The Real Side escrita por Jess Gonçalves


Capítulo 2
Capítulo 2 - Casa Ou Torre?


Notas iniciais do capítulo

OLHA EU DE NOVO (sendo vigiada enquanto escrevo, não é legal)
Jurava que em menos de um dia teria no máximo um comentário o/ Até me animei em postar o segundo capítulo mais cedo.



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Quando Sam disse que em cinco minutos Avril conseguia arrumar suas coisas, ela estava falando a verdade. Tudo que a garota precisava estava a fácil acesso, o que agilizou na hora de fazer suas malas.

Quanto mais rápido ela chegasse, mais rápido ela voltaria. J.A.R.V.I.S continuava o mesmo, pensou ela. Sua passagem de primeira classe para NY tinha sido reservada às 17hs36, dois minutos depois de Avril ter desligado. Era nessas horas que ela tentava lembrar porque não criara um sistema igual ao do pai. “Porque J.A.R.V.I.S. é simplesmente único e insubstituível”.

Antes de adormecer Avril repassou várias fases de sua vida mentalmente. Ainda um bebê perdera a mãe, mas ganhara Pepper, a pessoa que ela tinha mais contato até ser maior de idade. Seu pai não era o mais presente, mas não podia ser considerado ausente. Ele apenas era sem jeito. Tinha sérios problemas para se expressar, exatamente como a filha. Sua infância havia sido cercada de máquinas e livros, que com a mente privilegiada de família, ela aprendeu desde cedo a lidar. Coisa da família Stark. Adolescência isolada até o ponto em que ela passa a agir muito como o pai: sair escondido, festa seguida de festa, bebidas... E a ida para Oxford. O ato que liberdade que durara cinco anos. Nem quando seu pai foi sequestrado durante o período que ela estava na Inglaterra a fez voltar. Pepper quase surtara, mas entendia o lado da garota. O que ela poderia fazer naquela situação? No máximo, assumir a empresa, o que ela não queria fazer. Uma criança comandando as Indústrias Stark não daria muito certo. O reinado de Tony nas Indústrias já era o suficiente.

Quando ele foi resgatado Avril devia ter voltado, mas o lado Stark falou mais alto. O que ela faria quando o visse? O abraçaria? Choraria? Ter mandado uma mensagem escrita “O passeio foi divertido? Bem vindo de volta, Sr. Stark” foi o máximo que ela conseguiu fazer. Depois veio toda a história do Homem de Ferro e Avril se sentiu tentada a ir analisar a armadura pessoalmente, mas ela estava apenas começando suas pesquisas, não podia abandonar Orforxd.

E agora ela estava mais uma vez em NY, sentindo seus olhos arderem com todo aquele excesso de luz solar ao sair do avião. Verão. Como ela amava essa época do ano. Suor e cansaço devia ser o nome da estação.

Enquanto esperava pacientemente suas malas na esteira, Avril ouviu Happy a chamar de algum lugar.

- Meu Deus, é você mesmo? – riu o homem – Tony vai ficar bem ocupado tendo que te vigiar nesses dias que você vai ficar aqui... Vem, vou te levar para a torre.

- Torre? – perguntou a garota confusa, enquanto Happy pegava sua mala – Você não vai me levar para a mansão?

- Não vou estragar a surpresa.

XX

Happy estacionou o carro na frente da torre, vendo uma Avril completamente surpresa descer do carro. Ela mal conseguia contar quantos andares aquele prédio devia ter.

- Isso é tão... – começou ela, mas mal sabia como descrever aquilo.

- Alto? – sugeriu Happy, entrando no prédio. Rindo, Avril o seguiu.

- A cara do meu pai.

Happy guiou Avril até o elevador, onde ele disse que ali ela teria um guia mais adequado. Sem entender, Avril apenas apertou o botão para chamar o elevador e entrou, ouvindo logo em seguida uma voz conhecida dizer “bom dia, Srtª Stark”.

