Team Reset escrita por TheForgottenBoy


Capítulo 22
Armaduras que Reluzem em Prata e Ouro! O retorno do Herói e o nascimento de um novo Parceiro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248596/chapter/22

Um novo inimigo apareceu. Ainda mais perigoso do que Lyall há dois anos: O Governo Mundial. Era algo ainda incerto para Shishi. Mas descobriu o essencial: Quem era o alvo deles... Seus antigos amigos, bem como suas duas alunas Miu e Narumi. Apesar de ter discutido com elas, não havia mudado sua opinião em protegê-las. Por enquanto, o ideal era protegê-las a todo custo.

Enquanto construía o robô mandado por sua irmã, Shishi buscou por alguns contatos da época do Team Reset sobre a influência atual que aquele homem havia dentro do Governo. Esperava os resultados há pelo menos uma semana. Durante esse período, as duas garotas ficaram quase o tempo todo dentro da sala, saindo apenas para visitar os próprios pais. Entretanto, os próprios já foram informados pelo veterano do que esta ocorrendo. Claro, tudo com menos detalhes possíveis. Usou o colégio como desculpa para os sumiços dela. Sabia que algo poderia acontecer a eles também caso soubessem do que estava ocorrendo de verdade.

Estava em seu próprio quarto, com algumas peças do robô em cima da cama. Andava pelo quarto com um manual em mãos. A caixa de ferramentas estava sobre uma mesinha.

– A Nee-san fez isso em tão pouco tempo? Acho que posso dizer que ela é um gênio. Tem coisas aqui que pra mim são quase impossíveis de entender. – Aparentemente, ele já estava montado da cintura para baixo. Tinha algumas partes feitas de borracha e de carbono, provavelmente para ser mais resistente. Nas pernas havia algo semelhante a uma armadura, principalmente onde seriam as canelas.

– Tem algo bem interessante aqui... Armor Mode? Hm... – Então, olhou para o relógio e viu que estava na hora de ir até a Diretoria. Tinha de verificar se as garotas estavam bem. Deixou o robô apoiado para que não caísse com ventania ou algo do tipo. Trocou de roupa e foi até Shirahoshi. Cumprimentava todos os alunos que ali passavam, e foi até a diretoria. Digitou novamente o código no computador e a estante se abriu. Quando entrou lá, as duas garotas estavam olhando algumas máquinas e rindo como se estivessem conversando normalmente, o que na prática, era bem diferente da realidade.

– Hm, vejo que vocês estão bem. Desculpem-me por deixá-las presas aqui. Mas é mais seguro aqui do que em qualquer lugar. – Tentou sorrir, embora estivesse bem mais cansado do que gostaria. Passou a noite toda tentando entender o robô de sua irmã.

Miu foi a primeira a perceber as olheiras do mais velho. Ergueu uma sobrancelha e ficou um pouco preocupada. – Por que está com essas olheiras, senpai? Não conseguiu dormir?

– Aposto que deve ter ficado a noite toda com mulheres, ou foi para a alguma festa. – Narumi provocou como sempre fazia. Shishi apenas ignorou os comentários dela, e começou a falar antes que a de mechas brancas falasse mais alguma coisa. – Hã, eu fiquei a noite toda pensando em como construir aquele robô. Ele é bem mais complexo do que eu imaginava. Acredito que quando ele ficar pronto, vocês poderão sair daqui.

Os olhos de ambas brilharam, finalmente sairiam dali assim que a máquina ficasse pronta. – E quando ele ficará pronto?

O rapaz parou para pensar um pouco, e então chegou a conclusão que queria. – Até amanhã, eu acredito. Eu vim até aqui só para checar como vocês estavam. Quando chegar a hora de sair, vocês saberão.

Despediu-se delas e voltou para casa, tratando logo de construí-lo. O tempo foi passado, e o robô ia tomando a sua forma original. Ombros pontudos e de cor cinzenta. Uma “reta” dourada que iria até a cintura. No peitoral, havia uma parte como uma armadura, na qual ia até a direção das ombreiras, tinham inicio nessa mesma reta dourada. Na cabeça, na parte lateral, existem dois chifres semelhantes aos de um kuwagata. Bem como na testa, há outro chifre semelhante ao de um kabuto. Seus olhos eram de formatos parecidos com óculos escuros. Entretanto, eles não emitiam brilho nenhum, quase como se estivesse desligado.

