In Love With Her escrita por naty


Capítulo 17
Recordações e Promessas


Notas iniciais do capítulo

**Capítulo reeditado e revisado em 20/07/2017**

Gaaatas! Quanto tempo :/
saudades de vocês meninas!
tô de volta com mais um capítulo, espero que gostem (se ainda tiver alguém lendo né ¬¬')



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MANUELA

Depois que a Duda foi embora, olhei ao redor do quarto com um sorriso bobo brincando no canto dos lábios. Lembrei-me do seu embaraço quando apertei seu bumbum e gargalhei sozinha. Minha garota era toda tímida quando as coisas começavam a ir um pouco além, ou seja, quando o clima começava a esquentar um pouco, ela logo dava um jeito de me jogar um balde de água fria pra ajudar a apagar o fogo.

De uns tempos para cá, eu não estava mais conseguindo me controlar completamente quando estava com ela. Sempre acabava sobrando uma mão para um lado, um beijo mais ousado para o outro... Tinha que ir com calma com a Eduarda, era o primeiro relacionamento dela, e eu queria fazer tudo certo para não assustar ou magoá-la.

—- Essa garota não sai mais daqui, não? – assustei-me com a voz ríspida da minha mãe, que entrou sem bater em meu quarto.

—- Ela é minha amiga, o que a senhora esperava? – respondi, usando o trunfo de não ter revelado a identidade da minha namorada quando acabei contando a ela que tinha uma.

—- Nada, Manuela, absolutamente nada. O almoço está pronto – disse retirando-se.

Tomei um banho e fui em direção à cômoda que sustentava minha TV, um DVD e um videogame que eu quase nunca usava. Abri uma gaveta procurando uma blusa qualquer para vestir. Distraí-me quando vi, largada no fundo, uma camiseta vermelha, estampada com algumas flores e com uma grande mancha de tinta amarela. Com a pequena camiseta em mãos, deixei-me levar por recordações:

 

 

 

"– Manu, venha almoçar, deixa o seu pai terminar a parede – chamou minha mãe da cozinha.

—- Espera só mais um pouquinho, mãe, a gente já tá terminando – falei, pegando o pincel e voltando a “trabalhar” na parede do quartinho de bagunça.

Escutei uma risada às minhas costas, quando, de alguma forma, deixei que caísse tinta na camiseta que tinha acabado de ganhar no dia anterior, que fora meu aniversário de 11 anos. Virei-me para a fonte do som com uma cara de quem tinha feito algo errado, e meu pai começou a gargalhar alto, olhando para mim.

—- Pai! Não tem graça, a mamãe vai me matar – exclamei apavorada, arrancando mais risadas do homem de rosto jovem e cabelos tão negros quanto os meus, que parara de pintar a outra parede para me observar.

—- Nina! – chamou por minha mãe – Venha aqui um minuto!

Estou ferrada – pensei

—- Que foi? Ela tá fazendo pirraça de novo pra não ir comer? – ouvi a voz risonha da minha mãe aproximando-se pelo corredor

Rapidamente me virei de volta para a parede e fingi concentração na pintura para que ela não visse o estrago na blusa.

—- Manuela – chamou meu pai

—- Eu

—- Deixa sua mãe ver a blusa, meu anjo – ele falou carinhosamente

—- Não

—- Ela não vai fazer nada, eu prometo.

—- Promete mesmo? – perguntei incerta, enquanto minha mãe continuava em silêncio, sem entender o que havia acontecido.

—- Prometo

Lentamente voltei-me para eles, com a minha melhor cara de criança arrependida.

—- Por favor, mãe, não fica triste comigo, foi sem querer – supliquei, me aproximando.

Vi uma expressão séria, indecifrável, se formando no rosto da minha mãe e já estava me preparando para a bronca quando um largo sorriso tomou seu lugar.

—- Eu não vou ficar triste com você, Manuela, acidentes acontecem – falou, me deixando mais que aliviada – Mas eu disse para não usar essa blusa, né, sua teimosa?

—- Você disse... E eu não escutei... De novo – falei abaixando a cabeça

—- Bebê, vem aqui – chamou meu pai, indicando para que eu me sentasse em seu colo, na cadeira de onde ele observava a conversa em silêncio.

—- Pai! Eu não sou mais um bebê! Esqueceu que eu já fiz 11 anos? – disse, mas me sentei em seu colo da mesma forma.

