The Start Of Something Big escrita por Killer, Miho


Capítulo 1
Ponto de Partida - Black


Notas iniciais do capítulo

HEY!Killer here! Tô agora nessa parceria com a Duda. Depois de Frontier Chronicles eu gostei de escrever uma fic em dupla. Espero que gostem.
ENJOY!



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– White, White! – gritava um garotinho cortando as ruas calmas do vilarejo de Nuvema Town – White! Ele nasceu! Ele nasceu!

O garotinho para de correr ao chegar em frente à uma modesta casa da vizinhança. Na janela ao lado da porta surge uma menina aparentemente um pouco mais jovem que o garoto.

– O que foi Black? – perguntou a menina.

– Ele nasceu!

O garoto levanta as mãos sorrindo e mostra o que antes estava abraçando, um pequeno pássaro que aparentava ser recém-nascido.

– Isso não é surpresa. Você está atrasado. – a menina se abaixa e volta a aparecer na janela, mas dessa vez está carregando algo semelhante a um pato, logo em seguida volta a se abaixar e a porta se abre com White saindo de dentro de casa. Os dois se sentam sobre o batente da porta. – Como chamaremos eles?

– Temos que dar nomes?

– Claro, Black! Existem vários pokémons iguais a eles no mundo! Temos que torna-los únicos!

– Como vai chamar sua Ducklett?

– Yuki.

– Então o Rufflet vai se chamar Yukio.

– Isso não vale!

~ 9 Anos depois ~

– Isso não vale! – grita ela para mim quando a ultrapasso voando com o Yukio.

– Por que não? – dou um tapinha nas costas do Braviary e ele para de avançar e dar meia volta para podermos olhar para a White e a Yuki.

– Você sempre faz o Yukio criar essa rajada de vento que desequilibra a Yuki! – por que tenho me sentindo estranho sempre que ela fala desse jeito. Ela reclama do que eu faço, mas continua sorrindo. Os cantos da boca... por que estou pensando nisso agora? Volto à realidade com o grito de minha mãe nos chamando para almoçar.

Braviary e Swanna aterrissam simultaneamente no quintal de minha casa. White pega a bolsa dela que deixou atrás da porta de minha casa e tira um tipo de pão chique de dentro rasgando-o em alguns pedaços pequenos e pondo-os próximos à Yuki. Lembro então de alimentar o Yukio. Pego a tigela dele e despejo um pouco de ração para aves que meu pai guarda num balde na estante de ferramentas.

Enquanto nossos pokémons se alimentam, vamos até a cozinha e nos sentamos a mesa. Minha mãe põe as panelas com as comidas sobre a mesa e nos dá pratos e talheres.

– Olá White, querida. – cumprimentou minha mãe.

– Olá senhora Noir.

– Como está se sentindo?

– Estou bem animada com hoje a tarde.

– Então deve comer bastante para que consiga aguentar uma jornada.

– Mãe, a White é muito educada para pegar a comida que ela gostaria e que precisaria. Aqui, come um pouco disso. – pego um pedaço de carne cozido e uma concha de feijão com um pouco de arroz e algumas verduras e coloco no prato dela – Agora sim.

– Black! Eu não aguento comer tudo isso! – de novo ela reclama daquele jeito gentil. É tão... Legal? Bonito? Não... Acho que encantador seria mais correto.

– Pega um pouco para você também, filho.

– É, Black! Pega para você também! – diz ela fazendo piada. Eu sorrio. Isso não me faz rir normalmente, mas por que vindo da White me fez ficar tão feliz? O que faz dela especial? Isso. Ela é especial.

Pego o dobro da comida que peguei para a White e coloco em meu prato. Minha mãe e a White conversam enquanto eu penso. Será que a White sempre foi especial para mim? Tudo bem que minha lembrança mais antiga é com ela, e não com minha família, mas ela é apenas uma amiga. Eu não a amo. Eu não a desejo. Certo? Por que estou pensando assim esses últimos tempos? Percebendo coisas que eu já sabia sobre a White, mas que antes não me chamavam atenção? Não vai acontecer nada de especial além de... É claro!

