My Lover escrita por AnaTheresaC


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capítulo 5

Descemos as escadas até à cave. Damon puxou um fecho pesado e abriu uma das portas. Lá dentro, estava Elijah com uma adaga no meio do peito.

-Elijah! – exclamei e corri para o seu lado. Ia pegando na adaga, mas depois perguntei-me duas vezes se devia de ser eu a fazer isso. Virei-me para Damon sentindo as lágrimas a virem-me aos olhos. – O que ele fez?

-Tentou raptar a Elena – disse Damon revirando os olhos. Coloquei as mãos na adaga, preparando-me para a tirar. – Ei! Nem sonhes!

Ele correu até mim e prensou-me contra a parede.

-É o Elijah! – gritei-lhe na cara. As suas mãos apertavam o meu pescoço com força, mas ele não era forte como eu.

-Elijah não faz parte do acordo! – exclamou ele, olhando-me como se fosse louco.

-É o Elijah! – voltei a gritar-lhe e ele largou-me. – Ele… ele….

-Ele não está morto, só está a tirar uma sesta até tudo estar resolvido.

-Não percebes, pois não? Elijah odeia Niklaus. Os dois mal se podem ver.

-Porquê?

-Porque ele pensa que Niklaus atirou a família inteira ao mar – disse-lhe.

-Como assim, «pensa»? Eles são irmãos!

-Errado. Eles são irmãos, mas tenho a certeza que já tentaste dissuadir o teu irmão a acreditar que não amas a Elena. Estou certa? – perguntei-lhe retoricamente, sabendo que o faria pensar e ver o ponto de vista de Elijah.

-Não importa. Não lhe vais tirar a adaga – ameaçou ele. – Ou então, coloco uma estaca bem no meio do teu coração enquanto estiveres a dormir.

Acenei com a cabeça. Sim, talvez fosse melhor Elijah ficar ali até passar tudo. Afinal, Elijah provavelmente iria atrapalhar tudo.

Elijah era nobre. Ele, de todos da família Original, era o mais leal. Podíamos estar na pior das situações que ele sempre encontrava uma maneira de sairmos dela. Eu gostava dele. Bridget amou-o. Na verdade, nunca mais falámos sobre ele desde que ela foi transformada. Foi uma coisa estúpida a razão de ela ter sido transformada. A minha não foi. Eu achava que viveria para sempre com Niklaus e pedi a Kol para me transformar, mas Niklaus ficou cego com a maldição que a mãe lhe tinha posto e passou mil anos à procura de uma maneira para a quebrar. Tornou-se frio, distante e quando fui ter com ele, dizendo que o apoiava, tratou-me de maneira rude e pedi a Elijah para me tirar dali. Ele assim fez, arranjou uma maneira de eu ir para Inglaterra e lá, com Bridget, criámos uma vida juntas, durante a noite. Dez anos depois, conhecemos uma bruxa, que se tornou nossa amiga e fez-nos os anéis para andarmos ao sol.

-Não faças nada de que te venhas a arrepender – ameaçou ele.

-Eu já disse que não lhe tirava a adaga! – exclamei e torci a mão dele. – Não sou qualquer miúda para me ameaçares, Damon. Estou aqui para ajudar, não para atrapalhar.

Saí da cave, deixando-o em agonia e subi as escadas. John tinha acabado de sair e Elena estava a olhar para a lareira.

-Como é que correu?

-Ele é meu pai, é o único pai que eu tenho agora no mundo – falou ela, forçando um sorriso. – Tenho que aprender a não odiá-lo.

Acenei com a cabeça.

-Sabes, eu sou do tempo dos Originais – disse-lhe e ela olhou-me curiosa. – É uma longe história, contei um pouco dela ao Stefan e ao Damon. Eu também não gostava do meu pai, mas era o único que tinha, e tive que aprender a viver com ele.

Elena acenou.

-Alguma vez te deste bem com ele?

Sorri benevolente.

-Ás vezes. Ele era bom pai quando queria, mas o dever sempre se meteu entre nós.

-Tinhas irmãos?

