Acordei com a campainha tocando, olhei pro meu relógio e eram exatamente 7 horas da noite.MERDA. Puta merda, esses meninos nunca reoaram na hora? E parece que não atendiam a campainha também. Desci a escada do jeito que estava mesmo, meu pijama preto e minhas pantufas rosas.

– Porra, vocês não atendem a droga da campainha não?- Perguntei enfurecida pros garotos que estavam todos no dofá vendo um filme.

– Pra isso que existe você gata.- Niall disse e os outros riram.

– HAHA, idiotas.- Sussurrei indo abrir a porta.

– A gente ouviu.- Gritou Zayn. E mandei meu dedo muito bonito pra ele. A verdade é que eu realmente estava tentando ser dócil e simpática, o que eu sou, mas depois de 1 mês de convivencia com esses garotos e você quer matá-los, sem exeção. Abri a porta e dou de cara com 5 garotas, todas pareciam ter a minha idade, ou melhor a idade dos garotos.

– Vocês são?- Perguntei desconfiada. Juro que se eles fizeram isso comigo eu mato eles, e vai ser uma morte bem devagar e dolorosa.

– Hmm, acho que somos nós quem deveríamos fazer essa pergunta né?- Disse uma loira oxigenada. Ok, eu também sou oxigenada, mas pelo menos eu não passo 1 kilo de maquiagem preta e um batom vermelho que vc vê a 5 km de distância.

– Ok, isso não é pra mim.- Disse fechando a porta na cara delas e voltando para a sala.

– Hm, meus amores... porque tem 5 garotas, que eu posso dizer consideravelmente que mais parecem prostitutas, na porta?

– Ai que absurdo luh, olha como você trata nossas convidadas.- Disse Louis vindo em minha direção.

– Não vem com essa pra cima de mim. Eu quero saber quem são elas?

– Calma amorzinho, elas são só amigas que nós convidamos para assistir um filme aqui com a gente.- Harry disse sorrindo.

– Ótimo, então acho melhor vocês irem atender a porta porque eu fechei na cara delas.

– Você o que..?

– Isso aí, queridinhos.

– Eu sei, eu estou sendo chata, muito.Mas porfavor, 5 garotos convidam 5 garotas com caras de prostitutas para ''assistirem'' um filme junto com eles, na casa deles? Só um burro não ia entender. E eles nem para me avisarem. Eu que não vou ficar aqui pra ver isso. Subi até o meu quarto e coloquei uma roupa de corrida.

– Estou saindo. Estou logo avisando, não vou limpar nenhuma sujeira branca, se é que me entendem.

(...)

Sai correndo para esquecer o que estava acontecendo no apartamento, depois eu ia ter uma conversinha com eles sobre não levar putas pra lá. Estava tão desligada do mundo que acabei esbarrando em alguém.

– Me desculpe.

– Não vai nem olhar para mim?- merda, merda, merda, merda infinita. Reconheci a voz logo. Ryan, meu ex. Meu pior ex na verdade. Na época em que a gente namorava eu estava passando por uma fase muito conturbada da minha vida, meus pais haviam morrido em um acidente e acabei ficando sem ninguém. Acabei trombando com Ryan em um dos lugares em que me drogava e começamos a namorar, depois que começei a sair com ele, minha vida era só drogas, sexo e álcool. Depois de algum tempo um amigo meu, o Lucas conseguiu me convencer a largar o Ryan, então eu fugi, logo depois descobri que Ryan havia matado o Lucas. Isso fazia 2 anos, passei esses 2 anos com medo de andar na rua, não queria encontrar Ryan, não sabia o que ele poderia fazer comigo, e agora... bom, acho que eu vou saber agora o que ele faria comigo.

– Ryan...

– Isso mesmo bonitinha, seu querido Ryan.- Disse segurando meu rosto o machucando.

– Ryan porfavor...

– Não adianta, foram 2 anos sem você. Ninguém me deixa, eu sou o único que posso sar a última palavra.- Rayn me pegou pelo cabelo e me levou para debaixo de uma pedra.

– Isso não vai te levar em nada, acabou Ryan.

– Não, isso não acabou, só acaba quando eu falar. Agora você vai ter o que merece, a morte.- Pegou minha cabeça e bateu contra a pedra com força, uma dor latente e aguda atravessou meu crânio.

– Sua puta... - Me deu um chute nas costelas, e outro, e mais um. Minha garganta estava rouca de tanto gritar.

– Desgraçada.- Disse dando mais chutes e um soco no rosto.

– Você é uma miserável, seus pais mereceram morrer, olha só para você, não passa de uma cadela...- Não sei se foram os insultos ou como ele falou que meus pais mereciam morrer, só sei que de alguma forme levantei e o joguei sobre a pedra, sem nem saber se ele estava vindo atrás de mim sai correndo em direção ao apartamento. Toquei a campainha incapacitada de procurar por chaves. E Liam atendeu.

– Lucy... que merda te aconteceu?

– Eu...- começei a explicar mas o choque estava passando e a dor umentando cada vez mais.

– Depois você me explica. Nós temos que te levar para o hospital. HARRY, NIALL, LOUIS, ZAYN...

– NÃO.- disse alarmada, não podia ir para um hospital, esse seria o primeiro lugar que Ryan me procuraria.- nada de hospitais.

– Tá maluca, é cla... merda, HARRY, LOUIS PORRA CADÊ VOCÊS?- Liam me pegou no colo me levando pra sala.

– Nos chamou amor?- Perguntou uma das putas.

– Você não idiota, os garotos, chama eles para mim, agora e depois deem o fora daqui.- Se eu tivesse em boas condições poderia até rir disso. A garota subiu as escadas alarmada e foi chamar os garotos.

– Nós vamos te levar no hospital Luh, você querendo ou não.

– Não, sério Liam, não precisa, eu estou bem.

– O que aconteceu com você? - Perguntou Harry correndo em minha direção com o resto dos garotos atrás.

– Ryan aconteceu...

– Quem diabos é Ryan?- Os 5 perguntaram confusos.

– Meu ex?- Eu realmente não queria que eles soubessem sobre isso, mas era meio inevitável.

– O caralho que seu ex fez isso com você?- Loius perguntou sentando do meu lado.

– Gente, depois ela explica, agora precisamos levar ela para o hospital...- Harry disse perocupado.

– Eu já disse que não...

– Ela não quer ir, diz que não precisa.

– Foda-se o que ela pensa, ela não ta se vendo, ela vai e isso não está nem em discussão.

– Não Harry...- Senti um bolo estranho na minha garganta me impedindo de falar e logo começei a tossir, sangue, começei a tossei sangue.

– Filho da puta... vamos,agora.- Foi a última coisa que consegui ouvir antes dos meus sentidos se extinguirem e minha visão desabar.