Lembranças De Um Verão escrita por Sarah Colins


Capítulo 30
Capítulo 29 – Escapada


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos leitores, tudo bem? Como foi o fds?
Como prometido o capítulo de hoje está bem mais empolgante que o anterior. E digamos que dei uma apimentada nas coisas. Espero que gostem ;)



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Quando Percy havia dito “longa caminhada” ele não estava exagerando nenhum pouco. Andamos, andamos e andamos. Pelos meus cálculos já passávamos dos oito quilômetros. Acho que nunca tinha adentrado tanto assim na floresta do acampamento. Seria o momento de lembrar a Percy que havia monstros ali? Ele ainda matinha a mesma empolgação de quando deixamos os chalés. Eu não queria cortar o seu barato. Era melhor não falar nada, ele devia saber o que estava fazendo.

Continuamos caminhando por mais alguns minutos. O sol já estava quase se pondo. Quando enfim Percy começou a diminuir a marcha percebi um barulho de queda d’água. Mais alguns passos a frente, quando alcançamos o topo de uma pequena colina, eu pude ver de onde vinha o barulho. Poucos metros a frente havia uma linda cachoeira. Perto da água, em cima de uma pedra imensa que cobria quase toda a borda, havia uma pequena barraca de camping montada. Perto dela havia algumas madeiras empilhadas e também cadeiras de praia.

Me senti uma boba ao perceber que meus olhos se enchiam d’água. Ele tinha preparado tudo aquilo para mim. Era tão simples e ao mesmo tempo tão perfeito. Aproveitei para secar as lagrimas dos olhos enquanto Percy ia mais a frente segurando minha mão. Ele nos conduziu até a barraca e quando chegou lá deixou sua mochila no chão. Eu fiquei parada só admirando aquela paisagem maravilhosa.

- Então, gostou da surpresa? – disse ele com expectativa.

- Seu eu gostei? – disse num tom de fascínio – Não, eu não gostei. Eu simplesmente amei! Como conseguiu preparar tudo isso tão rápido?

- Digamos que tenho meus contatos – disse ele fazendo cara de metido. Depois ele riu e se aproximou de mim por trás. Colocou os braços em volta da minha cintura e ficou olhando na mesma direção que eu – É lindo, não é?

- Muito! A natureza é a melhor arquiteta que existe! – ele riu do meu comentário.

- Tem razão. Mas sabe, nada disso teria graça se você não estivesse aqui comigo – ao falar aquilo ele encostou a boca em meu ouvido. Me arrepiei da cabeça aos pés e sorri.

- Já disse que não vou assumir uma culpa que é sua, cabeça de alga! – ri ao dizer aquilo. Levei uma mão até seus cabelos enquanto a outra repousava sobre a sua em minha barriga – Obrigada por me trazer aqui e por preparar tudo isso! Nem sei como poderia retribuir a tanto.

- Mas eu sei – disse ele num tom travesso e maquiavélico – mas antes deixa eu acender essa fogueira para não morrermos de frio.

Desde quando Percy sabia como acender uma fogueira? Depois que ele começou a empilhar as madeiras eu entendi. Héstia, a deusa da lareira, estava ali. Ela cuidaria para que o fogo se mantivesse aceso a noite toda. Alguns minutos depois o fogo ardia diante de nossos olhos. Me sentei em uma das cadeiras de praia que havia ali e Percy se sentou na outra. Ele pegou sua mochila e tirou de lá um pacote de marshmallows. Ver aquilo me lembrou de nós no barco pescando Peixes-filtros. Resolvi parar de m lembrar daquilo, se não eu quebraria o clima.

Percy pegou dois gravetos finos e compridos que haviam ali perto. Colocou um marshmallow na ponta de cada um deles e me entregou um. Aproximamos as cadeiras do fogo e estendemos os gravetos para “assar” nossos marshmallows. Percy olhava para a fogueira enquanto eu mantinha meus olhos nele. Sua pele adquiria um tom diferente a luz das chamas. Não entendia por que, mas aquilo fazia com que ele ficasse ainda mais irresistível. Analisei atentamente quando ele trouxe o graveto de volta e assoprou o doce que estava levemente chamuscado. Ele tirou aquela casquinha preta queimada de cima, deixando apenas a parte branca cremosa. Quando ele colocou o doce na boca eu mordi o lábio reprimindo qualquer exclamação que pudesse escapar de minha boca. Era a cena mais sexy que eu já tinha visto.

Voltei a atenção para o meu marshmallow que a essa altura já estava mais torrado do que deveria. Assoprei rapidamente para que ele não virasse carvão puro. Tirei a parte queimada e comi o resto. Percebi que Percy me fitava da mesma forma que eu tinha feito com ele. Fiquei sem graça imaginando que eu não deveria ter tido nem um terço da sua “sensualidade” para fazer aquilo.

