My Lover escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Grande reviravolta!
Capítulo 28
Era um novo dia, e nós os quatro tínhamos ido ás compras, já que Rebekah não tinha roupas do século XXI.
-Tem que haver mais tecido para este vestido – disse Bekah na outra cabine de provadores. Eu ri.
-Não há, Bekah.
Saí da cabine com um vestido idêntico ao de Bekah e ela também saiu
-Então mulheres do século XXI vestem-se como prostitutas – falou Rebekah.
-Ei! Eu sou uma mulher do século XXI e não visto como uma prostituta. Certo, Klaus?
Dei uma voltinha, deixando-o ver o comprimento do vestido.
-Eu ganhava olhos safados por usar calças! – exclamou Rebekah, sentindo-se indignada.
-Usaste calças para as mulheres de hoje não usarem nada. E fica-te muito bem – acrescentou ele e eu funguei.
-Tem lá calma. Nós usamos roupas, sim? – defendi.
-E que música é esta? Parece um acidente de carro em cadeia.
-É música dance – respondeu Stefan.
-Pessoas dançam ao ouvir isto? – perguntou Bekah retoricamente.
Stefan acenou com a cabeça.
-Já terminámos? – indagou Klaus.
-E porque estás tão irritado?
-Eu precisava de um só coisa tua para a minha bruxa descobrir os motivos dos meus híbridos estarem a falhar. Uma coisa: o teu colar, e tu perdeste-o.
-Não o perdi – defendeu-se Bekah. – Só está desaparecido por noventa anos. O que achas?
Deu uma voltinha para Stefan ver.
-Eu… gosto.
Rebekah inclinou a cabeça.
-O quê? Eu disse que gostava!
-Eu sei sempre quando estás a mentir, Stefan – falou Rebekah e voltou a entrar na cabine.
-Boa, muito bom trabalho, Stefan – falou Klaus e eu entrei na cabine.
-Foste tu que tiraste a adaga.
-Eu ouvi isso! – disse Rebekah e eu gargalhei.
-E lá vamos nós para as discussões de doze anos!
-Muito bem, vou apanhar ar fresco – falou Stefan e eu e Bekah continuámos a experimentar roupa.
Finalmente, ela acabou por escolher uns calções pretos e um top branco com umas sandálias pretas de salto. Eu optei por uns calções brancos, uma camisa sem mangas roxa, umas sabrinas sem salto e uma mala Jimmy Choo (coitado do Klaus, ia morrendo só de ver o preço da mala): http://www.polyvore.com/cgi/set?id=68847180
Depois de fazermos as compras, voltámos ao bar de Gloria. Ela acendeu umas velas e começou a entoar os feitiços, mas nada acontecia. Sentei-me ao lado de Klaus e fiquei à espera que algo acontecesse.
Stefan apareceu – finalmente.
-Deixaste-nos – acusou Bekah e eu revirei os olhos.
-É, desculpem. A Terapia estava a fazer a minha cabeça explodir.
-Nem me fales – disse Klaus e eu bati-lhe no ombro.
-O que ela está a fazer?
-Não sejas assim, Klaus. Ninguém te obrigou a vires connosco.
-E estourarem um cartão de crédito dourado? Não, obrigado.
-Ela está a falhar – falei para Stef.
-É difícil encontrar alguma coisa quando não se tem nada para continuar.
-Então usa-me – Bekah falou e saltou do balcão.
-Veem? Esta pequena oferece-me uma solução. Muito bem, dá-me a tua mão.
Bekah devia de estar mesmo entediada. Ela estendeu a mão a Gloria enquanto se sentava em cima da mesa e Gloria fechou os olhos, começando logo a entoar o feitiço.
-Ela… ela está á procura do colar?
-Sim, está, Stefan – respondi e mandei um olhar de “não continues”.
-Consigo sentir alguma coisa – Gloria falou. Passado um pouco, largou a mão de Rebekah e olhou para nós. – Encontrei-o.
-Onde está? – indagou logo Bekah.
-Não funciona assim, boneca. Consegui imagens: há uma rapariga com amigas…
-Sim, uma rapariga morta com amigas mortas se não conseguir o meu colar de volta – Bekah interrompeu e eu repreendi-a.
