Gotta Be You escrita por Directioner


Capítulo 3
When you smile..


Notas iniciais do capítulo

neew (: aproveitem;



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Eu acordava de madrugada, olhava pra janela, a chuva parava, e voltava, e parava e voltava, foi nesse vai e vem de chuva, parecia que eu nunca ia sair dali, e eu já estava achando que estava incomodando naquela casa.
Anne, mãe de Harry, chegou de madrugada, toda molhada por sinal, eu só ouvia o desespero dela quando viu que estava chovendo muito, tipo, muito mesmo. Ela provavelmente não sabia que eu estava aqui, então eu sai dos braços de Harry, bem devagar e coloquei o travesseiro. Peguei minhas coisas e fui pra casa, chovendo mesmo. Fiquei com pena da Anne, ela tava desesperada por uma chuva dessas, imagina se ela souber que eu estava ali? Ela ia ficar pior. Imagina que louco: Tá caindo o mundo e você ainda tem uma penetra na sua própria casa?
Sai sem fazer nenhum barulho, ninguém ouviu nada, só que eu, a retardada ambulante, deixei cair meu celular quando estava na porta que fez um barulho de um trator, porque caiu na posição do botão de volume, que foi para o silencioso, o fazendo tremer. Ouvi alguém andando, eu peguei meu celular, fechei a porta e sai correndo, eu não fazia ideia por qual caminho ir, então decidi voltar para o parque pra fazer o trajeto de volta a minha casa.

*Part of the story of Harry in the dream on*
Eu, sinceramente, não acreditava que a tinha em meus braços. De alguma forma, ela ficava linda dormindo, eu estava odiando sentir isso e não poder dizer. Eu não sei por que a beijei, não sei por que fiz uma guerra de pipoca e também não sei por que fiz cócegas nela e depois disfarcei do pior jeito do mundo: como se nada tivesse acontecido. Aquilo me deixou mal, eu queria olhar pra ela e dizer o que sentia, mesmo que aquilo fosse uma babaquice minha, mas eu queria dizer.
Eu acordei de madrugada com um barulho, me dando conta de que eu estava abraçado a um travesseiro. Eu queria saber onde ela estava, e porque ela tinha sumido. Eu decidi sair pra ver onde ela estava. Eu precisava saber por que ela foi embora desse jeito.
Eu sai correndo, a chuva batia nas minhas costas e a deixava dolorida, mas eu não estava ligando para as minhas costas, eu queria saber dela, queria saber para onde ela foi. Eu pensei que ela deveria ter ido para o parque e depois pra casa dela, eu não fazia idéia. Cheguei ao parque e ela estava quase entrando na rua que da para sua casa.
- Gabi..
* Part of the story of Harry in the dreamoff*