—- É mesmo, você agora é uma mocinha, tinha me esquecido disso – riu – Não te disse que a fera não ia fazer nada? – completou olhando de soslaio para a minha mãe, que cruzara os braços e nos olhava

—- Mas eu fiquei com medo de ela ficar chateada comigo, eu sou tão desastrada! E devia ter ouvido quando ela disse pra eu não usar minha blusa nova

—- Devia mesmo! – falou mamãe com uma falsa expressão de brava que não convencia a ninguém, justamente por exibir também um sorriso tranquilo

—- Desculpa, mãe, da próxima vez eu te ouço

—- Duvido disso – respondeu rindo – Você é igualzinha ao seu pai, nenhum dos dois me ouve

—- Eu tô sempre fazendo tudo errado, sempre decepciono vocês.

—- O que é isso, meu amor? Todo esse drama por uma blusa?

—- Não, papai, eu estou falando de tudo que eu, querendo ou não, acabo fazendo errado e deixando vocês dois chateados comigo.

—- Querida, posso te contar um segredo? – perguntou minha mãe, e eu assenti curiosa – Mas não é pra contar pra ninguém!

—- Não vou contar! Prometo! – afirmei

—- Tudo bem então: Nada do que você fizer vai nos deixar bravos de verdade com você, meu anjo, é claro que vamos puxar sua orelha quando necessário, colocar de castigo, ralhar um pouco, umas palmadas de vez em quando também não fazem mal...

—- Acho que ela já entendeu – falou meu pai rindo

—- Enfim... Manu, nós somos seus pais, te amamos do jeito que você é, e nada pode mudar isso, só quero pedir que você seja sincera conosco, não importa o que aconteça. Não tente nos esconder algo por medo, como ia fazer com a camiseta, você pode sempre confiar na gente – disse minha mãe com um enorme sorriso no rosto.

—- Vocês prometem? – perguntei olhando de um para o outro

—- Nossa... Quantas promessas nesta família – disse papai, que levou um cutucão da minha mãe

—- Nós prometemos! – disseram juntos"

 

 

Voltei ao presente com uma pequena lágrima querendo escorrer do meu olho por lembrar da promessa que me foi feita.

—- Vocês prometeram... Mas parece que não se lembram – sussurrei, enxugando o rosto e indo para mais um almoço mortalmente silencioso com a minha mãe. 

Mais tarde naquele dia, dona Marina brigou novamente comigo quando viu a camiseta que eu tinha deixado jogada sobre a cama. Mas não parecia mais ter importância, de qualquer forma.

 

 

EDUARDA

 

—- Jessica! -gritei quando cheguei em casa, e ela respondeu-me também gritando.

Fui até seu quarto, onde ela se arrumava para a escola, e me sentei na cama, observando-a.

—- Adivinha quem me ligou hoje? – perguntei

—- Duda, eu não tenho bola de cristal, como vou saber?

—- Ai, sua grossa! Magoou, tá? – brinquei – Mas falando sério. O Diogo voltou!

—- Não brinca! E o que ele falou? Ele tá bem? Ele vai vir aqui? Onde ele tá? – desatou a perguntar sem parar

—- Ei, calma. Ele tá bem, quer que a gente se encontre com ele mais tarde, mas eu preciso te pedir uma coisa: não conta nada pra mamãe nem pro papai.

—- Tudo bem, mas por que eles não podem saber?

—- Eu não sei, o Diogo disse que depois conversa com eles ou algo do tipo – expliquei.

—- Isso tá mal contado – suspeitou

—- Eu sei, também acho, mas só encontrando o Diogo pra saber, né?

—- Bom, vamos almoçar logo que eu tô morrendo de fome.

—- Pode ir, vou trocar de roupa. E vê se vem direto pra casa depois da escola, pra gente não se atrasar.

—- Tá bem!

Passei o restante do dia na expectativa de encontrar meu irmão. Arrumei a casa numa disposição incomum. Joguei videogame, entrei na internet, comecei a ler o livro que tinha ganhado, e nada de o dia passar rápido.

Finalmente eram cinco da tarde, e Karina - ela fez questão de me lembrar novamente - ligou confirmando se iríamos ou não.

 

Estátuas e cofres e paredes pintadas

Ninguém sabe o que aconteceu

Ela se jogou da janela do quinto andar

Nada é fácil de entender

Dorme agora, é só o vento lá fora...

 

Saí do banho cantando Legião Urbana e olhei para o relógio de relance enquanto vestia minhas roupas.

—- Quase seis, a Jéssica já devia ter chegado – falei ansiosa por rever meu irmão... ou irmã... cara, isso era tão confuso!

Havia ligado para a minha mãe avisando que Jéssica e eu iríamos para a casa da Márcia. No final de tudo, decidi contar a verdade... ou parte dela. Ocultei apenas o pequeno detalhe de que meu irmão também estaria lá conosco.

