Do You Remember Me? escrita por Ju


Capítulo 10
No, please NO!


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei... E eu tenho que me desculpar. Mesmo, mesmo! Fiquei mais de uma semana sem postar um capítulo, deixando vocês na ansiedade e não respondi nenhum review ainda!
Muito obrigada a quem ainda está acompanhando, e não desistiu da lesada aqui.
Me desculpem mesmo, mas essa semana e a semana passada, eu estive lotada de coisas, e realmente, não deu pra escrever nem um parágrafo direito da história. Além do mais, estou em semana de provas, que vai acabar semana que vem, então vai ficar preocupante a situação haha.
Vou tentar postar uns 3 capítulos esse final de semana, ou 2 se o meu plano não der certo (como sempre). E nos dias de semana, vou tentar postar um dia sim, um dia não.
PS: esse esquema vale até o final da semana que vem!
OBRIGADA A QUEM ESTÁ ACOMPANHANDO, E...
REVIEWS!
TENHAM UMA ÓTIMA LEITURA ♥



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Justin levantou meu queixo, com as pontas dos dedos e me obrigou a olhar em seus olhos. Ah, aqueles olhos. O que eu estava fazendo?

Ele se aproximou devagar, após perceber que eu tinha correspondido. Mas na verdade, eu... Eu não queria... Eu...

Eu não estava raciocinando direito, e era como se eu fosse uma garotinha em um mundo gigante. Nunca ninguém além de Justin iria saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo e em qualquer lugar. Nunca ninguém além de Justin iria saber dessa vida complicada que eu tinha. Nunca ninguém além de Justin iria ser meu melhor amigo.

Justin veio se aproximando, colocando as duas mãos no meu rosto, acariciando minhas bochechas. Podia ser bom, porém, por mais que eu quisesse, eu não poderia. Assim, afastei-o com as minhas mãos empurrando seu peito, fazendo-o se desequilibrar um pouco para trás.

Me levantei daquele lugar, e fui em direção ao meu quarto. Quando me despertei daquela situação, levei minhas mãos ao rosto, ao mesmo tempo, sentando-me na minha cama. Meu rosto queimava de vergonha. Como, pela segunda vez, eu teria beijado meu melhor amigo? Isso, definitivamente, não poderia e muito menos deveria acontecer entre nós.

- Jessie... – Justin veio atrás de mim, com os olhos semi-cerrados com uma voz rouca, digamos, sexy. – Para com isso. Você sabe que gostou.

- Eu posso ter gostado – parei e suspirei no meio da frase e Justin me enviou um olhar malicioso. – mas não devemos fazer isso.

Me levantei e me encostei perto da janela, sempre olhando pro chão. Meu coração batia mil por hora enquanto acompanhei com meus olhos Justin se aproximar e apoiar as mãos na parede, me encolhendo ali.

- Se eu quero e você quer, por que regras? - ele me olhou de cima, como ele era muito mais alto que eu.

- Porque existem regras. - eu disse tendo uma ideia e saindo dali por baixo de seu braço. - E nós devemos respeitá-las. - fiquei atrás dele e Justin continuou olhando para a parede insignificantemente, provavelmente, se perguntando como eu saíra de lá.

- Mas-

- Não tem "mas", Justin. - o interrompi com a voz mais firme, mas sentia meu rosto queimar a cada palavra que saía ruidosamente da minha boca. - Pode ter sido bom, eu posso ter gostado. Mas você é meu melhor amigo e eu não quero estragar isso. - eu disse tentando ficar forte a maioria do tempo, mas quase sussurrei as palavras no final.

- Jessie, não se tem regras quando um gosta do outro. - Justin deixou escapar, e senti ele tentar calar-se a si mesmo, mas já era tarde demais.

Ele se encolheu naquele mesmo canto, e fiquei lá, atrás dele, parada com uma feição confusa. Olhei para o chão ainda pensando, quando sinto um vento forte bater ao meu lado esquerdo do corpo, e assim, ninguém além de mim está naquele quarto. "Não se tem regras quando um gosta do outro", a voz e essas palavras de Justin soavam na minha mente, me fazendo ficar confusa. Poderiam me considerar uma louca, naquele momento, só de observar uma garota de 16 anos, ás 23:00 em casa, com os olhos inchados, maquiagem borrada e ali, no meio do quarto, fitando o chão como se fosse um bicho não-identificado.

{...}

Era um outro dia e eu ia para lá e para cá, só pensando "Não se tem regras quando um gosta do outro". Era engraçado. Era engraçado como Justin me deixava confusa por uma frase somente pronunciada por 5 segundos da minha vida. Esse garoto girava meu mundo de cabeça para baixo, mas eu realmente não sabia se aquele retorno de ponta cabeça me faria bem. 

Chorar, como me diziam, não me daria a fórmula da solução dos meus problemas, a fórmula da solução da vida... Mas me dava um certo auto-conforto, e era bom de vez em quando, desabafar para si mesmo. Pode parecer um pouco egoísta se guardar para si mesmo, mas é assim que eu vivo, era só assim que eu me sentia quase bem.