-Rebekah! Cuidado com a língua.
-Não mandas em mim, Sam.
-Então vou ter que voltar para conseguir mais detalhes.
-Então faz – Klaus disse a foi até Gloria.
-Preciso de mais tempo. E espaço – Gloria pediu. – Tu és um pouco duro em relação à minha magia.
-Nós podemos esperar.
-Tenho a certeza que sim. Mas não foi isso que eu pedi – Gloria disse e eu tentei livrá-la da persuasão de Klaus.
-Ei, porque não vamos comer alguma coisa? Eu deixo-te escolher a minha vítima, que tal? – falei sedutora e Bekah resfolegou.
-Nojo. Arranjem um quarto ou um beco qualquer. Não preciso de assistir às vossas preliminares.
Revirei os olhos e Klaus fulminou-a com o olhar.
-Vamos, sweetheart – disse ele para todos nós e saímos do bar de Gloria.
Depois de escolhermos alguma coisa para nos alimentarmos (leia-se, humanos) voltámos para o vagão. Stefan iria aparecer a qualquer momento, sabia-o. A minha função era muito simples: distrair Klaus e Bekah, o que não era uma coisa muito fácil porque Klaus estava muito focado em Gloria.
Então, eu e Bekah começámos a falar sobre coisas que tinham acontecido no passado, só as boas memórias, e quando notei, para além de Klaus se ter esgueirado de nós, já era de noite.
-Sabes, eu desconfio do Stefan.
O meu sangue deve de ter gelado.
-Como assim, “desconfias do Stefan”?
-Não sei. Parece que há algo nele… não confio nele, Sam, não confies nele também.
-Bekah, eu conheço o Stefan. Quando ele vivia em Mystic Falls ele era puro, amava a vida humana, e ele apaixonou-se pela cópia, Elena. E depois, Klaus apareceu e matou-a. O que sentirias se soubesses que alguém tinha matado o amor da tua existência?
-Não sei – disse ela, mas eu sabia que ela já se tinha apaixonado uma vez.
-Quando olho para ele, vejo que ele ainda não desligou completamente, precisamente por causa da morte da namorada dele. Eu sinto a tristeza dele. É profunda e dói.
Ela sorriu para mim.
-Já não estamos a falar mais de Stefan, pois não?
-Eles são demasiado parecidos. Mas Stefan luta, enquanto que Klaus se deixa levar.
Bekah acenou com a cabeça.
-Mudando de assunto, como está Bridget?
-Honestamente, não sei.
-Eu vi-a, no início de 1900. Ela estava bem. Abalada, mas bem.
-Vamos dar uma volta? – sugeri.
-Claro que sim.
Fomos até um parque que havia ali perto, e vimos o sol a desaparecer e as luzes da cidade a acenderem-se. Então decidimos voltar para o vagão, talvez Klaus já tivesse voltado.
Mas quando chegámos lá, quem vimos foi Stefan, prestes a abrir o caixão de Kol.
-Voltaste – Rebekah disse e eu percebi que ela ia tirar a prova dos nove a Stefan. –Estranho, não é? A carga da família.
-É. Porque não os desempalas?
-Porque ele me caçaria e me mataria. O meu irmão é um bastardo vingativo.
-Mas ainda assim preocupas-te com ele. Porquê?
-Bem, eu odiei-o por um longo tempo. Foi exaustivo.
Ela sentou-se em cima do caixão e eu sentei-me de frente para eles.
-Quando vos conheci, vocês os dois estavam a fugir.
-Também exaustivo.
-De quem fugiam?
-O que queres dizer? – perguntou Bekah.
-A última noite que vos vi, havia um homem a procurar-vos. Vocês pareciam ter medo. Só não achei que Klaus iria ter medo de alguém.
-Ninguém neste mundo é destemido o suficiente – falei. – Nem mesmo Klaus.
-Quem era aquele homem? – ele perguntou para nós as duas. Eu troquei um olhar com Bekah e li-lhe perfeitamente os pensamentos. Ele não podia saber.