Ouvi a porta da frente bater quando amarrava os cadarços dos meus tênis.

—- Jéss? É você? – perguntei, já saindo do quarto

—- Não, eu sou apenas uma versão mais bonita e melhorada da sua irmãzinha! Mas espere um pouco... eu estou igualzinha... É mesmo, esqueci que não dá para melhorar o que já é perfeito. – respondeu rindo

—- Ótimo, temos mais uma palhaça na família! Vai logo tomar banho, já estamos atrasadas – falei dando um tapa de brincadeira em seu bumbum e empurrando-a para subir as escadas – E não demore!

Cerca de quarenta minutos depois, tocávamos o interfone do apartamento de Márcia, que logo liberou nossa entrada.

Eu estava ficando um pouco nervosa, não só pelo fato de rever meu irmão depois de tanto tempo, mas também por saber que não conseguiria esconder dele que estava namorando a Manuela, ele me conhecia bem demais. E, para piorar um pouco as coisas, ainda tinha a Márcia...

Assim que bati na porta, Jéssica já foi correndo para abraçar a antiga babá. Assim que conseguiu livrar-se da garota que já se sentava folgadamente no sofá, Márcia me olhou com um sorriso.

—- Dudinha! – adiantou-se, me abraçando forte e me dando um beijo mais demorado que o necessário na bochecha

—- Oi, Márcia – respondi sem muito entusiasmo, mas ela pareceu não se importar, puxou-me para dentro, fechando a porta logo atrás de si.

—- Senta aí, Duda. Já disse que a casa é de vocês - disse indicando um sofá e sentando-se no outro.

Sentei-me e olhei à minha volta, a casa dela tinha mudado um pouco desde a última vez que eu estivera ali. Em algumas paredes, havia alguns quadros com réplicas de pinturas famosas. Márcia sempre foi muito apreciadora das artes clássicas, portanto, não me assustaria se no canto da estante, onde ficavam alguns CD’s e DVD’s, eu encontrasse Chopin, Beethoven ou Strauss.

Saí de meus devaneios e finalmente lembrei o verdadeiro motivo de estar ali.

—- Diogo? – perguntei.

—- Ah, sim! Karina está no banho, velhos hábitos nunca mudam – respondeu Márcia rindo.

—- Por que eu não estou surpresa? – Jéssica acompanhou-a na risada.

Dei também um pequeno sorriso: se eu bem conhecia meu irmão, ele estaria no banho há mais de uma hora.

—- Quanto tempo?

—- Uma hora e... treze minutos – disse olhando o relógio no pulso

—- Que folga! – exclamei rindo

—- Eduarda Ribeiro, de quem a senhorita está falando? – ouvi uma voz feminina às minhas costas

—- D-di-Diogo?


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Notas finais do capítulo

Um milhão de desculpas vezes 524665
quase dois meses sem postar! ocupada? um pouco, como eu disse, agora tô trabalhando, mas isso não me impede de postar, na verdade eu tive foi um enorme bloqueio criativo misturado com um bolo enorme de problemas pessoais...
mas, ano novo vida nova, tô de volta com a estória e a criatividade! 2013 vai ser o MEU ano, não pq eu espero muito dele, mas pq eu vou fazer acontecer, não espero nada desse ano, oq eu quiser eu corro atrás... primeira coisa que eu fiz qnd acabou o feriado foi sentar na frente do computador e escrever esse capítulo
Não se preocupem, não vou, de modo algum, abandonar a estória, até pq ela é meu xodó, tem muito de mim no que escrevo aqui e eu não quero deixar isso para trás. Tenho já alguns capítulo prontinhos, porém, não estão na ordem de postagem... mas eles são garantia de que a estória continua kk'
Antes tarde doq eu nunca: FELIZ ANO NOVO A TODAS VOCÊS, QUE VCS FAÇAM ESSE ANO VALER A PENA E MARCAR NA VIDA DE CADA UMA, FELICIDADES, CONQUISTAS, AMOR... ENFIM, TUDO DE BOM PRA FAMÍLIA DO BREJO KKKK
aproveitando a nota final enoorme que já tá, quero agradecer todas e á cada uma de vcs que acompanha, lê e comenta aqui... significa muito pra mim
bjos e bjos e até a próxima gatitas
p.s Pra quem reparou, aniversário de um mês da Duda e da Manu chegando nos próximos capítulos... quero sugestões pra escrever algo legal... músicas, situações, oq vcs acharem que possa fazer o capítulo ficar legal...



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