29 de janeiro de 1489

Rebekah

Em 1244, mais ou menos, eu já estava cansada da procura dessa duplicata...realmente é cansativo...Então Kol e eu decidimos ficar em Copenhague, na Dinamarca. Logo manipulamos umas pessoas e ficamos hospedados em um castelo. Pouco depois que chegamos encontramos Tomas Jorgensen, um nobre, ele tinha uns 17 ou 18 anos. Ah, deus, ele era lindo...digo...é lindo! Bom, minha opinião! Tomas e eu tivemos um...romance...e em algum momento eu dei meu sangue a ele. Então ele foi assassinado por um desconhecido...na rua. Ele virou um vampiro...e passou a me acompanhar na busca, mas Kol não sabia. Sabe, ficamos bem...íntimos...E aqui estamos, na Bulgária.

Tomas me levou da sala ao quarto em um piscar de olhos.

- Não, eu... - consegui dizer

- Você? – ele perguntou

- Ah, esqueça... – eu disse jogando ele contra a parede

Nós começamos a nos beijar. No começo foi mais calmo, romântico...depois começou a ficar intenso...A língua dele pediu espaço e eu cedi. Ele me apertou contra a parede e sua mão direita envolveu minha cintura e me puxou para perto. Ainda nos beijando ele começou a desabotoar meu vestido. Logo eu estava sem fôlego...

- Tomas...o Kol... – disse ofegante, sabe não era legal fazer isso enquanto meu irmão estava na sala...sozinho...sem ninguém

- Verdade...mas eu não desisto fácil – ele disse sorrindo e me soltando, eu mordi o lábio

- Você é muito safado, sabia? – ele fez bico e eu ri

Nós descemos as escadas, Kol estava na sala...ainda. Eu puxei Tomas para trás da parede.

- Já mudou de idéia? – ele perguntou com um sorriso malicioso

- Não, idiota. Vamos ficar aqui...e observar – sussurrei fuzilando-o com o olhar

- Ok... – ele disse levantando as mãos em um sinal de rendição

Logo depois, alguém bateu na porta. Kol levantou e foi em direção a ela com o maior desânimo. Quando ele abriu lá estava...Katerina.

- Olá, Katerina – Kol disse beijando sua mão com um sorriso no rosto mas ela estava séria...

- Kol...precisamos conversar...

- Hum...claro...sente-se, por favor – disse ele puxando uma cadeira já sabendo qual seria o assunto

- Ah, sabe quando você me salvou naquele penhasco? – ele afirmou com a cabeça – Como você conseguiu chegar lá embaixo tão rápido?

- Eu...tenho meus segredos – ele disse sorrindo

- Você já disse isso, mas eu quero a verdade – ela disse séria e Kol ficou bem nervoso

- Eu...n-não posso – Kol disse fechando os olhos, desviando o olhar

-Tudo bem – ela disse se levantando e indo embora

Kol apoiou a cabeça no braço que estava em cima da mesa e fechou os olhos. Katerina estava cruzando a porta, de repente Kol simplesmente apareceu na frente dela. Ela ficou assustada, boquiaberta. Kol olhou para cima e apertou os olhos. Ele abriu os olhos e olhou para Katerina, estendendo a mão esquerda para ela.

- Eu te contarei – ele disse – Mas não aqui – ele olhou para mim sério

Katerina não conseguiu dizer nada, apenas o seguiu.

Kol

- Eu te contarei – eu disse – Mas não aqui – olhei para Rebekah e Tomas sério

Katerina não conseguiu dizer nada, apenas me seguiu.

Fui andando na sua frente até o lago...era muito bonito à noite. Muito calmo, o lago refletia a lua e as estrelas, ele era cercado por árvores altas que davam uma beleza especial a ele.

Virei-me para certificar se ela estava me seguindo. Ela estava logo atrás de mim, olhando para o chão. Deve ter sido um choque para ela.

- Sente-se, por favor – apontei para uma pedra, ela fez o que eu pedi

- Afinal, o que você é? – ela conseguiu dizer olhando assustada para mim

- Não é tão fácil dizer...

- E você me chamou aqui para nada? – ela se levantou e se virou

- E-eu sou um vampiro... – disse segurando a mão de Katerina

Katerina

- E-eu sou um vampiro... – ele disse

Eu fiquei simplesmente parada virada de costas para Kol enquanto ele segurava minha mão.

- Um vampiro? – perguntei e ele afirmou com a cabeça – Como os das lendas? Os que bebem sangue humano?

- Mais ou menos – ele disse e eu me assustei – Não se assuste, eu nunca seria capaz de machucar você

- M-mas...me conte tudo

Ele me contou sobre os irmãos, Niklaus, Elijah, Finn e...Rebekah. Como no diário de Tatia.

- Rebekah...Ela também... – ele afirmou com a cabeça

Kol continuou e falou sobre seus pais. Sobre o ritual que os transformou em vampiros. Sobre seus poderes. Sobre o tempo que passou procurando pela duplicata, ou seja, eu, por ordem de seu irmão, Niklaus, que podia imobilizá-lo com uma estaca de madeira.

