The Real Side escrita por Jess Gonçalves


Capítulo 7
Capítulo 7 - One Side


Notas iniciais do capítulo

Okay, podem me matar! Esse troço de interclasse tá me deixando doida e com os treinos, faltou tempo pra atualizar aqui i.i



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Avril se jogou em sua cama exausta. Nunca pensara que seu pai seria obrigado a ficar em seu ambiente de trabalho, ainda mais trabalhar com ele. Era só uma questão de tempo algum retardado esquecer e chamá-la por agente.

- Senhorita Stark? Sou eu, Phill.

Depois de a garota murmurar um "entre", o homem abriu a porta. O quarto da jovem agente estava uma completa bagunça, assim com seus pensamentos.

- Você não deveria estar com seu pai e o grandão? - perguntou Phill, sentando-se ao lado da garota.

- Sabe, chega ser maldade chamar o Bruce de grandão - resmungou Avril, com uma careta - Ele parece uma criança assustada. Dr. Banner  pode achar o Tesseract sozinho. Ele não precisa da ajuda do meu pai, muito menos de mim.

- Para você achar o cubo só precisa se concentrar. - riu o homem - Mas Fury disse que você está bloqueada.

- Esse cara, Loki - desdenhou a garota. Avril perdera o controla sobre sua mente não gostava nem um pouco disso. Não saber o que poderia acontecer a deixava assustada.

Phill se levantou para deixar o quarto.

- Você precisa se distrair, agente Stark. - aconselhou o homem - Ficar tentando furar o bloqueio só vai te deixar mais desprotegida... Capitão Rogers.

Avril pulou de sua cama e correu para a porta, ainda em tempo de ver Steve com uma expressão confusa. Ele não ouvira. Ele não ouvira... Steve segurava um comprimido.

- Espero que você melhore, senhorita Stark - disse Phill antes de sumir pelos corredores da nave. Ele não ouviu. Ele não ouviu.

Steve continuou com a mesma expressão confusa, abrindo a boca várias vezes seguidas sem emitir som algum.

- Desculpe, senhorita, mas... - murmurou o loiro - Você... Você é uma agente?

O desespero tomou posse da garota, que fez a primeira coisa que lhe veio a cabeça: puxou Steve para seu quarto e trancou a porta.

- Capitão Rogers - suspirou Avril - Ocorreu um mal entendido. Não trabalho para a S.H.I.E.L.D.

- Então por que você está tão nervosa é... - o homem corara - e por que me trancou no seu quarto?

Avril fechou os olhos. Ele ouviu.

- Você poderia, por favor, não comentar esse mal entendido com meu pai? - pediu ela sorrindo docemente.

- Por que seu pai não pode saber que você trabalha aqui? - perguntou Steve inocentemente. Avril estava começando a perder a paciência. Sem muita delicadeza,  ela empurrou o homem para fazê-lo sentar-se em sua cama, enquanto ela puxava a cadeira de sua escrivaninha para se sentar.

- Steve... - começou ela, teria que ganhar a confiança do soldado de algum jeito - Tenho sua palavra de que não vai contar ao meu pai?

O loiro concordou com a cabeça.

- Eu, tecnicamente, não sou uma agente - explicou ela - Sou apenas da equipe de pesquisa de Selvig. Me chamam de agente porque convivo com agentes. Só por isso.

Avril se sentia cega. Não conseguia prever o que o homem iria fazer ou falar. Ser normal era um saco, ela não sabia como as pessoas conseguiam viver sem isso.

- Se você faz parte da equipe do homem que Loki sequestrou, por que você estava na Inglaterra quando o cubo foi roubado? - perguntou Steve fazendo Avril arregalar os olhos.

- E você é um espião, Capitão? - rosnou a morena - Como sabia que estive na Inglaterra? E sua informação está errada, eu estava em NY.

- Quando eu acordei - disse o loiro um pouco constrangido - Foi-me entregue relatórios sobre as pessoas que eu convivi antes do acidente. Uma dessas pessoas foi Howard Stark, seu avô. Por isso lá tinha informações sobre seu pai e você.

