Twilight escrita por Nara


Capítulo 6
Quinto Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!!!! Mais um capítulo pra vcs, espero que gostem.
Eu prometi responder algumas perguntas pra vocês, mas só uma menina mandou. Bem, ela perguntou se o ed ia visitar a bella pra saber se ela estava bem: não ele não vai, mas isso vc já pode conferir nesse capítulo. ela tbm perguntou quando a bella vai descobrir que ele é um vampiro: vai demorar um pouquinho... no minimo uns tres capítulos. a fic não vai ser muito grande, de qualquer forma.
Bem, leiam esse, notinhas no fim. enjoy!



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Quinto Capítulo

Estava frio. A chuva caía como de costume em Forks, molhando a pista do estacionamento onde os adolescentes paravam os carros. Edward dirigia rapidamente pela estrada, como lhe era de costume, e com o carro se movimentando com velocidade superior ao dos demais veículos, estacionou na usual vaga.

A família Cullen desceu do Volvo prateado tomando cada um seu rumo. Alice voltou-se para Edward, que permaneceu sentado no banco do motorista.

– Você não vem Edward? Vai mesmo ficar aí pensando na morte da bezerra? – debochou do irmão.

– Siga seu caminho, pigmeu. – ele respondeu provocando-a. Ela mostrou língua como uma criança e acompanhou Jasper, que a esperava.

Edward olhou para a vaga em que Isabella Swan costumava estacionar seu carro vermelho, mas não havia ninguém ali. Encontrou-se preocupado com Isabella, imaginando inúmeras possibilidades do que poderia ter acontecido com ela. Bella poderia ter ignorado seu despertador ou ter perdido o controle de seu carro.

– Eu estou ficando paranoico. – falou consigo mesmo. Tirou a chave da ignição e saiu de seu carro.

Quando chegou à parte coberta rumo à porta de entrada da escola, ouviu os pensamentos e os cochichos dos adolescentes à sua volta. Todos estavam alvoroçados com o baile que aconteceria no final de semana.

– Você me deve muito Carlisle, muito mesmo. – murmurou ao ouvir os pensamentos de algumas garotas, preocupadas com o que seus devidos parceiros, se eles gostariam do que elas iriam usar. – Só não comprem vestidos em Port Angeles. – falou para si mesmo e entrou em sua primeira sala.

O dia se arrastava. Na hora do almoço ainda tinha esperança de que talvez Bella apenas tivesse chegado atrasada, mas sua mesa, assim como sua vaga no estacionamento, estava vazia. Não havia tido notícias dela durante o domingo, não aguentava ficar dois dias sem saber o que estava acontecendo.

– Ei! – Jasper chamou sentado em sua mesa durante o intervalo. – Será que você pode sossegar? Essa sua tensão está me incomodando. – repreendeu.

– Pouca sorte. – Edward respondeu.

– Mano, eu sei que você está de mal humor... – começou Emmett. – Mas você tem que pensar que essa menina não é sua, ela tem todo o direito de faltar na escola um dia. – comentou.

– Eu não estou nervoso por causa dela. – mentiu. Os dois casais riram dele, chamando a atenção de todos no refeitório. Os Cullen não costumavam rir.

– Silêncio. – Edward mandou e seus irmãos lhe obedeceram, ainda que uma risada ou outra escapasse dos lábios deles.

O sinal tocou e todos foram para suas aulas. Os minutos se passaram cada vez mais devagar até que era o fim do dia. Edward dirigiu para casa ouvindo a conversa de seus irmãos. Eles falavam algo engraçado sobre os jovens, como todos os dias. Chegaram a casa, seguindo o mesmo roteiro de sempre.

À noite, enquanto todos jogavam na sala, Edward sentou-se no telhado e ficou observando as estrelas, pensando sempre nela. Respirou fundo.

– Eu sou um ridículo. – levantou-se e deu um pulo até o chão. Entrou pela porta de trás e passando pela cozinha foi de encontro às escadas da sala.

