Popularity For Dummies escrita por Snapelicious


Capítulo 8
Especificamente estúpida


Notas iniciais do capítulo

OOOIIIEE!
Gente, desculpa mesmo pela demora. Mas é que minha criatividade resolveu entrar em greve, e eu me viciei em The Walking Dead. Se eu escrevesse alguma coisa, era capaz de meter um zumbi na história, de tão viciada que eu estava. Bem, pense pelo lado bom, a próxima temporada só sai em outubro. Espera, esse é o lado bom?
Espero que vocês gostem do capítulo. Eu incorporei um dos personagens e quase gritei de raiva. Mas isso você só vai entender no final.
Só para vocês saberem, eu não faço a mínima ideia do que eu escrevo, e então eu não faço a mínima ideia de como essa fic vai terminar, nem quando isso vai acontecer. Estejam avisados.



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No outro dia, eu tive minha primeira conversa com Dorcas depois de ter acusado ela. Tinha acabado de entregar outro texto da Garota Invisível para McGonagall, e Dorcas não estava muito contente por essa palhaçada ter continuado. Acho que nem eu estava tão feliz com isso.

Mentir para conseguir fama, escrever os segredos das pessoas no jornal... Era uma coisa terrível. Eu estava começando a perceber que monstro eu tinha me tornado. Mas continuei magoando quem eu amava, achando que estava certa"

-Dorcas! Hey, Dorcas! - gritava, mas ela continuava andando rápido. Estávamos longe da escola, voltando para casa. Ela, quase correndo mais a frente, tentava se livrar de mim. Saí correndo e agarrei o seu braço – Dorcas! É surda, por acaso?

-Não temos mais nada para conversar, Evans – ela respondeu, friamente – Como você provou naquele dia, com suas novas amigas vadias.

-Elas não são minhas amigas – falei rapidamente – Olha, Dorcas, eu sinto muito pelo que aconteceu – ela revirou os olhos – Sério, eu não queria ter feito aquilo.

-Então porque fez? Por que mentiu pra todo mundo, e ainda me acusou? - ela dizia, com lágrimas nos olhos. As próximas palavras foram quase um sussurro – Por que se tornou um deles?

-Eu.. eu não sei. Mas foi por causa daquele plano maluco que você inventou...

-Agora a culpa é minha, é? Não tente culpar o plano. Você que foi longe demais.

-Longe demais? - estava começando a me irritar – Eu estou seguindo o plano, para desbancar os populares.

-Não, você não está – ela respondeu, apontando um dedo na minha cara – Você se tornou um deles. Cruel, cínica. Ou você acha que falar mal das pessoas por meio de um jornal e de um pseudônimo é legal?

-Isso era o combinado...

-Não, Lily, não era! - agora ela estava quase gritando – Você devia expressar seu ponto de vista, e não acabar com a vida das pessoas! E o tempo todo, você soube que isso era errado! E por quê continuou com essa palhaçada?

-Eu sempre fui invisível – comecei, com a voz trêmula – Nunca fui ninguém. Quando finalmente tenho a chance de ser notada... Não vou desperdiça-la.

Dorcas ficou me encarando por alguns segundos, em silêncio. Finalmente falou:

-Você nunca ligou para isso.

-Mas agora eu...

-Você mudou, Lily. Eu não te conheço mais.

Ela se virou, e se foi. Me deixando ali, parada e sozinha, perdida em mim mesma.

"Eu não sabia mais o que eu estava fazendo. Nem quem eu era. Quer dizer, onde estava aquela nerd que fazia de tudo para não ser notada? Ela fora substituída por uma garota como todas as outras. Cruel. Ridícula. Que quer, acima de tudo, chamar a atenção.

Eu estava tão confusa e perdida, achava que nada podia me alcançar. Eu era uma intocável. Bem, até agora"

-Lily?

Me virei e deparei com Sirius Black.

-Hey, Sirius – cumprimentei, tentando rapidamente esconder as lágrimas – Como vai?

-Você estava conversando com a Meadowes? - perguntou, incrédulo.

-Depende. - respondi – Você ouviu a conversa?

Ele ficou um instante em silêncio, e depois fez que não.

-Na verdade, ela só estava tendo um ataque de "Você era minha melhor amiga, blá, blá, blá". Nada de mais. Topa um sorvete?

Sirius ficou estranho o resto do dia. Ele quase não conversava, e quando eu contei minha famosa piada sobre os tomates atravessando a rua, ele nem ao menos riu. Bem, era uma piada péssima, de qualquer jeito. Mas quando um amigo conta uma piada, não importa se ela for ruim, você tem que rir. Não? É, não.

Fui ao banheiro da sorveteria, e quando voltei, peguei Sirius escrevendo um bilhete em um guardanapo. Só deu para ler um pedacinho antes de ele me notar e esconder o guardanapo.

"... ela é uma vadia..."

-Quem é a vadia? - perguntei.

-Sarah, aquela do sexto ano – ele respondeu, tomando seu sorvete – Tá bom isso, né?

-Por que ela é vadia, o que ela fez? - perguntei interessada.

-Ela é mentirosa. Engana as pessoas para conseguir o que quer.

-Tipo o quê?

Sirius deu de ombros.

-Fama.

"Indireta modo on. É, naquela hora eu não fazia ideia de que na verdade ele estava falando de mim. Sirius Black tinha ouvido toda a conversa, e a burra aqui não percebeu. E Sarah? Ela não tinha nada a ver com isso"

"Lily, o jantar tá pronto"

"Com licença? Eu estou gravando um vídeo"

"Ah, tá, desculpa. Não sabia que estava gravando"

"E eu estaria falando sozinha, por quê?"

