A Chave Do Coração escrita por Lexis


Capítulo 11
Capitulo 11 - Confusões de sentimentos!


Notas iniciais do capítulo

Oi, bem como prometido voltei com esta fic com um novo capítulo.
Peço desculpas pela demora e pelo capítulo, no entanto, minha inspiração ainda não está 100%, por isso estou retornando aos poucos.
Bem é isso, espero que aproveitam o capitulo, beijos.



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Lexis POV

Suspirei pelo que parecia ser a centésima vez naquele dia, por algum motivo decorar aquelas falas estava sendo difícil, embora não era para menos, já fazia três semanas desde o lançamento do drama que estávamos gravando, e cinco semanas desde o inicio da gravação, o que resultara num avanço das cenas como o programado, só que o que eu não esperava era a mudança de roteiro... Senti-me franzir o cenho ao olhar mais uma vez para as mudanças, urgh...Não acredito que eles realmente acreditam que eu e o cabeça de porco temos alguma química, se já estava complicado gravar as cenas com ele, enquanto minha personagem dava broncas e tentava impedir o idiota de colégio de acabar com a felicidade da sua melhor amiga, imagina então fazer ela perceber que está desenvolvendo sentimentos pelo mesmo? Urghhh... Isso é tão injusto e repugnante. E ainda por cima a gravação seria daqui a 20 minutos, inaceitável... Embora, por sorte, hoje não haveria gravação de cenas com Ren, visto que ele estava ocupado com algum comercial ou algo do tipo, então não haveria intenção assassina triplicada por aqui.

– Lexis, está quase na hora, mexa-se.

Dei um olhar fulminante na direção do assistente que me chamara adiantando assim meu sofrimento, mesmo que eu tinha plena consciência de que aquela situação não era culpa dele e sim dos roteiristas e do babaca do diretor, de alguma forma assustar aquele ser me acalmou só um pouquinho.

– Hum. – resmunguei andando rapidamente, vendo o rapaz pálido com minha reação anterior.

Como a primeira cena, se passaria numa sala de aula e maioria das restantes na escola, estávamos gravando na escola reservada para o drama, o que não fazia nada para me animar.

– Lexis.... Preparada para as grandes cenas de hoje? – O loiro petulante chegara próximo a mim com um sorriso arrogante no rosto, enquanto abria alguns botões do uniforme escolar da escola.

– Claro... Eu até trouxe o necessário para me desinfetar depois das cenas de hoje. – Respondi com um sorriso irônico, vendo o sorriso arrogante do loiro diminuir,e dei as costas pra ele adentrando na sala de aula e tomando minha posição, sentada na borda da janela, quando o restante da equipe já tinha terminado os ajustes e estava preparada para o inicio das gravações.

CENA DO DRAMA(POV Saya)

Suspirei enquanto olhando pela janela da sala, as aulas já haviam acabado, mas preferi permanecer na escola naquele dia. Os problemas em casa parecia aumentar cada vez mais, e Mai parecia animada demais desde que, Kyouhei estaria na casa dela esta tarde para tratar de negócios com seu pai, e ela parecia tão feliz, que não queria estragar qualquer coisa, incomodando-a com meus problemas... Não seria justo. E ainda, havia outro problema no qual eu tinha que pensar... Nas reações que o idiota do Hajikata Aoki me causava cada vez que se aproximava de mim, e o qual eu não estava gostando muito, eu sempre fora a racional, que não se deixava guiar pelas emoções, a com planos práticos, a conselheira... E agora, aquele loiro idiota me faz perder todas as certezas que já tive, e realmente isto é o que mais odeio nele.

– As aulas já acabaram pirralha – Aquela voz rouca e baixa ecoou por toda sala me fazendo arrepiar, mas não iria dar a ele a satisfação de ver o efeito que causava sobre mim, além do mais ele deixara mais do que claro suas intenções para com a Mai.

– E então? Não é proibido ficar um tempo a mais nas dependências do colégio. – Falei indiferente, nem ao menos me virando.

– Não é... Mas você nunca fica no colégio, pois geralmente sai com a Mai para algum canto. – Retrucou. – Espera... Não me diga que ela está com aquele imbecil de novo? – Questionou-me com um tom ciumento, que de alguma forma me fez estremecer por dentro... Seus sentimentos claramente eram dirigidos a minha melhor amiga, e isso aparentemente não iria mudar tão cedo.

– Não te interessa... Não é da sua conta o que Mai faz ou deixa de fazer. – Falei mais raivosa do que pretendia, e mesmo eu me assustei com isso. – De toda forma, preciso ir, não quero ser contaminada por sua presença, mais do que o necessário. – Falei levantando com minha cabeça abaixada, não queria olha-lo, não queria ver os ciúmes dele em relação a Mai ou o olhar de reprovação e ódio em minha direção.