– Não é ridículo se preocupar. – Carlisle confortou-o sem desgrudar seus olhos do livro em suas mãos.

– Vocês têm uma maldita audição. – colocou um pé no primeiro degrau da escada.

– Mal do ofício. Sente-se aqui, bebê, vamos conversar um pouquinho. – Carlisle deu batidinhas no espaço ao seu lado no sofá. Edward apenas riu do bom humor do médico.

– Certo. – caminhou até o local indicado. – Emmett, ao invés de prestar atenção na minha conversa devia prestar atenção no jogo, olhe só o que a sua mulher está fazendo com você. – apontou para o xeque-mate em que Rosalie o colocou no complexo jogo de xadrez “culiniano”. A loira piscou para Alice.

– Trouxa. – Jasper disse para o grande irmão, que retribuiu com um soco. Logo os dois estavam rolando no chão.

– Hoje eu estou de bom humor... Diferentemente de você. – Carlisle comentou.

– Eu estou preocupado. – ele respondeu.

– Você acha que há motivo? Indagou.

– Eu acho que não. Eu só... Queria ter notícias. – explicou.

– E por que você não vai atrás dessas tais “notícias”? – ergueu uma sobrancelha.

– Bem, quem sabe amanhã, não é? – levantou-se e caminhou até o andar de cima.

Mas no dia seguinte, nenhuma notícia. O dia transcorreu como o anterior, sem nada de mais ter acontecido. Edward tentou ignorar a falta de acontecimentos, mas punha-se preocupado com Bella. Ponderou se deveria ir até casa dela, mas decidiu que não era o melhor a fazer. Deveria dar-lhe espaço.

Na quarta-feira uma conversa em especial fez com que ele parasse no caminho que fazia até sua sala de aula.

Eu vi o chefe conversando com a secretária, ela perguntou se ela estava bem e ele disse que sim. – Mike Newton conversava com um garoto que Edward ignorava conhecer. - Ela faltou esses três dias, eu estou preocupado. – concluiu. O Cullen sentiu vontade de chamar o rapaz de “idiota”, mas percebeu que compartilhava sua idiotice, também estava preocupado com Isabella Swan.

Mike e seu amigo caminharam para a sala de aula, deixando Edward para trás.

– Não, volte aqui! Fale mais. – mas os dois já haviam sumido. – Droga! – ele bravejou.

No entanto, sentiu-se aliviado, pois pelo menos Bella estava segura em casa. Em contra partida, estava acontecendo algo com ela, importante a ponto de Charlie Swan ir até a escola justificar sua ausência.

Os outros dois dias se passaram devagar, como os anteriores. Os primeiros raios de sol da manhã de sábado invadiram o quarto de Edward.

– Com licença. – Esme bateu na porta do quarto, ainda que essa estivesse meio aberta.

– Eu gosto tanto da sua educação, Esme. Gostaria que todos aqui fossem como você. Certo, Alice? – perguntou para a pequena vampira que pulava atrás da figura materna.

– Não vou aceitar suas provocações hoje. Estou aqui por uma boa causa. – anunciou, correndo para o closet do irmão.

– Agora eu fiquei verdadeiramente curioso. – jogou-se na cama. Ela colocou a cabeça para fora do roupeiro.

– Esme, empurre-o da cama. Hoje não é dia de preguiça. Vou escolher uma roupa bonita para você ir ao baile hoje à noite.

Esme deu de ombros, demonstrando que nada podia fazer. – Eu só estou aqui para não te deixar sozinho com ela.

– Agradeço o seu esmero Alice, mas eu não vou ao baile hoje à noite. – passou a mão pelos cabelos.

– É claro que vai. Você acha que eu iria perder meu tempo aqui se não soubesse que você iria? – disse de dentro do closet.

– Soube que a Isabella não se encontra muito bem, o mais apropriado seria eu deixar que ela se recupere. – explicou-se.

