Do You Remember Me? escrita por Ju


Capítulo 7
I'm sorry


Notas iniciais do capítulo

Cara, esse capítulo vai pra Andriells, que me deu uma recomendação muito fofa! Obrigada por estar gostando da história, de verdade! ♥
Espero que gostem e... REVIEWS HEIM!



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Justin inclinou a cabeça na minha direção, e eu já podia sentir seu hálito fresco de menta. Senti seus lábios roçarem aos meus. Um choque percorreu pelo meu corpo inteiro. Eu não conseguia pensar em nada. Mordi o meu lábio, e então Justin me selou. Quando ele pediu passagem com a língua, vi a merda que eu estava fazendo. Empurrei-o de cima de mim e ele me olhava confuso, ao mesmo tempo frustrado e envergonhado. Ele levantou fitando meus olhos, que depois se transferiram para o chão, coçando sua nuca. Eu me senti mal, mas... Por outro lado me senti bem. Depois de uns 3 minutos sem nos encarar mais, decidi falar alguma coisa pra quebrar aquele clima estranho.

- Me desculpa. – comecei. – E-eu sei que você tem a Selena, eu... Me desculpa. – eu disse apertando meu braço esquerdo, olhando pro chão.

- Ei, - ele disse levantando meu queixo. – Selena não é a minha namorada. – ele pausou se ajoelhando, e apoiando, com os braços cruzados, em cima dos meus joelhos. – Eu que preciso me desculpar. Me perdoa, eu só tava nervoso e... – ele me olhou cabisbaixo.

Fiquei confusa pelo “Selena não é minha namorada.”, mas as palavras se apagaram na minha mente em foco nos olhos de Justin cheios de dor. Ele parecia transtornado. Me senti menos mal. Não sei dizer, mas... Me senti bem aquele momento, me senti bem realmente.

- Me perdoa você. – olhei nos seus olhos agora, que me olhavam de soslaio. – Eu... Eu sou uma idiota, não sou? – perguntei pra mim mesma.

- Você não é idiota, só aconteceu. E a culpa foi minha. – ele disse apertando minha mão direita.

- Não, não foi. – neguei com a cabeça. – Se eu não tivesse surtado com você por causa daquela merda de livro, estaria tudo bem. – eu disse e ficamos em silêncio por uns 40 segundos. – Me desculpe por não confiar em você.

- Por não confiar em mim? Em que momento você não confiou em mim? – ele perguntou se levantando, e sentando-se ao meu lado, mas com a mesma expressão de tristeza.

- No momento que você leu meu livro – eu disse fraco, quase em um murmuro – e eu não confiei que você iria guardar todos aqueles segredos. Na hora, eu... Eu fiquei... Desesperada. – coloquei as mãos sobre meu rosto. – Você é meu melhor amigo de infância, cara... – eu disse e ele deu um sorriso sincero, de canto – e eu não deveria ter deixado isso tudo acontecer. Desculpa, Justin. – eu disse ainda, desviando o olhar.

Eu parecia tão estúpida... Eu me sentia estranha. Não sei descrever nem explicar. Mas acontece que Justin me dava calafrios e arrepios estranhos quando se aproximava de mim. Eu não sabia dizer se isso era bom ou ruim.

- Já disse: você não precisa se desculpar. – ele disse pegando meu queixo, novamente, me obrigando a olhar em seus olhos. – Eu... – ele começou, soltando-me. – Foi bom. – ele disse rápido e coramos juntos.

Ele tinha dito que meu beijo foi bom? Fiquei nas nuvens por alguns segundos, mas voltei a realidade quando a porta da sala abriu, fazendo com que eu e Justin pulássemos para nos afastarmos “discretamente” antes que alguém visse a cena do crime.

- Olá Justin, oi filha! – meu pai entrou pela porta contente de terno. Sorri de leve pra ele.

- Oi Sr. Hale. – Justin respondeu com um gesto, colocando dois dedos na frente de sua cabeça.

