Sesshomaru - Luz E Escuridão escrita por Mirytie


Capítulo 24
Capítulo 24 - Quem é?


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Estavam todos a olhar para Sesshomaru, enquanto este mantinha a sua palavra de que Rin não era uma miku e a mãe parecia não acreditar.

– Podes ver se ela é uma miku? – perguntou Hanna, a uma das bruxas.

A bruxa anuiu com a cabeça, levantou-se, mas Sesshomaru continuou sentado. Sabia que, se se levantasse daria imediatamente a resposta e a bruxa podia nem sequer sentir o pouco poder que Rin tinha agora.

No entanto, quando a bruxa sentou-se ao lado em frente a Rin e pegou-lhe nas mãos o coração de Sesshomaru estava aos pulos. A bruxa fechou os olhos e ficou calada e quieta durante alguns minutos. Depois largou as mãos de Rin, levantou-se e voltou para o lado da sua mestra.

– Ela é, sem dúvida nenhuma, uma miko. – revelou a bruxa, fazendo Hanna olhar para ela – No entanto, os poderes dela ainda estão a ser acordados agora. Por isso é que demorei tanto tempo a senti-lo.

– Isso é estranho. – disse a outra bruxa – Os poderes de miko deviam começar a desenvolver-se logo depois de nascer.

– É possível. – disse a miko – Segundo a Hanna-sama, a Rin-san viveu com camponeses e depois ficou órfã numa aldeia sem nenhumas ligações com mikos ou padres. Mal tratada, ela não tinha nenhuma razão para ajudar os habitantes da aldeia e então, os poderes dela devem ter ficado obscurecidos. Quando ela começou a andar com o Sesshomaru-sama, o poder voltou a ficar puro mas, como ele é um daiyoukai, o poder não se desenvolveu. Quando viveu na vila, a Kagome-san era a miko da aldeia por isso ela descontraiu e, mais uma vez, o poder não se desenvolveu. Depois voltou com o Sesshomaru-sama…o facto de se estar a desenvolver agora será porque o corpo dela sente perigo iminente.

– Que tipo de perigo? – perguntou Hanna.

– Não sei. – respondeu a miko – Uma vez que não tenho mais informações sobre o que se passou, só posso dizer que deve dizer que deve ser algo com que ela se depara diariamente.

– O Yoru. – apercebeu-se Hanna.

– Eu confio no Yoru! – exclamou Rin – Ele não é uma “ameaça iminente” para mim!

– O seu corpo acha o contrário. – disse a miko, baixando a cabeça – Mas, se o poder dela é tão pequeno e conseguiu fazer aquilo à Hikari-sama, ela vai ser, certamente, uma miko poderosa.

– Também pensei nisso. – disse a bruxa, anuindo com a cabeça – Mas, se este é o caso, é melhor separarem-se agora. – ela olhou para Hanna – Se seria difícil aceitar uma humana, vai ser impossível aceitarem uma miko com tal poder.

– E também é melhor esquecer a imortalidade. – disse a outra bruxa – As mikos não conseguem aguentar o ritual e, normalmente, nem permitem que o façam, certo Yume?

A miko anuiu. – Está nos nossos ensinamentos. É errado estender o nosso tempo de vida de qualquer maneira possível. E também não devemos ajudar outras mikos ou youkais de qualquer tipo fazê-lo. Por isso, lamento mas não posso ajudar neste caso.

– As bruxas também não gostam de ajudar mikos. – disse uma das bruxas – Já que as mikos e as bruxas não costumam dar-se muito bem.

– Se eu vos mandar, vão fazê-lo! Afinal, trabalham para mim, não trabalham! – exclamou Hanna, irritada com toda aquela situação – Então, a Rin não sabia disto tudo, estou certa? Sesshomaru?

– Estás certa. – respondeu Sesshomaru, com calma, sem sequer olhar para Rin – Fui eu que descobri, mas não lhe disse nada.

– Então como é que vamos fazer isto? – perguntou Hanna – Ainda queres que ela seja imortal?

Sesshomaru limitou-se a anuir com a cabeça.

– Afinal não sou filho de uma humana!? – Yoru levantou-se repentinamente – Sou filho de uma miko!? Isso ainda é pior.

Com passos pesados, Yoru saiu da mansão.

– E é por isto que o seu poder está a aumentar de minuto para minuto. – disse a miko, humildemente – Porque o seu filho está constantemente a provoca-la.

Ficaram todos calados durante alguns momentos até a bruxa falar.

– Senhora, tem a certeza que isto é boa ideia? – perguntou a bruxa – Devíamos de debater isto com o conselho.

