Contei tudo a Luci, e ela se sentiu um pouco enciumada, agora que beijei a pessoa com ela tinha certa “richa”, poderia me aproximar mais dele e me afastar mais dela. Mas isso, para felicidade da nação, não aconteceu. Luci apostava alto em algum tipo de relacionamento entre eu e Mark, era difícil acreditar tanto pra mim quanto pra ela que poderíamos na próxima semana namorando ou algo assim.

Chegado segunda-feira, 2 de setembro, Mark e eu conversamos e achamos melhor namorarmos e levarmos isso adiante.

Meus dois anos últimos anos no colegial foram maravilhosos ao lado de Mark. Muitas pessoas não aprovavam nosso relacionamento, e isso de certa forma nos magoava. Novamente não ligamos para as pessoas incomodadas.

O segundo ano do ensino médio do colégio terminou e as férias começaram, Mark e eu nos encontramos várias vezes durante o verão, conversamos atrás de chat no computador e nosso ligação se tornou especial.

Meu último ano do ensino médio foi algo marcante, estava acabando o colégio, com boas notas e Mark, para minha felicidade, também, estava indo tudo muito bem, então em uma noite alguns dias antes de nossa formatura, em novembro, recebi uma ligação:

–Alô?

–Alô!

–Com quem falo?

–Elizabeth Ronwell

–Ah sim, com quem desejava falar mesmo!

–Com quem falo? – repeti eu.

–Maximiliano Mirandes, pai do Mark.

O que será que havia acontecido? O pai de Mark me ligando, eu nunca vi ele em minha vida, e Mark fala muito pouco dele, para não dizer que ele não fala nele.

–CLARO! O que o senhor deseja senhor Maximiliano?

–Bom, vou direto ao ponto.

–Claro, e de preferência comece do começo.

–Acredito que Mark tenha lhe contado que estou com uma doença grave e rara, posso morrer em 6 meses, e meu tratamento é muito caro.

–Ele comentou comigo sim – menti, para não causar mais problemas

–Então você sabe que vou com Mark a Áustria, não é?

Meu coração acelerou, mas com um pressentimento muito ruim, então respondi:

–ÁUSTRIA?

–Meu tratamento é caro e serei uma espécie de cobaia em um projeto para a minha doença, criado lá. Mark vai me acompanhar já que a Suzenne, sua mãe, não está mais entre nós.

–Sinto muito senhor por sua mulher! Quando vocês pretendem ir?

–Dois dias depois do baile de formatura, e liguei a você para que compreendesse a viagem de Mark.

–VOCÊS VÃO NESSE DOMINGO?

–O projeto tem uma data e é nesse domingo sim, pensei que soubesse!

–Não, Mark não comentou comigo sobre a data. – menti a ele novamente – pra dizer bem a verdade ele não comentou nada sobre viagem, tratamento ou sua doença.

–ÓH – disse Maximiliano, espantado - Ele provavelmente sentiu-se culpado e decepcionado por ter que dar essa notícia a você.

–Tudo bem, obrigada, amanhã falarei com ele, melhoras e boa sorte no tratamento – tentei falar com uma voz otimista.

–Tchau, até mais. Espero não ter deixado você triste.

Depois disso meu mundo desabou e nem sei quanto tempo vai durar esse tratamento, talvez seja algo rápido como 1 ano ou menos. Ou algo mais demorado 2 anos pra mais.

No dia seguinte, no último dia de aula de nossas vidas tivemos uma conversa séria e nos preparamos pra nos despedirmos logo após o baile.

Ao fim do baile da formatura, nosso segundo e último baile, nos dizemos adeus e foi doloroso demais.

–Sentirei muito, demais a sua falta – disse Mark.

–Igualmente – e meus olhos encheram d’água.

–Te amo

–Te amo mais, e nunca me esquecerei de você. – disse.

Nos abraçamos e não puder vê-lo ir embora já que seu vôo era quase na madrugada.

Ficamos tristes, mas, logo no primeiro mês depois da sua partida, recebi um email perguntando meu novo endereço na faculdade, mandado por Mark. Respondi-o, mas não perguntei porque ele queria, e ele nem se quer perguntou como estava ou se estava com saudades.

Meu primeiro dia de faculdade não me alegrou muito ou me animou ainda não havia superado a perda de Mark em minha vida. Então, eu recebi na faculdade, todos os dias uma poesia de Mark, sempre com seu perfume e sua assinatura embaixo e isso marcou minha vida por mais que nunca mais nos encontrássemos ele estava no meu coração e suas poesias guardadas em lugar especial também. Não sabia quando ele voltava ou se seu pai se curou porque ao longo do tempo perdemos o contato e até hoje procuro algum tipo de “Mark” para reviver o nosso romance ou simplesmente relembrá-lo.