Encontros E Desencontros escrita por VivianeCahill


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amoores! Aqui está moi com um outro capítulo para vocês :)
Queria agradecer muito á biawagner14 pela recomendação. Obrigada mesmo sua fofa, de coração *-*
E à Miss Kabrahill pelos reviews sempre fofos. Muito obrigada mesmo amore *--*
Capítulo de hoje dedicado ás duas, espero que gostem :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248121/chapter/9

Amy narrando

                - Comece pelo pior – ele falou ainda me observando pelo reflexo no vidro.

                - Você praticamente me arrastou para essa cidade – tecnicamente, ele tinha feito isso mesmo. Ele nunca ia me deixar sair daquela sala enquanto eu não aceitasse aquele pedido maluco.  

                - Londres é linda, nem é muito sacrifício vir para cá. – ele falou com um meio sorriso convencido – Se esse é o pior, então eu não estou tão encrencado quanto eu pensava.

                - Você me beijou à força – não tecnicamente, mas praticamente fez isso sim.

                - Você não parecia estar fazendo nenhum esforço para se soltar, pelo que me lembro. – ele continuou sorrindo convencido, o que me deixou mais irritada ainda.

                -Vai sonhando, Kabra.  O que me irrita mesmo é esses seus joguinhos, suas armações, tudo! Você ainda fica mexendo com a minha cabeça, depois desse tempo todo desde a caça às pistas.  Com todo esse seu charme, esse sotaque, e coisa e tal! Eu estou lá quieta no meu canto e quando eu menos espero, você aparece do nada e bagunça tudo. E some tão rápido quanto apareceu. Pra que tudo isso?  É engraçado brincar com as pessoas Cobra

                Falei tudo isso rapidamente, e senti um peso sair de minhas costas. Isso tudo sempre esteve entalado na minha garganta, clamando para ser dito. E depois ele ainda pergunta o que fez de errado. Aquele mentiroso, egocêntrico, egoísta, canalha, duas caras.

                - Existem pessoas cegas e existem as pessoas que não querem enxergar. A resposta sempre esteve debaixo do seu nariz. Pergunto-me se você não vê porque não consegue ou porque não quer. – o sorriso convencido desapareceu, e agora ele me olhava diretamente, como que se apenas o olhar respondesse tudo.

                - Valeu, esclareceu bastante coisa. – fiz sinal de joinha e ele rolou os olhos, se virando para olhar de novo a paisagem.

                - Você vai continuar a se enganar não é? Eu sei que, no fundo, você sabe a resposta. Só não quer admitir. E sabe também que eu nunca te jogaria daqui de cima. Então deixa de ser medrosa e vem logo, vai perder o melhor desse “tour” – ele falou tour fazendo o símbolo de aspas com as mãos. Eu respirei fundo e caminhei para o lado dele, ainda com um pouco de medo.

                Mas o que eu vi fez todo medo ir embora. A vista era linda. Londres toda iluminada á noite, era espetacular. Abri a minha boca, mas as palavras não saiam. Não conseguia achar uma palavra boa o suficiente para expressar o que eu estava vendo. Era de tirar o fôlego.

                - Viu? Eu não mordo – ele falou olhando para mim e eu olhei rapidamente para ele, voltando a olhar a cidade. – A não ser que você peça.  - o sorriso convencido tinha voltado e eu dei uma tapa no seu braço, o fazendo rir alto. Eu já disse que a risada dele é o som mais lindo do universo? Se não disse, estou dizendo agora. Ele deveria rir mais. Fato.

                - O que? – ele me olhou sorrindo ainda. Droga, eu tinha falado isso em voz alta?

                - Eu que pergunto. – que eu não tenha dito. Que eu não tenha dito. Por Madeleine, que eu não tenha dito.

                - Você falou que eu deveria rir mais. O que quis dizer com isso?

                - Eu não disse isso. – senti meu rosto começar a ficar vermelho.

                - Disse sim, olha só, tá ficando até vermelha! – ele falou apontando para o meu rosto.

                - Cala a boca, você não ouviu nada. – dei outro tapa e ele riu de novo.