Eu ouvi alguém me chamando, muito longe. Era Harry, que vontade de socar esse garoto cara, tava tudo certo, eu tava voltando pra casa, não queria incomodar em nada, mas o retardado vem atrás.
- Gabi, me espera cara.
- Harry? Porque você ta aqui cara, ta caindo o mundo aqui, porque você veio?
- Te pergunto o mesmo. – Ele parecia cansado de tanto correr, estava com falta de ar e respirava rápido.
- Cara, ouvi sua mãe chegando cansada, e não quero mais ficar lá incomodando.
- Já disse que não incomoda.
- Mas é claro que incomoda Harry, só me explica porque você fez cócegas, fez guerra de pipoca e depois voltou ao normal? Como se nada tivesse acontecido? Cara pra mim eu estava te incomodando, até demais.
Não queria mais discutir, estava encharcada, queria ir pra casa. Só havia nós dois, no meio da rua, chovendo. 
- Eu.. É que..
- Até amanhã Harry.
Sai andando e Harry pegou no meu braço, me virando, deixando seus olhos cada vez mais pertos dos meus.
- Se você não gostou, a gente pode voltar e refazer isso.
Eu dei um sorriso, e tava odiando aquilo, eu não gostava dele, como um amigo sim, mas mais do que isso não. Ou será que sim?
Nós voltamos pra casa, Anne estava no sofá esperando Harry, ela estava preocupada.
- Isso são horas Harry Styles?
- Se estiver numerado de 1 à 12, e se tiver ponteiros, eu acho que são horas sim.
Tive que me conter, ele era um palhaço, eu odiava rir em momentos sérios.
- Harry, eu estou falando sério. Se você quer sair, me avisa, beleza, deixa um bilhetinho ou algo assim. Eu sou mãe, e é horrível se sentir preocupada.
- Sei como é cara. – Senti uma leve indireta no ar, sei lá.
- Ah, que fofa, qual seu nome amor?
- É Gabriela. – dei um sorriso tão simpático que eu queria me abraçar, só isso.
- O meu é Anne, fique a vontade ok? Se for pedir alguma coisa, peça para mim, porque esse ai, é preguiçoso demais.
- Obrigada! E sim, ele é preguiçoso mesmo.
- Desculpa perguntar, mas o que os dois estavam fazendo lá fora.. na chuva? – era impressionante como toda família vê duplo sentido nas coisas, lindo isso, nossa.
- Ah Anne, é que eu estava..
- Me ligando, pra avisar que estava na rua quando começou a chover e não tinha lugar pra ficar, então fui lá buscar ela- Harry era tão bobo, tão bobo. Ele falou tão rápido de um jeito engraçado e depois deu um sorriso enorme no final da frase, eu queria rir.
Anne olhou torto para Harry, mas no fundo ela acreditou, ela nos deixou ir e fomos pro quarto de Harry, ele pegou mais uma muda de roupa e eu estava me sentindo a Beyoncé no show dela, trocando de roupa umas 5474564654667286463 vezes. Nós trocamos de roupa e sentamos na cama, um de frente para o outro, tentando pensar no que fazer, afinal, depois de tudo isso, a gente perdeu o sono. Decidi pegar meu celular, depois dessa chuva toda, eu queria ver se ainda estava funcionando. Ligou normal e fui jogar um jogo, tava tudo escuro, a luz do meu celular iluminava meu rosto, e parte da luz ia para Harry, me fazendo perceber que ele olhava pra mim. Desliguei o celular, a bateria estava fraca, ficamos num silêncio profundo até que eu finalmente resolvi falar alguma coisa.
- Harry.. Me fala uma coisa?
- Sim.
- Eu me senti muito mal quando isso aconteceu, então eu quero esclarecer tudo, ok? Porque o beijo? Porque as pipocas e porque as cócegas? E ainda, porque depois disso tudo, a gente esta agindo como se nada tivesse acontecido?
- É difícil pra eu falar isso, mas eu senti algo estranho naquela noite, no parque, eu te encarava e não queria mais saber de mais nada, eu queria você, desde aquele momento. Mas a gente se conheceu ontem, e eu não quero correr com as coisas, sei lá, eu não sei o que dizer.
Eu não sabia o que dizer, não sabia quais palavras usaria. As palavras sumiram quando eu mais precisei.
- Cara, a gente se conheceu ontem, tem noção do quanto isso ta sendo rápido, e do quanto rápido a gente foi ficando íntimo? Eu te conheci ontem e to na sua casa hoje, isso é estranho.
- Isso te incomoda?
- Incomodar não, mas é estranho Harry, eu mudei pra essa escola porque todos me zoavam, não tinha amigos, eu só tinha o Josh que ainda esta na primeira escola que eu passei. Eu só tinha estudos e zoação, e Josh como um melhor amigo, e eu não podia ficar presa apenas a ele. Quando vi que nós fomos nos tornando amigos, isso me deixou feliz e ao mesmo tempo preocupada Harry, porque eu não sabia se amanhã eu teria esse amigo de hoje, eu não tinha certeza de nada.
- Porque te zoavam? 
- Motivos pessoas.
Apesar de estar escuro, Harry sabia como eu estava naquela hora, eu abaixei minha cabeça, as mechas da minha franja cobriram meu rosto e Harry as trouxe de volta para trás da minha orelha.
- Se fosse pessoal, eles nunca saberiam. Me diz o que foi, eu quero te ajudar, eu quero ser esse amigo que você nunca teve.
Eu queria chorar, as coisas estava muito confusas pra mim, eu não sabia o que falar, não sabia se eu ria, se eu chorava, se eu ficava em silêncio e apenas falava que eu não queria dizer. Eu estava totalmente confusa.
- Gabizinha.. Deixa o papai aqui te ajudar.
Eu soltei uma gargalhada baixa e gostosa, ele sorriu de um jeito tipo: ‘consegui’.
- Cara, como eu vou saber se você vai estar aqui amanhã, dizendo as mesmas palavras: eu estou aqui.
- Eu estou aqui para você, eu quero sempre ficar aqui com você.
- Cara, eu não sei se é uma boa ideia..
- Diz pra mim, eu to aqui.
- Tá, lá vai. Uhf uhf uhf. Eu me corto, e todos saem dizendo que eu sou a suicida, que eu sou a brasileirinha que se corta.
Harry já estava com os olhos cheios d’água, eu não queria ver ele assim, os problemas eram meus e parecia que estavam virando dele. Isso me fez mal, muito mal.
- E é difícil sair por ai com um sorriso falso.
- Quer que ele seja verdadeiro? – Harry me beijou pela 2435654654, aquilo estava me fazendo mal, eu queria saber o porque disso tudo, eu ainda estava confusa.
Ele terminou o beijo e continuou olhando pra mim, esperando a resposta.
- Me explica o porque disso tudo? Eu não sei o que dizer cara, isso ta confuso pra mim.
- Cara, só diz que vai ficar comigo pra sempre?
- Se depender de mim pra sempre, mas Harry, porque isso cara?
- A gente se conheceu ontem, mas pra mim faz anos, eu quero você, só isso.
Eu, definitivamente, estava sem palavras. Ele estava me pedindo em namoro, eu não sabia o que falar, eu estava totalmente nervosa e sem reação.
- Não precisa dizer nada, só seja minha, só isso.

* Part of the story of Harry in the dream on*
‘HARRY, O QUE DEU EM VOCÊ GAROTO? VOCÊ MAL CONHECE ELA, E JÁ SAI PEGANDO? POR FAVOR NÉ STYLES.’ Eu repetia isso na minha cabeça enquanto ela pensava no que dizer. Eu não sei o que deu em mim cara, eu só queria ela, só isso, e ela tava confusa, eu não queria fazer isso, eu to confuso também, sei lá, só quero um sim.
* Part of the story of Harry in the dream off*

- Harry.. err..
- Se for sim, você aperta a minha bochecha, se for não, você me dá um tapa, ok?
- Cara, você é um retardado, mas agora você passou dos limites, sério.
- Aperta minha bochecha logo.
Apertei a bochecha dele e, me puxando pelo pescoço, ele me deu outro beijo, (já até perdi a conta, mas ok.) só que um forte e ao mesmo tempo fraco, um lento e ao mesmo tempo rápido, era como a chuva lá fora.
Ficamos ali, nós dois, um do lado do outro, esperando clarear, pra ver o que íamos fazer da nossa vida.


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Notas finais do capítulo

@zaynsmiling (:



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