Draco Malfoy andava pelo Castelo depois do Baile de Inverno, ainda não acreditava que Potter tinha ganhado a honra de ser um campeão e ainda vencer a primeira tarefa do torneio tribruxo, indo melhor que os alunos mais velhos. Mesmo assim, nunca teria coragem para enfrentar um Dragão, é claro que nunca iria admitir isso para ninguém, nem mesmo falar isso em voz alta.

O baile já tinha terminado, mas não tinha um mínimo de sono, vagava pelos corredores vazios,  a gravata da sua veste a rigor estava frouxa e marcas de dedos estava em sua face, era incrível como aquela garota mimada tinha força, mas não dava um dia e ela estaria se jogando aos seus pés novamente “Maldita Pansy, ela ainda irá pagar pelo tapa” era o que o loiro pensava, perdido nesses pensamentos esbarrou em uma certa grifinória.

A única coisa que Hermione Granger conseguia pensar é que a noite e o baile haviam sido perfeitos, tirando o que Rony tinha falado e feito. Amava aquele garoto, sabia disso desde o começo, mas não tinha como negar, ele era um tremendo idiota, com esse pensamento, lagrimas teimosas tentavam escapar de seus olhos, deixando sua visão embaçada o que não a deixou ver que certo loiro distraído estava em sua frente e acabou esbarrando neste.

- Olha por onde anda Granger – depois que vi uma lagrima escorrer pela face dela, não achei certo chamá-la de sangue-ruim como sempre, e não sei por que, alguma coisa dentro de mim mandou fazer o que fiz, sequei a lagrima que escorria pelos olhos dela.

- Olha você Malfoy – Maldita hora que resolvi que tinha que refrescar a cabeça, agora dei de cara com a Doninha.

A garota havia estranhado o ato dele, mas não o impediu de tocar em sua face.

Após Hermione terminar de falar a mesma girou nos calcanhares e tentou se afastar continuar caminhando sem rumo, mas foi impedida, Draco percebendo que a ela se afastaria, colocou-se na frente dela.

- Sei que você não vai acreditar, mas... – Por que eu estou impedindo a Granger de ir embora, será que é por que ela esta linda nesse vestido e está me impedindo de sair? Ou será que é por que ela sempre foi linda e eu nunca tinha percebido? E que vou perdê-la para o Weasley? Ou estou apenas louco?

- Acreditar em que? – Esse doninha é louco, mas agora ele vai falar, querendo ou não.

Os olhos de Hermione ganharam brilho de curiosidade, o que Draco conhecia tão pouco dela não percebeu, mas não tinha idéia do que iria falar ou fazer. Apenas sentia seu coração bater mais rápido, agora percebia que o que senti por ela não era nojo por ela ser uma sangue-ruim, e sim uma imensa atração, que fazia seu coração disparar e talvez não fosse só isso, era um sentimento desconhecido por ele, um sentimento conhecido por amor.

- É uma coisa que eu achei – que achei dentro de mim – e tenho que te mostrar...

Hermione ficou pensando se deveria ou não ir com ele, mas seus olhos diziam a verdade

- Vamos logo – eu só posso estar louca – antes que eu mude de idéia.

Hermione se sentia confusa por estar agindo daquela forma, em sã consciência nunca conversaria normalmente com Draco.

Draco pegou na mão de Hermione e a conduziu, ficou feliz por ela não tentar se soltar, não sabia a onde estava indo, quando viu já estava na torre de astronomia, e tinha uma bela vista dos jardins e ao fundo o grande Lago Negro.

- É aqui – Como que eu nunca percebi, essa sabe tudo irritante é a garota mais maravilhosa de toda a Hogwarts, linda, inteligente, corajosa...

Draco deixava ser levado pelos pensamentos, sua família era tão mesquinha a ponto de deixar de lado os sentimentos, mas ele não seria assim, pelo menos por uma noite escutaria seu coração, seria levado por esse amor totalmente proibido, por essa loucura que o atormentaria pelo resto da sua vida.

- Então?

Hermione se perguntava o que ele teria descoberto, ficou de frente para Draco, percebendo que talvez no fundo ele fosse uma pessoa boa, apenas tinha sido criado para não ligar para os sentimentos, aquilo era uma tragédia. Olhava para o rosto dele, lendo suas feições e vendo o quão belo era.

- Eu descobri que o Mundo não é justo - falou virando-se para a janela, olhando o Lago – Descobri que a vida prega peças nas pessoas e nos fazem amar a pessoa errada. Errada por sua família considerar. Por que essa pessoa é perfeita – Draco vira-se para Hermione, chega mais perto a ponto de sentir a respiração acelerada dela – Ou talvez, seja mesmo errado, mas ainda assim, eu quero poder sentir isso. - Draco, Draco, o que você está fazendo?

Hermione não conseguia pronunciar nenhuma palavra, levantou suas mãos quentes até o rosto gelado do sonserino, enquanto ele a segurava com ternura pela cintura, e lentamente,  a puxava para si, ate poder sentir  as batidas do coração dela no próprio peito.

Quando perceberam, não era só os corpos que estavam juntos, suas bocas encaixavam perfeitamente e iniciavam um beijo calmo, mas um provocava o outro.Draco a apertava e fazia com que Hermione quisesse ficar nos seus braços para sempre. Já ela arranhava suas costas e acariciava seu pescoço fazendo o loiro arrepiar...