O Novo Conto Da Bela E A Fera escrita por Nana


Capítulo 15
Secrets and Tears


Notas iniciais do capítulo

Como eu havia dito, vocês já terão uma boa noção do que aconteceu na vida de Finn. Espero que gostem desse cap! ♥



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Finn nem sequer pestanejava.

– O que há, Finn? Perdeu a fala? Ah...Quanta falta de educação! Olá, muito prazer. Sou Jack, pai do Finn. E você deve ser...

– Bella, meu nome é Bella. Muito prazer, senhor.

Ambos se cumprimentaram.

– Ora, uma bela jovem! Espero que meu filho a esteja tratando muito bem, Bella.

– Seu filho é encantador. Realmente muito especial para mim. Mas agora devo ir.

– Bella, espera...[Finn tentou gaguejar algo]

Mas ela foi até ele e o abraçou. Próximo ao seu ouvido ela pronunciou suas últimas palavras, antes de partir.

– Está tudo bem. Nos falamos mais tarde, okay?

– Até logo, senhor Stevens.

Ela sorriu educadamente e depois partiu.

– Ora se...

– O que veio fazer aqui?

Finn interrompeu bruscamente o pai. Jack caminhou lentamente até o filho.

– Antes de tudo, acho que deveria ter mais educação ao falar com o seu pai... [Ele pretendia continuar, mas o garoto o interrompeu novamente]

– Como se você se importasse!

– Cale-se! Ainda não acabei! ... Como disse, sou seu pai e me deve respeito. E além de mais nada, acho que essa é a minha casa, não?

– Acho que nunca passou mais do que duas noites nela.

– Mas eu a sustento, não é? Agora entre e vá tomar um banho. Mais tarde conversamos.

Finn engoliu toda a raiva que sentia e o obedeceu.

[...]

Bella acabara de chegar em casa, mas antes que abrisse a porta, notou um envelope no chão. Os detalhes revelavam que pertencia ao Banco.

Ela ignorou a carta e adentrou rapidamente o local. Quando chegou ao interior, foi grandemente surpreendida.

– PAI!!!

Ela gritou e mal esperou para pular em seu colo.

– Como senti sua falta, minha menina...

Eles ficaram um bom tempo abraçados.

[...]

Era a hora do almoço, na casa de Finn. Ele o seu pai estavam sentados à mesa. Apenas os ruídos dos talheres trincados nos pratos poderiam ser ouvidos.

– E então, como anda a escola?

– Normal...Está tudo bem.

– Hum...”normal”? Espero que com isso não queira dizer que arranjou mais problemas.

– Pai...

– Na verdade, isso não me surpreende. Mal consigo me lembrar da última vez que fui chamado ao seu colégio que não tenha sido por causa de problemas.

– Pai, quer, por favor, me ouvir?!

Finn aumentou o tom de voz.

– Vá em frente. Fale.

– Por que não pode agir como um pai normal, pelo menos uma vez na vida?

Houve um enorme silêncio entre os dois. Enquanto o olhar de Finn demonstrava tristeza, o de seu pai demonstrava apenas a frieza que regia sua vida.

– Muito bem. Falemos então sobre aquela garota. Sem dúvidas ela é realmente linda...

– Por favor, deixe a Bella fora disso.

– ... É notável o fato de que ela gosta mesmo de você. O que nos leva a uma nova pergunta : Por quê?

Finn não conseguia acreditar no que ouvia, ali, sentado à mesa.

– Ora, não se faça de surpreso, Finn. Nós dois sabemos que garotas como ela não se envolvem com garotos como você. Pelo menos não por muito tempo.

Finn decidiu que aquilo era o suficiente.

– BASTA! Já chega! Não precisa fingir que se importa comigo. Na verdade, nem sei por que se deu ao trabalho de vir até aqui! Ah não, já sei! Foi pelo simples fato de me torturar!

Jack nem sequer demonstrou fraquejar. Ouvia atentamente.