- Por favor, Justin. – meu pai pediu. – Me chame de Jack. – e então sorriu.

Meu pai estava muito alegre, até demais.

Justin riu com o ato.

- Hm – Justin continuou, olhando pra mim, com uma feição de simpatia meio forçada. – Acho que já vou indo Jess... – ele me abraçou meio sem jeito. – Depois a gente se vê. – ele falou já levantando em direção a porta. – Tchau Jess. Tchau Jack. – Justin disse e riu de leve.

Eu continuei ali, na minha, ainda no sofá da sala da minha casa. Eu não conseguia acreditar que, depois de chorar, gritar, me desesperar, discutir com Justin, ainda nos beijamos. Corei na hora, só de me lembrar daquele momento. Meu pai entrou na sala, todo sorridente olhando pra mim.

- Você não vai almoçar, filha? – ele disse sentando ao meu lado.

- Hm – eu murmurei – Sabe o quê é? Hm, não estou com fome. – sorri de leve.

- Ah, não acredito que você vai negar. – ele riu alto.

- Pai, por que você só chegou agora em casa? – eu disse ignorando sua resposta.

Ele achou que eu não tinha percebido. Ele falava enrolado, sem olhar nos meus olhos. E o sorriso se desmanchava a cada palavra minha.

- Hm, ah filha... – ele começou olhando pro chão. Cruzei os braços. – Eu, eu vim pra casa. Mas você estava dormindo. Não quis te acordar e... Eu... Eu... Eu fui no mercado pra fazer o almoço pra você. – ele gaguejava e eu sabia que ele estava mentindo. Nada como um joguinho adiantasse algo.

- Jura? – eu disse e sorri irônica. – Porque você sabe que eu tenho sono leve. Com qualquer barulho eu me levanto.

- Mas eu sou seu pai, Jess. – ele olhou pra mim de canto, mas não focava diretamente. – Eu sei cuidar de você, sei como lidar com as coisas.

- Jack Gregory Hale – pronunciei seu nome inteiro e ele se virou pra mim meio assustado. – você não dormiu em casa essa noite. – eu disse e ele tentou dizer alguma coisa, mas eu o interrompi, completando. – Se você foi no mercado agora, onde estão as sacolas? Por que você está usando terno?

- Não acredito que você está desconfiando de mim Jessie Maríe Hale! – ah, como eu odiava quando ele pronunciava meu nome inteiro. – É claro que eu vim pra casa. – ele se levantou se fazendo de indignado.

Ai, ai. Meu pai ainda achava que eu era uma criancinha de 8 anos inocente e não-consciente da vida.

Resolvi não discutir. Minha cabeça já estava cheia demais, e recheada de problemas. Eu não precisava de mais um pra entrar na minha lista, muito obrigada.

Só me levantei e fui em direção ao meu quarto. Meu celular começou a tocar naquele momento.

-Hm, alô? – eu atendi para o número desconhecido.

- Jess? – uma voz masculina disse. – É o Chaz.

- Ah, oi. – pareci desanimada, mas ele continuou.

- Quer sair comigo hoje a noite? – ele disse e sorri pelo telefone. – Achei que seria legal se fossemos pra algum lugar diferente hoje. – ele deu uma risadinha abafada pelo telefone.

- Ah, claro. – respondi. – Que horas vamos sair? – perguntei gentilmente.

- Pode ser umas 8:45 da noite? – ele perguntou animado.

- Claro!

- Ok, então... Te pego na sua casa a esse horário. – ele disse fazendo um barulho engraçado com a boca e desligamos.

Ri fraco pelo nariz e fiquei encarando o celular. Chaz era muito fofo.


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Notas finais do capítulo

Pois é... Jessie tem umas sérias mudanças de humor. HAHAHA!
Espero que tenham gostado, lindas! *-* Amo ler os reviews de vocês.
Se quiserem conversar comigo, ou falar a respeito da história : ask.fm/belieberrauhl !
REVIEWS!