Quando se deu conta, já era praticamente de manhã. As olheiras dele já estavam destacadas no rosto. Andou até a mesinha, ainda bem cambaleante por causa do sono que tomava conta do corpo. Procurou pelo celular e digitou alguma coisa. Era um código pré-programado para que as travas da estante que dava passagem a sala secreta na diretoria fossem abertas. Cumpriu sua promessa e então desabou na cama. Passou a noite em claro e seu corpo necessitava de um pouco de descanso.

Algumas horas depois, as garotas perceberam que a estante estava levemente deslocada para a direita. Notaram que aquele era o sinal que Shishi havia dado que estavam livres.

– Ele realmente cumpriu a promessa... Talvez o senpai não seja tão chato quanto a gente pense. – Narumi falou, embora fosse um “pensamento” alto, foi o suficiente para que Miu ouvisse.

– Eu sempre confiei nele. O Akamatsu-senpai nunca foi de mentir, você sabe disso. – Miu suspirou, pensou no que poderia fazer para retribuir, afinal, ele estava fazendo tudo aquilo para protegê-las do inimigo. – E se nós fossemos até a casa dele pra fazermos uma visita?

– Qual o motivo disso agora? Nós nem sabemos onde ele mora! – Começaram a pensar em como poderiam chegar até a casa dele. Não pediriam informações no meio da rua por ser um tanto estranho duas adolescentes pedindo informações sobre um rapaz mais velho.

– Se quer tanto isso, por que não procura aqui ou no computador da Diretoria? Lá deve ter alguma informação. – Com a sugestão de Narumi, a mais nova saiu da sala secreta e voltou para a diretoria. Verificou se a porta estaria trancada, para o caso de algum outro aluno entrar lá. Pensou que professores sabiam da posição real de Shishi sobre os acontecimentos, assim como o sumiço da antiga Diretora. Na qual também deve ter sido raptada junto com a ruiva que apareceu anteriormente.

Sentou-se na cadeira e ligou o monitor. Procurou pelas pastas no computador arquivos que poderiam ser relevantes. Então, achou algo que parecia diferente. Um programa executável com o nome de “Projeto Reset”. Então, sentiu-se tentada a abrir aquilo. Clicou duas vezes para abri-lo. Logo em seguida, vários tópicos surgiram na tela, entre eles algumas informações bem peculiares.

– Hm? Tem alguns perfis sobre esse tal Reset Project... – Aos poucos, ela vasculhava cada um dos perfis, até encontrar uma foto de Shishi em uma delas. Abriu a imagem e logo várias informações apareceram na tela.

– Habilidade: Criar eletricidade a partir de qualquer parte do seu corpo, invocar uma armadura na qual aumenta o ataque e a defesa... Isso não me parece muito útil. – Foi descendo o scroll do mouse, ainda procurando algo que lhe parecesse chamativo. Havia apenas pequenos detalhes da vida dele, como notas da escola. Então, algumas coisas começaram a chamar a atenção dela.

– ”Morou sozinho em uma casa no centro de Tóquio até os quinze anos, quando teve a oportunidade de ingressar no Reset Project, sendo o terceiro a entrar de fato no grupo após Hanako e Akayuri. O garoto acreditava que seus pais o abandonaram quando ele era mais novo, porém, o que foi descoberto futuramente, foi que seus pais foram assassinados por Lyall quinze anos antes, quando ele era um bebê, e sua irmã apenas uma criança.” – Ler aquelas informações a deixavam bem nervosa. Deu-se conta de que praticamente não conhecia nada do passado do monitor. Não fazia ideia que seus pais foram mortos pelo homem que encontraram naquele dia. Mesmo assim, ele vivia e agia normalmente como se nada tivesse acontecido com ele. Fora disso, sua irmã também havia sumido. Miu se perguntava como estaria a mente dele. Então, algo apareceu na tela de surpresa.

– “Objetivo encontrado”... Iniciar vigilância por satélite? – Sentiu-se novamente tentada ao ver o que era aquilo. Clicou em iniciar e uma transmissão ao vivo apareceu. Avistou Shishi e algo parecido com um robô ao lado dele, pareciam se esconder e procurar por alguma coisa.

– Narumi-chan! Venha ver isso agora! – Gritou, chamando a atenção da colega. Ela veio correndo, achando que havia algo de errado. Então, Miu apontou para tela e a mais velha também avistou os dois. Ambas começaram a se perguntar o que era aquilo do lado dele. Poderia ser algo relacionado à encomenda que o monitor havia recebido, ou mais alguma coisa que ele poderia estar escondendo.

