O Primeiro Dia Do Resto Da Minha Vida escrita por Mimia R


Capítulo 12
Uma Sapatilha Quase de Cristal


Notas iniciais do capítulo

Uhuu! Mais um capítulo! Espero que gostem. Essa aqui está bem romântico e lindo. Tudo bem perfeitinho. Quer dizer, na medida que eu consigo né?! Espero de coração que gostem! :DD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248382/chapter/12

Os dias passaram como um foguete. Tuana se atrevia a dizer que nunca tinha sido tão feliz, na vida dela, como agora. Tudo estava realmente perfeito. Perfeito demais... Ela afastou esse pensamento da cabeça. Ir para a escola não era mais nenhum grande esforço. Ela acordava muito disposta, adorava se arrumar pra Felipe, e chegar lá e ver o lindo sorriso dele. Ela fiava pensando em como seria durante as férias, não ver ele todas as manhãs... Mas eles dariam um jeito, é claro.

 Num sábado pela manhã, sua mãe foi em seu quarto acordá-la.

- Filha! Tem alguém aí querendo ver você. – A mãe dela disse.

 Tuana pulou da cama. Quem era?

- Quem é mãe? – Ela perguntou ainda desnorteada.

- Como eu vou saber se eu nem conheço... – Sua mãe disse.

 Tuana não imagina quem fosse. Ela foi ao banheio bem rápido, só para dar uma lavada no rosto. Pensou em trocar de roupa, mas não o fez. Não deve ser ninguém demais..., ela pensou. Ela ficou então com seu pijaminha: short curtinho e blusa solta, sem sutiã. Quando ela chegou na sala, quase soltou um gritinho. Felipe estava sentado ali no sofá e sorriu ao vê-la.

- Bom dia! – Ele falou e levantou-se se aproximando dela para beijá-la.

 Tuana arregalou os olhos quando viu o que ele ia fazer. Ela o impediu com uma mão e com a outra tapou a boca. Tinha acabado de acordar, isso seria nojento. Felipe se afastou dela levantando as mãos como um pedido de desculpas, mas ele sorriu.

- Eu acabei de acordar... – Ela disse deixando o resto da frase pairar no ar.

 Tuana estava bem surpresa com essa visita totalmente inesperada. Ela não tinha apresentado ele oficialmente para sua mãe, então isso era estranho. Ela tinha certeza de que em algum lugar ali da casa, sua mãe, irmã e prima, espiavam os dois.

- Então, o que você veio fazer aqui... Uma hora dessas? – Tuana perguntou tentando não ser rude.

 Felipe continuava de pé. Ele tinha uma pequena sacola em uma das mãos, com algo dentro.

- Eu precisava te devolver uma coisa. – Ele disse e passou a sacola pra ela.

 Tuana pegou curiosa.

- Precisa ser agora? – Ela perguntou enquanto abria para ver o que era. Quando viu, ficou bem surpresa: Era sua sapatilha preta.

- Você deixou no meu carro há algum tempo atrás. – Ele disse. – Quando nós fomos para a praia, lembra?

 Tuana tinha dado por falta da sua sapatilha preta, mas não lembrava que tinha deixado no carro dele. Foi há muito tempo.

- Eu procurei ela por todo lugar, mas não sabia que estava com você. – Ela disse pegando a sapatilha. Mas dentro da sacola só tinha uma, faltava o outro par. Ela olhou pra Felipe com o um olhar indagador.

- Eu sei, só tem uma aí. – Ele disse. – Mas é porque a outra você vai ter que ir buscar na minha casa...

 Tuana franzio a testa sem entender.

- E isso é por qual motivo mesmo...? – Ela perguntou.

 Felipe olhou pro teto, depois pro chão. Só então olhou pra Tuana, fazendo cara de santinho.

- Por que... Eu esqueci de trazer...? – Ele indagou aquilo.

Tuan olhou pra ele desconfiada agora.

- O que você está planejando com isso, em? – Ela perguntou com os olhos semi-cerrados.

 Felipe se aproximou cautelosamente de Tuana, enquanto ela ia se afastando em direção a parede. Ele deu um sorriso de canto quando finalmente ela ficou encurralada entre ele e a parede.

- Nada que você não vá gostar. – Ele sussurrou, o rosto muito próximo do dela.

 Tuana penso que ele ia beijá-la, mas ele se afastou sorrindo. Ela voltou a si depois desse quase beijo, queria beijá-lo ali e agora, e lembrou de mãe. Então resolveu oficializar aquilo agora.

- Você não presta, sabia disso?! – Ela sussurrou pra ele também. – Por isso vai ser castigado agora. – Ela sorriu pra ele depois gritou pela sua mãe.

