The Real Side escrita por Jess Gonçalves


Capítulo 13
Capítulo 13 - Goodbye


Notas iniciais do capítulo

E para variar, eu mega atrasada aqui .-.
Lá embaixo eu explico o que aconteceu



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Com certa velocidade Avril e Steve passaram pelos vários corredores que levavam ao convés do aeroporta-aviões, onde a movimentação era maior do que a garota estava acostumada a ver. Os Vingadores e Cia não eram os únicos que deixavam a base naquela tarde, outras dezenas de agentes estavam sendo enviados para diversas localidades para amenizar os problemas da situação, que mesmo vencida, ainda causavam alvoroço na população. Parte de NY estava destruída e muitos (principalmente o governo) queria culpar o grupo de pessoas que salvaram o mundo. A confusão espirrava em todos.

De todos os grupos de pessoas que corriam de um lado para o outro, um chamava mais atenção, pois: eram os únicos que estavam parados; e apenas uma garota estava uniformizada. Quando Avril e Steve estavam próximos do grupo, Sam, a única de uniforme, lançou em direção ao rosto da morena a pesada mochila preta que carregava. Por reflexo Steve esticou eu braço, prevendo que Avril não conseguiria parar aquele peso e acabaria caindo.

Quem não gostou muito foi Sam, afinal, ela tinha se esforçado para acertar seu alvo, e não se preocupou em esconder sua irritação com o loiro.

- Foi um reflexo – se desculpou Steve, entregando a mochila a Avril – Você não me avisou.

- Não peça desculpas – ralho Avril com o loiro, dirigindo-se à amiga em seguida – Você podia ter me matado com esse chumbo!

- Eu ia te fazer um favor! – desdenhou Sam – Sem cabeça você não levaria bronca por tirar a porcaria do comunicador no bolso.

Avril correu os olhos pelas pessoas do grupo e senti falta de duas que lhe ajudariam, ou não, em sua defesa, o que a desconcentrou.

- Onde estão Tony e Pepper?

- Voltaram primeiro – disse Clint, parando na frente da garota – Alguma coisa para tentar arrumar na Torre. Mas você saberia disso se estivesse com o maldito comunicador.

- Ela tenta me matar e você briga comigo – reclamou a morena cruzando os braços – Isso é abuso de poder. E eu só tirei esse troço do ouvido porque alguém estava pensando que o comunicador é o telefone de casa e estava fofocando na linha.

- Será possível que vou ter que dar outra advertência para as duas? – suspirou Clint, colocando as mãos na cintura – Watson, conversamos quando eu voltar. Stark, você tem dois segundos para entrar naquela nave. E o restante está gentilmente convidado para embarcar.

Avril se afastou de Steve para se jogar encima de Sam, e embora no primeiro momento ele tivesse pensado que a garota estava atacando a loira, depois ele percebeu que ela estava apenas se despedindo com um abraço mais forte que o necessário.

- Você vai voltar para Oxford ou vai continuar aqui? – perguntou Avril quase em um sussurro, temendo que um certo herói a ouvisse.

- Vou ficar – disse a loira – De acordo com Fury, “sua constante convivência com a agente Stark pode fazê-la esquecer de que existem regras a serem seguidas nessa agência”, ou algo assim.

- Quando eu voltar eu faço você desandar de novo – riu Avril dando de ombros.

- E quanto tempo você acha que vai ficar “fora”?

- Tempo o suficiente para confirmar que ele não corre nenhum “risco” e que está aceitavelmente adaptado a nossa realidade.

- E quanto tempo acha que isso vai demorar?

- Pouco. Rogers está sendo subestimado. Esqueceram que o cara é um soldado. Ele só não vai se adaptar se não quiser.

Avril se sentiu extremamente idiota por só ter entendido tudo junto com Sam.

- E se for esse o problema que Fury está vendo? – sussurrou a loira – E se ele não quiser aceitar isso tudo?

Não teria o que ela pudesse fazer caso isso fosse verdade. Ia além de seu dever.

- Então estarei desperdiçando o meu tempo – refletiu a morena – Fury deixou bem claro que não posso me aproximar sequer deixar que ele me reconheça.

Sam riu cruzando os braços.

- Alguém vai voltar a ser loira, não vai?

- Cala a boca.

Clint gritou alguma coisa da nave, ameaçando Avril com algo caso ela não embarcasse naquele exato momento. A morena olhou para a amiga preocupada, sem conseguir desviar seus pensamentos das novas possibilidades que lhe foram mostradas. Como se já não bastasse a sobrecarga que estava passando.