– Acho melhor a gente ficar assistindo e ver o que acontece depois. Ele parece estar bem ocupado. – Narumi pensou consigo mesma, ao mesmo tempo em que observava a movimentação de seu senpai. Era um pouco estranho vê-lo daquele jeito sério.

Enquanto isso, Shishi e o misterioso robô estavam atrás de containeres. Observavam um grupo de pessoas que descarregavam equipamentos tecnológicos avançados. Esperavam por alguma oportunidade de atacar. Então, o rapaz se voltou para o robô e começou a falar com ele. – Espere o momento certo para atacar.

Ele ergueu a mão direita e levantou três dedos. Lentamente, abaixou cada um deles até dar um tempo certo. Por fim, fez o sinal para o outro que avançasse direto nos inimigos que estavam virados de costas. Cada um deu um golpe no pescoço dele para desacordá-los. Em seguida, os arrastaram até atrás do container, onde eles ficariam ali escondidos. Lá, duas pessoas conversavam sobre algo relacionado ao Governo. Shishi concluiu que um dos dois deveria ser o homem que atacou as duas garotas na escola. Não podia negar que estava com um pouco de medo, afinal, ele nunca entraria num local cercado de inimigos com só uma pessoa, ou no caso, um robô, e ainda mais sem suas habilidades. Porém, aprendeu com o tempo que o medo e a hesitação o levariam a morte.

– Já pode sair Herói! É inútil tentar se camuflar em um local em que eu esteja. Consigo sentir seu fedor a quilômetros de distância. – O homem gritou logo após conversar um pouco com o outro.

O rapaz saiu junto com o robô. Não havia nenhum movimento dele da cintura para cima. Seu corpo estava preparado para o caso de haver algum movimento surpresa da parte inimiga.

– Relaxe, garoto. Não tem porque ficar assim, não é como se eu fosse te atacar ainda. – Ele tinha um tom bem irônico na voz, o que de certa forma irritava Shishi. Aquele homem raptou os seus amigos e ainda falava daquela maneira. Era alguém que o rapaz jamais perdoaria.

– O que você está fazendo aqui no porto? Por que está influenciando pessoas do Governo? – Questionava o máximo possível. Aquelas perguntas martelavam sua cabeça constantemente. Caso o homem quisesse controle mundial, poderia tê-lo feito quando o mundo ainda estava frágil da batalha contra Lyall, assim como todos os garotos estavam se recuperando na época.

– Você faz pergunta demais, Herói. A única coisa que precisa saber é: Agora, você o único atrapalhando meu objetivo. De todos os seus amigos, você é o único que eu não conseguiria controlar. Você já cedeu ao mal uma vez e tenho certeza que não faria isso novamente. – Estalou o indicador e o polegar e duas pessoas apareceram. Pelo corpo, eram duas mulheres. Utilizavam as mesmas máscaras que Akayuri naquele dia. A da direita possuía intensos olhos azuis, enquanto a outra tinha olhos castanhos. Havia pouca mudança física delas, apenas o penteado era diferente.

– Então, mais duas apareceram... – Shishi deu um passo para trás. Num movimento rápido, a de olhos azuis puxou um revólver e atirou nele. No mesmo instante, o robô rebateu o projétil com o braço, sem causar muitos danos a ele próprio.

– Se realmente são elas, então nós não podemos perder tempo. J, agora! – Ao der o sinal, o robô respondeu com um “Ok!” bem sonoro. E então os olhos dele começaram a brilhar intensamente, materializando duas espadas mecânicas. Girou a espada e a apontou para as gêmeas.

Ao mesmo tempo, o tal J fez o mesmo, e então uma luz dourada começou a cobrir Shishi, enquanto um brilho prateado cobria o corpo do robô. Uma armadura dourada e com metade do peito de cor escura cobria o corpo de Shishi, bem parecida com a antiga. As mudanças eram no capacete, no qual havia um chifre de kabuto na testa e a parte dos olhos era coberta por uma proteção parecida com a do capacete do robô, óculos escuros dourado.

O corpo de J também se modificava aos poucos, tomando uma cor totalmente prateada. As “ombreiras” dele, assim como uma parte do antebraço pontudo eram conservadas. Na cabeça, exatamente na testa, um pequeno par de chifres parecidos com os de um Kuwagata.