- J.A.R.V.I.S.! Querido, senti sua falta! – exclamou ela rindo. 

- Não sei o que devo dizer sobre isso, Srtª.

- Tony tirou a modificação que eu tinha feito no seu sistema, não é? Você tinha aprendido a me chamar de Avril – resmungou a garota – Vai ter que ser do jeito clássico mesmo. Não me chame de Srtª Stark e diga que também sentiu minha falta.

- Também senti sua falta, Srtª Stark.

- J.A.R.V.I.S., é Avril! – insistiu ela – A-V-R-I-L. Não é um nome difícil.

- Seu nome não é difícil, Srtª Stark.

Antes que Avril pudesse continuar sua pequena discussão com J.A.R.V.I.S., a porta do elevador se abriu revelando uma mulher ruiva com roupas impecáveis, com uma prancheta nos braços e olhos claros.

Não fazia tanto tempo que vira Pepper, mas quando seus olhos escuros se encontraram com os dela, foi como se os anos que ela passara longe de Tony ela também tivesse passado longe da ruiva.

- Oi, mamãe – sussurrou Avril, sentindo o ar lhe fugir quando Pepper a abraçou – Você me chamou aqui para me matar sufocada com um abraço?

Pepper riu enquanto se afastava. Aquela garota não mudaria nunca.

- Estou abraçando o que seu pai não vai abraçar – explicou a ruiva, fazendo a garota revirar os olhos – Vem, ele está te esperando.

A sala em que Tony estava era ampla, quase toda aberta com vidros, dando uma visão privilegiada do centro de NY. Avril poderia passar o resto da sua vida ali, observando as estrelas à noite.Tony estava em pé perto da janela, com seu já comum copo com alguma bebida em mãos. Ele não se assustara muito quando vira Avril. Já havia se acostumado com a ideia de que sua filha estava crescida.

- Olá, Avril – disse o homem simplesmente, acenando para a filha – Aceita um drink?

- Talvez mais tarde – disse ela – Tem certeza que Tony não está mesmo morrendo, Pepper?

Tony revirou os olhos.

- Bom, a viagem foi longa. Depois conversamos mais – murmurou ela.

- Nós conversaremos ou você falará comigo pela Pepper? – perguntou Tony, ouvindo a filha dizer “talvez”.

 XX

J.A.R.V.I.S. arrumara um quarto na Torre Stark para Avril, bem parecido com o antigo quarto da garota na mansão e uma cópia do projeto da torre para a garota analisar. A garota simplesmente adorava seu pai. Ele podia ter falado daquele projeto quando ele teve a ideia. Uma torre autossustentável em energia por um período consideravelmente longo era o sonho de qualquer físico recém-formado.

Quando ela finalmente arrumara as coisas e se preparava para abrir o projeto em 3D, seu celular começou a tocar. Conhecia aquele toque.

- J.A.R.V.I.S., impeça qualquer um de entrar nesse quarto, até mesmo a Pepper, diga que eu estou trocando de roupa – ordenou Avril, ficando de pé – Não fale nada a partir de agora.

- Sim, Srtª Stark - concordou o sistema.

- Bela vista a da torre, não? – disse a voz do outro lado da linha – Adorei saber que você saiu de sua casa e foi para outro país sem me avisar

.- Eu avisei o Selvig, pedi para ele te avisar.

- Ele avisou. Quero você na base junto com ele para acelerar as pesquisas – ordenou Fury.

- Eu estou de férias – lembrou ela – Passei quatro anos inteiros em Oxford sendo treinada, em missões e fazendo pesquisas. Acho que mereço uns dias de férias. E não se atreva a descontar isso do meu salário. E ele desligou. Acho que eu perdi o emprego. J.A.R.V.I.S pode voltar.

- Problemas, senhorita? - perguntou J.A.R.V.I.S, inocentemente.

