Os meninos nos acompanharam dessa vez. Fomos a museus e
pequenos pubs muito característicos da cidade. Mas eles queria ir mesmo a
London Eye... A maior roda gigante do mundo. Concordamos e lá fomos nós.

Chegando lá, os meninos foram entrando animadamente e me
deixaram para traz. Quando eu fui entrar acabei sendo barrada, pois só podiam
entrar no máximo 6 pessoas por cabine, e nós estávamos em 7.

Eu meio envergonhada fiquei ali esperando a outra cabine
chegar. Eu iria sozinha, pois era a baixa temporada, e não havia ninguém na
fila.

Meio exitante entrei na cabine. Quando as portas se fecharam
senti qie alguém pegava suavemente em minhas mãos. Eu me virei e fui pega
totalmente de surpresa. Harry estava ali. Só eu e ele nessa cabine.

- Que mãos geladas – ele me disse – É um sinal de que você esta
com medo – falou.

- Só um pouquinho – admiti desviando o olhar para nossas
mãos.

- Não se preocupe – ele falou – Eu estou aqui para te
proteger – havia um tom serio em sua voz.

Arrisquei olhar para ele. Essa não
foi uma boa ideia. Seus olhos me encarando e ele estava tão perto de novo...

Tentei dar um passo para traz mas
acabei tropeçando em algo, talvez em meus próprios pés e cai levando-o outra
vez ao chão comigo.

Droga... Porque eu tinha que ser
assim tão desastrada!!!!

Abri os olhos e me deparei com um
grande Déjà Vu. Como se a cena do estacionamento acontecesse de novo.

Eu não iria resistir. Levantei me
o mais rápido que pude, ele se levantou também e veio em minha direção.

- Pelo visto agora você não se
machucou né?? – ele me perguntou com tom de risada na voz.

Eu olhei para traz e me
surpreendi. Ele estava mais perto do que eu gostaria. Meu coração disparou. E eu
olhei para baixo corando.

Ele colocou seus dedos levemente
em meu queixo, levantando minha cabeça até que eu olhasse em seus olhos.

Quando nossos olhares se
encontraram ele sorriu e falou:

- Sabe, eu nunca tinha me sentido
assim antes...

- Assim como?? – perguntei.

- Não sei te explicar... Só sei
que  quando eu olho para você sinto algo
diferente em meu coração – agora ele estava serio.

- Eu também não sei o que você faz
comigo que me deixa tão estranha.... Mas eu só sei que é bom – falei.

E com isso ele se aproximou
devagar, e delicadamente colocou uma das mãos em meu rosto. Seus doces olhos
verdes brilhando.... E sua boca a centímetros da minha.

Tão suavemente seus lábios tocaram
os meus.

Uma de suas mãos foi a minha
cintura puxando-me para mais perto. Eu coloquei uma de minhas mãos em sua nuca,
entrelaçando meus dedos em seus cabelos.

Foi um beijo doce , suave. E eu
não queira que acabasse nunca.

Mas derrepente a cabine parou com
um solavanco. Eu o olhei assustada. Estávamos no ponto mais alto. Ele apenas
sorriu e me abraçou, me deixando tranquilizada enquanto assistíamos juntinhos a
um lindo por do sol.