Bolha De Ar escrita por NatyLPotter


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Foi minha primeira fic de Percy Jackson.



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“Ficamos de mãos dadas até o momento em que nos despejaram na água.

Depois quem riu por último fui eu. Criei uma bolha de ar no fundo do lago. Nossos amigos ficaram esperando que subíssemos, mas... ei, quando você é filho de Poseidon, não precisa se apressar.

E aquele foi, sem dúvida, o melhor beijo subaquático de todos os tempos.”

Página 376.

Segundos antes de nos jogarem na água eu desejei que Annabeth também não se molhasse, o que não foi difícil, considerando nossas mãos interligadas.

Afundamos alguns metros, normais pela pressão e pelo impulso com que fomos atirados, e quando estávamos começando a subir, criei uma bolha de ar que nos envolveu e pedi que ela ficasse imóvel, bem onde estava.

Annabeth olhou pra mim, seus olhos brilhavam. Ela já havia me visto fazer diversas coisas ditas “impossíveis” na água, e eu já até havia usado do poder de não se molhar com ela e Tyson, meu irmão, mas ela parecia maravilhada com o que eu havia feito. Obviamente, ela jamais admitiria isso em voz alta.

— Isso é... incrível. — Ela murmurou, a voz abafada pelo espaço onde estávamos.

— Ser filho do deus do mar tem suas vantagens, certo? — Respondi, a voz um pouco abafada também.

Ela sorriu pra mim, e eu percebi que não havia parado de sorrir um minuto sequer desde que os campistas nos levantaram nos ombros.

Olhei de relance para nossas mãos unidas, e percebi que eles eram nosso único ponto de ligação - a não ser pela gigante bolha de ar que nos cercava, mas ela não era importante - e como havia consideráveis centímetros entre nós.

Pensei em puxá-la pra mais perto, pela mão, mas uma ideia melhor me ocorreu. Pedi à correnteza que movesse a bolha alguns centímetros, mas com rapidez, e isso fez Annabeth se desequilibrar e cair sobre mim, agarrando fortemente o meu pescoço com o susto.

Sorri pra ela, sentindo sua respiração em meu rosto. Estávamos muito perto. Ela me olhou nos olhos por alguns segundos antes de revirar os olhos e sorrir, um pouco descrente.

— Você não vale nada, Perseus Jackson.

Eu ri alto acompanhado por ela antes de finalmente fazer o que eu queria com tudo aquilo: beijá-la.

Tenho plena consciência de que estávamos em uma bolha de ar, portanto a sensação deveria ser a mesma que em terra, mas garanto que foi diferente. E foi muito, muito bom.

***

— Eles já não deviam ter subido? — Um garoto do chalé de Apolo perguntou, no meio de todos.

— Hum. Acho que esquecemos o que ele é capaz de fazer sob a água. — Disse Connor Stoll, contrariado. A brincadeira havia dado errado.

— Awn, isso é tão romântico. — Disse uma das filhas de Afrodite.

— Acho que eles não voltam tão cedo. — Pólux, filho de Dionísio, disse já se afastando.

Vários murmuraram em concordância e seguiram o meio-sangue, alguns resolveram sentar à beira do lago e esperar quanto tempo os dois podiam ficar lá embaixo.

Em pé, com parte das pernas mergulhadas na água, estava Clarisse. Ela deu um pequeno sorriso de canto e murmurou:

— Aproveitem, cabeças de alga.


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