- Eu fiquei muito tempo a procura da duplicata. Meu plano era simples, encontrá-la, hipnotizá-la e levá-la a Niklaus – Kol disse – Mas eu cometi um erro...

- Qual? – perguntei

- Eu me apaixonei por ela - ele disse e eu corei

Ele aproximou sua boca da minha devagar, mas eu virei o rosto.

- Eu...não...ainda não, Kol – eu disse me levantando e saí andando de lá, foi muito para um dia só

Kol

Depois que Katerina saiu, eu fiquei um pouco naquele lago, sentado na pedra, apenas observando.

- Kol? Tem certeza que você quer ficar aí a noite inteira? – Rebekah disse atrás de mim, eu não a vi, mas era a voz dela – Você contou a ela não foi? – ela perguntou sentando-se ao meu lado, eu afirmei com a cabeça – Ah...Talvez ela supere

- Talvez?

- Isso não é fácil de compreender – ela disse – Vamos para casa

Chegando em casa, Bekah me perguntou todos os detalhes da conversa, eu contei tudo a ela.

- Hum...olha, Kol...apenas dê um tempo, ok?

- Ok

- Talvez ela até venha aqui, para conversar

- Eu não sei o que fazer...

- Ora, siga seu coração – Bekah disse saindo da sala

- Poxa, obrigado, irmã – eu disse sarcasticamente e ela riu de leve e subiu as escadas

- Seguir seu coração... – disse para mim mesmo

Rebekah

Não consigo acreditar! Katerina mudou o Kol totalmente! Antes ele era aquele cara sem sentimentos, frio, rude, pegador...agora ele é um cara super-apaixonado, romântico...meu deus, Katerina consegue causar esse efeito nele. Ela deve ser realmente muito especial...

- Como foi? – perguntou Tomas quando eu cheguei no andar de cima

- Não tão ruim...Ela só está assustada – respondi

- Ah – ele disse – Então podemos continuar o que estávamos fazendo? – ele tentou me beijar

- Ainda não, senhor impaciente... – disse colocando o dedo na boca de Tomas

- Ah... – ele fez cara triste

12 de fevereiro de 1489

Niklaus

Poxa...meus irmãos são uns incompetentes! Nem para achar uma garota...Por isso mesmo, enviei um grupo de vampiros para procurá-la...

- Então, Niklaus... – disse Elijah entrando no meu “escritório” na mansão

- O que foi, irmão?

- Alguma notícia de Kol e Rebekah?

- Ainda não...

19 de fevereiro de 1489

Katerina

Faz três semanas que não falo com Kol. Acho que preciso aceitar o fato dele ser um vampiro. Aliás, ele nunca me machucou, além de ser muito romântico...

Ouço batidas fortes na porta e logo vou atendê-la. Quando a abro, sinto alguém tapar minha boca, tento gritar, mas minhas tentativas são em vão...me sinto mal, logo depois desmaio.

Kol

Estava chegando bem perto da casa de Katerina, queria muito falar com ela. Logo vejo um rapaz bem grande, musculoso...e não era humano...”Talvez Nik tenha os enviado” pensei. Esse homem estava acompanhado por outros onze. Ele bateu na porta de Katerina, quando ela atendeu, ele tapou a boca dela e ela desmaiou. Aquilo me deu uma raiva profunda. Rapidamente, apareci na frente do homem que estava carregando Katerina, ele era gigante, careca e super musculoso.

- Olá – cutuquei ele por trás e logo apareci em sua frente – Aqui, colega – disse e olhei nos olhos dele, hipnotizando-o – Me entregue ela

O homem me entregou Katerina. Ela estava desacordada nos meus braços, mas ainda assim, linda, com certeza.

- Poxa, você fez ela desmaiar – olhei para o homem que bateu na porta de Katerina – Agora estou irritado – coloquei ela em uma...carroça, acho – Infelizmente, não quero que Niklaus se vingue de mim sabendo que eu ajudei ela...Vocês  não vão contar, não é? - disse hipnotizando um por um

- Não vamos contar – eles disseram em uníssono

- Ótimo, é o seguinte, não voltem para a Inglaterra e nunca mais falem com Niklaus ou Elijah, ou qualquer um próximo a eles, combinado?

- Sim – eles disseram

- Perfeito – eu disse – Agora, vão!

Os homens foram embora o mais rápido possível.

- Kol... – disse Katerina com dificuldade – V-você... – ela disse mas desmaiou logo em seguida

Carreguei-a até minha casa. Rebekah não estava na sala, nem Tomas. Coloquei Katerina delicadamente no sofá.

- Oh, que cavalheiro – Rebekah disse mostrando falso espanto – O que aconteceu? – ela chegou perto de Katerina – Ela bebeu? – eu ri

- Não, alguns vampiros enviados por Niklaus tentaram sequestrá-la – expliquei todo o acontecido para Rebekah que mal acreditou

- Então, Nik sabe que achamos a duplicata? – ela perguntou