– É claro que não. Mesmo que ela não vá ao baile, você tem um compromisso, deve ir até a casa dela e não deixa-la lá plantada, sozinha. – rebateu.

Edward pensou por um instante, as palavras de sua irmã faziam sentido.

– Talvez você esteja certa.

– Eu adoro quando você dá o braço a torcer. – riu. – Credo, Edward, você só tem roupas pretas.

– Qual o problema? Valorizam meu tom de pele.

Ela então jogou algumas peças de roupa em cima da cama e saiu dizendo:

– Esteja bonito e cheiroso, essa noite.

– Eu sou bonito e cheiroso. – replicou, mas a baixinha já tinha saído.

Bella despertou pela manhã descansada. Era sábado e ela não tinha nada para fazer. Não que tivesse feito muitas coisas durante a semana, ao contrário, sentia falta de ir à escola. Levantou-se e caminhou até seu banheiro. Tomou um banho quente e vestindo um conjunto de moletom, desceu as escadas até o andar de baixo.

Ouviu o barulho de seu pai na cozinha. Ele deveria estar tentando fazer o café da manhã.

– Quer ajuda? – ofereceu vendo o quão atrapalhado ele estava.

– Sim, uma ajuda jovem seria de grande valor. Essas máquinas de hoje em dia... – estava reclamando da cafeteira. Bella apertou o botão de ligar e a cafeteira funcionou normalmente. – Eu juro que não estava funcionando há um segundo.

– Tudo bem papai, eu acredito que ela estava zombando do senhor. – riu e sentou-se em uma das cadeiras.

– Então, o que pretende fazer hoje? – o pai perguntou.

– Provavelmente nada. Quem sabe lavar roupas.

– Lavar roupa? – perguntou enquanto colocava uma tigela em frente à filha e pegava a caixa de cereais. – Pensei que você fosse se aprontar para o baile de hoje mais tarde. – supôs.

– É mesmo, o baile... – lembrou-se do compromisso que ela tinha com Edward. – O senhor acha que o Cullen vem? Eu não apareci mais na escola... E se ele pensa que eu não vou?

– Você vai? – Charlie perguntou.

– Bem, eu acho que sim...

– Então eu tenho certeza que ele vai aparecer por aqui. – Charlie afirmou.

– Mesmo? E como o senhor pode ter essa certeza? Por um acaso Edward pode ler mentes, ou ver o futuro? – ironizou.

– Eu não duvido de nada. Se você vai mesmo, devia tomar logo esse café e começar a se preparar. – aconselhou.

– Pai, ainda é de manhã. O baile é só à noite.

– Bem, eu sei como são as mulheres. Começam a se arrumar uma semana antes do compromisso e ainda conseguem sair atrasadas.

– Me dê café. – ignorou o comentário.

Apesar de achar a fala de seu pai um absurdo, Bella tratou de escolher um belo vestido e belos sapatos para a noite.

– Será que ele vai gostar desse? – perguntou para si mesma enquanto experimentava um vestido vermelho em frente ao espelho.

– Não, vermelho é muito chamativo. E esse? – experimentou um vestido cinza. – Está muito apagado. – suspirou. – Eu nunca vou conseguir parecer bonita o suficiente para ficar ao lado de Cullen.

– Bella, quer ajuda? – ouviu seu pai gritar do andar de baixo. Ela saiu na porta de seu quarto para respondê-lo.

– Não pai, eu estou bem. – fechou a porta do quarto. – Não, eu não estou bem. – corrigiu para si mesma.

As horas passaram rapidamente para Isabella, ela estava ansiosa. Encontrava-se usando um robe, já maquiada e penteada. Olhava pela janela de meio em meio minuto, sempre pensando ter ouvido o motor do carro de Edward.

Não sabia o que diria quando ele chegasse para lhe buscar, se é que ele ia, corrigiu mentalmente. Devia-lhe um grande e sincero agradecimento. Na verdade, devia- lhe muito mais do que um simples obrigado, devia-lhe sua vida. Devaneou durante um tempo, até que deu um pulo com o som da campainha. Correu até a janela, que lhe dava uma visão do pátio da frente e viu um carro preto, deslumbrante, estacionado. Gritou. Deveria ser ele, só poderia ser ele.