- Não vá a alguma festa sem mim – disseram as duas ao mesmo tempo, rindo e seguindo suas direções opostas.

Na nave todos estavam sentados e dois agentes que a garota não lembrava o nome eram responsáveis por pilotá-la. As esperanças de pilotar um pouco foram por água a baixo.

Tirando os pilotos, ninguém conversava. Cada um tinha o olhar fixo em um lugar distinto do local, evitando ao máximo cruzarem olhares. Parecia que aquele grupo até consideravelmente alegre do refeitório não existia. O peso da despedida pesava no ombro de todos.

Com um gesto, Clint pediu que Avril se sentasse entre ele e Natasha, e a garota nem precisava perguntar o porquê: ainda faltava suas malditas instruções para começar sua missão oficialmente.

- Nessa mochila tem tudo o que você precisa – sussurrou Clint, certificando-se que ninguém aparentava estar tentando ouvir a conversa – Você não vai precisar de muita coisa, apenas trocas consideráveis de roupas, de veículos, se for utilizar, e descrição.

- Deixe-me adivinhar: cartão de crédito sem limite?

Natasha esboçou um quase imperceptível sorriso, inclinando a cabeça para o lado da morena.

- Sabe que se você comprar algo desnecessário com o dinheiro da S.H.I.E.L.D. de novo Fury vai fazer você construir à mão todas as armas do arsenal.

- Foi só um teste! – reclamou Avril rindo – Eu não sabia que realmente dava para comprar aquela ilha. E eu devolvi tanto o dinheiro como a ilha.

- Não sei como você conseguiu isso, mas você tem três horas contadas para deixar NY a partir de... – disse o homem, tentando voltar ao assunto sério e checando seu relógio de pulso – Dez minutos atrás.

- Dois agentes estão preparados para segui-lo enquanto você não chega – continuou a ruiva – Assim que você estiver perto o suficiente, eles voltaram para uma base temporária mais próxima e você continuará sozinha, como planejado.

- Tempo estipulado de duração de missão?

- Não determinado – disse Clint – Isso vai depender da adaptação do seu protegido e de seus relatórios.

- Escritos ou verbais?

- Como você preferir – disse a mulher revirando os olhos. Adorava quando Avril parava de fazer gracinhas e assumia seu lado profissional, mas tinha que admitir que aquele tom sério e robótico da morena a dava nos nervos.

- Frequência de relatórios?

- Por pelo menos uma semana eles terão que ser diários, no horário que você preferir ou no horário que seus superiores ordenarem – explicou Clint – Se a movimentação for pouca depois desse tempo, os relatórios poderão ser semanais. Se um mês depois a missão ainda estiver aberta, os relatórios passam a ser mensais.

- Se você disser que depois serão bimestrais, trimestrais, semestrais e anuais, juro que vou te jogar dessa nave para ver se você sabe voar, Gavião – rosnou Avril, escondendo o rosto com as mãos. Clint não escondeu seu largo sorriso.

- A evolução seria essa, mas não acho que você vai passar mais de um ano nisso.

- Espero - resmungou Avril deixando os dois e andando pela nave. Seu olhar passara longe de todos, principalmente de Steve, e passou o resto da longa viagem (até o aeroporto eram dez minutos, no máximo) fitando o céu sem nuvens.

XX

No aeroporto, dois sedãs esperavam o grupo, e de lá eles foram para o local combinado, onde Tony já devia estar os esperando. Pela primeira vez Avril viu Loki desde a madrugada daquele dia, e não estranhou o olhar frio do deus estar inalterado, afinal, ele ainda estava algemado e amordaçado. Não era uma situação muito agradável. Thor tinha a mesma expressão que seu irmão, mas a dele era mais dolorosa, doía nele estar tendo que levar o irmão para casa daquela maneira, como um prisioneiro.

Thor, Loki, Selvig e Bruce foram com primeiro carro, na companhia de outros dois agentes que os esperaram no aeroporto. Clint, Natasha e Avril foram com outro carro.

Demorou alguns minutos até que um conversa se iniciasse, e não foi com a melhor frase.

- Ainda estou com fome - reclamou Avril, colocando seus pés encima do banco traseiro do carro. No fora uma ideia muito boa ter dado seu almoço para Steve e não ter pegado outro para ela.

- Filhote, tire os pés do banco antes que a tia Dona Aranha arranque-os a mordidas – aconselhou Clint, fazendo com que sua parceira revirasse os olhos.

-Vocês se merecem, sabiam? – resmungou a ruiva, sorrindo maldosa – Feliz com a sua missão, Av?

