My Lover escrita por AnaTheresaC


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Feliz Ano Novo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/246940/chapter/26

Capítulo 26

Entrámos no vagão, e Stefan simplesmente não se calava, o que já me estava a irritar um pouco.

-Isto não faz qualquer sentido! Por que não me lembro de ti?

Ele continuava com a foto na mão, e eu e Klaus estávamos á frente dele, a andar apressados. Eu estava para além de feliz por saber que ia voltar a encontrar-me com uma das minhas amigas. Rebekah e eu sempre nos demos bem, mas Klaus empalou-a nos anos 20 por causa de Stefan.

-Tu mesmo disseste que tinhas muitos buracos negros sobre aquela época – falou Klaus.

-Mas se me conhecias, porque não me disseste nada? – Stefan insistiu.

-Estou um pouco ocupado agora, essa história vai ter que esperar.

Stefan puxou o braço de Klaus e ele parou abruptamente.

-O que raio se está a passar? Responde-me! – mandou Stefan. Ele estava mesmo em choque por não se lembrar de nada, e eu até tive pena dele.

Klaus tirou a mão dele do braço e falou:

-Vamos dizer que não começámos da melhor maneira. Para ser honesto, eu odiava-te. A minha irmã tinha engraçado contigo e tu eras um pouco arrogante naquela altura.

-Quem não era, Klaus? – tentei defender Stefan, mas nenhum dos dois me ligou.

-A tua irmã? Então, já conheci outros Originais.

-Se não aguentas, não perguntes – disse Klaus e continuou a andar.

Parou de frente para o caixão que tinha Rebekah e abriu-o. Stefan aproximou-se dele e falou:

-Não a reconheço.

-Não digas isso a ela. O temperamento dela é pior do que o meu – falou Klaus e tirou a adaga do peito dela. – Hora de acordar, irmãzinha.

Aproximei-me deles os dois e vi-a. A pele dela ainda estava cinzenta, com as veias principais salientes e num tom mais escuro do que o resto do cinzento.

-Quando quiseres, Rebekah – falou Klaus e eu posei uma mão no ombro dele, não conseguindo esconder o meu contentamento. – Ela está a ser dramática.

-Como sempre – brinquei e ele sorriu.

-Por que não me contas o que está a acontecer? – Stefan insistiu e eu deitei-lhe um olhar de “não insistas!”. Klaus iria começar a suspeitar que ele não estava inteiramente do lado dele. – Quero dizer, obviamente queres-me aqui por um motivo, certo?

-Bem, tu tens talentos muito úteis.

-Tenho?

-Na verdade, aprendi um dos meus truques favoritos contigo – Klaus disse. – Liam Grant? Lembras-te? Quando o obrigaste a beber o sangue da sua esposa? Tornei-me o teu fã número 1.

Voltámos atrás e parámos perto do segurança.

-E porque deveria eu acreditar?

-Quando ela acordar, diz-lhe para se encontrar connosco no bar da Gloria e depois voluntarias a tua carótida para ela se alimentar até tu morreres – Klaus hipnotizou-o e saímos do vagão.

-Aonde vamos? – perguntou Stefan.

-Achas que estou a mentir, Stefan, mas nós conhecemo-nos. Confiaste-me um dos teus maiores segredos, e agora vou provar-te.

-Como?

-Vamos ao teu apartamento – respondeu Klaus.

Ele voltou a conduzir pelas ruas de Chicago e eu desliguei da conversa deles. Quando parámos, estávamos de frente para um bloco de apartamentos. Saímos e entrámos no prédio.

-Que casinha formosa – falou Klaus e parou de frente para uma porta que tinha a fechadura arrombada.

Abriu a porta de rompante e entrou. Entrei logo a seguir a ele e senti algo. Um coração a bater, não muito longe.

-Sentes isto? – perguntou Klaus e impedindo-me de avançar pelo apartamento, colocando uma mão no meu ombro. – Tem alguém aqui.

Stefan desculpou-se:

-Está vazia á décadas, as pessoas devem de invadir imensas vezes. Porque me trouxeste aqui?

-O teu amigo, Liam Grant, nunca entendi porque querias o nome dele. E então, tu contaste-me o teu pequeno segredo: tudo fazia parte do teu ritual especial.

Algo se fez luz na cabeça de Stefan, algo que eu não sabia.

-Escrever.

-E reviver a morte, de novo e de novo.

Klaus moveu uma estante, que mostrou um fundo falso. Eu vasculhei com os olhos o apartamento. Era pequeno, mas confortável. A cozinha estava um pouco desatualizada, e a casa toda precisava de ser arejada e limpa a fundo.

Stefan entrou no fundo falso e eu aproximei-me de Klaus.

-Não estou a perceber nada.

-Depois explico-te – ele respondeu, passando os seus dedos pelo meu rosto. – Lembro-me de ti naquele tempo. Tu e Rebekah, as minhas duas lindas meninas.

-Que fazias questão de tomar conta – disse, sorrindo. – Vais fazê-lo lembrar-se?

Ele encolheu os ombros.

-Talvez. Ainda não decidi.

-Olha o que eu encontrei! – exclamou Stefan e saiu de lá com uma garrafa. – 1918. Puro malte.

-O meu favorito – disse Klaus. – Vamos encontrar alguém à altura para partilhá-lo.

Stefan colocou a estante no seu lugar e saímos do apartamento.

©AnaTheresaC


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Feliz Ano Novo! Eu sei, foi um cap. pequenino, mas se vos serve de consolo, próximo capítulo aparecerá Rebekah!
XOXO, até para o Ano!