My Lover escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Kol is back, ladies!
E uma faceta assassina de Samantha é revelada!
Capítulo 30
Contei tudo a Bridget, desde que tinha chegado a Mystic Falls, até ela me encontrar, horas antes.
-Lamento, Sam – foi tudo o que ela disse, segurando a minha mão. – Eu conheço-te tão bem e não és o género de chorar pelos cantos e andares atrás de um homem como um cachorro abandonado. Como é que ainda o podes amar?
-Eu… - suspirei e as lágrimas escorreram pela minha face. – Eu simplesmente amo-o. Eu sei que as coisas que ele faz não estão certas, mas cada vez que estou com ele o meu coração acelera, e cada vez que não estou com ele, ele parte-se em mil pedaços.
-Oh, amiga, tu mereces muito melhor – disse ela, fazendo-me soluçar.
-Eu sei, Bridget, mas… eu amo-o. E eu não consigo afastar-me disso.
Ela respirou fundo, e disse a única que eu nunca imaginei que ela dissesse, precisamente por me conhecer muito bem:
-Podes desligar.
-Bridget, tu estás consciente do que me estás a pedir?
-É um conselho. Querida, tu sofres tanto por ele, e ele não te liga nenhuma. Ele já te amou, mas será que ainda te ama?
Baixei os olhos para o chocolate quente que estava quase a terminar.
-Ele olhou-me nos olhos e disse que me amava.
-Sam, quantas vezes é que Klaus mentiu olhando nos olhos das pessoas sem pestanejar?
-Briget… - suspirei, não aguentando a dor no meu coração. Ele doía demasiado e o pior de tudo era que se eu tivesse sempre estado do lado dele, nada daquilo tinha acontecido. – Por favor, para.
-Samantha, sou tua amiga. Estou a dar-te a perspetiva de quem vê de fora.
Eu acenei com cabeça e limpei as lágrimas com as costas da mão, mas mais vieram e não as conseguia conter.
-Tira-me, daqui, por favor.
-O prazer será todo meu – disse ela, colocando uma nota em cima da mesa e pegando na sua mala. – Vamos para fora daqui, divertir-nos. Sem sentimentos, sem dor. Apenas… diversão.
Sorri para ela.
-Sabes sempre o que eu preciso, não é?
-Amigas servem para isso – ela encolheu os ombros, largando logo de seguida uma gargalhada.
***
Estava a dançar em cima do balcão de um bar em Chicago. Já tinha perdido a conta em quantos shots de tequila tinha bebido e screwdrivers, mas pouco me importava. Havia um humano a correr as suas mãos pelo meu corpo, ele desejava-me e eu desejava o seu sangue.
-Vamos para um sítio mais calmo – falei no seu ouvido, ele arrepiou-se.
-Vamos, linda – disse ele e eu sorri manhosa. Mal ele sabia o que estava prestes a acontecer.
Desci do bar com um salto que fez muitos questionarem-se como é que eu tinha feito aquilo, já que o balcão era alto e eu estava de saltos altos. Nunca tinha visto In Time? Amanda Seyfried salta de uma janela para cima de um carro de saltos, corre com saltos e faz tudo com os saltos. É, ela é demais naquele filme!
O corredor das casas de banho estava quieto, mas era inconveniente para mim porque precisava de ser discreta em relação às minhas presas que já estavam sensíveis ao toque.
Empurrei-o para dentro da casa de banho das senhoras e entrei com ele para uma das casas de banho. Ainda bem que fazemos chichi sentadas e para isso precisamos de privacidade.
-Wow, calma, gata – disse ele assim que o prensei contra a parede. Aquela casa de banho não tinha muita luminosidade e por isso ele não conseguia ver as minhas veias salientes debaixo dos olhos.
-Aqui quem manda sou eu – falei e mordi-lhe com força no pescoço. Ele ofegou e eu bebi aquela fonte de sangue à temperatura corporal. Quando vi que ele já estava a ficar sem forças, larguei-o.
Limpei o sangue da minha boca com as costas da mão e ele olhou-me chocado. Eu sorri, maldosa. Abri-lhe a camisa, fazendo soltar alguns botões da sua camisa.