– Na verdade, ela devia treinar. – quando a miko disse isso, Sesshomaru olhou para ela – Se ela provar conseguir defender-se, talvez o nosso clã a levasse mais a sério.

– Iriam ter medo dela. – corrigiu Hanna – Aí não haveria a mínima hipótese de eles a aceitarem como a parceira do meu filho. Temos de deixar isto debaixo dos cobertores, por enquanto.

– Mas ela é tão poderosa. – continuou a miko – Seria um desperdício deixá-la com um youkai…

No mesmo momento que o disse, tapou a boca com ambas as mãos.

– Estás a dizer que ela devia deixar o meu filho? – perguntou Hanna, olhando de lado para a miko – A única pessoa com quem o meu filho conseguiu conviver durante anos. Queres que ela o deixe sozinho outra vez?

– Minha senhora…

– A Kagome-san pensa a mesma coisa.

Hanna olhou para o lado e viu Jaken à porta.

Depois de Inuyasha ir falar com o Totosai, voltou para a sua cabana e deparou-se com Kagome sentada à entrada, com o filho ao colo, a dormir porfundamente.

– Sabias que a Rin é a descendente da Midoriko-sama? – perguntou Kagome – O Jaken veio aqui hoje e contou-me.

– O Sesshomaru contou-me. – respondeu Inuyasha – Mais ou menos.

– Ele devia deixa-la partir. – disse Kagome – Não achas?

– Porquê? – perguntou Inuyasha, surpreendendo Kagome – Eu acho que ela devia ser treinada mas, estar com o Sesshomaru é uma boa protecção até ela conseguir defender-se sozinha. Mesmo depois, até. Porque não ficar com ele?

– Porque ela é a descendente da Midoriko-sama! – disse Kagome, tentando não acordar o filho.

– Andam aí algumas pessoas a tentar recriar a shikon no tama. – disse Inuyasha – Se eles souberem que a Midoriko tem uma descendente, vão querê-la. A Rin está muito melhor ao lado do Sesshoaru, se for esse caso.

Kagome franziu as sobrancelhas porque não tinha nada para opor a linha de pensamento de Inuyasha.

– Osuwari! – exclamou Kagome, fazendo Inuyasha cair.

– O que é que estás a fazer!? – gritou Inuyasha, acordando o filho – O que é que eu fiz de mal?

– Fizeste-o chorar. – Kagome levantou-se com o filho nos braços e virou-lhe costas.

– Jaken, tu não estás incluído nesta conversa. – disse Sesshomaru, olhando para o criado, seriamente – Se disseres mais alguma palavra, haveram sérias consequências.

– Então a miko que está a viver com o bastardo acha que a Rin não devia estar com o Sesshomaru. – murmurou Hanna – Pergunto-me porquê.

Jaken abriu a boca mas lembrou-se imediatamente do que Sesshomaru lhe tinha dito e ficou em silêncio.

– Talvez deva ir lá perguntar-lhe. – disse Hanna.

– Ela é a Kagome-sama, Hanna-sama. – informou a miko – Ela é a descendente da Kikio-sama.

– Não quero ir falar com essa. – suspirou Hanna – Podias ir lá tu.

– Sim, podia. – disse a miko – Mas o Jaken-san parece saber mais alguma coisa.

Hanna olhou para Jaken, vendo-o tremer.

– O que é que tens mais a dizer, criatura? – perguntou Hanna – Não te preocupes, o meu filho não te vai fazer nada.

– Peço imensa desculpa, Hanna-sama. – disse Jaken, aproximando-se de Rin – Mas o Sesshomaru-sama disse para não abrir mais a boca e ele é o meu mestre.

– Compreendo. – Hanna suspirou outra vez e olhou para Rin – Estamos a falar disto tudo, mas a Rin ainda não disse nada. Não sabias que eras uma miko, Rin?

– Não. – respondeu Rin, com uma expressão pesada – Se soubesse, já teria partido há muito tempo.

– Percebo. – disse Hanna – Ainda bem que não o fizeste.

– Então o que é que fazemos, Hanna-sama? – perguntou a miko.

– Tenho de saber se ela tem algum precedente importante. – disse Hanna, olhando para uma bruxa – Tu podes ir descobrir. – a bruxa levantou-se, fez uma vénia e saiu. Depois Hanna olhou para a miko – Tu podes trainá-la.

– Vou fazer com que o poder se desenvolva mais rapidamente de uma maneira controlada. – disse miko, anuindo.

– A tarefa de imortalizada vai ser adiada até termos isto decifrado e controlado. – disse Hanna, olhando para o filho – Está combinado, Sesshomaru?