Acenei com a cabeça e lembrei-me dos meus irmãos. Éramos cinco. Theresa, Anne, Thomas e William.

-Morreram todos. Seguiram com as suas vidas, tal como eu segui com a minha.

-E não sentes a falta deles?

-Claro que sinto, Elena. Mas já passaram mil anos desde a última vez que estivemos juntos, por isso, tudo acaba por passar. (N.B: Tinha de passar! Caso contrário não conseguiria viver a vida no presente, ficaria no passado…)

Elena acenou.

-O Damon e o Stefan não te querem cá dentro.

-Eu sei disso. Amanhã vais assinar a escritura e tudo depende de ti – falei, séria.

-Samantha, eu não sei em quem confiar neste momento. Mas, tu tens algo que me faz sentir segura. Amanhã, vou convidar-te a entrar mas numa condição.

Acenei com a cabeça.

-Fico muito honrada por saber que confias em…

-Tens que nos ajudar a matar Klaus.

Fiquei pálida.

-Não posso fazer isso. (N.B: Afinal de contas ele era a razão pela qual eu me encontrava ali naquele preciso momento!)

-Porquê? O que é que afinal queres de Mystic Falls?

-Ela quer levar Klaus daqui para fora – falou Damon atrás de mim e ficou ao meu lado. – Assim que acabar o ritual, ela leva o Klaus daqui para fora e nunca mais cá voltam. A questão é… - olhou para mim. – que a Elena tem que morrer primeiro.

Suspirei. Aquela arrogância do Damon já me estava a irritar.

-Existem formas de ela não morrer, e tu sabes disso – falei, olhando-o.

-Mystic Falls ficará segura? – perguntou Elena.

-Claro que sim – respondi.

-E que maneiras, Samantha? – indagou Stefan.

-Podem transformá-la em vampira. E Elijah tinha maneiras de salvar a vida da doppelganger – olhei para Damon. – Pena que está com uma adaga no coração. (N.B: Sorrisinho irónico)

Damon cerrou os lábios e arregalou os olhos.

-E está muito bem assim – murmurou ele, olhando para Stefan, que acenou.

-Estou cansada. Vou dormir – disse-lhes e subi as escadas. Escolhi o quarto ao fundo do corredor e deitei-me na cama.

Estava exausta, não gostava de compartilhar a minha vida de humana com ninguém, contudo os Salvatore até levaram muito bem a história. Fechei os olhos e respirei fundo. Precisava de telefonar a Bridget. Não fazia a mínima ideia de onde ela estava, mas tinha que tentar o número de telemóvel antigo.

Levantei-me e peguei no meu telemóvel. Disquei o número dela, e ele deu quatro toques.

-Samantha! – exclamou Bridget do outro lado. – Já chegaste? (N.B: Que alívio ouvir a voz dela)

-Sim, já. Está tudo bem. Encontrei Katerina e Elijah.

-Oh – disse ela. – Como é que ele está?

-A… dormir.

-Ele morreu?

-Bridget, pensa bem. Ele é um Original. Não pode ser morto.

-Sim, eu sei, mas… como está ele?

-Não falei com ele, Bridget.

-E Niklaus? Já o viste?

-Ainda não. Mas não deve demorar a aparecer. Os bruxos dele raptaram Katerina.

-Isso é mau sinal. Ele está a caminho.

-Se é que já cá está – comentei.

-Vais-me contando coisas?

-Sim, vou. Onde é que estavas para sussurrares informações sobre o paradeiro de Niklaus no outro dia?

-Não te preocupes, não estou longe – assegurou ela. – Apenas estou a tratar a de uns assuntos e ninguém pode saber que eu conheci Niklaus.

-Bridget…

-Adeus, Sam – disse ela e desligou o telemóvel.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Oi! Espero que tenham gostado! Não houve comentários o capítulo passado, posso saber porquê? (leitora profundamente triste :( )
Tenho uma nova fanfic para quem gosta de Klaus e Esther: https://fanfiction.com.br/historia/258312/A_Arma_De_Esther/
XOXO