Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser partido e ainda continuar batendo?

- Ela não esta rea... – alguém gritou.
Meu estomago se revirou e a sensação de estar voando se tornou real, eu realmente estava voando. Algo pressionou meu peito o elevando. Meu coração batia devagar, lentamente. E novamente aquilo pressionou meu peito. Diversas vezes um peso enorme pressionou meu peito. Minha respiração não estava em perfeita harmonia.
- Iniciando reanimação. – ouvi algo dizendo. – Ponha mais...
- Zayn... – a voz de Harry me puxando para a escuridão.

A garota estava novamente sentada na casa da arvore, sua idade estava entre os 14/15 anos, ela estava com um vestido preto acima dos joelhos, um par de sandálias de salto estavam jogadas em algum canto daquela casa, lágrimas rolavam em seu rosto borrando sua maquiagem que demorou horas para ser feita. A imagem da noite foi como flashes em sua mente. Primeiro Zayn a chama para ser seu par no baile de formatura. Depois ele aparece em sua casa com um smoking perfeito, no qual ele fez piadas que fora alugado. Ela rio e sua mãe tirou diversas fotos, ate seu pai intrometer e leva-los para a festa. Chegando lá, Zayn a deixou na mesa e fora conversar com seus amigos, mais logo se aproximou dela com dois ponches. Logo depois ele partiu, sumindo entre a multidão. Ela o achou, aos beijos com sua melhor amiga. Droga, Mary sabia o quanto ela o amava. Por que Mary esta fazendo isso? Ele deve não ter vê-la, se viu fez o favor de ignora-la e continuar sua troca de saliva.
Naquela noite ela o viu chegar, Mary estava ao seu lado o carregando. Ele bebeu demais. Era de esperar tão imprudência de Zayn, mas se fosse para alguém leva-lo para dentro de seu quarto, esse alguém era ela não Mary. Ela sentiu mais lágrimas rolarem pelo seu rosto. Se sentia traída.
Ela se deitou no saco de dormir, se cobrindo. A luminária foi acessa o medo do escuro ainda era um problema para ela, mas neste momento o escuro lhe parecia o mais seguro. Ela pediu em silencio para Deus lhe tirar isto da cabeça e poder dormir em paz, mas paz ela nunca teria escolheu ser amiga do garoto de olhos grandes e bochechas rosadas. Se pudesse voltar no tempo escolheria nunca ter algum contato com ele. Qualquer contato. Ela cobriu sua cabeça com o cobertor térmico e chorou.
Meu estomago revirou, eu me movimentava muito. Era jogada de um lado para o outro, senti enjoou, forcei meus olhos a abrir um barulho irritante de uma maquina atrás de mim fez-me querer quebrar aquilo, Zayn não estava lá. Apenas uma mulher com luvas plásticas e mascara brancas e homem que tentava enfiar algo em minha pele. Eu não tinha força para puxar meu braço, nunca me senti tão fraca e tão inútil como naquele momento. Queria Zayn, precisava de Zayn, necessitava sentir suas mãos nas minhas, precisava sentir o calor de seu corpo, ver seu sorriso tímido e despojado, ver seus olhos castanhos. Algo tampou minha garganta. E a ultima coisa que vi foram os olhos de Zayn, seu rosto, sua boca...