- Nada que eu não possa resolver. Vou dormir um pouco, querido. Boa noite - disse ela, deixando sua mente livre, caindo no sono.

XX

Avril acabara de deixar a sala de aula. A matéria estava incrivelmente atrasada para um curso superior de uma universidade do grau de Oxford. A garota aprendera aquilo quando tinha uns dez anos.Não havia motivos para prestar atenção naquilo.O tempo estava consideravelmente frio para final de verão, o que deixava os arredores dos prédios desertos.

- Senhorita Stark? – chamou um homem ao longe, correndo para alcançar a garota – Você estaria ocupada? Sou o Agent Phill Coulson da S.H.I.E.L.D.

- No que eu poderia ajudá-lo? – perguntou a garota, abraçando seu corpo para se proteger do vento insistente.

- Gostaria de lhe fazer uma proposta de trabalho.

-Desculpe, acho que você abordou a pessoa errada – disse Avril, fazendo o caminho de volta para a sala de aula. Lá parecia ser mais seguro.

- Você é Avril Maria Stark, tem dezoito anos, nasceu na Califórnia em quinze de agosto de 1989, seu pai é Anthony Stark, dono das Indústrias Stark, sua mãe é Lauren Smith, que morreu depois de você nascer. Sua mente é mais rápida do que a da maioria das pessoas, talvez por isso você está fora da sala em horário de aula e provavelmente vai tirar a nota mais alta sobre a matéria que você está perdendo – o agente despejou todas as informações que tinha da garota, a deixando assustada.

- Como você...???

- Queremos tê-la na nossa equipe, Stark – disse o homem – Você teria grande utilidade para nós e você aproveitaria muito trabalhar conosco.

- E por que eu iria quer trabalhar com pessoas que investigaram minha vida inteira? - indagou ela, cruzando os braços.

- Trabalhamos com pessoas qualificadas, Stark - explicou Phill - Acreditamos que você seja mais do que qualificada para qualquer coisa que queria fazer.

Phill estava a ganhando. Sabia que elogios deixariam a garota mais calma, mas não seria o suficiente. Avril era esperta, não se deixaria levar com meros elogios, ela primeiro se certificaria que estaria em segurança junto ao homem.

- Se você quiser, posso te levar a base da S.H.I.E.L.D da Inglaterra - disse o homem - Não é longe, podemos até ir andando.

- Como vou saber que você não pretende me sequestrar, senhor Coulson? - perguntou ela desconfiada - Você mesmo disse que sou filha de Tony Stark. Poderia conseguir uma boa quantia fazendo chantagem com o meu pai.

Phill riu um pouco. Ser filha do gênio era o sonho de muitas garotas da idade da Avril: ter tudo o que quisesse, fama... Mas a garota citava o nome de pai com rancor, ou algo parecido.

- Acreditamos que você seja mais útil na nossa equipe. Você é muito mais do que filha de um fabricante de armas.

- Você ainda anão me disse com o que trabalham.

- Nós asseguramos da paz e bem-estar mundial.

Avril riu.

- Então estão fazendo um péssimo trabalho.

- Você não faz ideia de como seria o mundo sem nós. Aceita a visita?

XX

Avril acordou com o som da voz de J.A.R.V.I.S anunciando que já eram 7hs e "abrindo" as janelas, permitindo que a luz forte do sol inundasse o quarto. Ela achou estranho o sonho. Fazia anos que Phill a recrutara.

- Senhorita Stark, a senhorita Potts se aproxima.

- Obrigada, J - resmungou ela, se virando na cama.

Pepper abriu a porta do quarto sem muitas cerimônias. Avril tinha amor a vida e não reclamaria por tal ato que sempre acontecia de manhã, sem exceções.

- Bom dia, Av - desejou a mulher, ajeitando sua prancheta em suas mãos - Não sei o que você pretende fazer nesses dias, mas seria interessante se você ajudasse seu pai com o projeto da Torre. Vocês precisam passar algum tempo juntos, mesmo que seja trabalhando.