- Tá sujo aqui, amor – disse ele apontando para minha boca. Mas antes que eu pudesse limpar ele segurou minha mão e foi se aproximando – deixa comigo.

Mal conseguia me mover enquanto ele aproximava sua boca da minha. Ele passou a linha mais devagar do que o necessário logo abaixo do meu lábio inferior. Depois emendou um beijo de tirar o folego. Deixei o graveto e os marshmallows de lado e envolvi seu pescoço com meus braços. Sem que eu me desse conta minhas mãos percorreram suas costas e seguraram sua camiseta para tirá-la. Porém Percy refreou-nos, segurando minhas mãos e parando o beijo aos poucos. Fiquei sem entender nada quando ele se afastou.

- Calma amor, temos muito tempo pra isso – disse ele enquanto segurava minhas mãos e depois as beijava – Quero te mostrar algo antes.

- O que? – dizia tentando controlar a minha ânsia de agarrá-lo de uma vez.

- Isso – ele tirou uma caixa de dentro da mochila. Ela tinha um grande laço vermelho em cima. Será que eu tinha me esquecido de novo de alguma data importante? Tentei me lembrar, mas nada me vinha a cabeça – espero que goste.

- Está querendo que eu fique te devendo um presente de novo é? – disse em tom de brincadeira enquanto pegava a caixa e começava a abri-la. Dentro havia uma camisola, muito curta e um pouco transparente. Não pude deixar de ficar vermelha ao olhar para aquilo.

- Não se preocupe que eu não vou fazer você usá-la hoje. Fica para uma próxima ocasião. Para hoje tenho uma ideia muito melhor.

- Estou com medo de perguntar o que é...

- Não tem o que temer. É só confiar em mim!

-Sabe que confio.

- Sei sim. E tenho certeza que você vai gostar.

Percy se levantou da cadeira onde estava e me estendeu a mão. Segurei-a e me levantei também. Ele me conduziu até bem perto da agua. Ele parou de frente para mim de modo que ficamos os dois de lado para a cachoeira. Ele olhou para aquela imensa queda d’agua e depois olhou para mim.

- Quer dar um mergulho?

- Agora? Mas é de noite e está escuro...

- Melhor ainda.

- Eu não trouxe biquíni e não sei se quero molhar essa roupa.

- Não precisa fazer nenhuma das duas coisas.

- Mas então como... – eu não concluí o que ia falar. Já tinha entendido o que ele sugeria. Fiquei sem palavras. Não sabia o que responder. No fundo eu tinha achado a ideia maravilhosa e me arrepiava só de pensar naquilo. Mas mesmo assim não conseguia responder nada.

Felizmente Percy não precisou da minha resposta. Meu silêncio foi suficiente para que ele entendesse que eu concordava. Então ele se aproximou de mim e começou a tirar minha blusa. Eu apenas levantei os braços para ajuda-lo e logo depois fiz o mesmo com a camiseta dele. Ele chegou mais perto para poder abrir o fecho do meu sutiã e depois deslizou as alças lentamente pelos meus ombros até que a peça caiu ao solo. Tirei meus tênis com os próprios pés e percebi Percy fazendo o mesmo. Ele se encarregou de se livrar do resto de suas roupas e das minhas também.

Eu não me atrevi a olhar o corpo dele, mesmo com pouca luz eu não sabia se conseguiria me conter ao vê-lo como veio ao mundo. Ele por sua vez nem sequer disfarçou, deixando seus olhos passearem por mim demoradamente. Aquilo me deu uma sensação de vergonha e excitação ao mesmo tempo. Ele nem ao menos tinha me tocado eu já estava incendiando por dentro. Peguei em sua mão e fui caminhando em direção à água.

Estremeci quando meu pé tocou aquela água fria. Mas como o tempo continuava bem quente mesmo já tendo anoitecido, eu fui me acostumando conforme ia indo mais para o fundo. Percy apenas me seguiu sem dizer nada. Cheguei num ponto onde a agua batia em nossos joelhos. Fiquei olhando para a cachoeira fingindo estar interessada nela. A verdade era que tendo Percy ali ao meu lado sem nenhuma roupa, nada mais conseguiria prender minha atenção por mais de um segundo. Senti suas mãos quentes tocarem minha cintura então o olhei. Ele aproximou o rosto do meu e encostou a testa na minha. Fiquei mirando sua boca enquanto ele passava seu nariz de leve contra o meu.

- Já te disse o quanto você é linda?

- Pare com isso, Percy...

- Por quê? Toda garota gosta de ser elogiada.

- Eu sei, mas fico sem graça e...

- Fica ainda mais linda quando fica sem graça – eu só conseguir rir depois daquele comentário. Suas palavras só conseguiam fazer com que eu o desejasse ainda mais – A água está uma delícia, por que não vamos mais para o fundo?

- Estamos aqui para isso né... – antes que eu terminasse de falar, Percy usou seu dom para fazer as águas da cachoeira nos levar mais para fundo.