"Sei lá, você é maluca"

"Enfim. Lola, a garota da festa, era uma das pessoas mais odiadas da escola. Tirando Dorcas, é claro. Todos sabia que ela havia traido o namorado, e ela caiu muito no nível de popularidade"

-Nossa – falei, quando Lola passava por nós de cabeça baixa – Ela parece mal.

-É – respondeu Sirius, seguindo meu olhar – Eu acho que isso tudo é culpa da Garota Invisível. Ela não devia ficar se metendo onde não é chamada. Há segredos que é melhor continuarem como segredos.

Sirius foi para a aula, enquanto eu ia no banheiro. Quando cheguei na sala, um pouco atrasada, percebi que o único lugar vago era ao lado de James Potter.

Me pergunto o que aconteceu com o mundo. Ontem mesmo todos queriam sentar ao lado dele, e hoje Potter fica excluído em um canto como se não tivesse passado desodorante. O que eu acho pouco provável.

Sentei ao lado dele sem dizer uma palavra. E assim a aula continuou, eu com a esperança que ele não me mandasse outro bilhetinho idiota. Não sei se dessa vez eu conseguiria dar um soco nele sem ser expulsa. Mas não. Ele continuou em silêncio.

Até o professor estúpido entrar em ação.

-Prova surpresa! - um gemido coletivo foi ouvido – Em duplas! - agora eram palmas. Virei a cabeça rapidamente para procurar Sirius. Atualmente Remus não é uma opção – Nada disso. Com a dupla atual. Podem começar.

-Tá de brincadeira – resmunguei.

-O quê, é tão ruim assim fazer prova comigo? - perguntou James, com um sorriso torto.

-Na verdade, é – respondi, e seu sorriso desapareceu – E se você comentar algo das minhas pernas de novo, eu vou te atirar pela janela.

-Dãã, você está de calças. Não tem como eu falar das suas pernas, já que eu nem sei se elas são realmente suas. Acredite, tem garotas qua tiram as calças e a bunda falsa sai junto.

Não pude deixar de dar uma risadinha.

-Viu? - ele riu também – Não sou tão ruim assim.

Terminamos a prova em quinze minutos, e ficamos conversando sobre bobagens enquanto os outros alunos quebravam a cabeça para terminar as contas.

-E, tipo, onde é que vamos arranjar uma bala de prata? - ele dizia, enquanto eu ria. O assunto da vez eram lobisomens – Só se derreter os talheres da minha mãe, sei lá.

-Ou minha pulseira – falei, mostrando o pulso.

-É, isso daria uma... - ele começou, mas fomos interrompidos pelo professor, que pedia para pararmos com a gritaria.

No almoço, eu me sentei com James, Marlene e com um cara do time de futebol que eu sempre esqueço o nome. Sirius não tinha se juntado a nós, imagino que seja por causa da discussão que ele e James tiveram. Mas, para conferir, perguntei:

-James, você e Sirius brigaram?

Ele pareceu confuso.

-Não, por quê?

-Nada, não.

"Sirius Black estava me escondendo alguma coisa. Já que ele mentiu sobre a briga, quem sabe o que mais ele poderia fazer? Bem, a coisa mais terrível que ele poderia fazer, ele fez. Vocês se lembram daquele bilhetinho do guardanapo da sorveteria? Ainda bem. Porque ele é importante nessa parte da história"

Nesse exato momento, Sirius passou atrás da nossa mesa, carregando a bandeja com seu almoço. Uma coisa branca voou para o colo de James. Era um bilhete, e ele o leu com uma expressão indecifrável, depois se levantou.

-O que deu nele? - perguntou Marlene, curiosa.

-Sei lá – respondi, me levantei e corri atrás dele – James! James!

-Sai de perto de mim, Evas! - ele berrou, se virando bruscamente. O refeitório ficou em silêncio.

-O quê? - fiquei confusa – Do que você está falando?

-Ah, não sei! Da sua idiotisse, talvez! Não faça essa cara de desentendida, você sabe muito bem do que eu estou falando!

-Na verdade, não sei, não! - comecei a me irritar – Poderia me explicar, por favor?

-Ah, meu Deus, como eu pude acreditar em você? - ele gritava, agarrando os cabelos – Achei que você fosse uma pessoa legal, mas... - ele apontou um dedo para mim - Você mentiu. Você é a Garota Invisível.

Meus ombros ficaram tensos. Ninguém ousava respirar. James continuou:

-Negue, Evans, negue! Culpe outro amigo seu por sua estupidez! Continue sendo amiga das pessoas, e depois falando mal delas em um jornal! DIGA! DIGA AGORA, VOCÊ É OU NÃO A GAROTA INVISÍVEL?

-Eu... - comecei. Todos me encaravam.

"Naquela hora, eu percebi que tinha ido longe demais. Que eu estava errada ao pensar que nada poderia me alcançar. Eu estava contra a parede, não tinha escapatória. Eu poderia continuar negando, mas nunca me sentiria bem com isso.

Então eu fiz. Fiz o que deveria ter feito há muito tempo"

-Eu sou a Garota Invisível.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam, eu sou movida a comentários. Se não vier nenhum, é bem capaz de eu começar uma crise de "Eu sou uma péssima escritora, meus leitores me odeiam" e não postar nada até o natal de 2020.



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