Vida De Monstro - Livro Dois - A Magia escrita por Mateus Kamui


Capítulo 5
V - Michael


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para todos os leitores :)



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V – Michael

Mais uma droga de dia, eu não queria ter que me acordar, mas a minha marca de nascença estava queimando e acabei acordando com a dor, corri para o banheiro e tirei as bandagens, a marca estava do mesmo jeito de antes, em poucos segundos o ardor sumiu. Aquela coisa estava me acordando todos os dias com aquela mesma queimação, sempre no mesmo horário exato.

Tomei um banho e depois me arrumei para a droga da aula, só peguei meu caderno e um lápis e saí do quarto, eu não precisava de mais do que isso. Segui meu caminho rumo a sala de aula, ate então tudo normal, passei todas as aulas fazendo desenhos, um em especial me deixou assustado, uma alcatéia de lobos correndo na floresta, o desenho era simples, mas de alguma forma parecia que o líder da alcatéia me encarava e por um momento pensei que estava encarando um lobo de verdade.

Quando todas as aulas acabaram e eu saí da sala pude ver duas pessoas me encarando, dois caras da minha turma, ate então nada demais se os dois não fossem lobisomens, depois da aventura na biblioteca e a luta contra Ferdinand, lobos e lobisomens tem virado itens bem comuns no meu dia-a-dia, não era a primeira vez que aqueles dois me encaravam desde que eu saí da biblioteca, e aquela ao seria a ultima vez.

Fui direto para o dormitório tentar dormir, não queria falar com o diretor com a Amy, principalmente na de Amy, depois que descobri que éramos primos não me senti eu mesmo, minhas lembranças estavam cada dia mais embaralhadas, eu não sabia mais quem eu era e com pessoas tentando me esconder quem era minha verdadeira mãe não ajudava nem um pouco.

Amy já havia passado por isso, sem saber nada sobre sua família, mas mesmo assim ela provavelmente não esta tentando me ajudar, ela deve estar fissurada demais praticando sua maldita magia e andando com seu monstrinho predileto.

Pulei na cama e tentei dormir, um erro, meu sonho foi estranho, muito estranho, eu estava sonhando que estava em uma floresta correndo, correndo muito mais rápido do que jamais corri, estava ofegante, mas feliz, me sentia livre, livre de tudo, de obrigações, de leis e regras, livre até mesmo da minha humanidade.

Olhei para trás, um bando de lobos me seguiam, eu estava correndo, mas não era deles que eu corria, pelo contrário, eu estava correndo com eles, todos uivavam e eu sabia o que aqueles uivos significavam quase como se fossem palavras, eles estavam uivando de felicidade. A luz da lua cobria nosso grupo e então me pus a olhar para frente novamente e então eu comecei a sair do meu próprio corpo e vi minha forma, eu também era um lobo, um lobo de pêlos negros e olhos amarelos, os mesmos olhos do meu desenho, aquela cena era idêntica a do meu desenho.

Eu acordei com minha marca queimando de novo, era a primeira que ela queimava duas vezes no mesmo dia, saí do quarto e passei pelos corredores, mas mesmo assim ela continuava a incomodar. Saí do dormitório e andei rumo a floresta, assim que pus meu pé ali a queimação começou a passar.

Quanto mais fundo ia à floresta mais a sensação sumia ate que ela se dissipou por completo, não queria correr o risco de sentir aquilo de novo então continuei a andar por ali ate que escutei um barulho, parecia pessoas conversando.

Andei na direção do barulho, estava mais longe do que eu pensei, teria que andar mais do que esperava, mas mesmo assim que eu tinha escutado perfeitamente, o barulho cessou de um segundo para o outro, mas por sorte já tinha noção do lugar de onde ele deveria ter vindo.

Demorei quase dois minutos para chegar ao local, tentei andar o mais silencioso possível para não chamar atenção. Quando cheguei percebi porque o barulho tinha cessado. Eu vi era a minha irmã, correção, minha prima, beijando a droga do monstrinho dela, certo que isso já era bem esperado, não sei como não tinham feito isso antes, mas mesmo assim era algo que não dava para aceitar:

-Ora por que será que isso não me surpreende? – falei cortando o clima de amor dos dois

Amy saiu de perto do monstro e olhou por cima do dele ombro para ver quem tinha falado, a cara de surpresa dela foi inacreditável, deveria ter batido uma foto daquilo, o susto que ela tomou foi único:

-Michael! – Amy gritou

-O que será que falarei para o John quando ele chegar eim?

