I Need You Tonight And Ever escrita por Beatriz Moreira


Capítulo 13
Capítulo 13 - Lembranças de um "grande dia"


Notas iniciais do capítulo

MUITO SUSPENSE! MUITO MISTÉRIO! MUITO CORAÇÃO PARTIDO! E UM SEQUESTRO. O QUE SERÁ QUE HOUVE?



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Tinha acabado de chegar na casa do John. Eu e Kat. Rick havia dormido lá. John estava fazendo o café. Acho que cheguei cedo demais. Eu fui com uma mochila cheia de roupas e Kat ia voltar pra casa hoje pra ajudar minha mãe a cuidar de Peter. Acho que ela queria dormir aqui, mas decidiu ir pra casa. Então, trouxe só uma bolsa com a roupa que ia usar mais tarde. Fui pro meu "pequeno" quarto na casa de John. Esbarrei numa mulher. Alta, morena, com cabelos compridos, usava uma roupa de escritório e com uma boca bem chamativa (?) para quem estava indo trabalhar. A observei. Entrou num carro preto e
grande. Tinha um motorista. Mas não era uma limusine.

– Quem é essa garota aqui? - Me virei rapidamente. Era um homem alto e forte. Tinha uma aparência séria. Me senti pequena
perto dele. Também estava todo arrumado.

– Minha amiga. - Falou John. Se levantando da cadeira e vindo na minha direção. Olhou pro homem, que poderia ser o pai dele,
com uma cara séria e não a abaixou até que ele saísse da casa. John o acompanhava com os olhos. Quando o homem saiu eu
perguntei.

– Quem eram eles?

– Não. Quer dizer, ele é meu pai, sim. Mas ela é minha irmã mais velha. Chegou do Arizona semana retrasada. E voltou pro escritório da família.

– Que boca ousada pra trabalhar.

– Ela não sai sem um batom vermelho na boca.

– E porque você falou com seu pai assim?

– Problemas familiares.

Assim que ele falou isso desceu uma mulher, que era a mãe dele. Já sabia, pois já havia visto ela na escola na sala da senhorita Miller, nossa diretora. Nas vezes que eu e ele brigamos feio na escola. Muito feio. Nossos pais foram chamados. Ganhamos suspensão.


Flashback on


– Olha quem ta vindo! A palerma esquisita com cheiro de quem não tomou banho e a Katharinne, aprendiz de piranha.

– Piranha é sua mãe seu infeliz! - Gritava Kat

– Não liga. Afinal, ele que é um palerma esquisito com cheiro de bunda suja. Aah, infantil também! - Gritava eu.

– Olha aqui sua...

– Sua o quê!? - Falei saindo do salto.

– Você se acha no direito de xingar os outros, mas ninguém pode te xingar? Realmente você ta com cheiro de bunda.

– Você que me passou! - Olhava pra ele com uma raiva tão grande que acabei dando um tapa na cara dele. Um tapa tão forte que
ficou muito vermelho. Ele revidou com um tapa também, e doeu.

– Como você tem coragem de bater em uma mulher?

– Mulher? Você é o demônio!

– Sério, você ta mexendo com o que não devia.

– Aé?

– Eu não aguentei. Eu dei mais um tapa e outro e de novo, até que ele me deu um tapa e depois me jogou contra uma árvore.

Fiquei com problemas no osso, mas continuei de pé.


Flashback off


Me contraí ao lembrar disso. Uma lágrima de raiva escorreu. Lembrei que o osso quase perfurou meu pulmão esquerdo.

– O que essa garota está fazendo aqui? - Falou a mãe dele sendo grosseira comigo.

– Mãe, ela é minha amiga agora. Nós nos acertamos.

– Se acertaram, é? Ou foi dinheiro?

– Mãe!

– Senhora Collins, eu peço desculpas por minha atitude naquele dia, mas as coisas mudaram. Somos amigos. - Disse dando a mão
pro John, mas acho que passei a visão errada de amigos pra ela com esse ato.

– Amigos? Sei. - Disse olhando nos meus olhos. Fiquei com raiva dela, mas não iria brigar com ela, a mãe do meu amigo. Ela saiu. Também em um carrão. Fiquei mais tranquila, mas não contive minha raiva depois. Dei um grito enorme. Rick e John se assustaram. E eu corri pro quarto. Bati a porta do quarto e começei a chorar. Kat veio atrás de mim, mas eu a mandei embora. Como aquela mulher tão suja é capaz de dirigir a palavra a mim? Eu odeio ela! Com todas as minhas forças!
ODEIO! Gostaria que soubessem do que aconteceu no restante daquele dia.

Flashback on

– Ei, garota! - A mãe do John me parou no caminho pro carro.

– Queria falar com você, a sós.

– Pode ir, mamãe. Já vou. - Nessa época minha mãe andava.Ela foi pro carro.

– Eu só queria deixar avisado que se você chegar perto do meu filho de novo, se eu te ver perto dele, coisas ruins podem acontecer. E não conta isso pra ninguém se não pessoas boas e que não tem nada a ver com isso podem sair feridas. - Falou, me pondo medo.


Flashback off
Fiquei sem ação diante daquela reação e não fiz nada. Só a deixei ir embora. Nunca imaginei que iria encontrá-la novamente. Escutei alguém batendo na porta. Acho que era a Kat.

– Quem é? - Falei enxugando as lágrimas.

– Kat. Abre amiga. Por favor. - Destranquei a porta e ela entrou. - Por que essa reação? É só a mãe dele. Não se preocupe com as provocações. Já sabemos a quem John puxou. - Rimos. - Estamos acostumadas, lembra?