Edward desceu de seu Vanquish estacionado em frente à casa dos Swan depois de mais de um minuto parado lá dentro. Viu seus olhos no espelho retrovisor. Estavam tão claros como eles costumavam ser. No entanto, havia um brilho desconhecido ali. Tratou de afastar esses pensamentos. Decididamente, andou até a porta da frente e tocou a campainha. O chefe de polícia foi quem atendeu.

Edward concentrou-se para não ler a mente do homem, como fazia com a maioria das pessoas. Não foi difícil, Charlie era silencioso. O pai de Isabella olhou-o de cima a baixo.

– Como vai Edward? – saudou. – Entre.

Edward fez como lhe foi indicado.

– Eu vou bem. E o senhor? – disse com educação.

– Claro. Bella deve descer logo.

– Como ela está? – sentiu-se aliviado em finalmente poder perguntar.

– Bem. Ou melhor, você mesmo poderá ver quando ela descer. – sorriu. Edward riu em resposta. – Não quer se sentar? Pode ser que o logo de Isabella não seja o mesmo que o nosso.

Edward sentou-se no sofá da sala e o chefe sentou-se no sofá adjacente. Instalou-se o silêncio.

– Então... – Charlie logo o quebrou. – Você decidiu chamar Bella para o baile, não sabia que vocês dois eram assim tão amigos. – comentou. O Cullen não esperava pelo comentário.

– Bem, nós não somos “assim tão amigos”. Eu apenas gostaria de ir ao baile com ela e acabei tomando a iniciativa.

– Oh, eu entendo... – fez uma pausa. – E você pediu o número de telefone também.

Edward fez cara de desentendido, como realmente estava.

– Você ligou aqui no sábado passado, quando a Bella estava em Port Angeles. – explicou.

– Ah, sim... – ele disse simplesmente.

– Bella me contou o que aconteceu.

– Eu imagino que tenha, ela estava muito abalada.

– Claro. Muito abalada. Aliás, foi uma sorte você encontra-la em Port Angeles, à noite. – foi sugestivo.

– Eu digo o mesmo. Foi realmente uma sorte, Deus sabe o que poderia ter acontecido seu eu não a tivesse encontrado. – afirmou usando o nome de uma divindade da qual a existência ele duvidava.

– Sim, isso é verdade. – Charlie abandonou sua postura indagativa ao ouvir as palavras do jovem. – Aliás, eu queria te agradecer profundamente por isso. Tenha sido sorte ou... Outra coisa; você salvou a vida de minha filha e eu nunca vou poder retribuir.

– Meu maior pagamento é vê-la bem.

– Edward. – uma voz feminina chamou.

Ele se virou e viu Isabella parada no pé da escada. Ela vestia um casaco preto que contrastava com sua pele branca e seus grandes olhos azuis pareciam ainda mais iluminados. Seu cabelo emoldurava o belo rosto, que poderia ter sido esculpido pelo mais talentoso dos artistas.

Logo se levantou e andou até onde ela estava, segurou uma de suas mãos entre as suas e plantando um beijo na pele macia da mão da moça.

– Você está linda. – elogiou sinceramente.

Charlie, que observava a cena, rolou os olhos. – Está mesmo muito bonita. – disse apenas para que tivesse novamente a atenção. Sua filha corou.

– Bem, se não se importa, senhor Swan, já está na nossa hora. – Edward anunciou.

– Ah, claro. Vão em frente.

– Até mais papai. – Bella despediu-se do pai.

– Até mais. E cuidado. – acrescentou.

– Papai! – a moça repreendeu cheia de vergonha. Deixou o homem para trás e saiu, juntamente com Edward, pela porta.

