A Princesa Da Neve escrita por Jenix


Capítulo 13
O que estou sentindo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Sei que demorei. Até mais do que o normal, mas a minha prova ta chegando e são mais de cem mil inscritos.. entao, sem tempo mesmo. Só que para evitar a mensagem: essas história está a mais de 45 dias sem atualizar e pode ter sido abandonada pelo autor. Tirei um tempinho para bater.
Qq erro me desculpem. To mega cansada galera.



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Sentia-se rendida. Uma linha misteriosa a prendia aquele ruivo e não se soltaria facilmente. Com o corpo mais relaxado deixou-se escorregar por entre os armários indo de encontro o chão levando-o junto consigo.

Terno e doce.

A língua ganhava terreno de forma sútil e carinhosa. Ela estava, a princípio, nervosa, mas o jeito a qual foi apossada dava toda segurança naquilo que estava fazendo. Por um instante sentiu-se como fora do corpo. Demorou-se para separar a realidade de sonho, sentindo pela primeira vez que o mundo girava. Ou será que ele que a fizera ficar tonta?

Cessado o beijo, manteve-se com a cabeça apoiada ao peito forte. Nada se ouvia nos corredores vazios, além da respiração ofegante. Rukia podia sentir em sua nuca o hálito quente o que lhe tirava toda a coragem para se levantar. Houve sem dúvida, hesitação de ambos em encarar o que ali acontecera. Talvez, por não saberem o que estava se passando.

Quando a coragem os invadiu encararam-se simultaneamente e uma explosão de cores reinou no misto almiscarado e gentil do âmbar com violeta.

Ichigo, novamente, quem tomou a iniciativa, terminando de enxugar os vestígios das lágrimas da face da pequena com as costas dos dedos. - Ela, por sua vez, arrepiou-se pela sensação de sentir a mão quente em seu rosto frio. Ensaiou um pequeno sorriso, que não fez estreia, mas acariciou cuidadosamente a mão que tão gentilmente lhe afanava.

Por mais mágico que tenha sido o momento, como princesa, sabia que sua atitude foi imprudente e, ainda mais, como mulher, por se ela comprometida.

Baixou o olhar como de quem se arrependera de um crime o que se fez notar pelo rapaz a sua frente, que, sem demorar afastou as mãos; tanto aquela que agraciava o rosto, quanto a que tocava gentilmente o joelho. Aos poucos outros sons podiam ser ouvidos e já não se tratava de um lugar somente deles. Talvez, nunca o fora, talvez... Uma ilusão criada pela atração do atrito dos lábios.

Levantou-se primeiro juntando os dedos alongando os braços por cima da cabeça para, logo em seguida, oferta-lhe a mão para a princesa. – Aliais o que diriam de uma princesa sentada no chão por entre os corredores silenciosos do colégio sozinha com um rapaz? – Rukia ajeitou um pouco a roupa e com um aceno discreto agradeceu. Prosseguiram sem mais palavras e ao se darem conta, já estavam frente à sala de aula.

Agiriam como se nada tivesse acontecido. Numa espécie de acordo de vontades, onde não se precisou ser explicitado por eles para saberem que o que aconteceu no corredor morreria em segredo. Estaria tudo bem assim e Ichigo nada reclamaria, já que fora uma atitude impensada de sua parte. E tendo assumido a posição de não envolver-se com a realeza isso seria o melhor a ser feito.

Tocou a maçaneta da porta e empurrou, mas antes de tê-la em sua totalidade aberta, a pequena tocou em sua mão. Ele sentia que ela tremia.

–Algum problema princesa? – Não era necessário tratá-la com tanta formalidade. Isso já era sabido. Todavia, visto posto o ocorrido. Seria melhor manter certa distância. Aliais maior do que a de antes.

–Acho – Tomou fôlego para dizer - que eu te amo. – Falou sem encará-lo e logo ao termino de suas palavras, a porta abriu completamente e Rukia passou direto sem esperar resposta acomodando-se em seu lugar. Ichigo ficou estático à porta até que a professora chamou sua atenção para entrar.

–Ela disse que me... – correu a mão pelos cabelos – que me ama? – não pôde evitar sorrir.



(...)


Ela aguardava diante do luxuoso prédio em tom de verde musgo e Magela ornado com capiteis acobreados que lembrava as rosas desabrochadas em tom rosa perolado. Um dos seguranças veio até o portão e não fez perguntas. Rosto fino, cabelo curto e o ar de superioridade, não poderia ser ninguém mais do que Anawami Senna. Os homens receberam ordens expressas do senhorio a não permitir a entrada de nenhuma garota a não ser ela. Embora, por motivos de segurança, sejam trocados com assiduidade. Não havia quem não a reconhecesse, até porque, das inúmeras garotas as quais Grimmjow levava ao seu lar. Senna era a única com essas características.

