Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 7
Capítulo 7 - Cíumes


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/247383/chapter/7

O tio era mais rápido do que ela, pensou Hikari, enquanto corria ao lado de Inuyasha. Não era tão rapido como o papá mas conseguia deixá-la para trás, se ela não tivesse cuidado.

Demoraram um dia a chegarem à mansão, onde Hana continuava a cuidar de Yoru. Foi Jaken que abriu a barreira quando sentiu a presença de Hikari.

- Já estão de volta? - perguntou Jaken, fechando a barreira depois de eles entrarem - Como é que está a Rin? Onde é que está o Sesshomaru-sama?

Hikari explicou tudo o que tinha acontecido - ou pelo menos o que ela sabia que tinha acontecido ou lhe tinham contado - a Jaken e depois à avó, que se encontrava com Yoru ao colo.

Enquanto Hikari falava, Inuyasha olhava para Yoru com as sobrancelhas franzidas. Não gostava da aura que circulava à volta do bebé. Parecia definitivamente perigosa.

- Parece que o teu pai não tenciona voltar até a Rin estar completamente recuperada. - Hana suspirou e olhou para Inuyasha - Hikari, podes sair para eu falar com o teu tio?

Hikari anuiu com a cabeça e saiu, acompanhada por Jaken.

- Senta-te bastardo. - ordenou Hana - Vamos falar.

- Quem é o bastardo!? - com um suspiro, Inuyasha sentou-se em frente a Hana. - O que é que foi?

- Eu sei que também sentiste. - começou Hana, referindo-se à aura que envolvia Yoru - Este bebé não é meio-humano.

- Sim, eu também senti. - confirmou Inuyasha - Mas como é que isso é possível? Se a Rin é a mãe, o bebé tem que ser meio-humano.

- Foi o que eu pensei. - concordou Hana - No entanto, um dos meus servos descobriu que a Rin encontrou-se com uma bruxa no começo da gravidez de Yoru.

- Só as bruxas mais poderosas poderiam fazer com que a parte humana desaparecesse. - disse Inuyasha - E, mesmo que fosse capaz, o bebé não sobreviveria com apenas metade da sua composição original.

- E se, em vez de eliminar completamente a parte humana, a poção fizesse com que o sangue de demónio se tornasse violento perante a parte humana? - sugeriu Hana - Assim não seria a poção a eliminar a parte humana, mas sim as células demoníacas.

- Isso explicaria porque é que o bebé sobreviveu e porque é que a Rin ficou naquele estado. - pensou Inuyasha - Mas isso também significa que...

- Sim. - interrompeu Hana - Se a nossa teoria estiver certa, a criança tornar-se-á violenta contra os humanos.

- A Rin vai estar em perigo! - apercebeu-se Inuyasha.

- Não só a Rin. - disse Hana - A Hikari também vai estar em perigo, uma vez que ela é meia-humana.

- Se esse for o caso, basta encontrar a bruxa e obrigá-la a criar uma poção que reverta os efeitos. - disse Inuyasha.

- Não sei se isso será possível. - Hana começou a embalar Yoru quando este começou a chorar - Se não for, a única possibilidade será levá-lo comigo.

- Acha que o Sesshomaru vai permitir que o leve? - perguntou Inuyasha.

- Se ele achar que a Rin está em perigo, tenho a certeza que ele não vai opôr-se. - disse Hana – Estou mais preocupada com a Rin. Ela não deixará o Yoru tão facilmente.

- Mas, se ele é realmente um perigo, não pode ficar aqui. - adicionou Inuyasha – Talvez o Sesshomaru possa convencê-la.

- Só posso esperar que sim.

...

Depois de saber que Rin acordara, Sesshomaru começou a entrar sorrateiramente pela janela do quarto dela e passava a noite com ela.

Deixava que ela falasse e ficava a ouvir. Quando Rin lhe contou o que tinha acontecido entre ela e a bruxa, Sesshomaru continuou em silêncio e deixou-a acabar a história.

- Rin. - disse ele, depois de ela se calar – Eu sabia que sentirias pressão se viesses comigo. Tu também sabias o que te esperava.

- Eu sabia. - confirmou Rin, fechando os olhos. Tinha a certeza que era agora que ele a deixava.

- Então, porque é que foste contra as minhas ordens e saiste da mansão? - perguntou Sesshomaru – Achavas que eu não ficaria satisfeito com o bebé que carregavas?

- Desculpe. - pediu Rin, contendo as lágrimas.

- A Hikari é a minha sucessora. - lembrou Sesshomaru, desviando os olhos para o chão – Apesar de ela ser energética demais, herdou a tua persistência. Tenho a certeza que ela vai ser mais forte do que os demónios completos. - ele fez uma pausa e continuou alguns minutos depois – Mesmo depois de garantires a minha descendência, concordaste em carregar o meu segundo filho, mesmo sabendo que a tua vida estaria em risco. Porque é que fizeste isso?

- Porque não quero que o Sesshomaru-sama se aperceba o quão inútil eu sou. - confessou Rin, limpando algumas lágrimas que entretanto tinham escapado dos seus olhos – Tenho medo que me mande embora.

- Essa não é a Rin que eu conheço – disse Sesshomaru – Eu perguntei-te se querias vir comigo e tu disseste que sim. Essa Rin tinha confiança de que conseguiria acompanhar-me. Por isso, se eu te perguntasse outra vez, qual seria a tua resposta desta vez?

- Daria a mesma resposta. - garantiu Rin.

- Eu vou deixar-te ficar comigo até decidires o contrário. - disse Sesshomaru – No entanto, não pudemos ficar na mansão durante muito mais tempo. Tu, a Hikari e o Yoru vão estar em perigo. Eles vão precisar que sejas forte.