- A S.H.I.E.L.D. disponibilizou informações minhas para você de graça? - resmungou Avril - Não cobraram nem a impressão? Minha autoestima acabou de diminuir. Vou ter que conversar com Nick sobre isso.

Steve se levantou, aproximando-se de Avril, que continuava na defensiva.

Como as pessoas normais sabiam que outras pessoas estavam acreditando nelas?

- Então você é apenas uma cientista? - perguntou Steve, olhando-a nos olhos.

- Uma incrível cientista - corrigiu ela sorrindo. Ele parecia ter acreditado, mas ela não podia ter certeza. Tentava analisar desde a respiração do homem até a postura, mas era como tentar ler em braile: ela sabia que a informação estava ali, mas ela não conseguia entender.

- A incrível cientista permite que eu deixe o quarto? - perguntou Steve, abaixando o rosto, aproximando-se mais do rosto delicado da morena. Por que ela tinha a impressão de que ele estava a desafiando?

- Claro, Capitão - murmurou ela, indo destrancar a porta. Steve saiu como um raio, quase atropelando Tony no corredor, que não ficou muito feliz. E a felicidade diminui mais quando reparou que o loiro havia saído do quarto de sua filha.

- Posso saber o que o capicolé estava fazendo em seus aposentos, Avril? - questionou o homem, apoiando-se na parede e fuzilando sua filha com os olhos.

- Há quantas horas você está acordado? Ele não estava aqui - disse a garota - Só vi Steve quando estava junto com você.

Tony por alguns instantes pareceu mais aliviado, só depois ele percebeu um detalhe:

- "Steve"? Todo mundo agora é íntimo nesse mundo?

- Deu pra ficar procurando chifre na cabeça de piolho agora? - rosnou Avril - Está vendo? Você me fez até usar expressões mais velhas que eu!

- Por que você está tão nervosa? - perguntou Tony confuso. Ele não se lembrava de ter visto Avril alguma vez sem paciência. Era estranho. Sua filha quando criança era um poço de calma.

- Por causa do Loki – resmungou ela, fechando os olhos, não se tocando da besteira que tinha dito.

- Loki? - perguntou Tony confuso - O irmão da Barbie? Por que aquele cara está te deixando nervosa?

Avril sentiu uma imensa vontade de bater sua cabeça na parede.

- Essa situação que ele criou - murmurou ela. Não era tão mentira - Isso tudo está bagunçando a minha mente.

Avril viu o pai esboçar um sorriso torto, meio sem jeito.

Tony prendeu a respiração por um tempo e depois soltou todo o ar de uma vez. Sentia-se péssimo por ter envolvido sua filha naquela situação.

- Isso vai terminar logo e você poderá voltar para sua vida normal - disse Tony - Eu prometo.

Sem falas, Avril começou a sentir um remorso crescendo por já ter mentido e enganado o pai várias vezes. No final das contas, ele estava se preocupando com ela, do modo dele. Mas foi como a sensação de um espirro: logo passou.

- Você não devia estar com o Dr. Banner trabalhando no rastreamento do Tesseract? - perguntou Avril.

- Banner pediu para te chamar - disse Tony os guiando de volta para o laboratório - Acredita que ele realmente tem um ótimo controle? Não vi nem um flash verde nele nas últimas horas que passamos juntos.

Avril gaguejou algumas vezes.

- Tony, você não está tentando fazer Bruce se transformar, está?

- Eu estou curioso! - defendeu-se o homem - É mais forte do que eu!

- É maldade! - disse a garota - Ele fala e age como uma criança assustada... Tentar irritá-lo não é considerado legal!

- Você está me dizendo que não está curiosa?

- Não distorça minhas palavras.

XX

No laboratório os três conversavam enquanto Tony ainda insistia em levar Banner para a Torre Stark.

- Nisso eu tenho que concordar com o Sr. Stark, aquele lugar é um paraíso.

- Sabe como é difícil fazer essa garota concordar em algo comigo? - riu Tony.