                - Eu ainda mexo com a sua cabeça e sou charmoso é? Bom saber. – é serio, esse cara tá pedindo para chegar com um hematoma em casa. Bati nele de novo e ele continuou a rir. Ridículo. – Isso já é agressão sabia? 

                - Não é agressão, você que tá merecendo. – dei língua para ele e voltei a olhar a paisagem.  

                Eu não fazia ideia do que ele queria dizer naquela hora. Eu não via nenhum motivo lógico para tudo que ele fazia. O silêncio não era mais insuportável, era até agradável. E para minha completa surpresa, ele colocou a sua mão sobre a minha, envolvendo-a em um aperto suave. Não pude deixar de notar como minha mão parecia encaixar perfeitamente na dele e como o calor que emanava da sua mão era confortável naquela noite fria. Eu olhei para as mãos por um instante, depois meu olhar se voltou para ele. Ele olhava para frente, mas esboçava um pequeno sorriso. Meu olhar se voltou para a paisagem e uma lembrança me veio à mente. Dan estava pulando pela casa, no meu aniversário, cantando “Com quem será, com quem será, com quem será que a Amy vai casar? Vai depender, vai depender, vai depender se o Ian vai querer!”

                Uma ideia maluca me veio à mente. A ideia de o Ian talvez( e eu digo talveeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeez mesmo, se liguem na possibilidade remota) gostar de mim. Nossa Amelia, nessa você se superou. Sério viajou legal agora minha querida. Tinha de haver uma explicação mais plausível. Eu olhei para as nossas mãos novamente e a ideia ainda persistia na minha mente.Olhei para o vidro e ele refletia um par de olhos âmbar me observando.  Eu o encarei como se perguntasse : “ É o que eu estou pensando?” e ele apenas deu um sorriso. Me virei para encará-lo, confusa. 

                Assim que seus olhos encontraram os meus eu soube que ele entendeu o que eu estava pensando. Não me pergunte como. Ele apenas apertou a minha mão um pouco, carinhosamente, com seu olhar dirigido a ela.

                - Eu não sei o que aconteceu.  Num instante, você era minha inimiga e no outro, bem, eu não conseguia mais viver sem você. Eu nunca senti algo assim, é estranho para mim. É como se o tempo que passo com você nunca fosse suficiente. Algumas vezes eu me via prestando atenção em cada mínimo movimento seu, e lembrando de você a cada coisa que eu fazia.  Eu pensava que tinha ficado louco de vez. Rever você depois desse tempo foi algo que não dá para explicar. Como se tudo que se passou na sua ausência acontecesse de novo, de uma vez só, quando eu te vi. E agora, - ele se virou para me olhar – eu percebo o quanto isso é loucura. – e era mesmo. A mãe dele nunca ia nos deixar em paz, além do fato de sermos primos. Uma tristeza me tomou por completo, deixando meus olhos úmidos. Passei a mão para impedir que começasse a chorar ali. Ele limpou um lágrima que me escapou pelo canto do olho e fez um carinho na minha bochecha.

                - E então eu olho dentro dos seus olhos. Talvez a loucura não seja tão mal assim. – Eu o olhei e ele estava sorrindo. Sem pensar duas vezes, fiquei nas pontas dos pés e o beijei.  As outras vezes que nos beijamos, eram acidentes ou apenas impulsos. Esse era o nosso primeiro beijo verdadeiro. E eu estava adorando cada segundo dele.

**********************************

                - Argh, me poupe dos detalhes Amy. – Sinead falou e eu ri da cara que ela fez. – Não sei como conseguiu ficar com um Kabra.

                - SINEAD! Vai deixar eu continuar ou não? – joguei um travesseiro nela e ela riu.

                - Ok, Ok, calei minha sábia e inteligente boca.

                - Coitada. Se acha né garota? – falei rindo e ela jogou o travesseiro de volta em mim

                - Eu sou minha querida prima, eu sou.

                - É, você é um diva. – falei ironicamente

                - Com certeza. – ela mandou um beijinho para mim – Vamos, a diva aqui quer saber o restante da história.

                É muita cara de pau mesmo. Me interrompe e ainda vem exigir coisas. Eu mereço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu adorei escrever esse capítulo *-----* e vocês? O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encontros E Desencontros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.