Shishi estranhou um pouco aquela armadura, embora a sensação de poder que ela o dava fosse bem interessante. – Ahn, ela é pouco com... Ah, tudo bem então. Já que é assim. – Parou de falar e então direcionou o olhar para as gêmeas, embora nenhuma delas pudesse notar isso.

– Beet... Buster. – Levantou o braço esquerdo com a palma na direção do rosto, levantou apenas o mindinho, o indicador e o polegar da mão livre.

Simultaneamente, J ergueu o braço direito para a diagonal, apontando o indicador e o dedo do meio juntos para lá. Juntou também as pernas enquanto se posicionava. – StagBuster!

– Busters! Ready Go! – Por fim, os dois correram ao mesmo tempo na direção das gêmeas. Shishi tentou atacar a de olhos azuis de uma vez, enquanto J fazia suas tentativas de golpes na de olhos castanhos.

O rapaz sabia muito bem que não teria chance nenhuma se elas duas lutassem com força total, mas daria um jeito de saber o que eles estavam fazendo. Entretanto, não poderia pensar nisso agora, caso o fizesse, poderia ser derrotado em um piscar de olhos.

Percebia que os tiros da oponente eram só projéteis normais, sem nenhum poder específico. Conseguia rebatê-los utilizando somente a espada. Mas, seu sexto sentido o fazia achar que algo estava errado. Por que elas ainda não estavam lutando com força total?

Então, se deu conta de que o homem estava tentando fugindo. Afastou a mascarada com um chute na barriga e se virou para o robô. – J! – O outro afastou a oponente, Shishi saltou e J o lançou para onde o homem estava. Caiu exatamente na frente dele, apontando a espada para o seu pescoço.

– Não pense que vai fugir assim tão fácil, amigo. – Movimentou o braço para cortá-lo. Ele esquivou facilmente do ataque. Em seguida chutou Shishi no peito, bem do lado esquerdo. Assim que sentiu o impacto, seu peito começou a doer e a queimar como se o corpo dele estivesse em chamas. Levou a mão direita na altura da cicatriz e ficou de joelhos. A respiração dele ficou ofegante, era quase insuportável se mexer.

J se deu conta e então pulou por trás do inimigo e se colocando na frente do rapaz. – Algum problema, Akamatsu? – Perguntou no tom de voz sério, parecia bem semelhante a um humano até.

– Acho que sim. Esse cara fez alguma coisa comigo... – Levantou-se cambaleante. A dor teimava em crescer a cada movimento corporal. Segurou a espada que estava no chão e bloqueou um projétil de energia que estava vindo na direção deles. As gêmeas apareceram na frente deles novamente.

Podiam ver que a de olhos castanhos estava com dois leques nas mãos. – J, acho melhor nós fugirmos. – Falou com um pouco de raiva na voz. Não se sentia bem em abandonar o campo de batalha daquele jeito. Porém, era o único que ainda era capaz de lutar, se algo acontecesse a ele ali o mundo não poderia ser salvo, muito menos os próprios amigos. Pensou em fazer algo que leu nas anotações de sua irmã. Fechou os olhos e se concentrou em passar energia por todo o corpo e ir até a espada.

Então, a lâmina da arma brilhou em um tom dourado. Ele levantou o braço, apontando a ponta da espada para o céu. Instantaneamente, o robô saiu da frente pulando para o lado. Shishi moveu a espada para baixo e liberou uma onda de energia na direção dos três oponentes.

Após isso, J se movimentou para trás dele e levou dois dedos até o lado esquerdo da testa. – Ativando meu Marker System! – Os olhos do robô brilharam e então o corpo de Shishi começou a se dissolver em vários números. Logo após isso, o próprio J foi se transformando naquilo. Quando as gêmeas perceberam, tentaram correr para cima deles. Foram impedidas pelo homem antes mesmo de se movimentarem.

– Esqueçam. Não adianta ir atrás deles. Principalmente do nosso pequeno herói, ele não terá tanto tempo assim para celebrar a vitória. – Deixou escapar uma risada, e então sinalizou para as gêmeas que voltassem. E em seguida, tornou a conversar com o suposto amigo.

Enquanto isso Miu e Narumi viam toda a batalha do computador da Diretoria. Exatamente no momento em que Shishi e J se transformaram em números. A Mais nova se levantou da cadeira quando viu aquilo. Não conseguia entender o que havia acontecido com aqueles dois.