- Como você quiser, senhorita Potts - suspirou a morena, se arrastando para o banheiro - Mas alguma coisa?

- Creio que não, senhorita Stark. Olhou o projeto ontem?

- Não, adormeci antes de conseguir abrir o arquivo - contou ela, saindo do banheiro perfeitamente vestida - Depois do café eu me atualizo.

Pepper deixou o quarto sorrindo. Era bom ter Avril de volta, embora fosse cansativo. Aturar dois Stark juntos não eram tarefa fácil, e talvez por isso a ruiva vivesse preocupada: ela tinha três crianças para cuidar, três crianças instáveis e que precisam de muita atenção. As Indústrias Stark, Tony e Avril, as crianças de sua vida.

- Senhorita Stark, seu pai te espera para tomar café.

XX


- J.A.R.V.I.S., por tudo que é mais sagrado! Deleta essa parte e me deixe começar do zero! - pediu Avril, quase arrancando alguns fios de se cabelo ao passar as mãos por ele

.- J.A.R.V.I.S., não se atreva! - gritou Tony do outro lado da grande mesa.

- Mas isso está quase irrecuperável! - insistiu a garota - Esse estabilizador não vai suportar mais de dez minutos quando o reator for ligado. Isso porque eu estou sendo boazinha. Se eu for analisar mais a fundo, não vai suportar dois segundos antes de queimar.

Tony empurrou sua cadeira até chegar perto da filha. Ela continuava a usar o mesmo modelo de óculos desde que tinha sete anos, até a cor escura ela não mudara. Era estranho ver seus traços no rosto de Avril, era como olhar em um espelho que mostra sua versão feminina e que te rejuvenesce alguns anos.

- E o que você sugere? - perguntou ele calmamente.

- Sinceramente? - perguntou ela, vendo-o assistir - Se isso estivesse no papel, eu diria que a única opção é queimar tudo, mas como são arquivos, a solução é deletar e começar de novo.

- Sabe quanto tempo eu demorei em projetar esse estabilizador? - disse Tony inconformado.

- Duas horas?

- Três, na verdade. Não sou tão devagar - corrigiu o homem, fazendo com que a garota risse - Quanto tempo você precisa para terminar? Tenho que ter o estabilizador entregue aqui amanhã cedo.

Avril pegou o celular para checar as horas. Não gastaria muito tempo projetando o estabilizador, mas o protejo teria que ser testado virtualmente e depois ser revisado por Tony, o que gastaria mais de três horas.Uma mensagem a distraiu quando foi olhar para o relógio.

"Você é uma cretina, sabia? Bonito isso. Da próxima vez que eu te ver, vou te acertar com uma flecha. Caso queria continuar vivendo, trate de vir nessa porcaria de base me dizer oi. De: Agente Clint Barton".

- Que horas são, Av? - perguntou Tony, quando a filha demorou em responder - Mensagem do seu namorado?

- Como? - disse ela confusa, vendo Tony com um olhar sugestivo

- Não! Não, é um amigo. Um... Colega de pesquisa.

- Ah, claro... - disse o moreno simplesmente, voltando para o seu lado da mesa enquanto sua filha começava a desenhar o novo estabilizador de energia.

Depois do jantar ela teria que reservar alguns minutos para ligar para o Barton antes que ele realmente resolvesse lhe acertar com uma flecha.


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Notas finais do capítulo

CLIIIIINT, PEPPER E TODOS OS OUTROS PERSONAGENS! VOU MORDER TODOS! SE PREPAREM! Okay, vou me controlar...
(N/Irmã: Hey de novo!!!!! 1º eu disse que ela é uma cretina
u-u
2º CLIIIIINT² e tifofo
3º Vou parar de ocupar o espaço da Jess. Tchau.)
Pessoas folgadas me cercam, é.



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