Rin anuiu com a cabeça.

- Se percebeste, já podes dormir – disse Sesshomaru.

Seguindo as palavras de Sesshomaru, Rin deitou-se e fechou os olhos. Quando acordou, ele já não estava lá. Sabia que ele voltaria durante a hora das visitas.

Durante o dia, Rin obteu autorização do médico para passear pelo hospital numa cadeira estranha com rodas. Conheceu outros pacientes. Algumas, que tinham visto Sesshomaru a entrar ou a sair, elogiaram-na por conseguir alguém tão bem-parecido.

Rin franziu as sobrancelhas, desagradada com aquela conversa e despediu-se rapidamente. Não queria que mais ninguém olhasse para ele daquela maneira. Era a primeira vez que se sentia assim.

Por isso, quando Sesshomaru apareceu, Rin, que continuava com as sobrancelhas franzidas, cruzou os braços e virou a cara.

- Não precisa de vir aqui tantas vezes. - protestou Rin.

- O que é que se passa? - perguntou Sesshomaru, confuso. Era a primeira vez que a via assim.

- Sesshomaru-san. - chamou o médico, que tinha acabado de entrar no quarto com uma cadeira de rodas – Hoje a Rin-san já pode sair da cama. Porque é que não a leva a dar um passeio pelo jardim.

- Nessa coisa? - perguntou Sesshomaru, referindo-se à cadeira de rodas – Parece desconfortável.

- Bem, se tiver outra ideia...

- Eu carrego-a. - disse Sesshomaru imediatamente.

- Isso não seria dificil para si?

Ignorando o médico, Sesshomaru vergou-se e pegou nela, como se Rin fosse tão leve como uma pena.

- Voltarei antes de a hora das visitas acabarem. - disse Sesshomaru, saindo sob o olhar pasmado do médico.

- Sesshomaru-sama. - a corar, Rin agarrou-se à camisa dele. Sabia que ele não tinha consciência que aquilo era um gesto romântico, mas era demais para ela – Não precisa de fazer isto.

- Sentes-te desconfortável? - perguntou Sesshomaru.

- Não é isso... - murmurou Rin, quando saíram para o jardim. Tal como ela tinha imaginado, as mulheres presentes direcionaram o olhar para Sesshomaru assim que viram o cenário. Algumas até coraram e soltaram risinhos quando ele passou por elas. O facto de Sesshomaru parecer não notar só a irritava mais – Mas não está muito frio, hoje?

Sesshomaru pousou-a cuidadosamente num banco. - Eu vou buscar o casaco.

- Não! - exclamou Rin, agarrando-o antes de se aperceber – Quer dizer...é só uma brisa.

- O que é que se passa? - repetiu Sesshomaru, mas não obteu resposta. No entanto, como ela estava doente, decidiu não fazer mais perguntas e sentou-se ao lado dela – Estás melhor?

- Sim. - respondeu Rin – O médico disse que eu vou poder sair daqui a alguns dias.

Sesshomaru anuiu com a cabeça e apressionou os barulhos da natureza. Apesar de aquela Era ser interessante, já sentia saudades da sua Era.

- Rin! - exclamou uma das pacientes que Rin tinha conhecido, enquanto se aproximava de cadeira de rodas. Quando parou, olhou para Sesshomaru e sorriu – Finalmente tenho oportunidade de o conhecer.

Ele olhou para ela durante alguns segundos e voltou a ignorá-la.

- Então, onde é que está a tua cadeira de rodas? - perguntou a rapariga.

- Ele...carregou-me até aqui. - respondeu Rin, timidamente.

- A sério? - ela olhou para Sesshomaru, mas este observava a natureza à sua volta – Que amigo tão simpático.

- E-ele não é...

- Não somos amigos. - interrompeu Sesshomaru, farto do barulho que aquela mulher fazia – Podes parar de a chatea-la, agora?

Surpreendida com a rudeza dele, a mulher abanou a cabeça e deu meia volta.

- Rin, se tens frio, aproxima-te. - num gesto rapido, Sesshomaru pôs o braço por cima dos ombros dela e puxou-a para perto – Se ficares mais doente, o curandeiro não te vai deixar sair.

Mais um gesto romântico, pensou Rin, encostando a cabeça ao peito dele.

...

- Eu acho que o meu filho...sente saudades da Rin. - disse Hana, olhando seriamente para Inuyasha. Depois começaram os dois às gargalhadas.

- Isso é ridiculo. - disse Inuyasha, limpando as lágrimas dos olhos – Ele não tem sentimentos desse tipo.

- Eu partilho a tua opinião. - confessou Hana – Mas ele parece ter-se apegado à humana.

- Mesmo que ele tenha sentimentos, continuaria a ser ridiculo. - reforçou Inuyasha – Eles estão sempre juntos. Porque é que ele haveria de ter saudades.

- Bem, antes não era só ele, o Jaken e a Rin? - lembrou Hana – Depois nasceu a Hikari e agora também tem o Yoru. Quando ele não está a treinar a Hikari ou a matar outros demónios, é a Rin que está ocupada a cuidar da filha.

- Quer dizer que ele tem saudades de estar sozinho com ela? - perguntou Inuyasha – Essa ideia dá-me volta ao estômago.

- Se fosse possível, podes manter o meu filho naquela Era durante mais tempo? - pediu Hana – A príncipio pensei que ele ficaria em desvantagem e mais fraco se desenvolvesse tais sentimentos, mas o Jaken disse que ele parece mais feliz, ultimamente...apesar de eu nunca ter conseguido ler as expressões dele.

- Vou fazer o que puder.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem pela demora mas o meu computador pifou -.- e só veio ontem...
Comentários?