 A mãe dela demorou um pouco, provavelmente disfarçando que não estava por perto, mas enfim apareceu na sala. Ela tentava não rir. Tuana olhou pra Felipe. Ele parecia bastante calmo e confiante, e tinha até um sorriso no rosto. Ele olhou pra ela piscou, antes de virar pra dar atenção a sua mãe.

- Mãe, esse é o Felipe... – Tuana disse. – Meu namorado.

 Sua mãe deu um sorriso contido. Ela se aproximou de Felipe e eles apertaram as mãos.

- Olá, Felipe! – Ela disse.

- Muito encantado senhor! – Felipe disse dando um sorriso galanteador.

- Nada de senhora! Pode me chamar de Ana. Só isso. – A mãe de Tuana disse.

- Claro! Me desculpe, Ana. – Felipe falou.

 Depois da “constrangedora” apresentação – onde Tuana tentou impedir sua mãe de fazê-la passar vergonha – Felipe finalmente estava na porta para ir embora.

- Foi bom conhecê-lo, Felipe, meu genro. – Ana disse. Tuana quis enfiar a cabeça num buraco.

- Igualmente, Ana. – Felipe sorriu.

- Apareça mais! Para um jantar, talvez.

- Claro! É só marcar. – Felipe falou.

 Depois a mãe de Tuana saiu, os deixando sozinhos.

- Ela gostou de mim, eu acho... – Felipe disse rindo pra Tuana.

- Você enfeitiça as pessoas. Fez isso com a minha mãe. – Ela falou.

 Felipe riu mais ainda com isso.

- Então, mudando de assunto, eu quero que você vá pegar sua sapatilha hoje. – Felipe disse.

- E por que essa pressa? – Tuana perguntou desconfiada.

- É que ela está ocupando muito espaço lá em casa, sabe... – Ele falou. Os dois riram. – Não, agora sério. Hoje à noite, às 20h, jantar. Eu e você. Minha casa. – Felipe disse sério. – E, claro, a sapatilha...

 Tuana riu de novo. Mas depois ficou séria. Ficou olhando pra ele, tentando decifrar algo. Mas não conseguiu. Antes que ela pudesse dizer algo, ele se aproximou.

- Não se atrase. E não esqueça da sapatilha – Ele sussurrou pra ela e deu um beijo em sua bochecha.

 Felipe foi saindo e parou não tão longe.

- A propósito, você está sexy com essa roupinha. – Ele sorriu e piscou. Depois foi embora.

 Tuana ficou lá na porta morrendo de vergonha e vendo ele se afastar. Quando ela se restabeleceu, entrou em casa.

 Ela foi direto para o banheiro. Queria tomar um banho e trocar de roupa, e evitar as perguntas que sua queria família ia fazer. Debaixo do chuveiro, Tuana ficou pensando sobre o jantar. Eu vou jantar com ele, na casa dele. Um frio começou a percorrer sua barriga. O que iria acontecer naquela noite. Será que iam estar sozinhos? Os dois já namoravam há um tempo razoável. Normal Felipe querer... Avançar na relação deles. Mas ela começou a ficar nervosa. Sem querer, ELE voltou a sua cabeça, junto com algumas lembranças. Ela tentou afastar aqueles pensamentos. Vai ser diferente!, ela pensou.

 Quando já estava toda prontinha, saiu do quarto para tomar café. Sua mãe, irmã e prima estavam na mesa, esperando para saber todos os detalhes. Tuana respirou fundo.

- Pode contar logo! – Sua irmã disse.

- Não tem nada pra contar. Ele é meu namorado e pronto. – Tuana foi logo cortando.

- Ele é muito bonito! – Sua prima disse. – Como ele quer você?

 As três riram. Tuana fez careta pra elas.

- Vocês são muito chatas e intrometidas. – Ela disse.

- Tudo bem, sem mais perguntas. – A mãe dela falou. – A vida é de Tuana, ela não precisa ficar contando esses detalhes pra nós.

- Não, Ana, assim não tem graça. – A prima falou. – Você falou com ele e tudo, por isso não quer saber mais nada!

- Pois é mãe! – A irmã de Tuana concordou.

- Ei, sou eu que sei das coisas e não vou contar nada, ta bom! – Tuana disse saindo da mesa.

 Ela ia sair da cozinha, mas lembrou do jantar. Poderia avisar a sua mãe depois, mas queria mexer sua com irmã e prima.

- A propósito, hoje à noite eu vou jantar na casa dele, certo, mãe?! – Ela disse. Viu as caras de chocadas das três. Até sua mãe!