-Como assim? Quando ele vai chegar?

-Soube que ele terminou seu serviço, ele se uniu a um grupo e conseguiu completar a missão bem antes do esperado, mas ainda deve ter outros assuntos pendentes para resolver então ele só deve voltar após as provas

-Após as provas? Já? – Amy quase perdeu a respiração, mas então sua voz mudou, não era mais um tom de susto ou medo – Nem falta tanto tempo assim, caramba será que ele vai trazer alguma pra gente?

-É com isso que você esta preocupada? – perguntei encarando aquela cara que ela fazia de pensativa – Você não esta com medo que eu conte para ele sobre o seu novo namorado?

-Você não faria isso faria – falou enquanto dava de ombros – você é meu irmão, jamais faria algo que me prejudicasse

-Nós não somos irmãos Amy!

-Sim nós somos, somos irmãos de criação, e também primos, antes mesmo de sabermos que éramos parentes nós já éramos irmãos Michael, sermos primos de sangue não vai mudar isso – encarei ela por um momento, ela realmente tinha razão, mas isso não mudava nada da minha raiva

-Se somos irmãos e você espera que eu faça algo por você, então por que não faz algo por mim e descobri quem a minha mãe? Você deve saber como é não saber quase nada sobre si mesmo não é? – dava para perceber que ela ficou com raiva depois dessa, e quem dera que fosse só isso

Do nada um corvo apareceu do céu e avançou em direção da minha cabeça e começou a me bicar com força, tentei espantar aquela coisa, mas ela se esquiva facilmente dos meus braços:

-Pare Sombra! – Amy gritou e então o corvo parou e foi até ela

-Mas que merda foi essa? – perguntei passando a mão pela cabeça, ela estava toda machucada e vi sangue escorrendo

-Desculpe, ele não vai fazer isso de novo – Amy disse fazendo uma reverencia, mas o corvo me olhava como se não se importasse com o que ela dizia e que iria me atacar de novo sim

-Da onde você tirou esse corvo?

-Longa historia, só entenda que eu vou ter que ficar com ele

-Sabe que é proibido ter animais no dormitório não é? – perguntei encarando aquela coisa, os olhos dele me lembravam o do monstrinho de alguma forma

-Sei, mas eu vou dar um jeito de mantê-lo quieto, não só ele

-Como assim?

-Venha aqui Lua! – então do céu desceu uma coruja, mas como é que ela tinha arranjado aquelas coisas?

-Sombra e Lua? – o monstro deu alguns passos e ficou encarando os dois animais que estavam parados sobre os ombros de Amy – Foi esse o nome que deu para eles?

-Foi – Amy disse fazendo um cafuné nos dois pássaros – não sei por que, mas senti a necessidade de dar um nome aos dois

-Onde foi que você arranjou essas coisas Amy? E não me venha com esse papo de longa historia – falei encarando os dois animais, a coruja parecia me olhar intrigada, mas o corvo com certeza queria voltar a me atacar

-Não posso dizer, tem a ver com magia

-Você não deveria estar fazendo isso, é contra as leis dos caçadores Amy e você sabe disso tão bem quanto eu, se o papai descobrir

-Ela não vai descobrir! – o corvo abriu as asas assim que ela gritou – ele não vai descobrir se você não falar nada, eu vou tentar esconder o melhor que posso, mas se você me ajudar também não vou poder conseguir

-Eu não posso te ajudar nessa loucura

-Você pode, e se eu continuar indo para os treinos posso falar com a minha mãe, e se você não se lembra ela é a única pessoa que sabe sobre a sua mãe

Encarei aqueles olhos, ela tinha razão, mas não era razão suficiente, não importava se era sobre a minha família ou a família dela, eu não podia deixar ela fazer magia, eu não podia deixar ninguém praticar magia, esse era a lei, e quem fosse contra a lei devia pagar o preço:

-Não posso, saber a verdade sobre a minha mãe e minhas origens não é o suficiente para eu te deixar continuar com essa loucura, você não vai praticar magia e ponto final

-Você não é meu pai Michael

-Não, mas sou seu primo, e como você mesma disse também sou seu irmão, e na ausência do papai eu devo cuidar para que você não faça besteiras, e acredito que você já tenha feito muitas besteiras

-Mas....