O Cullen segurou a mão de Isabella enquanto eles desciam as escadas. Notou que ela estava de salto, uma sandália preta que chamava a atenção por ter pedras brilhantes que pareciam cristais; o calçado iluminava o delicado pé de Isabella e o convidava a continuar olhando, fazendo um caminho do pé pela perna e subindo cada vez mais.

Eles pararam em frente ao carro, a porta foi aberta para Bella em um gesto de cavalheirismo. Ela agradeceu e entrou no veículo.

– É um belo carro. – comentou, mesmo não entendendo de carros.

– Existem coisas mais bonitas. – foi sugestivo. Bella olhou para baixo corando mais uma vez.

O caminho até a Forks High foi curto e feito em silêncio. Edward passou pela entrada do campus que piscava em luzes coloridas, que estavam sendo colocadas no dia anterior. Os olhos de Isabella brilhavam com a beleza da decoração. Ele estacionou e saiu do carro para então abrir a porta do passageiro para a moça. Bella tomou um último fôlego e aceitou de bom grado a mão do Cullen, descendo também do veículo. Assustou-se com a proximidade em que seus corpos se encontraram.

– Obrigada. – agradeceu ainda que perplexa.

– Disponha. – bateu a porta do carro atrás dela.

Os dois andaram de mãos dadas até o ginásio, no lado oposto da escola, onde estaria acontecendo o baile. Já podiam ouvir a músicas e a agitação dos jovens. Passaram por um grande arco, em que os casais paravam para tirar uma foto antes de adentrarem o ambiente. Com eles não foi diferente, apesar de Bella estar um pouco acanhada.

O local estaria escuro, não fosse pelas luzes coloridas que piscavam em meio aos casais que se divertiam. Algumas pessoas cumprimentaram Isabella que estava passando, outras continuaram entretidas no que estavam a fazer.

– Quer beber algo? – Edward indagou quase no ouvido de Isabella, fazendo com que um frio corresse por toda a sua espinha. Ela negou. – Então vamos para outro lugar? – propôs. Confiante nele, Bella deixou que o Cullen a guiasse.

Chegaram ao jardim da parte de trás do campus, ela nunca havia passado por lá. Havia poucas pessoas ali, apenas alguns casais se abraçando, ouvindo a música que ainda emanava do salão principal da festa. Os dois sentaram-se em um banco perto do gramado, em frente ao gazebo.

– O tempo está muito agradável. – Edward comentou, recebendo um sorriso em resposta.

– Está mesmo. – ela concordou e começou a desamarrar o sobretudo, tirando-o em seguida para revelar um vestido preto, curto, com um decote avantajado.

Edward revelou seus olhos famintos em direção à pequena figura ao seu lado. Nesse momento, anunciaram que iria começar a primeira musica lenta da noite. No salão as luzes diminuíram e os casais aproximaram-se ainda mais.

– Você aceita dançar comigo? – ele propôs. Sem nada dizer, ela aceitou apenas com o olhar, levantando-se com ele.

Os dois andaram até o gazebo, que também se encontrava cheio de luzes. A música começou, seus corpos se aproximaram e passaram a se mexer no ritmo da melodia. Os dois se olharam durante um bom tempo.

– Edward, eu queria muito falar com você. Depois do que aconteceu semana passada... – começou.

– Não precisa falar disso, está tudo bem agora. – cortou sua fala. – Apenas esqueça o que aconteceu.

– Eu quero esquecer. – concordou. – Mas eu estive tão mal essa semana, não pude te encontrar. Porque o que eu quero mesmo é te agradecer. Eu sei que foi Deus quem te colocou no meu caminho naquela noite. Se não fosse por você, não sei onde, ou como, eu estaria agora.

– Você não tem que me agradecer. Eu só quero ver um belo sorriso no seu rosto. - ela sorriu acanhada.

– Obrigada.

– Não há de que. – continuaram a dançar. Bella encostou sua cabeça no peito de Edward. Ele sentiu que aquilo era o certo, que era ali que Bella deveria ficar.