A época em que comecei a pensar nessas coisas foi quando soube da distribuição de pokémons iniciais que irá ocorrer hoje, daqui a pouco para ser mais exato. Meu cérebro não queria se preocupar com isso e por isso começou a pensar na White. Mas por que não na Bianca? Ela tem minha idade. Mas a conheço menos tempo do que a White. E ela não é tão perfeita quando a Whi... De novo estou pensando nisso?!

Minha mãe me chama e percebo que a comida do meu prato já acabou e que estou colocando “comida” na boca com o garfo em um movimento mecânico.

– Você está bem, Black?

– Claro, mãe.

– Obrigada pelo almoço, senhora Noir.

– De nada, White. Você sabe que é sempre bem vinda.

– Vamos, Black. Temos que ir logo. – ela me puxa pelo braço. Ela não conseguiria me levantar mesmo que aplicasse toda sua força, mas ao sentir o toque de sua mão em meu braço eu cedo e levanto a seguindo.

Antes de sairmos de casa, visto meu casaco, ajeito meu boné em minha cabeça e pego minha mochila que está arrumada desde ontem. Ao sairmos nos aproximamos dos pokémons, Yukio e Yuki. Faço carinho no peito do Yukio e ele retribui dando bicadas de leve no topo de minha cabeça. Depois disso vamos andando até a cerca e a pulamos. Desde então fomos andando até o laboratório de pesquisas de uma tal professora Juniper. Nunca conversei com ela, mas as vezes ela dá palestras para os jovens da cidade.

Na ultima palestra, ela disse que iria distribuir três pokémons iniciais para aqueles interessados em partir em jornada coletando dados com um aparelho que ela chama de pokédex. Apenas quatro jovens de Nuvema tiveram interesse, os outros só querem ficar aqui e viver a vida pacata dando continuidade às profissões de seus pais. Mas eu estou dentro do grupo de quatro interessados. Não quero viver concertando e fazendo moveis como meu pai e minha mãe. O que eu quero é viver com adrenalina no sangue participando de combates junto com pokémons que chamarei de amigo. Quero vencer a liga pokémon de Unova. Vencer a Elite 4 de Unova. E quero estar com a White ao meu lado. Comemorando comigo. Chorando comigo. Namo... Acorda Black!

Chegamos ao laboratório. Nosso amigo Cheren já estava nos esperando, como sempre, mais do que pontual. Eu, White e Cheren. Somos amigos há muito tempo. Somos três dos quatro que querem pegar um pokémon hoje. O problema é... a quarta pessoa.

– Olá pessoal! – fala no diabo aparece o rabo. A quarta pessoa também é nossa amiga de infância. Bianca, que chegou quase tropeçando em seus próprios pés. Cumprimentamos devidamente a Bianca soltando alguns risos pelo seu jeito de ser.

– Já foi decidido quem ficará de fora? – indagou Cheren. E ele está certo. São três pokémons para quatro pessoas. Eles disseram que eu ou a White devemos ficar de fora pois já temos os nossos pokémons. Mas tanto eu quanto a White queremos esses pokémons. Eles são raros, e podem ficar incrivelmente forte se bem treinados. Não vamos desistir de pegar qualquer um deles.

– Por que não decidimos no “zerinho ou um”? – opina Bianca – eu falo “Zerinho ou um” e agente tem que mostrar com a mão um 0 ou um 1. Quem colocar um dos dois números e for o único a ter colocado fica salvo e fica com o pokémon garantido. Quando sobrar apenas duas pessoas decidimos no “par ou impar”

Todos nós concordamos. Tirar isso na sorte é o melhor jeito de decidir sem que a amizade estrague. Jogamos “zerinho ou um” quatro vezes até o Cheren colocar 1 sozinho e ficar salvo. Droga, uma vaga já foi ocupada. Tenho que garantir logo minha vaga. Bianca só coloca dois 0 e um 1 como padrão e White reveza os números. Se eu por 0 agora saio vitorioso.

