Ontem passei o resto do dia pensando. Em Finnick Odair. Esse era o nome dele. Ele era filho de Sailor Odair, um Pacificador. Os Pacificadores são como policiais, porém mais poderosos. Eles também se envolvem em problemas maiores, coisas mais arriscadas e perigosas.

Finnick me contou que o seu pai foi transferido. Ele se envolveu em um caso em Londres de um homem que matou cerca de 6 pessoas em apenas uma noite. Ele me contou também que esse homem, um tal Brutus, está solto, e para a segurança da família, eles se mudaram. Finnick mora com sua mãe também, Fleur, e moram perto da minha casa e de Maysilee.

— E você? Mora aqui com sua família? — Finnick me perguntou, ontem.

— Com meu pai. E meu irmão.

— Seus pais... São separados?

— Minha mãe - eu falei — Minha mãe morreu.

— Eu... Sinto muito — ele tentou se consertar — Te vejo amanhã.

Finnick é realmente bonito. Ele tem cabelo preto e curto, é alto e tem olhos castanhos claros. Tem aparência forte e estável. "Perfeito para um Pacificador", é o que o pai de Finnick diz. Ele quer que o filho siga os mesmos passos dele e vire um também.

Ontem liguei para Maysilee. Ela me disse que a mãe está muito doente e ficou para ajudar.

— Tem um garoto novo - eu falei — O nome dele é Finnick.

— Você falou com ele? Ele é bonito? — falou, empolgada — Fala, Annie!

— Então... A gente se fala depois, May — falei e em seguida desliguei.

Eu não estava preparada para falar de Finnick. Eu nunca havia conhecido um filho de Pacificador. Muito menos um Pacificador. Finnick me contou muitas coisas a respeito da rotina do seu pai.

Ele, às vezes, passa dias e dias fora de casa. Sailor tem que procurar fugitivos, aplicar a pena, cuidar de assuntos do governo e muitas vezes Pacificadores morrem.

Mas não era só a vida de Sailor que estava em jogo. A vida de Fleur também estava. A de Finnick também. E a de quem se envolvesse com ele.