– Você está perfeita essa noite. Mais do que você é todos os dias. – ela olhou assustada com o elogio.

Ao erguer a cabeça, encontrou o olhar fixo dos olhos claros de Edward. Sentiu como se estivesse sendo hipnotizada. E Edward cada vez mais atraído pela pequena criatura em seus braços, levou seus lábios de encontro aos dela até que enfim eles se tocaram. A Swan fechou os olhos com o gesto, entregando-se ao beijo; sendo em fim segurada próxima ao homem, que passou a segurá-la também pela nuca.

O tempo parou nesse momento. Uma onda de calor cortou o corpo gélido de Edward pela primeira vez em décadas. Por um átimo, ele pode sentir seu coração bater novamente. E Bella, que nunca havia estado dessa forma com um homem, não pôde imaginar um sentimento mais avassalador do que estar nos braços de uma pessoa tão incrível quanto Edward.

A música terminou e ouviu-se um burburinho no salão, que fez com que Bella parasse o beijo. Ela colocou a mão na boca e simplesmente não soube o que dizer ou sequer como encarar o Cullen. Um novo som começou.

– Só mais uma dança. – Edward insistiu.

Bella ponderou por um segundo, mas acabou cedendo, continuando a dançar com ele; porém, desviava sempre o olhar.

– Bella, olhe para mim. – ele pediu. A senhorita vacilou, mas atendeu seu pedido. Quando os dois se olharam novamente, foi tudo com antes.

– Eu adoro essa música. – fez o primeiro comentário que lhe veio à cabeça. Entretanto, isso não foi suficiente para parar o Cullen, que ansiava por ter os lábios de Isabella nos seu novamente. O casal se beijou novamente, dessa vez por um longo tempo.

– Eu também adoro. – ele comentou ao fim do beijo e ao fim da música, rindo.

Bella ficou séria por um instante, mas acabou rindo com ele. Era a terceira música da noite, uma balada mais agitada.

– Só mais essa dança. – ele insistiu novamente.

– Você disse isso há uma musica. – rebateu. – Mas tudo bem. – terminou por concordar.

Todos no baile se agitaram com a música, inclusive os dois, que estavam alegres. A noite se estendeu; Bella conversou com algumas pessoas enquanto Edward lhe buscava uma bebida. Todos estavam curiosos para saber o motivo da ausência da filha do chefe na última semana. Ela apenas disse que estava doente e que não pôde sair de casa nos últimos dias, mas que já estava melhor.

O relógio do ginásio marcava dez para a meia noite quando Edward se pronunciou.

– Está quase na hora das criaturas saírem de suas tocas. – sussurrou no ouvido da morena.

– Isso não me assusta. – ela respondeu.

– Mas talvez seja a hora de algumas criaturas irem para casa.

– Tudo bem, se você insiste. – ela abdicou. – Mas eu tenho que me despedir das pessoas.

– Não, vamos sair à francesa. Tem algo mais charmoso do que isso? – mostrou seus dentes brancos para ela. – Vamos. – puxou-a pela mão em direção à saída.

Edward abriu o carro para que Bella entrasse e antes que ele mesmo o fizesse, olhou para o céu; a lua estava enorme. Seus olhos brilharam brancos sob o efeito dos raios que emanavam do astro.

– O que você estava olhando? – Bella perguntou quando ele ocupou o banco do motorista.

– Nada. A lua só está muito bonita hoje.

Fizeram o caminho de volta para a casa dos Swan. O carro de Edward, com a alta velocidade que alcançava, fechou a distância em pouco tempo. Logo estavam parados em frente à casa branca, que ainda tinha as luzes acesas; sinal de que o chefe de polícia ainda não tinha se recolhido. Isabella vestiu seu casaco e virou-se para o motorista do Vanquish.

– Obrigada Edward, eu me diverti muito com você hoje. – fez menção de abrir a porta, mas uma mão fria agarrou a sua.

