiu.

Resolvi abrir as janelas, já tinham me descoberto. O celular tocava novamente, mas dessa vez era JiHo me ligando. Atendi.

Olá, SoYoung! Ainda está deprimida? Vou num karaokê hoje com alguns amigos, quer vir? Vai ser divertido!

Resolvi ceder ao convite. Mais à noite ele viria me buscar para irmos juntos. Aproveitei para ligar para o meu adolescente de estimação e avisar que eu sairia à noite, vai que ele fazia mais um fiasco.

Ah, sim! Com o professor bonitão você quer sair, não é? Onde vocês vão? Estarão sozinhos?

– Não, Jong, o JiHo vai com alguns amigos também. Vamos num karaokê. Só liguei para te avisar e não te deixar preocupado. Tive um compromisso hoje à tarde, por isso não saí com você. Vamos sair amanhã, o que acha?

Não... amanhã eu não posso. Divirta-se hoje, noona. É uma pena que não possamos nos ver nesse final de semana. Um beijo!

Sentia-o triste pelo meu compromisso, mas eu não podia fazer nada, ele era só um moleque de ensino médio, e não o meu namorado. Aliás, eu não sei nem o motivo de ter dado satisfações para ele.

Tomei um banho e me arrumei para sair, logo JiHo chegaria para me buscar. Procurei usar algo confortável, não queria me sentir estranha hoje. Calça jeans, uma blusa bonita e um sapo alto eram suficientes.

Recebi uma mensagem de JiHo no celular dizendo que já me esperava na frente de casa. Corri até lá e entrei no carro, cumprimentando-o.

– Olá! Como vai, SoYoung? Preciso buscar mais uns amigos antes de irmos para lá, tudo bem?

– Tranquilo, oppa!

Fomos, então, à primeira casa, que não ficava muito longe da minha. Era grande, mas simples. Reconheci o homem que saía pela porta: era o cara que vi na lancheria com JiHo ontem. Lindo, realmente. Depois, buscamos mais dois caras, um era mais alto, usava o cabelo bem liso e preto, era sério e charmoso, o outro era mais brincalhão, parecia mais novo, tinha o cabelo castanho e bagunçado. Em ordem, foram apresentados para mim como HongGi, SunWoo e ChaYong.

Chegamos no local e fomos direto para a sala reservada, onde já estavam mais duas garotas (altas, bonitas, aquela coisa toda de coreana bonita, sabe... cabelo comprido, castanho, minissaia e salto alto), MinHee e SunKi. Sentamo-nos no sofá e começamos a conversar enquanto JiHo e HongGi escolhiam alguma música.

– Então, SoYoung, JiHo me disse que você também é professora. É legal trabalhar em escola? – disse SunWoo.

– Uhm, é legal sim, mas é bem cansativo.

– Ah, você deve receber muitas cartas de amor dos alunos! É bonita e jovem! – ele riu. – Até o HongGi, que não gosta muito de garotas, reparou em você!

Meu pensamento nesse momento era: HONGGI É GAY? É POR ISSO QUE ELE FICA TÃO PERTO DO JIHO? SERÁ QUE O JIHO TBM É GAY? O_O

– Quem falou de mim aí?? – disse HongGi, olhando para nós.

– Nada, Honggie... continue cantando! – disse SunWoo, rindo. – Acho que devemos pedir algo para beber antes da janta, o que acham?

Todas as pessoas ali responderam que sim, então SunWoo piscou para mim e saiu da sala à procura de bebidas. Eu nunca tinha visto um homem tão bonito e charmoso quanto aquele. Conversei um pouco com as garotas e me divertia assistindo aos dois palhaços, JiHo e HongGi, cantando de forma cômica. Era a primeira vez que eu via JiHo tão à vontade.

O garoto mais novo, ChaYong, sentou-se ao meu lado e sorriu. Ele era lindo e tinha os lábios carnudos. Pensei já tê-lo visto em outro lugar, mas não recordei bem.

- Oi, noona! Posso chamá-la assim? - ele disse, em tom brincalhão.

- Pode sim, ChaYong! A propósito, não sei sua idade. Como você sabe que é mais novo?

- Ah, eu não sei se sou mais novo, mas você é professora! No mínimo minha noona você deve ser! Haha! Eu tenho 21.

- Não pense assim, ora bolas. Eu tenho só 24!

- Ah, sério? Parece até mais nova! - ele disse, enquanto ríamos.

SunWoo chegou com as bebidas e as colocou sobre a mesa central, pegando duas latas e me entregando uma, enquando sorria de canto e piscava um olho. Ele conseguia ser charmoso até entregando latinha de cerveja! Sentou-se ao lado de ChaYong e bebeu um gole.


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Notas finais do capítulo

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