-E aqui fica a minha marca, querido – disse e com a minha unha desferi um “S” no seu peitoral bem definido. Ele gritou, mas eu pouco me importei. A dor era uma coisa humana, uma coisa que eu não sentia. Já não mais. – Até à próxima vida.
Destranquei a porta e saí. Algumas mulheres olharam para mim com desprezo e descrença, mas eu pouco liguei. Elas eram simplesmente invejosas e jamais me voltariam a ver na vida.
Voltei para a pista de dança, e encontrei Bridget a dançar sozinha.
-Já te livraste dele?
-Oh, sim. Era delicioso – disse e rebolei. Alguns homens olharam para mim, com os olhos a faiscarem de desejo.
-E a marca?
-Dá-lhe dois minutos para ele sair de lá a correr com a minha marca.
-Então é melhor irmos embora – falou Bridget e eu acenei.
Saímos da discoteca como os populares fazem nas escolas: saída em grande, com todos a desviarem-se de nós, dando-nos passagem, olhando-nos com desejo e inveja.
Entrámos no meu Porshe amarelo canário e preguei a fundo no acelerador. O meu telemóvel tocou e eu atendi. Uma coisa boa de ser vampira era que podíamos prestar atenção a várias coisas ao mesmo tempo, e eu era muito boa a conduzir.
-Como está a minha linda?
-Kol! – gritei de felicidade. – Klaus tirou-te do sono profundo! Ainda bem, amor!
Kol. Bem, aquilo era uma história muito longa. Ele sempre teve um fraquinho por mim e confesso que por vezes aproveitei-me ao longo dos anos. Para além disso, ele tinha-me transformado e éramos bastante próximos. Nunca fui para a cama com ele, nunca o beijei, era mais uma amizade colorida sem quaisquer benefícios.
-Haha, também senti saudades tuas, linda. Olha, só por acaso, quão longe estás de Mystic Falls?
-Argh, ele ainda está aí?
-A doppelganger ainda cá vive – eu até vi ele a revirar os olhos. – A Original era muito mais bonita.
Agora quem revirou os olhos fui eu.
-Olha que eu fico com ciúmes! Mas respondendo à tua pergunta, eu estou num Porshe.
-O que é isso? – ele indagou e eu gargalhei. Ele deve de ter saído do caixão há muito pouco tempo.
-É um carro super potente. E agora responde-me: porquê o interesse?
-Bem, é que a minha mãe vai organizar um baile amanhã à noite, e gostaria muito que fosses a minha acompanhante.
-E desde quando é que Esther está viva? – inquiri, em pânico. Esther tinha morrido há mil anos atrás pelas mãos de Mikael. Como é que ela tinha voltado à vida?
-Não me perguntes. Niklaus é que sabe os pormenores.
-Argh, é óbvio que não lhe vou perguntar – voltei a revirar os olhos. – Bem, eu aceito. E Bridget também vai.
Troquei um olhar com Bridget, que apenas arregalou os olhos e tentou arrancar-me o telemóvel das mãos.
-É só uma festa, Bridget!
-Estás morto, Kol! – ela exclamou e Kol riu do outro lado da linha.
-Ah, como tenho saudades vossas. Elijah bem que precisa de um pouco de diversão. Ah, e ele cortou o cabelo!
-Espera, Elijah também foi desempalado?
-Sam, quanto é que perdeste?
Engoli em seco.
-Muito, lindo! – Bridget respondeu por mim. – Estamos aí á noite. Amo-te, Kol!
-Também de amo Bridget. Mas Sam… espero que venhas bastante provocante.
Ri.
-Querido, qual é o dia em que eu não sou provocante? Nem queiras saber o que eu acabei de fazer na discoteca.
-Mas que raio de palavras são essas? – ele estava irritado, e eu percebia: cem anos num caixão devem de ser uma treta.
-Irei explicar-te tudo, Kol – respondi. – Até amanhã!
Desliguei o telemóvel e olhei para Bridget.
-E estamos de volta a Mystic Falls.
Ela sorriu de lado.
-Oh, yeah – disse ela e eu entrei rumei a Mystic Falls.
©AnaTheresaC
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Gostaram? O que acham de Kolmantha? Ela ficou muito tempo longe de Mystic Falls...
Espero que tenham gostado.
XOXO,até próximo domingo!