Eu já tinha almoçado, e, novamente, meu pai não estava em casa. Apenas deixara um bilhete escrito:

Filha, tive que sair hoje a negócios. Qualquer coisa, tem dinheiro em cima do balcão da cozinha, se quiser sair para comer algo.

Vou estar em casa por volta das 20:00, e assim, nós conversamos do jeito que você queria. Mas eu quero te pedir para que não fique surpresa, e não arme nenhum escândalo.

Beijos,

Jack

"Não fique surpresa, e não arme nenhum escândalo.", isso era um fato que se ele dissesse isso, era porque eu com certeza iria fazer um escândalo e ficar surpresa. Não gosto de surpresas. Nem boas nem ruins. Gosto de coisas planejadas e certas. Apenas embrulhei o papelzinho em uma bobina, e a lancei pela lata de lixo atrás do balcão onde havia o dinheiro embaixo do copo, para não sair voando. Passei meus olhos pelas notas de dólares que ali haviam, mas apenas deixei lá. Não sentia fome ou qualquer outra coisa que tinha necessidade de dinheiro. 

Por mais incrível que pareça, naquele dia eu estava mais calma. Me despertei dos meus pensamentos e fui ao banheiro. Meus olhos ainda estavam inchados de ontem, então eu resolvi não sair. Mas eu me sentia mais confortável, como se parte dos meus problemas tivessem sido resolvidos. Se é que eles foram resolvidos. Porém, apesar de tudo, eu me sentia mais leve, e não sentia vontade de chorar mais. Não via motivo para induzir o ato. Minha cabeça (provavelmente) resolvera que meus problemas foram magicamente resolvidos.

Porém, era só mais um dia. Aquele dia da minha rotina chata. E para piorar a situação, minhas aulas começariam dali á uma semana. Todavía, eu não tinha arrumado a minha bolsa, material, livros, nada. Minha casa estava totalmente bagunçada, com algumas malas ainda da viagem jogadas pelo chão do meu quarto. Só os móveis essenciais já estavam em seus devidos lugares. Mas, como roupas, ainda estávamos organizando.

Sentei na cadeira do balcão da cozinha e fiquei girando, pelas bordas do mesmo, o copo, hipnotizada, apoiando assim, a palma da mão esquerda meu queixo. Eu ficava ali, e suspirava de vez ou outra. Era difícil fazer alguma coisa sem pensar em tudo aquilo. Em tudo aquilo que aconteceu, estava acontecendo e o que ia acontecer.

Apesar de tudo, como em todas ás vezes desde que eu tinha chegado em Stratford, eu sentia falta de alguma coisa que lá, não estava mais, não havia. Mas não sabia o que era. Apenas, sentia um vazio extremo dentro de mim preenchendo meu corpo todo. Era difícil, estranho e... Doía. Mas ás vezes, eu tinha a sensação de que aquele vazio, estava, na verdade, bem pertinho de mim. Como se estivesse segurando a minha mão, prometendo que tudo ficaria bem. Mas, minha imaginação voa ás vezes. Até demais.

Fechei os olhos com a intenção de me fazer relaxar. Mas o que atraí foi somente uma chamada no telefone de casa. Levantei-me lentamente da cadeira, colocando o copo direito no balcão e atendendo o telefone:

- Alô? - comecei com uma voz de que tinha acabado de acordar.

- Jessie - meu pai disse - parece que vou voltar mais cedo pra casa hoje, tudo bem? - ele parecia animado.

- Hm - fiz - tanto faz. - murmurei de volta.

- Filha, faz uma força. Prometo que serão surpresas boas. - ele disse parando e pensando um pouco, deixando um silêncio na chamada. - Acho que você vai gostar. - completou.

- Tudo bem. - eu disse nem correspondendo nem discutindo com a fala. - Que horas você vai chegar?

- Bom, são 14:00, agora. - ele parou e pensou um pouco antes de começar de novo. - Podemos almoçar em um restaurante aí perto bem famoso ás 14:30. Tudo bem pra você? - ele disse em um tom esperançoso de criança.

- Tanto faz. - repeti quase em um murmuro, suspirando de tédio. - Só espero que essa história compense e explique aquelas histórias que você deixou vagas. 

- Eu prometo que explico... Só confia em mim, tá legal? - meu pai disse.

Naquela hora eu quis dizer "Eu confiei muito em você, e esses votos de confiança foram jogados no lixo.", mas deixei passar.

- Tá, tá. - repeti. - Tchau. - e desliguei.

Segui em direção ao banheiro, e tomei uma ducha e me vesti. Quando estava pegando minha bolsa de mão, a campainha toca. Atendi com um sorriso de canto, mas que se desmanchou ao ver quem era.

- Oi! - Pattie e meu pai diziam em conjunto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu sei... Ficou pequeno. Mas as coisas vão mudar. O que vocês acham que vai acontecer?
Infelizmente, uma leitora (não vou dizer o nome porque vocês vão saber o resto da história u_u) DESCOBRIU (sério, ela adivinhou) que isso ia acontecer. Porém, ainda não comentei nada com ela. Hehehehe, feeling like a boss.
Enfim, galera, mil desculpas outra vez :(
REVIEWS!
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO.
Falem comigo aqui ask.fm/belieberrauhl