Ele virou a cara, como se estivesse amuado, levantou-se e saiu. Rin levantou-se também, fez uma vénia a Hanna e foi atrás de Sesshomaru.

– Sesshomaru-sama. – chamou Rin, saindo para o pátio – Porque é que não me disse nada?

– Como tu disseste, Rin. – disse Sesshomaru, virando-se para Rin – Se eu te tivesse dito, tu terias partido.

– Não pode estar ao lado de uma miko. – disse Rin – Apesar de ser um daiyoukai que uma miko nunca poderia derrotar, seria mal visto pelo seu clã se se soubesse que estava a proteger uma miko.

– Queres ir embora? – perguntou Sesshomaru – Agora que sabes que és uma miko, queres ir embora?

– Eu não…

– Porque é que achas que todos os demónios se sentem atraídos por ti? – perguntou Sesshomaru, surpreendendo Rin – Eles querem comer-te porque tens sangue de miko. E sabes porque é que eles ainda não tentaram nada até agora?

– Porque o Sesshomaru-sama está comigo. – murmurou Rin, baixando a cabeça.

– Porque eu estava contigo. – confirmou Sesshomaru – Se passares daquela barreira agora, estarás morta em alguns segundos.

– Sesshomaru-sama… - disse Rin – Está a esconder alguma coisa da sua mãe. Eu percebi. O que é? É sobre mim?

– É sobre os teus antecedentes. – confessou Sesshomaru – Mas não te preocupes. Aquela bruxa não vai encontrar nada concreto.

– O que é? – perguntou Rin, olhando para Sesshomaru – Quem são os meus antecedentes? São maus?

Sesshomaru abanou a cabeça. – Não te posso dizer. Já disse a demasiadas pessoas.

– Mas são os meus antepassados. – disse Rin, tentando persuadir Sesshomaru. Mas falhou.

– Não andes muito com aquela miko…

– Sesshomaru!

Sesshomaru olhou para trás e viu Totosai, que tinha entrado na barreira de alguma maneira.

– E se não é a Rin-chan! – exclamou Totosai, aproximando-se de Rin – Os anos fizeram-te bem, minha querida. Muito bem!

– O que é que tu queres, Totosai? – perguntou Sesshomaru, chateado por ter sido interrompido enquanto falava com Rin – O teu irmão veio falar comigo. Parece que tens um problema com a Hikari. Queres que te ajude a tirares o canino?

– Não quero ajuda. – respondeu Sesshomaru, suspirando – Mas, quando tirar o canino, quero que esculpas uma espada para a Hikari.

– Devias fazer isso enquanto és novo. Quando fores mais velho, o canino não volta a crescer. – informou Totosai – Também vim aqui por causa da Rin.

– O que é que tem a Rin? – perguntou Sesshomaru, entrando imediatamente em modo defensivo.

– O teu irmão pediu-me uma espada especial para a Rin. – disse Totosai – Ele disse-me que ela era uma miko, mas eu não acreditei, por isso vim aqui confirmar.

– É verdade. – disse Rin imediatamente, sem dar tempo a Sesshomaru para mentir – Parece que eu sou uma miko.

– Mesmo assim, ele pediu-me uma espada e as mikos não costumam usar espadas. Foi o que eu disse ao Inuyasha quando ele me pediu para fazer uma para a Rin-chan – disse Totasai – Mas ele disse-me que tu eras descendente da Mido…

– Já chega! – interrompeu Sesshomaru.

– Ele sabe quem é o meu antepassado? – perguntou Rin, olhando para Sesshomaru – Porque é que eu não posso saber?

– Claro que sei, querida. – disse Totasai – O teu antepassado é a Midoriko-sama.

– Midoriko. – Rin franziu as sobrancelhas – Já ouvi o nome dela, mas não sei quem é. É muito famosa.

– É muito famosa. – confirmou Hanna, à porta da mansão, com os braços cruzados – E muito poderosa também. Acho que não és da geração que sabe quem ela é. Acho que foi por isso que o meu filho não te quis contar.

– Hanna-Hime. – Rin virou-se – Quem é a Midoriko?

Hanna tirou a espada que tinha trazido por baixo das vestimentas e correu até Rin. Antes de Sesshomaru se mover, sentiu a mão de Rin a pegar na sua espada e viu-a a interceptar o ataque da mãe com facilidade. Quando veio a si, estava em posição de ataque, em frente a Hanna.

Baixou a espada e olhou para Sesshomaru com um olhar confuso. – Quem é a Midoriko?


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Notas finais do capítulo

Devido a alguns problemas de saúde, não tenho conseguido escrever muito frequentemente, mas eu prometo acabar a história apropriadamente.
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