No mesmo instante o sorriso divertido da garota sumiu.

- Dois anos inteiros sendo treinada por essa galinha sem penas, mestrado e doutorado em Oxford e Fury me designa para ser babá de um cara que conheceu meu avô nos dias de glória! – exclamou a morena afundando em seu lugar – Estou muito feliz!

- Pelo menos ele é gostoso – comentou Natasha, assustando as outras duas pessoas – Que foi?

- Tem um homem no carro!

- Vou vigiá-lo de longe, Tasha – lembrou Avril – Nada de aproximações.

- Ainda tem um homem nesse carro! – gritou Clint indignado.

- Pelo menos você irá vigiar uma paisagem agradável – continuou a ruiva – Já eu tenho que vigiar esse Angry Bird que não voa.

- Além de ter que ouvir essa conversa, eu ainda vou ser insultado? – questionou Clint nervoso, ao som da alta risada de Avril.

- Roupa suja se lava em casa, queridos. Não se discute na frente da filhote.

- Posso contar essa conversa para o seu pai, sabia? – ameaçou o loiro – Ele vai ficar muito feliz  com isso.

- Não ouse! – grunhiu a morena, apanhando-se nos bancos da frente – Digamos que eu prevejo um ligeiro surto de Tony se ele souber dessa minha missão. Eu não contei que vou continuar nos EUA.

- O que aconteceu com a filha perfeita de hoje cedo?

Avril ficou em silêncio, fitando a paisagem pela janela. Não tinha outra opção. Era isso ou ser atingida pelos repulsores de seu pai.

- Loki continua em silêncio – comentou Natasha, depois de ouvir o agente que dirigia o outro carro – Isso é estranho.

- Isso é ótimo! – corrigiu a morena, olhando-a  feio – Não precisamos dele fazendo mais bagunça com os nossos pensamentos. A palavra é a arma mais poderosa do mundo e esse cara já abusou de seu uso.

Natasha e Clint trocaram olhares assustados, dizendo um simples “ok” em uníssono. Nenhum dos dois tinha coragem de perguntar se tinha mais alguma razão para ela ter adquirido aquele ódio pelo deus.

- Chegamos – avisou Clint, puxando o freio de mão – Av, pega o dispositivo?

Todos chegaram ao mesmo tempo (menos Tony que já estava lá). Alguns olhares curiosos observavam o grupo nada comum se ajeitarem. Avril deixou que Selvig preparasse o dispositivo e se aproximou do restante do grupo a tempo de ouvir Clint alfinetar seu orgulho.

- Ainda está confiante que esse troço vai funcionar? – perguntou Clint debochando para Thor, mas alto o suficiente para que a garota ouvisse e revirasse os olhos.

- No próximo ataque extraterrestre você vai construir as máquinas, certo? – recrutou a morena, depois se se direcionando a Thor. Do grupo, o deus era o único que não mudara o comportamento em relação a ela, continuava a ser educado e estava preocupado com o que aconteceria com a jovem. Tudo isso estava tão claro em seus movimentos e em seu olhar que assustava quem via, até mesmo Avril, que por sua vez o abraçou – Boa viagem.

- Tome cuidado – sussurrou Thor, tentando assoprar os fios de cabelo de Avril que eram influenciados pelo vento e atingindo seu rosto – Vou pedir para que Heimdall te vigie para mim. Para saber se o que você me disse era verdade.

Avril sorriu com aquele gesto. Se um extraterrestre que a conhecia a menos de dois dias podia se preocupar tanto com ela, porque ela não podia atender o pedido de Pepper e ser um pouco mais presente?

- Só me prometa que nenhum raio vai cair na minha cabeça – pediu ela, não aguentando ficar mais nas pontas dos pés e se sentindo extremamente baixa e frágil perto do deus.

Thor apenas riu e deixou o pedido no ar.

- Eu sei que ser irresistível é uma coisa que está no sangue dos Stark – sussurrou Tony, quando o amontoado de pessoas de afastou de sua filha – Mas será que você poderia se controlar? Estou vendo muita testosterona ao seu redor.

- Começando por você - disse Avril passando seu braço direito ao redor dos ombros do pai – Não lembro de tê-lo visto ciumento comigo.

- Não é ciúmes, é proteger o que é meu. Minha filha, minhas regras de aproximação.

O riso alto dos Stark chamou a atenção do “grupo mais normal do mundo” e até de pessoas desconhecidas. Alguns deles, como Clint, sorriram com a cena. Embora nunca tivesse conversado com Pepper, o arqueiro sabia que aquele era o tipo de cena que ela se esforçava para que acontecesse.