– Você não tem mais nada a dizer? – questionou fazendo com que ela unisse suas sobrancelhas bem feitas. – Eu queria falar sobre o nosso beijo. – colocou uma mão na face de Isabella.

– Eu não sei se é o melhor que temos a fazer agora. Quem sabe o que isso pode ter significado.

– Eu sei o que significou. – replicou. – Eu gostei muito de ter ficado com você. Peço apenas que você não tenha feito isso somente em um momento de fraqueza; eu iria me sentir muito triste caso o fosse.

Ela corou. – Edward, eu... Não sei o que lhe dizer.

– Não quero deixar de ser um cavalheiro, mas insisto: eu gostaria de saber o seu posicionamento. Diga.

– Eu... – a jovem parecia muito envergonhada. – Eu não me arrependo; se é isso que quer saber.

– Mesmo? – ele aproximou sua face da face de Bella, ameaçando beijá-la novamente, e então ela se afastou.

– Por favor, Edward, meu pai deve estar observando. – repreendeu.

– Eu quero ter um compromisso com você. – disse de repente.

– O quê? – ela indagou confusa.

– Eu quero ter um compromisso com você. Isabella, eu preciso de você. – segurou-a. – Agora eu quero saber o que você pensa sobre isso. Você aceita?

– Você está me pedindo em namoro?

Edward pensou sobre isso por um momento. Em outra época, as palavras de Edward não teriam sido interpretadas dessa forma. O compromisso ao qual ele se referia era muito mais complexo do que uma simples relação entre um namorado e uma namorada. Mas talvez essa fosse a solução. Os dois pertenciam a mundos diferentes, a família de Edward estava certa, ele não poderia pensar em estar com Isabella. No entanto, um namoro, humano, era o mais apropriado. Ela não teria que saber a verdade e ambos poderiam ficar juntos enquanto a felicidade durasse, livres para seguir cada um seu caminho depois disso.

– Você quer namorar comigo? – ele reformulou.

– Edward... – ela gaguejou.

– Eu gosto muito de você. – se aproximou.

– Eu também gosto muito de você. – declarou sobre a influência do cheiro do Cullen.

– Então me diga sim. – encostou seus lábios nos dela apenas de leve.

– Sim.

– Mesmo? – ele perguntou incrédulo.

– Sim. – reafirmou sorrindo.

Feliz, Edward sorriu bobo e a segurou junto de si. Olhou profundamente em seus olhos e lhe deu um beijo intenso.

– Eu tenho que entrar. – ela disse rindo depois de alguns minutos. Ela ainda tentou segurá-la, mas ela insistiu saindo depressa do carro.

Acenou e correu para dentro de sua casa, deixando para trás o veículo preto que permaneceu parado. Levou algum tempo até que Edward voltasse a si.

– Consegui. – foi a única coisa que conseguiu dizer. – Ela vai ser minha. Vai ser minha. – saiu cantando pneus.

Charlie estava esparramado no sofá com uma lata de cerveja na mão quando Bella entrou em casa. Tratou de se endireitar, mas a filha sequer prestou atenção nele.

– Ei, Bella. – chamou a atenção. – Não vai nem falar comigo? - ela o encarou com um sorriso bobo nos lábios.

– Desculpe papai. Boa noite. – despediu-se.

– Ei, espere! Por que essa cara de boba?

– Nada papai. Boa noite.

– Tudo bem. Boa noite. – ergueu as mãos em rendição.

Bella correu para seu quarto e trancou a porta atrás de si. Soltou uma gargalhada e se jogou na cama, ainda calçada.

– Edward Cullen. – falou sorrindo. – Quem diria: eu, namorada do Edward Cullen.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
caso os hiperlinks não abram é só me dar um toque no review. comentem bastante. Deem uma passadinha tbm em Breaking Dawn, eu já atualizei, e comentem bastante.
Bjão gente, até a próxima.

Ahhhh, gente... eu quero 200 comentários nessa merda. Brinks hehe'



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