 As horas passaram. Tuana foi se preparar para o jantar com Felipe. Ela demorou horas escolhendo uma roupa. Resolveu que não precisava ir muito arrumada, já que era na casa dele. Mas não queria ir feia. Pegou um vestidinho azul simples, mas chique e colocou. Passou uma maquiagem, não muito pesada, só o bastante para mostrar que estava preocupada em ficar bonita pra ele. Ela se olhou no espelho umas cinqüenta vezes antes de sair. Ela quase esqueceu a sapatilha (não fazia ideia pra que ele queria que ela levasse) e depois saiu. Ela estava bem nervosa, antes mesmo de chegar na casa de Felipe.

 Ela andou lentamente, mas tinha chegado. Na portaria, deixaram-na entrar porque já a conheciam. Ela foi em direção à casa de Felipe. Parou na porta. Lá de fora ela conseguiu sentir um cheiro de... Rosas? Morango? Ela não sabia ao certo. Ficou curiosa com isso. Tuana observou que na garagem da casa não tinha nenhum carro. Eles estariam sozinhos? Ela já estava lá há um tempo e não tinha batido ainda na porta. O porteiro poderia estranhar. Então ela foi logo adiante. Felipe aparece poucos segundos depois.

- Olá, meu amor! – Ele disse ao vê-la na porta.

 Tuana podia sentir agora o cheiro realmente. Eram rosas. E ela tinha essa certeza porque podia ver algumas pétalas espalhadas na entrada da casa, no chão.

- Oi. – Foi só o que ela conseguiu dizer. Estava distraída olhando pras rosas.

- Vamos entrar. – Ele disse oferecendo uma mão para ela. Tuana pegou e ele a conduziu para dentro da casa. Lá, o cheiro era mais forte.

- Antes de qualquer coisa, você trouxe a sapatilha? – Felipe perguntou parando na entrada.

 Tuana pegou a sacolinha.

- Coloque, por favor. – Ele falou.

 Tuana ficou confusa. Mas não quis questionar. Ela tirou a sandália que estava usando e colocou a sapatilha. No outro pé deixou a sandália. Felipe fez ela se sentar em uma cadeira ao lado. Ela sentou. Sem dizer nada ele foi tirando a outra sandália do pé dela. Bem devagar, com delicadeza. Tuana percebeu que ele olhava para sua perna. Tinha algo no olhar. Desejo? Ela respirava fundo. Já estava nervosa, e mais ele fazendo isso. Ela o viu pegar o outro par da sapatilha e encaixar em seu pé. Depois o levou até sua boca e deu um delicado beijo, que fez Tuana se arrepiar. Em seguida olhou pra ela.

- Minha Cinderela. – Ele sussurrou. – Se encaixa perfeitamente comigo. – Depois disso a beijou.

 Foi beijo delicado, mas com um toque de desejo que fez Tuana pensar no que aconteceria ali naquela noite. Eles se separam com a respiração acelerada. Felipe disse pra ela esperar só mais um minuto e foi lá dentro. Ela queria muito ir atrás dele, estava curiosa, queria seguir o caminho de pétalas que tinha no chão. Mas esperou. E ele voltou com um belo buquê nas mãos.

- Pra você, meu amor. – Ele disse sorrindo.

 Tuana não estava entendo mais nada. Pegou o buquê. Suas mãos tremiam um pouco. Ela respirou fundo para conseguir falar.

- Por que tudo isso? – Sua voz saiu fraca.

- Simplesmente porque eu te amo. – Ele disse. Deu outro beijo nela.

 Felipe pegou a mão dela e começou a levá-la pela casa. Seguiram o caminho de pétalas. Tuana prendeu a respiração quando viu em sua frente um pequena mesa redonda com duas cadeira, num espaço um pouco escuro, somente à luz de velas e rosas em volta de todo o chão. Era tudo incrivelmente lindo. Não acreditava que era só pra ela. E sem nenhum razão especial. Só porque ele a amava.

(Música de Cena: When I Look at You – Miley Cyrus)

 Ela só conseguiu sorrir com aquilo. Foi conduzida por ele e sentou-se.

- Essa vai ser uma noite perfeita. – Felipe disse. – Eu prometo.

 Tuana sentiu novamente um frio na barriga. Mas sorriu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Imagine minha ENORME surpresa ao ver o tanto de reviews novos que eu recebi!?! MUITO Obrigada as novas leitoras e aos que estão acompanhando desde sempre. Espero ter vocês até o fim comigo! :DD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Primeiro Dia Do Resto Da Minha Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.