Juramento escrita por Sabischan


Capítulo 2
Quem sabe até eu?


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo será pelo ponto de vista do gaara e terá uma descrição de seus sentimentos perante a sua atual vida.
Leiam com carinho.



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Sempre chove nesta época do ano, o inverno aqui em thustman é bom, melhor que todas as outras estações do ano, pois quando chove poucas pessoas vão à escola, poucas pessoas andam pelo centro ou ficam nas ruas devido ao frio intenso e ao vento forte.

Chuva. Minha salvadora. Ela me salva das pessoas. Eu não gosto das pessoas. Não gosto de nenhuma delas.

Nem mesmo das freiras do orfanato que insistem em sorrir para mim de modo forçado, e fingem em ser gentis e me oferecem um lugar para dormir e morar, eu ainda não sei por que fazem isso. Talvez seja a obrigação dos membros da igreja ou faz parte dos votos que fizeram no passado, mas não tenho interesse em pena ou nada do gênero, aprendi a me cuidar, aprendi a ser invisível, aprendi a existir assim, somente com a minha companhia, somente com os ecos dos meus pensamentos.

Para sobreviver, não preciso de ninguém, de ninguém, de ninguém...

As pessoas não são confiáveis, cada sorriso, cada gesto de bondade deve ser estudado, nada vem de graça, os humanos não são assim, eles só fazem as coisas quando a um benefício próprio. Não existe altruísmo, por isso tenho que cuidar para não me deixar enganar, para não me iludir. Os humanos nojentos e monstruosos deveriam queimar em fogo ardente e vermelho.

– Talvez eu deva queimar, não é? Afinal de contas eu sou o monstro. Sim um monstro sozinho e sem esperança.

Quem sou eu?

– Você é o Gaara.

Quem é você?

–Eu sou o Gaara, e você só tem a mim.

Novamente eu conversando em monólogos, e ainda não sei como respondo as minhas próprias perguntas. Hilário. Que droga de vida. Melancólica.

Deve ser por isso que a chuva me agrada, é sempre passageira, melancólica, sem esperança, pois sabe que no fim vai deixar de existir, uma triste existência, uma lamentável vida.

– No que você está pensando seu idiota. Sua vida é exatamente igual. É sem graça.

Sim sem graça, mas temos que continuar vivendo.

–Desistir da própria existência é para os fracos, e eu não fraco. Disto eu tenho certeza.

Esperança.

Sim, quem sabe algo venha e me salve.

A esperança é um sentimento enganoso, e não posso me segurar apenas nisso. Por isso continuo existindo, continuo lutando, para achar um significado para estar aqui.

Quem sabe hoje possa ser um dia melhor.

Quem sabe algo aconteça e todo esse tempo sozinho despareça.

Quem sabe alguém venha por mim.

Quem sabe, tavez, até eu posso ter alguém muito especial.

Um motivo.

Uma rasão.

Qualquer coisa.

Eu imploro.

Não quero mais ficar sozinho.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Muito dramático?
Pois é assim que eu imagino a vida dele nesta fic, uma existência melancólica e sem graça.
Porém com esperança.*Lágrimas*
Pronto me acalamei.
Comentários talvez?
Beijos.



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