Steve entrou no laboratório, sentando-se mais afastado do grupo do projeto de ciências. Seu olhar não desviava de Avril. Como ela conseguia agir tão normalmente na frente do pai? Nenhuma das suas ações deixava transparecer algo que não fosse segurança.

- Bruce? - chamou-o a garota - Foi você que colocou esse número aqui?

Dr. Banner se aproximou da tela que a garota analisava.

- Hm, não. Foi o seu pai - disse o homem, chamando a atenção de Tony - Por quê? Está no lugar errado?

- O lugar está certo, o que está errado é o valor - murmurou Avril, arrumando o valor - Se a intenção era colocar aqui a quantia de radiação que o cubo libera, era isso que estava travando a busca. Foi?

Bruce voltou para sua tela e confirmou a afirmativa da morena.

- De onde você tirou esse número, Tony?

- Das anotações de Selvig - disse o homem desconfiado - Como você sabia que estava errado?

"Três vezes. Três vezes eu falei para aquele cabeça que o valor era menor", pensou Avril, revirando os olhos.

- Você deve ter olhado errado, pai.

Duas vezes em dois dias que a garota o chamava de pai. Mais que na sua vida inteira. Nas duas vezes a S.H.I.E.L.D. estava envolvida. Tony tinha certeza de que o valor nas anotações de Selvig não era aquele.

- Obrigada, Av - disse Bruce sorrindo, rapidamente fazendo com que os Starks parassem de se encarar. Ele também achara estranho, aquele não era o valor que Selvig registrara - Rapidamente vamos achar o cubo.

"Agente Stark, se você estiver perto de alguém não seja da S.H.I.E.L.D., se afaste. Preciso da sua mente livre", Avril ouviu a voz de Fury pelo comunicador e deu uma desculpa qualquer para deixar o laboratório. Uns quatro corredores mais longe e parou para falar com seu chefe:

- Estou sozinha, senhor.

"Desbloqueie sua mente", ordenou o homem.

- Não é tão fácil. Eu não escolhi bloquear minha mente, diretor.

"Então escolha desbloqueá-la".

Avril bufou, vendo o Capitão Rogers passar pelo corredor da frente, tomando cuidado para não ser visto. Curiosa, a agente passou a segui-lo.

- Não é tão simples. Meu raciocínio está consideravelmente lento.

Fury bufou. Uma das suas melhores agentes estava parcialmente incapacitada enquanto uma guerra começava.

"Tente mais uma vez ou vou ser obrigado a mandar Romanoff interrogar o cara".

Avril se concentrou mais uma vez, se encostando na parede. Se estivesse em seu estado normal ela poderia vigiar a nave inteira. Agora ela mal conseguia prever o que ela faria.

- Desculpe, Tasha - suspirou Avril, voltando a fazer o caminho que Steve fizera - Acho que você está sozinha.

Seguir alguém sem ver a pessoa e sem conseguir analisar o espaço parecia impossível. A garota só conseguira achar o homem porque achara uma porta arrancada.


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Notas finais do capítulo

Eu tô correndo porque deveria estar indo para escola agora u.u Então não vou falar muito.
LEGENDA: N/I= Nota da Irmã (Vic); N/D= Nota da Digitadora (Aline). Sim, eu escrevo no papel primeiro.
N/i: HEEEEEEEEEEEEEEEEEYYY!!! Quem achou o capítulo fofinho levanta a mão o/ Okay, parei. E Jess, muito amor pra ti viu criatura chata que me tortura com palavras. Bom saber que fui eu que te inspirei aquele dia, devia é ter chamado o sr Strak para ele ler seu lindo caderninho.
N/D: Pessoinhas podem me bater porque a culpa da demora não foi da autora e sim minha, tá? Desculpa >_< Agora, dá pra parar de fazer o Steve ser tão fofo? E, na boa, não dá pra ler isso aqui sem lembrar de COOOOOOULSON OH NOOOO COOOOOOOULSON ~quem viu os erros de gravação vai entender. E até agora ainda não entendi porque ela é uma cretina u.u Acho que sou a única pessoa do lado da Avril...Só isso û.û
TENHO UMA PESSOA DO LADO DA AV, SOU FELIZ
XX



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