Pelo menos dez segundos depois de verem a imagem pelo computador, os números apareceram no meio da sala e ali mesmo Shishi e J teleportaram, sem estarem com a armadura. Não tinham nenhum ferimento aparente. Mas ao ver o robô, elas se assustaram com ele. Era um pouco mais do que Shishi e não mostrava nenhuma expressão. Narumi foi a primeira a perguntar algo, não parecia tão surpresa quanto a outra. – Q-Quem é ele?

Assim que o rapaz abriu a boca para falar, J se atravessou na frente dele praticamente o derrubando. – Meu nome é Beet J. Stag! – O rapaz ergueu a sobrancelha ao notar a reação do robô. Levou a mão até o ombro dele e o empurrou, de modo que o girasse e assim voltasse a ficar na em sua frente. – J! Eu estava falando! – Voltou a falar com as garotas.

– Ignorando isso... Nós ainda não descobrimos nada do real objetivo deles. Além disso, mais duas apareceram. – Não precisou falar muita coisa para as garotas entenderem o que havia ocorrido. Queriam perguntar sobre o tal Reset Project a ele, mas sentiam-se com medo de levarem uma bronca.

– Vocês querem perguntar algo, não é? Consigo ver pela expressão de vocês. – Cruzou os braços e se sentou em uma das poltronas enquanto esperava pela pergunta que fariam.

– O que é esse tal de Reset Project? Por que seu nome está lá? – Miu questionou. Olhava para o mais velho de cima, já que ele estava sentado ali. O rapaz apoiou a cabeça na poltrona e fechou os olhos.

– Entendo. Vocês descobriram sobre isso... Vou tentar resumir: Reset Project, ou Team Reset. Era um grupo formado por alguns adolescentes, escolhidos a dedo por Suzuko Miki. Que em outras palavras, era a diretora de Shirahoshi. Ela nos mostrou uma série de acontecimentos que estavam sendo acobertados por esse tal projeto, com a ajuda do governo. Nós deveríamos decidir se participaríamos de uma guerra para salvar o mundo do “Armageddon”.

Parou de falar para poder se levantar. Colocou a espada em cima da mesa e continuou andando em volta dela, conforme prosseguia com a história. – Esse tal Armageddon, ocorreria se uma arma antiga fosse liberada de seu selo. Entre os membros, estão a jovem que viram uns dias atrás, e as duas que nos atacaram hoje. Basicamente, é só isso.

Achou melhor não contar todas as partes da batalha logo de uma vez. Caso contrário, acabaria assustando as duas. Certas coisas que aconteceram dois anos atrás não precisavam ser esclarecidas de imediato. – E por que exatamente querem saber isso?

Narumi deu um passo à frente, mostrava-se um pouco sem jeito. Shishi olhou para ela por saber que pretendia dizer algo. Lentamente, as palavras iam saindo da boca dela. – E-eu... Quero lutar. Quero ajudar você a proteger nosso mundo.

O rapaz não pareceu tão surpreso assim. Apenas suspirou ao ouvir aquilo. Tinha a certeza de que se entrassem, poderiam não sair vivas. – Você tem certeza dessa escolha? Caso queira trilhar esse caminho, não terá volta. Também não sei se sairá com vida disso.

Então, Miu andou para perto dele e o puxou para o ombro, estava tão vermelha quanto Narumi, e sentia até mesmo um pouco de medo pelo que Shishi havia acabado de falar. – Eu também quero, Senpai.

De suspiro foi para uma bufada discreta. Agora teria que cuidar de duas garotas sem experiência nenhuma. Deveria treiná-las até o ponto de poderem se virar sozinhas em combate, o que poderia levar bastante tempo. Contudo, concluiu que aquela seria a melhor maneira de protegê-las, meio que indiretamente.

– Se é desse jeito, então... – Shishi puxou Narumi por estar mais longe, e tocou Miu com a palma da mão na altura do coração dela. Fez o mesmo com a outra, mas com a mão que estava livre. Proferiu algumas palavras que eram bem difíceis de entender. As palmas do rapaz brilhavam em um tom escuro. Logo em seguida, uma rajada de energia as atravessou. No mesmo instante, as duas perderam a consciência. Antes que caíssem de mau-jeito foram seguradas por J. Colocou-as em duas poltronas para que descansassem.

O Rapaz tinha em mente que deveria treiná-las, mas a dor que tinha no lado esquerdo do peito o preocupava bem mais. No fim, resolveu ignorar todas as duvidas pra se concentrar no treinamento delas.

– Então, mais uma guerra vai começar. Espero que o futuro não reserve tantas decepções e tristezas para elas...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Team Reset" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.