– Por oito anos eu vejo você chegar e sair de casa. E quer saber? Eu não ligo! Não ligo se não o vejo no Natal, Ação de Graças, Ano Novo ou nem sequer no meu aniversário!

– Acabou?

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– É, pai, acabou. [Ele se preparou para sair, mas voltou rapidamente] E a última coisa: Não me culpe. Eu não sou a mamãe!

O garoto saiu transtornado da casa. Bateu a porta rapidamente. Não conseguia esconder a sua tristeza. Suas lágrimas percorriam toda a sua face.

Tudo o que ele queria, era sair dali.

[...]

http://letras.kboing.com.br/#!/jason-walker/down/

[ DESCULPEM, NÃO TINHA NO KBOING :(]

Finn rodou com sua moto por um bom tempo. Tudo em sua cabeça estava completamente embaraçado.

Ele não sabia o que pensar, o que fazer, ou sentir. Nem sequer percebeu que já era noite, quando pensou em algum lugar para ir.

Foi assim que ele chegou à casa de Bella.

– Hey! Estava esperando sua ligação...

Dizia Bella pelo telefone.

– Eu preciso te ver...

– Finn, onde você está?

– Pode abrir a porta?

Bella já estava na sala de estar, então rapidamente correu para a porta.

– Finn, o que aconteceu? A sua voz está... (Ela abriu a porta e o notou sentado nas escadas, cabisbaixo) ...péssima.

Ela não pensou duas vezes, assim correu em sua direção e o abraçou. Ele a abraçava, enquanto suas lágrimas caíam sobre o ombro da jovem.

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[...]

Após um tempo, Bella conseguiu acalmá-lo. Sentados nos degraus, ele mantinha o olhar fixo para algo a sua frente.

– Finn...O que houve desde que eu sai?

– Está tudo bem, Bella...

– Não, não está. Por Deus, Finn! Você pode se abrir comigo. Sabe disso...

Então, ele se virou para ela.

Aquela cena partia o coração da jovem. Vê-lo ali, com os olhos completamente molhados e segurando novamente as emoções, a fazia sangrar por dentro.

– Eu não sei o que fiz de errado, Bella... Éramos felizes, ou pelo menos eu achava que éramos. Ele viajava algumas vezes, por causa do trabalho, mas sempre esteve lá...Por nós.

– “Nós”?

– Minha mãe e eu... Eles discutiam às vezes, claro, mas nunca era nada demais. Até que um dia eu me enganei. Aquela vez eu sabia que havia algo de errado quando minha mãe cruzou a porta...E o mais triste? Oito anos depois, eu ainda espero que ela volte.

Ele abaixou a cabeça e suas lágrimas voltaram.

– Quem sabe assim ele pare de colocar a culpa em mim. É como se ele tentasse descontar toda a sua tristeza e frustração sobre mim.

Ele terminou sua confissão a encarando.

– Finn, se seu pai não quer estar com você, se desperdiça o tempo ficando longe é porque ele não passa de um idiota. Ele teve oito anos para conhecer o filho maravilhoso que tinha. Não se culpe se ele não nota... Mas eu sim. E não importa o que aconteça, eu sempre estarei aqui pra você.

Ela o fez descansar sobre o seu peito. E assim, abraçados, eles permaneceram por um bom tempo.

Eu não sei onde estou

Eu estou parado na parte de trás

E eu estou cansado de esperar

Eu estou esperando aqui na fila

Eu estou esperando encontrar

O que venho perseguindo



Eu atiro para o céu

Eu estou preso no chão

Então por que eu tento?

Eu sei que vou cair.

Eu pensei que podia voar

Então, por que me afoguei?

Eu nunca saberei por que

Estou caindo, caindo, caindo.



Eu não estou pronto para esquecer.

Porque então eu nunca saberia

O que eu poderia estar perdendo.

Mas eu estou sentindo falta de muita coisa

Então, quando é que eu desisto

O que venho desejando?





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