É muita pressão. Meus ouvidos e meus olhos passam a registrar as coisas mais lentamente. Ouço a voz de bianca falando “zerin...” por vários segundos. Nossos braços levantando como se eu estivesse vendo a cena de um filme em câmera lenta. “... ou um!” abaixamos nossas mãos rapidamente. Meu dedo fez o ato involutario de se esticar fazendo eu colocar 1. Dará empate novamente.

– Parabéns, Black – diz White. Percebo então que as duas decidiram mudar o padrão de ultima hora e trocaram para o 0! Venci! A segunda vaga é minha.

Mas o pior vem agora. A disputa direta, um contra um no par ou impar. Não é que eu não queira que a Bianca fique sem pokémon, mas Cheren vai viajar sozinho. E a própria Bianca disse que vai viajar sozinha para provar para o pai que é capaz. A White vai em jornada junto comigo. Se eu tiver um pokémon do laboratório ela parecerá feliz por fora mas não por dentro. Ela vai ficar triste em saber que houve uma chance, mas perdeu por um dedo a mais ou a menos. Quero que ela ganhe. Ela precisa ganhar, pra continuar transmitindo essa felicidade que eu adoro nela. Esse sorriso que faz cada um de meus dias valer a pena. Aqueles olhos que me encantam... Black! Pare de pensar nisso!

Quando percebo, elas já jogaram. White colocou quatro e Bianca três. Pelo visto White apostou em impar pois estava vindo em minha direção para me abraçar e a Yuki já preparava suas asas para envolver a nós dois.

Olhei rapidamente pelo canto do olho e vi Bianca tristonha. Nos desculpamos com ela e ela diz que não é nenhum problema e volta para casa. Eu, White e Cheren entramos juntos no laboratório.

O Hall estava vazio, a não ser pela professora Juniper e uma mesa com três caixinhas em cima. Ela nos cumprimentou e disse para escolhermos uma caixa. Verde, Vermelho e Azul em ordem da esquerda para direita. Presumo que as pokéballs com os pokémons raros estarão ai dentro.

– Cheren, você ganhou. Por que não vai primeiro? – ofereceu White. Ela era tão humilde. Esse rosto lindo e inocente que gosta e me odeia ao mesmo tempo quando brinco com ela. Ela... Ela... Black! Você vai pegar seu pokémon! Essa fixação pela White vai acabar até amanhã de manhã!

– Prefiro ser o segundo. Pegue o seu, Black.

– Tudo bem.

Dou um passo a frente e as caixas ficam ao meu alcance. Sinceramente, tanto faz a caixa. Pego a vermelha por ser a que está no meio.

– Caso não tenham percebido, a cor na caixa é uma dica. – comentou Cheren que pegou a caixa azul e saiu do laboratório.

– Sobrou a verde para mim. – ela foi saltitando até a caixa e pegou com tamanha felicidade que eu me senti... Eu não senti nada, Black! – Uma Snivy! – ela comemorou.

– Na minha tem um Tepig. Hiro.

– Hiro? – indagou White.

– Sim. Precisamos tornar os pokémons únicos não é mesmo? Assim como eu sou único. Assim como você é a única.

Ela corou. Por que ela corou? Ai meu senhor, será que disse algo errado?! Ela percebeu algo?!

– Hana. Hana será o nome dessa linda Snivy.

– Os nomes são lindos – elogiou a professora Juniper – aqui estão suas pokédex. E aqui tem uma terceira. Deem para aquele apressadinho quando o encontrarem. Boa sorte.

– Certo professora. Obrigada.

– Obrigado.

Saímos do laboratório e mostramos os novos pokémons para Yuki e Yukio através do vidro rubro transparente e guardamos as pokéballs nas mochilas. Braviary e Swanna também merecem seus descansos, por isso colocamos eles de volta em suas respecitivas pokéballs e prendemos nas alças de nossas mochilas, para que pudessem aproveitar a visão de dentro da esfera.

– Esse é o inicio de algo grande, White.

– Com certeza, Black.



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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo: O inicio da jornada vista pela White! o/ Não percam o capitulo escrito pela Duda ;)