Poucos segundos depois estávamos com água até a cintura. Percy me abraçou e aproveitou a vantagem de estarmos parcialmente submersos para me tocar em locais ‘proibidos’. Minhas pernas fraquejaram quando ele alcançou um local específico. Só não cai porque seu braço estava em volta de mim, me sustentando firmemente. Tentei retribuir suas caricias da mesma forma, sem saber direito o que estava fazendo. Sua cara de satisfação dizia que eu estava indo bem e me incitaram a continuar. Mas depois ele segurou meu braço e me fez parar.

- Está querendo me deixar louco?

- Estamos aqui para isso...

- Sabidinha. Mas se continuar assim vai me fazer enlouquecer antes da hora.

- Você pode me enlouquecer antes da hora e eu não?

- É diferente. Eu só vou até certo ponto para te deixar com mais vontade.

- Hmmmmm, não sei se entendi direito – estava só me fazendo de sonsa. Queria era que ele me mostrasse como fazia aquilo. E parece que ele entendeu. Me arrastou até perto de uma parede de pedra me fazendo encostar as costas ali.

- Vou te mostrar.

Percy afundou na água e foi abaixando até chegar próximo ao meu umbigo. Ele beijou essa região enquanto suas mãos seguravam minha cintura. Ele foi distribuindo beijos indo cada vez mais para baixo. Suas mãos acompanharam seu movimento descendo para meu quadril. Eu já estava delirando, mas ele parecia que não ia parar tão cedo. Quando ele segurou minhas pernas e fez com que eu as apoiasse em ambos os seus ombros eu já não respondia por mim. Fixei os olhos e não consegui reprimir os gritos de prazer que escapavam por minha garganta. Ele continuava me atormentando com seus lábios e sua língua fazendo movimentos insistentes. Até que eu alcancei o êxtase total me apoiando na pedra, fazendo um esforço tremendo para não me desequilibrar a cair na água.

Quando Percy voltou a superfície eu ainda lutava para recuperar meu folego e minha consciência. Ele havia me ensinado uma sensação completamente nova e absurdamente maravilhosa. Quando achei que ele fosse me dar um tempo para me recuperar, ele começou a beijar meu pescoço e a descer devagar até meu colo. Suas mãos e sua boca se apoderaram dos meus seios e em questão de instantes meu corpo já estava clamando por mais.

Sem que eu precisasse pedir, Percy levantou minhas pernas colocando-as em volta de seu corpo. Me aferrei aos seus ombros enquanto ele investia lentamente. Suas mãos me seguravam pelos quadris e me faziam ir e vir no mesmo ritmo dele. Sem perceber deixei que minhas unhas arranhassem suas costas. Aquilo pareceu só excitá-lo mais porque ele começou a acelerar o ritmo. Ele sussurrava meu nome próximo ao meu ouvido, enquanto eu continuava deixando que as exclamações de prazer escapassem por minha garganta sem restrição.

Ainda bem que Percy fora esperto e escolhera aquele lugar bem afastado para nossa escapada. Caso contrário os campistas poderiam ter acordado em seus chalés com o grito que dei ao alcançar novamente um maravilhoso orgasmo. Ficamos unidos daquela forma por um longo tempo. Eu o apertava contra mim mesmo já estando quase sem forças. Deixei que minha respiração voltasse ao normal enquanto meu nariz tocava seu pescoço eu sentia o seu doce aroma.  

Depois que tínhamos nos recomposto Percy me carregou no colo até a margem. Ele me deitou na pedra, fora da agua e nós nos amamos de novo. Não importava quantas vezes fizéssemos, ele não parecia se cansar. Uma hora acabei convencendo-o de que precisávamos colocar as roupas de novo e entrar na barraca para dormir. Ele foi, mesmo que de má vontade, e dormimos abraçados ao som da cachoeira.

 Na manha seguinte fui acordada com beijos insistentes e mãos atrevidas que queriam me despir. Tentei resistir aos seus encantos, mas não consegui. Deixe-me seduzir e em alguns segundos ele estava em cima de mim me fazendo suspirar de novo. Infelizmente tivemos que dar uma pausa e deixar o nosso ninho de amor, para voltar ao acampamento. Percy deixou a barraca para que pudéssemos voltar lá na noite seguinte. Isso se conseguíssemos que ninguém descobrisse nosso esconderijo. Iriamos voltar e participar das atividades normalmente. Torcendo para que ninguém nos entregasse a Quíron a acabasse com a nossa festa. 


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Notas finais do capítulo

E ai, gostara de como a coisa está evoluindo entre eles? Comentem e deem sua opinião ok?! ;)
Visitem meu blog se puderem, postei um texto bem bacana lá hoje: http://triipe.blogspot.com.br/
beijos ;**
@SarahColins_ (me siga no twitter para acompanhar as atualizções da fic)