O céu estava escuro, dominado por nuvens, o vento frio passava sob minha pele arrepiando, as pessoas passam sérias por mim como se eu não existisse.

 Deixo uma lágrima cair, rolando por meu rosto, e não há ninguém para enxugá-la.

 Ele se foi ha muito tempo, deixando para trás uma história sem final; Ou seria este o final?

 Der repente fica frio, como se a morte estivesse ali para me buscar, rondando este corpo sem alma... Meus olhos estão ficando pesados, não querem mais abrir a respiração ofegante, algo aperta o peito, a lágrima continua a trilhar seu caminho por meu rosto e, num fecho de luz tudo se acaba.

 Não vejo nada, é muito escuro, parece que estou num lugar muito apertado, mas, algo se faz verbo e mais uma luz desta vez mais forte que a primeira me invade os olhos. Uma suave brisa sopra, e com ela eu acordo.

 Meu corpo está tão leve, diferente de antes, ao abrir os olhos percebo que estou em um lugar muito diferente do qual estava antes, não estou mais naquele parque cinzento cheio de lixo da Wall street é totalmente diferente.   Há grandes árvores bem verdes por aqui, os pássaros cantam em perfeita   uniião, tudo é muito bonito e calmo, levanto da grama macia onde estava deitada e começo a caminhar sem rumo, para onde o vento estiver soprando.

 Depois de caminhar um tempo, no qual não pode ser contado, encontro lá longe um rio muito azul, parecia refletir o céu. Aproximando um pouco mais, vejo um garoto bebendo de sua água, chego um pouco mais perto a ponto de ver suas bonitas feições, elas me lembram alguém, porém, não consigo me lembrar que é:

-Esta água é boa? Pergunto.

-Parece saciar a alma. Responde ele sem me olhar, passo então a olhá-lo melhor, meus olhos se enchem de lágrimas, era ele. Ao ver-me chorando ele pergunta o por quê.

 Respondo simplesmente que ele se parecia muito com uma pessoa, será que ele ainda se lembraria de mim?

 Ele sorri:

-Não chore minha linda, eu estou aqui. Levantei a cabeça, então ele ainda se lembra de mim?
 Sorri afetuosamente e gritei seu nome:

-Eu pensei que...

-Não pense, não faz sentido. -Disse ele enxugando minhas lágrimas – Senti tanto a sua falta. Ele me abraçou. Ah como sentia falta daquele abraço: quente, macio... Como me sentia bem entre os rijos músculos dele.

-Por onde andou? Perguntei.

-Por onde a água não sacia a sede, por onde o vento não refresca, por onde a alma não existe sem amor.

 Ficamos caminhando pelo infinito de nossa paixão e pelos laços de nosso  amor.