-Mas nada Amy, ninguém deve praticar magia, principalmente uma caçadora de uma das três grandes famílias  

-Nem mesmo se eu lhe disser que é a sua mãe? – o monstro falou e por um momento eu senti o ar congelar e o tempo quase parar

-O que você quer dizer com isso?

-O quero dizer é que eu posso saber quem é a sua mãe, mas só levanto minhas hipóteses se você deixar Amy praticar magia

-Você deve saber tão bem quanto eu o quão ruim é fazer magia monstro

-Demônio caçador, eu sou um demônio, e sim eu sei o lado ruim na magia, mas não existem só pontos ruins, também estou indo ate o local dos treinos, mas não é somente buscando uma maneira de recuperar meus poderes, mas também estou averiguando os pontos positivos e negativos das artes mágicas, se não me agradar com o que estou vendo eu irei ajudar os caçadores a matar os magos, mas ate agora os pontos positivos são maiores, mesmo que existam certos magos que realmente merecem morrer

-Por que confiaria em você?

-Não estou pedindo sua confiança Winchester, não preciso dela, só estou lhe mostrando os fatos – parei um momento para pensar, o desgraçado não parecia estar mentindo, mas mesmo assim não podia correr riscos

-Certo então, eu deixo Amy praticar magia, então me diga a sua hipótese

-Não acredito que você não tenha notado o obvio

-O que quer dizer?

-Sua mãe foi morta enquanto caçadores perseguiam um bando de lobisomens certo?

-Certo, mas os caçadores os acharam por culpa do brilho da magia que fizeram

-Exato, eles fizeram uma magia para curá-la de uma ferida mortal, e vocês acham que era uma coincidência os caçadores estarem perseguindo lobisomens na mesma área?

-É claro, foi só um caso de sorte, ou azar nesse caso

-O que poderia causar uma ferida mortal em uma pessoa que nem mesmo uma magia de cura executada por dois magos a salvassem? E ainda por cima perto de um local onde haviam lobisomens

-Onde esta querendo chegar? – mas que droga, eu estava entendo a lógica do maldito – Um lobisomem feriu minha mãe?

-Exato

-Mas por que? – Amy perguntou tentando entrar na nossa conversar

-Lobisomens tendem a andar em bandos, não me pergunte o por que, apenas os renegados andam sozinhos

-Mas se os caçadores estavam atrás deles eles deviam ter feito algo de ruim – falei, algo ali não estava se encaixando – mas o que?

-Eu não sei, mas algo me diz que sua mãe sabia, ela provavelmente sabia mais do que ate mesmo os caçadores e por isso ela tinha que ser silenciada

-Os lobisomens fizeram merda e tentaram impedir que os caçadores soubessem disso, mas demoraram demais e os caçadores os acharam – comecei a pensar e então as idéias se juntaram – eles caçaram os lobisomens, mas por que não ajudaram minha mãe? Meu pai poderia simplesmente ter pedido ajuda e os caçadores iriam ajudá-la

-A não ser que – Will me encarou e idéia se formou na minha cabeça

-A não ser que ela fosse um monstro, ela era um monstro, caçadores têm a obrigação de caçar monstros, mas não de ajudá-los, se vissem ela ali atacariam sem nem pensar duas vezes

-Exato, a bruxa já tinha deixado bem claro a identidade da sua mãe, ela não poderia quebrar uma promessa diretamente, mas poderia deixar subentendido suas origens

-Então se minha mãe é um monstro

-Então você também é, e adivinha só qual você é? Lobisomens vivem em alcatéias fechadas onde somente quem vive nela sabe dos seus segredos, se sua mãe sabia então o que ela era?

