— Namorar com você? — falei, fazendo com ele ele parasse de me abraçar — É tudo o que eu mais quero...

Ele me olhou e fez carinho no meu rosto. Saímos do pedalinho de mãos dadas, caminhamos pelo parque e passamos na sorveteria.

— Quer de que? — respondi que preferia baunilha, e ele pediu de coco para ele.

Tomamos o sorvete e ficamos sentados em um banquinho na frente do lago. Ele colocou o braço no meu ombro e ficamos assim, abraçados, até eu quebrar o silêncio.

— Obrigada...

— Pelo que? — ele me olhou.

— Por tudo. Por gostar de mim tanto quanto eu gosto de você.

Já estava anoitecendo, mas a minha vontade era ficar ali, com meu namorado. Estávamos abraçadinhos, eu estava morrendo de frio, mas ele me abraçava e eu sentia somente o calor de seu corpo.

— Puxa. São seis e meia — ele falou. Resolvemos ir embora, já ficara tarde.

— Tchau, Finn — passei a chamá-lo assim — Eu amei o dia.

Subi na ponta dos meus pés, coloquei o braço envolta do seu pescoço e nos abraçamos. Ele olhou nos meus olhos e me beijou...

Não foi um beijo demorado, mas sim um beijo de despedida. Entrei no táxi e nem vi o tempo passar, pois já estava em casa. Entrei em casa saltitando, eu estava muito feliz!

Dormi até tarde, só acordei mesmo com uma voz bem familiar.

— Annie Cresta!

— Ai Maysilee... O que tá fazendo aqui?

— Nossa Annie... Pensei que você ia me receber melhor, em um sábado como este. 

— Desculpa...

— Vim aqui saber o motivo de você não entrar no facebook ontem, ou me ligar.

Contei a ela tudo o que tinha acontecido. Maysilee ficou um pouco mais fria, porém tranquilizei-a dizendo que ela não ia me perder. Porém seu abraço era o mais triste possível.