Pov. Elisa Potter

Hogwarts era realmente fantástica, mas nenhum lugar se aproximava do salão comunal da Grifinoria. Agora, enquanto conversava com meus amigos, podia ver que, decididamente, fomos selecionados para a casa certa. Tivera minhas duvidas quando fomos recepcionados, muito calorosamente assim que sentamos a mesa para jantar com nossos colegas. Todos sabiam quem eu e meu irmão éramos, e isso podia causar uma pensamento negativo em alguns pelo acesso de atenção que recebíamos. Parece que subestimei o espirito grifinorio, porque poucos minutos depois o foco das conversas já tinha virado para alguma piada sem importância que os gêmeos Weasley contaram.

- Elisa- chamou Harry.

- Ãn,que, como?- não me condenem eu estava distraída.- Fala-viu eu nem fui TÃO lenta.

Sabe uma coisa que eu odeio? Quando interrompem meus pensamento para falar alguma coisa, e então não dizem nada. A não ser que você considere risadas como palavras... Porque isso, sim, teve muitas!

Comecei a contar mentalmente. A psicopedagoga do orfanato disse que era um exercício para a paciência.

1, 2, 3, 4,..., 54, 55, 127, 19...  AHHH!!! CANSEI!!! CONTAR É MUITO CHATO!

- PAREM COM IIIIIISSOOOOOOOO- berrei, e devo dizer que foi muito mais produtivo que esses números estúpidos. Eu consegui chamar a atenção não só dos meus AMIGOS, mas de toda a sala comunal. Todos me olhavam em choque, então sorri docemente me sentando em uma poltrona.- Obrigado.

Ainda ouvia algumas risadinhas, mas era um som tímido de mais para me incomodar...

- Agora irmãozinho, pare de enrolar e me diga logo o que queria dizer- pedi gentilmente. (n.a. Eu realmente tenho que parar de usar palavras terminadas em mente... Arg! Usei de novo. Desisto.¬¬)

- A gente estava falando da garota nova-disse depois de revirar e bufar. Ao ver minha cara confusa continuou.- A garota que estava procurando o sapo no trem.

- E oque tem ela?

- Nós só achamos estranho ela ter ido para a Sonserina- explicou Adhara.

- Porque?- perguntei, cara, ou estava muito lenta hoje, ou o mundo resolveu girar mais rápido. Porque a primeira opção me parecia mais creditável?

Minha amiga suspirou revirando seus lindos olhos azuis, dramaticamente.

- Você prestou atenção no nome dela?

- Granger, não era? Hermione, como no livro de Shakespeare- falei a ultima parte como uma afirmação, disso eu lembro bem, é um nome muito bonito, apesar de ser meio trouxa e...

-AHH!!!- exclamei e eles me olharam com cara de "finalmente ela entendeu".- Vocês estão se referindo ao fato de o sobrenome dela não ser conhecido no mundo bruxo?

- Sim- confirmou o Raio.- É bastante estranho. A maioria dos sonserinos são de famílias conhecidas. Mas eu nunca tinha ouvido o nome Granger.

- Estranho- concordei.- Mas talvez a mãe dela que seja de uma linhagem conhecida. E como ela usa o sobrenome do pai...

- É, pode ser por isso- falou Teddy.- Mas de qualquer jeito, para entrar na sonserina não é preciso, obrigatoriamente, ter sangue puro. Basta ter pelo menos um parente bruxo, direto.

- Eí gente- chamou Fred, interrompendo nossa conversa. 

- Nós vamos jogar uma partida de snap explosivo, vocês querem participar?

- Claro- concordei assim como os outros.

Já se passava da meia noite quando avisei a todos que ia dormir, estava cansada, e não queria me atrasar para o primeiro dia de aula. Parece que a minha fala foi o incentivo que todos precisavam, pois a maioria das pessoas me seguiu.

O dormitório da garotas ficava subindo umas escadas a direita, era grande e espaçoso. Minhas coisas já estavam lá em frente à cama mais distante da porta do quarto, próxima à janela. Enquanto vestia meu pijama pude ver Adhara se acomodando no leito ao lado do meu.

- Hoje foi... Interessante- falou baixo. Olhei para ela como quem pergunta algo e como resposta vi ela acenando a cabeça em direção as outras garotas no quarto.
            - Foi- confirmei.- Quero saber como as coisas serão amanhã. As aulas ainda não começaram, quero ver como os professores vão reagir a nossa presença nelas. 

Adhara riu.

            - Você quis dizer como reagirão a você e seu irmão, né?- brincou.
            - Na-na-ni-na-não, senhorita Adhara Black. Pode ir parando com isso, que eu sei que você fará da vida dos professores um inferno assim que botar o pé dentro de sua primeira aula.

            Com essa as garotas que estavam com a gente no quarto também riram.

            - A propósito, vocês são..?- perguntei. 

- Eu sou Lilá Brown- falou a menina meio esquisita da esquerda. 

- E eu sou Parvati Patil- disse a da direita.

