O Pacificador escrita por Ju


Capítulo 20
Capítulo 20




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Andei até ele e dei um abraço nele. Finn estava muito cheiroso, ele usava uma blusa azul e um casaco por cima.

– Annie, que bom te ver – disse ele. Ele me deu um beijinho na bochecha, segurou minha mão e me levou para uma mesa dentro do restaurante – Vem cá, senta aqui.

– Obrigada Finn – eu falei.

Ficamos bastante tempo conversando, jantamos (eram só cinco da tarde, mas estava valendo) e depois resolvemos passear. Chegamos ao centro do shopping. Lá tinha uma fonte linda, quando eu tinha uns 12 anos sempre jogava moedas lá, mas parei quando descobri que os desejos não se realizavam. Tinha também vários bancos espalhados em volta da fonte, e nas extremidades haviam pequenas bancas de sorvete, pipoca e algodão doce.

– Qual foi a sua primeira impressão sobre mim? – eu perguntei. Estávamos sentados em um banco, e estávamos fazendo perguntas aleatórias uns aos outros.

– Ah... A primeira impressão que eu tive sobre você... Foi que você era uma patricinha chata – eu fiz cara de indignação – Não faz essa cara. Você sabe que nos primeiros dias você mal falava comigo. Deve ter sido torturante sentar comigo na aula de Química!

– Claro que não! – estávamos rindo – Foi bom sentar com você! Senão nós não estaríamos namorando, Finn! – dei um tapinha no braço dele e, antes mesmo dele fazer cara de magoado, lhe dei um beijo.

– Doeu, viu? E um beijo não resolve as coisas! – ele brincou.

– E mais beijos? Resolvem?

Ele me abraçou e me deu outro beijo.

– Nossa Finn! São sete horas – disse, olhando o relógio – Eu tenho que ir.

– Sua casa é pertinho daqui, eu te levo – concordei e saímos do shopping andando de mãos dadas. O caminho inteiro passamos conversando, e ele me lembrou de umas coisas que ficaram afundadas por algum tempo.

– Meu pai quer que eu me torne um Pacificador – ele disse.

– Jura, Finn? E você quer?

– Pra falar a verdade – ele parou de andar – Não quero. Mas o meu avô foi, o meu bisavô também. É como se fosse da família.

Ser um Pacificador era arriscado. Eu não ia querer que meu namorado fosse um. Mas eu não podia impedir.

– Você tem escolha Finn. Você tem o direito de escolher o que quer fazer.

– Isso porque você não conhece meu pai. Tenho certeza de que quando eu fizer dezoito anos meu pai vai logo me mandar para os treinamentos.

– Então a gente tem que aproveitar. A gente tem dezesseis – eu disse e dei um abraço nele – Até segunda feira.

– Até.




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