– É, mas tem uma coisa que eu nunca contei pra ninguém, e preciso te contar.

Contei a Kat o que havia acontecido naquele dia. E ela também ficou sem reação. Disse que eu precisava denunciar e tudo, mas falei pra ela que não podia denunciar a mãe do meu amigo e por algo que não tenho provas. Ouvi um barulho. Quando eu olhei, John estava na porta escutando tudo.

– John! Olha desculpa. Eu não devia ter contado pra ninguém, só vou prejudicar sua família. Desculpa! - Falei começando a chorar novamente.

– Ei ei ei ei, não se preocupa. Não é sua culpa. Não foi você quem ameaçou. - Falou me abraçando.
POV John
Ouvi a conversa da Anne com a Kat. Fiquei furioso com a minha mãe. Ela não tinha o direito de fazer aquilo. Mas devia ter desconfiado. Ela é assim. Faz essas coisas. Esbarrei na porta sem querer e a Anne me viu e começou a pedir desculpas. Me deu uma vontade de gritar com ela e perguntar por que ela não havia me falado isso antes, mas diante da situação eu preferi deixar de lado. Ela era uma das únicas pessoas que eu podia confiar. E a culpada disso tudo era minha mãe. Depois eu resolvia tudo com a minha mãe.
POV Anne
Depois de calma, desci as escadas e continuei fazendo o que eu estava fazendo antes. NADA. Sentei no sofá e assisti televisão quase que a manhã inteira. A tarde o pessoal do buffet chegou e ocupei minha mente com as arrumações. Eles se aproveitaram de TODA A COZINHA e não conseguia nem beber água direito. Fui na padaria comprar um pãozinho e fazer um lanche que a coisa estava realmente impossível! Quando voltamos, a varanda perto da piscina já estava toda arrumada pelas arrumadeiras, tadinhas, vão sofrer amanhã. Fui me arrumar, já eram quase sete horas da noite e a festa poderia durar até sete
horas da manhã se dependesse do John e do Rick. Loucura! Iria no máximo até as 4 horas. Quando eu estava quase pronta, Kat decidiu tomar banho pra se arrumar. ô garota atrasada! Mas no final das produções... Eu estava linda (Roupa da Anne) e a Kat também (Roupa da Kat).

Os convidados começaram a chegar e o DJ tava atrasado. Peguei meu pen-drive com músicas e pus no micro sistem da sala dele. Ficou uma loucura pois as músicas não estavam em boa qualidade, mas com a quantidade de bebida e comida que tinha na festa acho que nem ligaram. Já tinham mais de 100 pessoas pela casa. Os cinco quartos estavam trancados e só os banheiros internos e da piscina que estavam acessíveis. O quarto de hóspedes havia virado um depósito de bebida e comida. O DJ acabara de chegar. Agora sim a festa começou a bombar! Tava todo mundo dançando, cantando, pulando, bebendo, comendo, indo ao banheiro... A secretária doméstica, Carla, havia contratado duas empregadas para limpar a bagunça enquanto a festa rolava.
Estava incrível! Eu estava adorando até que vejo que já são quase quatro horas da manhã, o horário previsto pra acabar.

– Kat, viu o John? - Gritei no meio da pista de dança. Ela nem me deu bola.

– Ash, cadê o John?

– Não sei. - Respondeu ela.

– Ben, sabe onde o John e o Rick estão?

– Eles estavam pegando mais bebida, ai a Rafaella Cardoso chamou o Rick e depois o Rick foi falar com o John. Acho que teve algum problema.

– Ai meu Deus.

O que será que aconteceu? Procurei ele em todo que é lugar até os quartos eu destranquei pra procurá-lo. Só havia esquecido do jardim. O problema devia ser na entrada. Será que havia penetra tentando entrar? Já tinham mais de 300 pessoas na festa! Quando cheguei eu não acreditava no que eu estava vendo. Tá, eu bebi um pouquinho, mas nem tanto pra ter alucinações. Não essas alucinações que estavam ferindo meu coração. Eu senti uma raiva junto com uma lágrima escorrendo. Ele dizia que gostava de mim, disse que seria fiel até eu dizer que não queria nada com ele. Me fez tantas promessas que o fiz prometer que não prometeria mais nada pra mim até eu decidir como me sentia bem: namorando-o ou não. Apenas aquela amizade colorida que tínhamos. Isso mesmo. Tínhamos do verbo não ter mais. A partir dali, daquela imagem, eu nunca mais falaria com ele. NUNCA MAIS!

– O que é isso? - Gritei já chorando.

– Anne? - Falou a Rafaella com um sorisso na cara. - Por que ta assim? Achei que não tivessem nada.

- Claro que você sabia. Nós tínhamos algo sim, até você chegar e estragar tudo. Você é uma piranha! - Dei um tapa na cara dela e vi que o John se contraiu no tapa. Ele não gostou.

– Anne para! Não bate nela.

– Pode deixar John, já vou te deixar sozinho com sua namoradinha. Se você bebe e faz besteira o problema é seu. Mas eu não vou deixar de me divertir por sua causa, por tentar ser fiel a você. Você não merece. - Deixei Rafaella toda vermelha de tanto tapa. E saí.

Fui pro bar. Bebi de tudo que tinha. Fiz tudo o que eu quis até me lembrar de sair da casa dele. Fiquei andando por aí até ver aquela rua escura onde eu guardava tantos segredos.


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Notas finais do capítulo

Gooooooooooooooostaram? Mandem reviews! XOXO



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