- Bom nós somo Adhara Black e Elisabeth Potter, mas acho que vocês já sabem- Adhara, sempre educada.

Parvati corou e riu, já a Brawn sorriu irônica.

- Acho que devemos ir dormir. A primeira aula amanha é transfiguração, e soube que a prof. Mcgonagall não gosta de atrasos- falou arrogante a tal Lilá.
            - Vou aceitar sua sugestão Brownie¹.
            Lilá ficou vermelha. Digo, realmente, vermelha. Ela parecia que ia gritar, quando Adhara, com um aceno de varinha apagou a luz do quarto.
            - Boa noite!- disse se deitando.

            A ultima coisa que me lembro de fazer antes de dormir, foi de sorrir da infantilidade da minha amiga.

...

Era 6 e meia da manha e eu já estava em pé. Como todo mundo ainda estava dormindo fui a primeira a tomar banho. Assim que terminei de me vestir fui começar a tarefa mais difícil do dia. Acordar Adhara.

Prestem atenção que vou justificar meus futuros atos. Depois de 11 convivendo com a mesma pessoa, dormindo no mesmo dormitório você acaba aprendendo algumas coisas sobre ela. Esse conhecimento que possuo de minha amiga me diz que ela não acorda por nenhum meio delicado. EU JURO QUE TENTEI DIVERSAS VEZES! Como hoje eu estou sem criatividade, e é nosso primeiro dia aqui, vou usar o método convencional.

Peguei a varinha e mentalizei o feitiço.
            - ELLLLLLLIIIIIIIIIISSSSSSSSSAAAAAAAAABBBBBBBBEEEEEETTH POTTEEEEEEEEEEER- berrou quando a agua atingiu seu rosto. Ela pulou da cama, e começou a correr atrás de mim. Essa parte não estava no script...
            - Já são sete horas, se você quiser tomar café é melhor se apressar!- depois de uns quinze minutos correndo pelo quarto, consegui dizer. Observem como conheço minha amiga, foi só fazer uma simples menção a comida que ela arregalou os olhos e correu para o banheiro.

Eu teria de usar isso mais vezes...

Mini pov. Narrador

A manha em Hogwarts começou turbulenta na maioria das casas, como costumava acontecer todos os anos no primeiro dia letivo. Apenas lá sonserinos não se importavam tanto com ele, acostumados a frequentar festas da alta sociedade, para eles aquele dia não tinha nada de mais. 

Hermione levantara mais cedo que todo mundo, e tomara café antes que qualquer um pudesse ao menos pensar em ir ao salão principal. Logo em seguida foi procurar a biblioteca, onde ficou até pouco antes de sua primeira aula.

O resto do castelo, entre tanto, aproveitou a refeição matinal para botar o assunto em dia e comentar as ferias. Os professores distribuíram os horários para os alunos de suas casas, e em seguida estes foram para suas classes.

Pov. Hermione Granger 

De acordo com a grade de aulas que o prof. Snape me entregou hoje pela manha, minha primeira aula seria transfiguração, com a prof. Minerva. 

Fui a primeira a chegar na sala dela, 20 minutos antes do necessário, e a encontrei vazia exceto por um gato.

- Boa tarde, prof. McGonagall- falei o olhando fixamente. O felino pulou e seu corpo começou a mudar, logo eu via na minha frente uma mulher alta e magra usando o característico chapéu pontudo dos bruxos.
            - Como sabia que era eu, Srta..?- perguntou curiosa.
            - Eu senti magia vinda do gato- falei.- Mas é claro que isso poderia significar muitas coisas, por isso o analisei mais criteriosamente. Olhando bem a criatura parecia deveras inteligente, e possuía semelhanças físicas com a senhora, como a cor dos olhos e do pelo. Também, no rosto do mesmo, era possível ver a marca de seus óculos. 

            Ele me olhou, surpresa, então sorriu. Sim, ela sorriu.

            - Uma ótima primeira impressão, Srta...

            - Granger, senhora.
            - Muito bem Srta. Granger, 20 pontos para a Sonserina.

            - Obrigada professora- agradeci indo me sentar no fundo da sala. Conforme o tempo foi passando a sala de aula foi se enchendo de alunos, eufóricos, que logo foram contidos pela (nem tanto) severa professora.

A aula se seguiu, interessante, porém fácil, assim como as outras após ela, antes do almoço.

Fiz minha refeição rapidamente, e em silencio, fora algumas palavras que troquei com Malfoy. Nota mental: descobrir onde fica a cozinha.

A tarde tínhamos 1 período livre antes do tempo duplo de poções, mas resolvi passa-los dentro da própria sala. Eu havia pego um livro na biblioteca sobre artes das trevas e já estava lendo a uns vinte minutos quando...

            - O que faz aqui senhorita Granger?- Severo Snape entrara na sala e falara com seu tom amedrontador pelas minha costas. 

LEIAM AS NOTAS FINAIS, É IMPORTANTE!!!