-Desculpa, não podemos – falei.
-Ele matar-nos-ia. Se Nik soubesse que estamos a falar sobre isto…
-Não, não, não – disse Stef, levantando-se ao mesmo que Bekah. – Apenas… esqueçam que eu perguntei, sim?
Bekah olhou para ele, com pena.
-Sam contou-me o que aconteceu com a tua namorada. E Nik contou-me que só estás com ele porque ele sabia como salvar o teu irmão.
Stefan ficou abalado. Elena e Damon eram os tesouros mais preciosos que ele tinha.
-É verdade.
-Acho que secretamente te admira: ele sacrifica tudo pela família, mas não lhe digas que eu disse isso.
-O teu segredo está a salvo comigo – ele prometeu.
Ele afastou-se dela, mas Bekah puxou-o para si e beijou-o. Oh, não, eu sabia muito bem o que aquilo significava. Stefan iria ser descoberto.
-Achas que algum dia vais amar alguém como a amaste?
-Não sei, um dia talvez.
Ela sorriu, mas eu sabia que ela já sabia.
-Eu sei sempre quando estás a mentir, Stefan.
-O quê? Não…
-Não te esforces, o teu beijo já te denunciou.
-Gloria foi-se. Temos que encontrar outra bruxa. – Klaus falou, entrando furioso. Ele parou a meio do caminho e olhou para as nossas caras. – O que está a acontecer aqui?
-Algo está errado, ele estava a perguntar sobre Mikael. Ele não está connosco, Nik, consigo sentir.
-Ela está a mentir – Stefan falou. – Klaus…
Ele não pôde dizer mais nada porque Klaus investiu sobre ele e partiu-lhe o pescoço.
-Klaus! – gritei, levantando-me do caixão. – O que lhe fizeste?
-Ele não estava connosco, Sam! – gritou Bekah para mim. – A não ser que também estejas do lado dele.
Ela pegou-me no braço, mas eu estava demasiado chocada com ela. O medo de ser descoberta não havia, apenas o choque por Klaus ter feito o que tinha acabado de fazer.
-Hum, parece que já não és tão fria como antigamente – Bekah observou e eu olhei-a, com os olhos arregalados.
-Deixa-me em paz, Rebekah! – gritei para ela.
-Ei – Klaus chamou.
-Não, tu não te metas nos nossos assuntos!
-Os “nossos assuntos” são assuntos do Klaus, logo, dizem-me respeito! – gritei, aproximando as nossas caras.
-Samantha! – Klaus gritou. – Rebekah! Parem agora!
Deitei mais um olhar mortal a Bekah e afastei-me dela. Encarei Klaus, mal-humorada.
-Vamos para Mystic Falls – disse ele, sorrindo. Eu abri a boca, em choque.
Oh não, Elena iria ser descoberta.
-Agora, Samantha, chega aqui, por favor.
Eu achei um pouco estranho o tom de voz dele, mas acedi e fui até ele. Klaus pegou-me nos braços com força e eu gritei.
-Klaus, estás a magoar-me!
-O que Stefan está a esconder?
Engasguei-me. Eu não tinha como esconder.
-A doppelganger está viva – disse e ele apertou-me os braços com mais força.
-Como? Eu matei-a.
-Bonnie interferiu. Elena morreu, sim, mas ela voltou á vida.
-Mais alguma coisa que eu precise de saber? – Klaus indagou e eu percebi que ele não sabia o que fazer comigo: matar-me, pôr-me inconsciente ou dissecar-me.
-Sim. A doppelganger é que tem o colar de Bekah.
Klaus sorriu e olhou para Bekah.
-Tinhas razão: não estava perdido, só estava desaparecido – ele olhou para mim. – E agora, o que farei contigo?
-Mata-a – Bekah sugeriu e eu arregalei os olhos, virando-me para ela.
-Bekah…
-Não – Klaus murmurou com aquele tom de voz demasiado doce que avisava que ele iria fazer algo de muito mau. As suas mãos subiram dos meus braços para o meu pescoço.
-Klaus, não…
Apaguei.
©AnaTheresaC
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XOXO