Encontros E Desencontros escrita por VivianeCahill


Capítulo 3
A proposta


Notas iniciais do capítulo

Desvendando o mistério, apresento-lhes o capítulo três. Espero que gostem :)



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Amy Narrando

                Paralisei quando vi ele no mesmo cômodo que eu. O que diabos o Ian fazia ali? Ah, claro. Eu deveria saber. Tentando pegar o soro dos Cahill de novo. Essa insistência toda já estava me dando nos nervos. Rolei os olhos, tentando falar o mais calmamente possível.

                - Eu deveria ter imaginado. O que você está fazendo aqui?

                - Não vai demorar muito, só quero conversar com você. – ele parou e começou a me analisar.

                - O que você fez com o Jonah? – falei segurando a base do meu nariz.

                - O nosso querido priminho está agora comendo os mais maléficos muffins do chef do hotel. – ele falou ironicamente. – Porquê eu tinha que fazer alguma coisa com ele? Porque ele simplesmente ter me dado a chave do quarto é inconcebível? – ele falou com um sotaque forte britânico, que eu secretamente adorava. Foco Amy, Foco.

                - Se tratando de vocês, a gente já fica com um pé atrás. Não devia nem ter confiado no Jonah pra começar.

                - Legal saber que depois de você ter mandado minha mãe para cadeia, nós somos os vilões.

                - Sua mãe é uma criminosa Ian, ela está onde deveria estar. Ela matou pessoas inocentes, ou será que você já se esqueceu disso?

                - Chega, eu não vim aqui para discutir isso.

                - Você nem deveria estar aqui para começar. – Touché. Toma essa seu mauricinho mimado.

                - Ah, claro. Você queria estar aqui flertando com o primo popstar. – Eca. Tá, agora ele exagerou. Nunca que isso aconteceria, jamais, por Madeleine.

                - Seria melhor do que ficar aqui com você. – eu falei raivosamente e vi o rosto dele escurecer. Aquele era um dos momentos que eu realmente me dava conta de quem o Ian era, e sério, aquilo me assustava muito. Ele olhou para o lado, respirou fundo e voltou a me encarar, dessa vez mais calmo.

                - Não importa o que diga, eu não vou embora até dizer o que vim dizer. E você não sairá até eu terminar.

                - Ou o que?  Vai me amarrar numa cadeira? Me poupe Ian – caminhei até a porta e girei a maçaneta. Nada. Estava trancada. Droga, Droga, Droga.

                - Eu disse que você não ia sair.

                - Eu vou ligar para a polícia e você... – falei procurando o meu celular e não o encontrando.

                - Está procurando isto? – Ian falou mostrando o meu celular em sua mão. Não quero nem saber como ele fez para pegar.

                - Porque você tem que sequestrar as pessoas só para conversar?  Não sabe marcar compromissos civilizadamente?

                - Você não viria se soubesse que eu estaria aqui. – É, eu não viria mesmo.- Podemos nos sentar e conversar civilizadamente só por um instante?  - Ele sentou –se onde o Jonah estava sentado e eu sentei o mais longe possível que eu consegui.

                - O que você quer? – falei, querendo sair logo dali. Tinha um astro pop para estrangular até a morte.

                - Quero que você me acompanhe num jantar que o meu pai vai dar. Simplesmente isso.

                - Me sinto honrada com tão generoso pedido, mas eu sei que deve haver muitas outras garotas que adorariam acompanhar o senhor Kabra em tão importante evento – falei sarcasticamente.

                - É, tem razão. Mas as última vez que eu levei uma delas foi um desastre. Nós temos que dar o exemplo. Meu pai disse que se eu levar outra cabecinha oca ele ia deixar que a minha mãe tomasse as providências.Então, a Natalie lembrou de você.

                - Acho melhor não.

                - Vamos Amy, não confia em mim? – era melhor ele ter ficado calado.

                - Confiança? Você realmente está falando de confiança? Eu confiei em você na Coreia do Sul e você me deixou para morrer numa caverna. Confiei na Austrália e quase fui jogada aos tubarões! O que me diz que dessa vez será diferente?

                - Foi só pelas pistas. Ela não ia te jogar ao tubarões, foi só para te amedrontar.

                - Me pareceu ser bem real. Cometer o mesmo erro três vezes?  Acha que eu sou otária ou quê?

                - Só desta vez, confie em mim. – eu de uma risada irônica e ele bufou.- Eu já disse o quão você está bonita hoje? – ele falou com um sorriso de canto.

                - Não tente apelar para o meu ego, Ian. Nem todos tem um ego do tamanho do seu. – 2X0 para Amy Cahill.

                - Não se pode nem falar a verdade hoje em dia. – ele levantou-se e sentou-se ao meu lado.  Na mesma hora, eu me afastei, cruzando os braços.

                - A resposta é não. – falei sem olhá-lo. – Estou cansada dos seus joguinhos.

                - Talvez não seja mais um jogo. – ele falou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. O seu toque me causava arrepios mesmo contra a minha vontade. Ele percebeu isso e soltou um risinho. Ele sabia o efeito que causava em mim, e deveria ser divertido para ele ver o que ele me causava.

                - Porque você não me deixa em paz? Eu já disse que não – falei me afastando mais um pouco. É, parece que ele não desistia tão fácil assim.

                - Por favor? – ele acariciava, com as costas da mão, meu pescoço, indo em direção da minha bochecha. Ficava difícil pensar com o perfume dele entorpecendo meus sentidos

                - Não. Já falou tudo, agora posso ir? – me levantei, conseguindo quebrar o feitiço que ele lançava em mim. Andei até a porta e vi ele tirar algo do bolso e vir na minha direção. Eu tinha conseguido resistir a ele, finalmente. Satisfeita comigo mesma, não percebi quando ele me encurralou , colocando as duas mãos uma em cada lado do meu rosto, com as minhas costas na porta.

                - Você não entende a gravidade da situação.- Muito perto, Amy. Muito perto. – Preciso de alguém que saiba pelo menos soletrar a palavra biblioteca. Por favor Amy, você tem que ir comigo.

                - E a s-sua i-irmã? – falei gaguejando. Toda aquela proximidade estava me deixando nervosa.

                - Ela já tem um acompanhante. Eu vou ficar te devendo uma, prometo.- hum, proposta tentadora. Não é todo dia que Ian Kabra fica te devendo uma. 

                - Quando é? – falei derrotada. Não conseguia pensar em outros argumentos lógicos com ele tão próximo assim.

                - Daqui a cinco dias, em Londres.Daqui a quatro dias, um jatinho estará esperando ás dez horas da manhã para levar você e Natalie para lá.

                - O que se usa numa ocasião como essa? – falei e ele deu um sorriso. Como o sorriso dele era lindo. Foco Amy, Foco.

                - Fale com a Natalie, ela saberá o que fazer. Você é a melhor prima que existe.

                A partir daí, tudo aconteceu muito rápido. Ian se aproximou para dar um beijo na minha bochecha, mas alguém abriu a porta. 


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Notas finais do capítulo

Grande mistério, Viviane, todo mundo já sabia que era o Ian -.-
Bem, vou passar uns dias sem postar aqui, porque só tinha esses três capítulos prontos. Quando eu der uma adiantada na história, eu volto ok meus amores? XX