Logo depois dela adentrar o prédio ouviu-se um comentário: “lá vai a fraqueza do mestre”.

Conforme seguia os demais subordinados faziam suas reverências e prestavam seus respeitos. Não pode deixar de pensar o quão bom foi o treinamento recebido por eles. Mas isso era justificável. Afinal, seus metres tinham grande prestígio, sendo a mãe de Grimmjow uma das 88º sucessoras da família real.

Sem cerimonia entrou e deparou-se com garrafas, de alguma bebida barata, espalhadas pelo quarto. Uma das coisas que Senna mais detestava no seu colega era o jeito bruto e a sua atração natural por coisas da plebe.

–O que você quer? – embora a aguardasse, foi pego de surpresa, já que olhava sem rumo pela janela.

–Você veio!

–Claro que vim. Não está me vendo? Ou se faz de idiota? Diga logo o que você quer porque quero me demorar aqui.

–Você! – disse sem voltas. Senna revirou os olhos e decidiu ir embora. Porém, foi segurada pelo braço.

–Não estou afim de brincadeira.

–Quem disse que é brincadeira? Eu quero você. E você sabe disso.

–É eu sei. Mas eu não quero você. Agora me solte. – foi justamente o contrário o que ele fez. Segurou-a com ainda mais força trazendo-a para perto.

–Sério Anawami. Não vá embora.

A garota surpreendeu-se. Para Grimmjow chama-la de Anawami alguma coisa séria deveria ter ocorrido. Decidiu ficar. Até porque não seria bom ter seu cachorrinho triste por aí.

–Ele fez alguma coisa dessa vez? Toda vez que o seu pai volta acontece alguma coisa.

–Eu ouvi que eu tinha um irmão. – Anawami não disfarçou o espanto. Ainda mais ao terminar de ouvir a história. Um filho... Um filho antes do Grimmjow. Isso era novidade e porque esconderam isso? Senna sempre desconfiou que o Grimmjow-pai escondia alguns segredos. –Talvez... – ele disse interrompendo o pensamento dela.

–Talvez?... – insistiu em saber

–Talvez seja por isso que ele se mantem tão distante. Porque ele já tem alguém melhor para chamar de filho.

Uma sombra encobriu o olhar do rapaz que afrouxara as mãos deixando com que Senna se soltasse. Era a hora perfeita para ela ir, ele sabia. Mas nunca teve forças para obriga-la a fazer nada.

–Realmente você é um fraco. Por causa de uma coisa insignificante dessas já está todo deprimido? – tomou a direção contrária ao esperado sentando-se a cama. – Ainda encheu a cara com essa bebida barata... Não é de espantar o seu pai preferir o bastardo.

Grimmjow depois de ouvir tudo nem sequer questionou-se porque insistir que ela fosse vê-lo. Sabia que seria assim. Que seria grossa, que não se importaria que o machucasse. - Aproximou-se e ajoelhando de modo a olhá-la nos olhos – Eu nunca serei o suficiente para você, não é mesmo? – Senna apenas cruzou os braços virando a cabeça para o lado. Até que sentiu o peso da cabeça do azulado em seu colo. Não precisou de muito para perceber que ele adormecera. Senna fez cara feia e empurrou a cabeça para que ele saísse de cima, mas nem sequer ele se mexeu. Socou-o para ver se reanimava, mas nada. Então jogou o corpo para trás e esperaria até o seu despertar. Já que não passaria o vexame de chamar os empregados para que eles a vissem nessa situação.

Deitada ela olhou para o criado mundo e não conteve um singelo sorriso ao perceber o porta-retratos dado de presente do ultimo aniversário. Isso porque se esqueceu da data e deu qualquer coisa que lhe veio à mente. – Uma foto de quando tinham sete anos no primário. Que a sua empregada achou entre as coisas que iriam para o lixo. –Então ele guardou mesmo? E disse que jogaria fora... - Olhou mais uma vez a foto – naquela época você já era um idiota. – falava para si enquanto afanava os cabelos dele.

Ele jamais questionaria o fato de querer que ela fosse vê-lo, mesmo sabendo que seria grossa, que não se importaria que o machucasse. Mas ela sempre estaria ali quando ele precisasse e era isso que lhe importava.


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Notas finais do capítulo

Ah gente eu achei que a história hoje foi bem bonitinha.
PS. Após a prova voltarei a postar com mais frequência