-Uma lobisomem, então eu também sou um

Caí no chão, minha marca começou a queimar ainda mais. O monstro estava certo, o maldito tinha entendido tudo antes de mim, eu era a droga de um lobisomem:

-Não pode ser, todos menos eu

-Desculpe caçador – o monstro me encarou, ele não estava feliz ou triste, seus rosto simplesmente não esbanjava sentimento algum – mas sim você é um lobisomem

Minhas pernas começaram a se mexer e me tiraram dali, saí correndo sem olhar para onde, minha marca estava queimando cada vez mais e mais e mais, sentia meu braço inteiro latejar, mas não importava, meu braço inteiro poderia sumir que agora não importava mais.

Devia estar correndo a mais de quinze minutos quando enfim saí da floresta e me vi de volta na academia, bem em frente ao dormitório dos monstros, e bem na porta do dormitório estavam duas pessoas, os dois lobisomens:

-O que querem comigo?

-Você já sabe o que queremos – falou um dos dois, eles encaravam minha marca – você já foi selecionado e é nosso dever levá-lo para nossa alcatéia Michael

-Como assim alcatéia?

-Não se faça de idiota, você sabe sobre as alcatéias e porque você deve ir conosco para lá, você é filho de uma lobisomem, então também é um nós

-Mas eu nunca me transformei – mentira, eu já tinha me transformado, na biblioteca, naquele momento eu tinha conseguido me transformar

-Sim isso é verdade – falou o outro lobisomem – a sua primeira transformação só ocorre na primeira lua cheia após você ser selecionado

-Eu não fui selecionado, pelo menos acho que não

-Você não sabe nada sobre nossa cultura caçador, ser selecionado significa que um lobisomem já acordou seus poderes, ou você realmente achava que eles viam sozinhos de um dia para o outro?

-Era mais ao menos por ai

-Você é um tolo então, lobisomens só podem usar seus poderes após algum outro lobisomem ativá-los, e isso só ocorre quando um lobisomem morde ou arranha o selecionado

-É daí que vem a lenda da mordida do lobisomem transformar quem for mordido – falou o outro lobisomem – na verdade só se transforma quem já tem o sangue de lobisomem correndo dentro de si como é o sue caso

Lembrei novamente da biblioteca, Ferdinand tinha “arranhado” minha marca de nascença, ele havia me selecionado mesmo sem saber das minhas origens, ou pelo menos eu acho que ele não sabia:

-Então quer dizer que agora sou um lobisomem?

-Exato, sua marca de nascença queimando é a prova disso, ela esta tentando expelir seus poderes, mas não adiante, a queimação só passara quando sua transformação acontecer, é para evitar a dor que normalmente fazemos a seleção sempre uma noite antes da lua cheia

-Então vou ter que continuar com essa dor ate a lua cheia? Mas falta muito tempo ainda

-Sim é verdade, mas não é nossa culpa, isso é culpa de quem te transformou, e por acaso quem ele seria já que só existem nos dois de lobisomens aqui na academia nesse momento?

Encarei aqueles dois, não acho que dizer que meus poderes foram acordados por um traidor seja uma boa opção:

-Não sei, foi durante um trabalho, acabei sendo mordido e pronto, não sei quem era o lobisomem

-Entendo, mas isso é irrelevante no momento, o importante é que você venha conosco

-Por que?

-Porque você é da nossa alcatéia 

-O que me faz ser parte dela?

-Sua mãe Luna era parte da nossa alcatéia então você também é

Saí correndo, não sabia o porque, mas não agüentei quando escutei o nome da minha mãe, Luna, minha marca queimou ainda mais e só deu tempo eu entrar no quarto quando meu corpo caiu no chão e eu apaguei.

Quando olhei estava correndo em uma floresta, estava o corpo de um lobo novamente, alguns outros vinham atrás de mim, dessa vez eles não uivavam de felicidade, pareciam agitados, como se fugissem de algo, eu não era mais o lobo negro e sim um lobo de pêlos dourados, tentei sair do corpo do lobo e consegui, eu encarei o lobo, seus pêlos dourados pareciam relâmpagos cruzando a noite da floresta enquanto ele corria, encarei aqueles olhos, olhos azuis escuros, eu já tinha visto aqueles olhos, eram os olhos de Ferdinand, aquele lobo era ele.