Andei rapidamente em direção a porta, no entanto, antes que eu pudesse alcança-la, senti meu braço ser segurado levemente, e acabei levantando minha cabeça e olhando em sua direção.

– O que pensa que está fazendo? – perguntei com raiva.

– Te impedindo de sair, não é óbvio? – ele retrucou com uma voz de deboche, me irritando ainda mais.

– E por que disso?

– Porque não posso te deixar sair sozinha, perturbada como você esta.

– Eu não estou perturbada, seu idiota. – respondi tentando mover meu braço para fazê-lo me soltar, mas ao menos tempo estava apreciando o contato...O único contato que teria com ele por um longo tempo, e as faíscas que pareciam saltar de minha pele, eram tão reais... Que não tinha quase força pra me concentrar em me largar.

– Pare de mentir. – ele falou segurando meu rosto com sua mão livre e forçando-me a encará-lo nos olhos. – Qualquer um estaria perturbado na sua situação. – Não sabia dizer se a surpresa e confusão estavam estampados em meu rosto ou não, mas deveria estar, visto que ele logo emendou antes mesmo de eu retrucar algo. – Nossos pais são sócios, e amigos próximos... Ouvi-os falar a respeito disso.

Suspirei lentamente, fechando meus olhos. Justo a pessoa que eu menos queria que soubesse das minhas dificuldades, era o único que sabia na escola, e agora eu estava tão perdida que não sabia o que fazer.

– Por que você se importa? – questionei-o com medo da resposta.

– Não sei... – respondeu-me num sussurro, mas sua voz parecia tão perto, por quê? Abri meus olhos para descobrir, e senti-os arregalar ao notar seu rosto tão próximo do meu.

– O-o que... – mal pude terminar a minhas palavras por logo sua boca encontrou-se com a minha, e senti-me derreter em seus braços, levei minha mão até seus cabelos, e senti-o largar meu braço para poder abraçar minha cintura. Talvez aquilo fosse outro plano para ele se aproximar da Mai, mas sinceramente naquele momento não me importava de ser usada, porque aquela sensação era tudo o que eu queria sentir.

Nos afastamos aos poucos, ambos com a respiração ofegante, o encarei por um momento, e então a situação veio a tona... Aquele era Hajikata Aoki, o cara que era obcecado por minha melhor amiga desde tenra idade, o cara que fez mais de mil planos para acabar com a relação da Mai com o cara por quem ela era apaixonada, o cara a quem eu tenho nos últimos meses impedido de destruir a felicidade da minha amiga, e por mais que eu odiasse admitir, o cara por quem eu estava perdidamente apaixonada. E quando eu finalmente me dei conta desta revelação, me senti mal... Mal porque eu provavelmente não seria correspondida, porque era muito mais provável este ser apenas um plano dele para me tirar do seu caminho para seu verdadeiro propósito. E eu com certeza não queria correr o risco com ele, não... Eu não queria me machucar, eu não iria.

E foram esses pensamentos que me levaram a realizar minhas seguintes ações, de dar um forte tapa em seu rosto e sair correndo dali, para o único lugar onde sabia que estaria protegida.

FIM DAS CENAS.

– Corta.

Suspirei aliviada com o final da cena, enquanto recebia paralelizações pela ótima atuação, e então senti o cabeça de porco se aproximar.

– Você não deveria me dar um tapa tão forte. – reclamou

– E vocênão deveria me dar beijo de língua, assim que estamos quites – resmunguei de mau humor, e comecei a caminhar em direção ao camarim, mas fui impedida por ele.

– AH vamos lá... Você gostou, afinal me correspondeu tão ansiosamente. – Respondeu convencido

– Não Fuwa... Minha personagem correspondeu ao beijo de seu personagem ansiosamente, não misture as coisas. – Retruquei e aproveitei o momento de desanimo do mesmo para fugir rapidamente, sentindo meu coração acelerado. Eu jamais admitiria isso, mas por algum motivo desconhecido, o beijo do cabeça de porco teve efeito sobre mim, no entanto, eu realmente esperava que tenha sido simplesmente por influencia dos sentimentos de minha personagem e nada mais.

3 dias depois...

Realmente, eu tinha que admitir, tio Lory sabia mesmo como dar uma festa. Adentrei ao grande salão da LME, enquanto averiguando as decorações assombrosas feitas por ali, todos os empregados encontravam-se fantasiados, no entanto, não havia nenhum sinal da Kyoko ou do Ren ainda, e eu me questionava o porque disto. Eu havia escolhido a fantasia de Mina Harker, O conde Drácula, sempre havia sido meu romance preferido, e quando vi a fantasia não pude evitar de escolhe-la, olhei para baixo em mim mesma, para reanalisar meu figurino, no entanto, ao sentir um arrepio em minha pele como se estivesse sendo observada me virei imediatamente e surpreendi-me com o que vi.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
Deixem comentários para que eu possa saber o que pensam sobre a fic.
beijos



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