- Não está mais com aquela ideia de me prender na torre, certo? – perguntou ela.

- Se eu ver mais alguém com calça colada, eu vou – ameaçou o homem. Tony serviu de apoio para Avril, que teve dificuldades para respirar enquanto ria.

Loki foi retirado do segundo carro e o silêncio passou a fazer companhia ao grupo. Com passos lentos, todos formaram um círculo envolta dos deuses assim Selvig entregou o dispositivo já com o Tesseract. Antes de segurar a outra alça do dispositivo, Loki voltou a fitar Avril com aqueles olhos frios e que agora ela considerava serem tão expressivos. Parecia que ele lutava contra a mordaça que envolvia seu rosto, tentando forçar as palavras a atravessar o objeto.

“Aprenda mais para que da próxima seja mais interessante”, aquela voz chegara aos ouidos de Avril de uma maneira muito familiar, como uma corrente elétrica que se apossou de seu corpo. A morena não teve temo de tentar responder da mesma maneira (sequer sabia o que responder), pois Thor girara a alça como ela ensinara e uma forte luz aul em direção ao céu cegou a todos, e quando sumiu, Thor e Loki já tinham partido.

- Pela sua expressão, Av, você não estava botando fé na sua geringonça – debochou Clint, depois que Tony saiu dizendo que ia falar com Bruce – Certo, parece que você viu um fantasma. O que foi?

- Nada – mentiu ela, passando a mão no rosto – Não aconteceu nada.

- Tem certeza? – insistiu o loiro, recebendo um olhar nada feliz. Por isso ele não costumava ser gentil com colegas de trabalho, eles não sabiam retribuir – Vem pegar sua moto.

Steve se despediu de Bruce e se direcionou para o carro onde estava sua moto. Queria sair dali o mais rápido, redescobrir o mundo.

- Moto do Rogers – ofegou Clint, depois de conseguir descer a moto mais pesada – Moto e capacete da Stark!

- Eu sei pilotar, Barton! – gritou Avril ofendida, correndo até seu novo veículo – Piloto melhor que você.

- Você pilota como uma louca – argumentou o arqueiro, recusando o capacete que a loira tentara devolver.

- Mas eu piloto! – resmungou ela, subindo na moto – Pai, vai ir para Torre?

Tony fez um sinal positivo, pulando para seu banco de motorista em seu conversível, onde Bruce já o esperava.

Avril colocou o capacete emburrada. A verdade é que não era a melhor piloto do país e, com seu considerável talento de cair, era melhor não arriscar. Precisava ser discreta e sair atrás de Rogers com um troço enrolado na cabeça não ajudaria muito.

Com um único aceno, Avril se despediu  de Selvig, Natasha e Clint, se virando em seguida para o último vingador, que estava parado próximo a ela, também já em cima de sua moto.

Steve era um bom piloto e ninguém tentara lhe empurrar um capacete e isso fez com que a garota se emburrasse mais um pouco.

- Srta Stark – disse Steve em um tom formal, estendendo a mão para que a loira apertasse.

- Sr. Rogers – suspirou ela aceitando o cumprimento e dando a partida sem se preocupar em não chamar atenção.

Primeiro momento: parar na Torre Stark para se despedir de Pepper e Tony. Depois começar sua mais nova missão: ser babá de um soldado da Segunda Guerra Mundial.


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Notas finais do capítulo

Primeiro, minhas férias só começaram dia 17 de dezembro, o que acabou com a minha vida.
E depois, não me deixaram parar em casa. Das minhas cinco semanas de férias: três foi viajando e as outras duas sem computador, porque Thor ficou nervosinha e descontou na minha família com uma tempestade de raios. Tanto o computador da casa do meu pai como o da casa da minha mãe queimaram. Ou seja, quase subi pelas paredes.
Só agora que meu lindo computador voltou, por isso essa mega demora, que vai ser recompensada.
Já tenho o capítulo 14 e 15 praticamente prontos, então se eu conseguir terminar o 14 rápido, eu posto ele hoje/amanhã, e o 15 no final de semana.
Depois disso, vou tentar manter as atualizações semanais, porque primeiro bimestre é onde meus professores mais arrancam nosso coro, isso sem contar que eu ganhei mais uma aula por dia esse ano.
Ou seja, não tenho vida.
Mas isso passa em algum momento.
Era só isso XD
XX
E não vai ter N/I de novo porque a coisa não tá online e eu não tô afim de esperar ela aparecer (sorry, M2)



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