Reparei que Ferdinand carregava algo na boca, eu não consegui ver o que era, estava envolto por panos negros, mas algo me dizia que era importante, muito importante, algo que vali a vida de todos ali. Ferdinand corria velozmente na frente do seu grupo, mas então algo aconteceu, algo se materializou vindo da escuridão da floresta atacando Ferdinand.

Meu sonho acabou, acordei me erguendo do chão com um pulo, estava cheio de suor por todo meu corpo e pelo chão, estava com a cabeça dolorida, mas minha marca tinha parado de queimar. Procurei o relógio, estava na hora de ir para a aula.

Tomei um banho, troquei aquela roupa suada por uma nova, peguei minha mochila, comi algo que estava na porta do quarto e bebi o máximo de água que consegui, estava morrendo de sede, então saí dali. Minha mão estava dolorida, mas pelo menos não estava queimando.

Quando cheguei à sala o professor já estava dando aula, assim que me sentei senti os olhos dos lobisomens sobre mim, queria sair correndo de novo, mas me controlei, aquela sensação era horrível.

Puxei meu caderno de dentro da mochila e comecei a desenhar mesmo com minha mão doendo, era a única forma de ignorar aqueles olhares e não surtar. Comecei a desenhar e parei exatamente quando tocou o toque para o inicio do intervalo, passei duas aulas fazendo um único e mísero desenho, encarei aquilo e minha vontade foi de rasgar em pedaços, o desenho era de uma lua, uma enorme lua cheia perfeitamente desenhada, cada detalhe, cada cratera, tudo feito nos mais perfeitos detalhes. Senti minha marca queimar então passei a página e então a queimação passou.

Deveria ter parado por ali, mas continuei a desenhar, quando me dei conta já havia tocado para o fim das aulas, ousei olhar os desenhos, um deles era de um lobo negro olhando para o céu estrelado, o outro era uma loba cuidando do filhote e o terceiro e último era de uma alcatéia uivando para a lua.

Fechei o caderno e andei para o meu dormitório, mas quando estava na metade do caminho uma nova idéia surgiu na minha cabeça, fui falar com o diretor, ele estava olhando pela janela os alunos lá embaixo, me aproximei dele e vi que ele estava encarando Amy e o seu namorado monstro indo em direção a floresta:

-Por quanto tempo mais iria me esconder a verdade? – falei e o diretor se virou

-Que verdade? Que você e Amy são parentes? Que você é um lobisomem? Garanto-lhe garoto que escondo segredos bem piores do que esses e que fariam você ter um ataque se escutasse

-Então por que não me falou antes?

-Pedidos da sua tia Morgana, ela pensou que ficariam melhores se não soubessem, e agora tenho que concordar com ela, Amy esta se tornando uma bruxa e você logo ira para sua alcatéia, gostaria que tivessem permanecido como simples caçadores do que terem esses destinos

-Eu não vou para alcatéia alguma

-Vai, você vai sim, eles são sua família e você não pode fugir disso, e se fugir será chamado de traidor e os caçadores que você um dia fez parte irão caçá-lo

Senti minha pressão diminuir e o ar esfriar, suor frio começou a escorrer pelo meu corpo:

-Mas que droga – foi a única coisa que consegui falar na minha posição atual

-Sim é realmente uma droga – o diretor pegou uma dose de whisky e bebeu com um único gole

Ele não queria continuar aquela conversa, e eu também não, saí da sala do diretor e fui para o meu dormitório, mas antes disso cruzei com os lobisomens:

-Sabe que esse não é mais o seu dormitório não é? – falou um deles e minha vontade foi de avançar contra eles, mas me controlei e entrei no dormitório

Minha marca começou a queimar de novo assim que eu entrei no quarto, tentei ignorar a dor e bebi um pouco de água e comi o máximo que podia do meu almoço. Mesmo com a barriga cheia me senti fraco, muito fraco, uma dor angustiante começou a se espalhar pelo meu corpo e comecei a gemer de dor, se continuasse desse jeito eu ia morrer antes mesmo de me transformar.

A dor foi tanta que me corpo apagou e me pus a dormir, por sorte dessa vez não sonhei nada.


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Notas finais do capítulo

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